Buscar

CASOS CONCRETOS DE TRABALHO II para AV II

Prévia do material em texto

CASOS CONCRETOS DE TRABALHO II- 21/05/2017
Caso concreto 13.
Benedito foi contratado pelo Banco Atenas S/A para trabalhar como vigilante. Trabalhou de 2ª a 6ª feira de 9h às 18hs, com 1 (uma) hora de intervalo durante os 2 (dois) anos de duração do pacto laboral e nunca recebeu o pagamento de horas extras. Inconformado, ajuizou ação trabalhista postulando seu enquadramento como bancário e o pagamento das horas extras a partir da 6ª hora diária, na forma do art. 224, da CLT. Diante do caso apresentado, responda de forma justificada:
Benedito deve ser enquadrado como bancário? 
Resposta: não, seguindo inteligência da sumula 257 do TST, o vigilante que labora seu contrato em rede bancária não pode ser considerado bancário, visto que vigilante tem a sua especificidade e é de categoria diferenciada das dos bancários como consta no art. 511, § 3 por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singular.
São devidas as horas extras postuladas por Benedito?
Resposta: neste caso em tela não há em se falar em horas extras visto que o mesmo tem trabalhado oito horas diárias, computando assim 40 horas semanais que nesse sentido é a carga horaria de um profissional da área de vigilante, diferentemente do que consta no artigo 224 da CLT que a duração de funcionários de bancos será de seis horas continuas perfazendo assim 30 horas semanais.
QUESTÃO OBJETIVA:
 ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA: O princípio de Direito Coletivo do Trabalho que prega a impossibilidade de existência de mais de um sindicato por base territorial é o da:
 a) Unicidade Sindical
 b) Liberdade de Associação 
c) Autonomia Sindical
 d) Interveniência Sindical
Caso concreto aula 14.
Sindicato dos bancários formalizou Convenção Coletiva de Trabalho com o Sindicato dos Bancos fixando a contribuição assistencial no percentual de 2% a ser descontado dos salários dos empregados no mês seguinte ao reajuste. Ana Maria, bancária do Banco Beta S/A, não é sindicalizada e teve descontado do seu salário a referida contribuição assistencial. Além desse desconto, no mês de março, seu empregador também efetuou desconto a título de contribuição sindical. Diante do caso apresentado, responda as questões propostas, justificando suas respostas com os dispositivos legais pertinentes e o entendimento do TST sobre a matéria.
Ana Maria poderá exigir a devolução dos valores descontados em seu salário a título de contribuição assistencial?
Resposta: sim, Isso porque o artigo 545 da CLT insinua que é necessário à prévia autorização do trabalhador: "Os empregadores ficam obrigados a descontar na folha de pagamento dos seus empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as contribuições devidas ao sindicato, quando por estes notificados, salvo quanto à contribuição sindical, cujo desconto independe dessas formalidades". Neste caso Ana Maria não autorizou visto ainda que a mesma não é sindicalizada, portanto a mesma não extrai do que aduz no artigo 514 alínea “b” que são deveres dos sindicatos - manter serviço de assistência jurídicas para os associados, ou seja, Ana não é em momento algum beneficiada com esses direitos de associados além disso não  têm direito a participar da assembleia geral de deliberação sobre relações ou dissídio de trabalho, conforme artigos 524, letra "e", e 612, ambos da CLT. Sobretudo fica assim exposto, a contribuição assistencial não se destina propriamente ao custeio da negociação coletiva empreendida pelo sindicato profissional, mas sim para as atividades assistenciais, tais como assistências: odontológica, médica, jurídica (art. 514, b, da CLT), dentre outras, que são restritas aos associados. Logo, os empregados não associados não podem ser obrigados a pagar por benefícios que não têm direito de usufruir.
 
A resposta seria a mesma na hipótese de contribuição sindical?
Resposta: não visto que a contribuição sindical é compulsória para todos os empregados, já financia as atividades do sindicato, dentre elas a participação em negociação coletiva como bem lembrada por Sérgio Pinto Martins em seu artigo publicado no Suplemento Trabalhista LTR 37, de 2006. De qualquer forma, nada impede que o empregado não associado se oponha ao desconto da contribuição assistencial a ser efetuado em seu salário, independentemente de estar ou não prevista em acordo coletivo, ou convenção coletiva ou da estipulação de prazo para tanto. Pode fazê-lo apenas para reforçar que é contra o desconto.
QUESTÃO OBJETIVA: 
(OAB/FGV) - Foi celebrada convenção coletiva que fixa jornada em sete horas diárias. Posteriormente, na mesma vigência dessa convenção, foi celebrado acordo coletivo prevendo redução da referida jornada em 30 minutos. Assim, os empregados das empresas que subscrevem o acordo coletivo e a convenção coletiva deverão trabalhar, por dia,
 (A) 8 horas, pois a CRFB prevê jornada de 8 horas por dia e 44 horas semanais, não podendo ser derrogada por norma hierarquicamente inferior.
 (B) 7 horas e 30 minutos, porque o acordo coletivo, por ser mais específico, prevalece sobre a convenção coletiva, sendo aplicada a redução de 30 minutos sobre a jornada de 8 horas por dia previsto na CRFB.
 (C) 7 horas, pois as condições estabelecidas na convenção coletiva, por serem mais abrangentes, prevalecem sobre as estipuladas no acordo coletivo.
 (D) 6 horas e 30 minutos, pela aplicação do princípio da prevalência da norma mais favorável ao trabalhador.
 
CASO CONCRETO -15 
 OAB/FGV - O Banco Ômega S.A. ajuizou ação de interdito proibitório em face do Sindicato dos Bancários de determinado Município, nos termos do artigo 567 do CPC, postulando a expedição de mandado proibitório, para obrigar o réu a suspender ou a não mais praticar, durante a realização de movimento paredista, atos destinados a molestar a posse mansa e pacífica do autor sobre os imóveis de sua propriedade, com a retirada de pessoas, veículos, cavaletes, correntes, cadeados, faixas e objetos que impeçam a entrada de qualquer empregado ao local de trabalho, abstendo-se, também, de realizar piquetes com utilização de aparelhos de som, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), por agência. Em contestação, o sindicato-réu sustentou que a realização de piquetes decorre do legítimo exercício do direito de greve assegurado pelo artigo 9º da Constituição da República e que o fechamento das agências bancárias visa a garantir a adesão de todos os empregados ao movimento grevista. Com base na situação hipotética, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Qual será a Justiça competente para julgar essa ação de interdito proibitório?
Resposta: conforme dispositivos do artigo 114, inciso II, e do provento da sumula vinculante de numero 23 do STF, portanto compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações que envolvam exercício do direito de greve.
Por sua vez, a Súmula Vinculante nº 23 do STF dispõe que a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.
 b)Durante a greve, é lícita a realização de piquetes pelo Sindicato com utilização de carros de som?
Resposta: Conforme a norma prevista no artigo 6º, I, da Lei 7.783/89, é assegurado aos grevistas, entre outros direitos, o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve. Assim como no seu § 1º ao qual aduz que: “em nenhuma hipótese, os meios adotados pelos grevistas poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem”. 
 Procede a pretensão veiculada na ação judicial no sentido de que o réu se abstenha de impedir o acesso dos empregados às agências bancárias?
Resposta: sim, procede a pretensão, no sentido de que as manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não podem impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou danoà propriedade ou à pessoa, nos termos do artigo 6º, §3º, da Lei 7.783/89.
QUESTÃO OBJETIVA: 
1- (FCC-2013-TRT-9ª Região). De acordo com o previsto na Lei nº 7.783/89 (Lei de Greve), em relação à greve em serviços ou atividades essenciais, é INCORRETA a afirmação:
 a) São considerados serviços ou atividades essenciais, entre outros, transporte coletivo; captação e tratamento de esgoto e lixo; telecomunicações; processamento de dados ligados a serviços essenciais.
 b) Os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
 c) As entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso fica obrigado a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários com antecedência mínima de 48 horas da paralisação. 
d) São necessidades inadiáveis da comunidade aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população.
CASO CONCRETO: 16
Janaina Lemos foi contratada em 10/05/1978 pela empresa Brasil XYZ S/A e não optou pelo sistema do FGTS. Em 08/05/2013, sob alegação de prática de ato de improbidade, o empregador dispensou sumariamente Janaina por justa causa. Inconformada Janaina ajuíza ação trabalhista postulando sua reintegração no emprego sob o argumento de nulidade da dispensa, em virtude da inobservância dos procedimentos previstos no diploma celetista para rompimento do contrato por justa causa. Pergunta-se: Janaina Lemos terá êxito na ação trabalhista? Fundamente.
Resposta: Sim, Janaina terá êxito na ação trabalhista, a mesma goza de estabilidade decenal, conforme previsto no art. 492 da CLT, visto ainda que no caso em tela que Janaina contém mais de dez anos de contrato de trabalho, portanto não poderá ser dispensada senão por motivo de falta grave o que não é o caso em comento. 
QUESTÃO OBJETIVA: 
(OAB/FGV) - As alternativas a seguir apresentam casos para os quais a Lei prevê garantia de emprego, à exceção de uma. Assinale-a.
 A) Dirigente de associação profissional.
 B) Membro representante dos empregados junto ao Conselho Nacional de Previdência Social. 
C) Representantes dos empregados em comissão de conciliação prévia de âmbito empresarial. 
D) Representante dos empregados no Conselho Curador do FGTS.

Continue navegando