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GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Discurso sobre o ato de estatuir-se o IHGB. In: Livro de fontes de historiografia brasileira. P.7-16 e 19-42.

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GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Discurso sobre o ato de estatuir-se o IHGB. In: Livro de fontes de historiografia brasileira. P.7-16 e 19-42.
	O texto apresenta o discurso do 1º secretário perpetuo do IHGB, Januário da Cunha Barbosa, onde tem como principal objetivo expor as vantagens que emanam da fundação do instituto.
	De acordo com Januário Barbosa, já não cabia mais ao “gênio” brasileiro “[...] deixar por mais tempo em esquecimento fatos notáveis de sua história”, o que levou membros do conselho da Sociedade Auxiliadora da Industria Nacional, e sócios do Instituto Histórico de Paris a propor a fundação do IHGB que reunira e organizaria os elementos para a história e geografia do Brasil.
De acordo com o discurso caberia ao IHGB:
Reunir e organizar os elementos para a história e a geografia do Brasil espalhados até então por suas províncias, o que causa dificuldade para serem colhidos e reescritos por qualquer patriota;
Oferecer conhecimentos purificados de erros e inexatidões;
Eternizar através da história os fatos memoráveis, salvando-os da voragem dos tempos;
Reparar erros e fechar as lacunas na história (como os erros em muitas obras sobre o Império do Brasil).
Salvar da obscuridade em que jaziam até o momento diversas memórias da pátria.
Organizar um monumento de glória nacional
“As forças reunidas dão resultados prodigiosos; e quando os que se reúnem em tão nobre associação aparecem possuídos do mais encendrado patriotismo, eu não duvido preconizar um honroso sucesso a fundação do nosso IHGB”. (Pág.23).
O trabalho seria coletivo dada a coadjuvação de vários brasileiros, de diversas províncias.
O autor aponta também a necessidade de outra divisão na história além de antiga e moderna, subdividindo-a em vários ramos e épocas.
- Cícero chama a história de testemunha dos tempos.
- Era escrita mais uma história das províncias do que uma história geral.
Cabia a administração portuguesa a publicação dos escritos brasileiros, que morriam em gabinetes particulares sem ver a luz da estampa ou eram modificados para se acomodarem ao sistema de seu monopólio, assim as obras ganhavam crédito literário da metrópole, que pouco refletia sobre o Brasil.
“De todos esses materiais informes, incompletos e mesclados de prejuízos dos tempos, poderemos formar um complexo regular de fatos, purificados do crisol da crítica”. (Pág.26).

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