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contestação trabalhista

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AO EXCELENTISSÍMO(A) SENHOR DOUTOR(A) JUIZ DA 20ª VARA DO TRABALHO DE ARACAJU/SE
Processo nº 102030
Loteria Trevo Ltda., CNPJ, situado na rua X, na cidade de Aracaju/SE, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado constituído, com fulcro art. 847 da CLT, OFERECER:
CONTESTAÇÃO
Em face da reclamação trabalhista movida por ERIBERTO, já qualificado nos autos em epigrafe, pelos fatos e fundamentos a seguir.
I-DOS FATOS
O reclamante ajuizou a reclamação trabalhista em 30 de abril de 2017, alegando que laborou na empresa, ora Requerida, Loteria Trevo Ltda., no perido de de 13 de janeiro de 2010 a 25 de março de 2017, quando foi dispensado sem justa causa. Afirma, ainda, que trabalhava de 2ª a 6ª feira, das 7h às 14h, com intervalo de uma hora para refeição.
Na qual, relata que duas semanas após receber o aviso prévio, decidiu inscrever-se numa chapa como candidato a presidente do sindicato dos empregados em lotéricas, para lutar por melhorias para a sua categoria.
Afirma que, além de processar os jogos feitos pelos clientes, também realizava atividade bancária referente a saques de até R$ 100,00 e o pagamento de contas de serviços públicos (água, luz, gás e telefone), bem como de boletos bancários de até R$ 200,00. Ele confirma que, dentre os clientes do empregador, estava uma companhia de energia elétrica da cidade, daí porque, uma vez por semana, tinha que ir até essa empresa para pegar, de uma só vez, as apostas de todos os seus empregados, o que fidelizava esses clientes; contudo, nesse dia, ele permanecia em área de risco (subestação de energia) por 10 minutos.
Durante o período em que trabalhou na Loteria Trevo, faltou algumas vezes ao serviço e que teve essas faltas descontadas; diz, ainda, que substituiu o gerente da loteria, quando este se afastou por auxílio-doença, pelo período de três meses, mas que não teve qualquer alteração de salário.
Ele afirma que existe o benefício de ticket-alimentação, previsto em acordo coletivo assinado pela sociedade empresária Sorte Ltda., mas que jamais recebeu esse benefício durante todo o contrato. O empregado em questão informa que adquiriu empréstimo bancário, consignado em folha de pagamento, e que por três meses, quando houve sensível diminuição do movimento em razão da crise econômica, realizou serviço do seu próprio domicílio (home office), conferindo as planilhas de jogos, mas que não recebeu vale-transporte; ainda informa que não trabalhava nos feriados e que recebia vale-cultura do empregador no valor de R$ 30,00 mensais.
Na reclamação trabalhista, o reclamante requer adicional de periculosidade, vantagens previstas na norma coletiva dos bancários, reintegração ao emprego, horas extras, horas de sobreaviso, ticket previsto na norma coletiva, vale-transporte pelo período em que trabalhou em home office e integração do vale-cultura ao seu salário. Foram juntados os contracheques, cópia da CTPS, comprovante de residência, acordo coletivo assinado pela sociedade empresária Loteria Sorte Ltda. e norma coletiva dos bancários de 2010 a 2017
II-DA PREJUDICIAL DO MERITO
DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
Tendo em vista a prescrição trabalhista prevista no art. 7, XXIX, da CR/88, a empresa reclamada suscita a prescrição de todas as verbas devidas há mais de 5 (cinco) anos, contados da data do ajuizamento da ação.
Ou seja, a reclamada suscita a prescrição das verbas relativas a horas extras, adicionais de insalubridade e periculosidade, gratificação natalina, FGTS, vale transporte, bem como de reflexos, anteriores a 25 de março de 2012 (cinco anos contados regressivamente a partir da data do ajuizamento da ação). Isto é, não faz jus ao recebimento das verbas relativas ao período do ano de 2010. 
Assim, o reclamante não preenche os requisitos acima assinalados, padecendo, desse modo, de qualquer direito na seara trabalhista em face de pretenso das verbas devidas.
III-DO MERITO
DO CONTRATO DE TRABALHO
De fato, o Reclamante trabalhou nas dependências da Reclamada, no período compreendido entre 13/01/2010 à 25.03.2017, ocasião em que foi dispensado sem justa causa, recebendo todos seus consectários legais, guia para levantamento do FGTS e TRCT.
Contudo, ao contrário do que aduziu, a jornada de trabalho do reclamante sempre foi de segunda à sexta das 07h00 às 14h, com 01 hora para intervalo e descanso, sendo que JAMAIS trabalhou aos sábados, mesmo porque, a Reclamada não trabalha aos finais de semana, não fazendo jus as horas extras.
“Ad Cautelam” a Reclamada impugna todas as alegações da inicial por serem decorrentes de entendimento equivocado, como se demonstrará abaixo.
DA JORNADA DE TRABALHO/ DA INEXISTÊNCIA DE HORAS EXTRAS 
Aduz o Reclamante que, laborava habitualmente em jornada extraordinária, contudo, não recebeu corretamente pelas horas laboradas, alegações estas que não podem ser aceitas por V. Exa., senão vejamos:
Conforme já elucidado, diferentemente das afirmações constantes da inicial, cumpriu o Reclamante jornada de trabalho de segunda à sexta-feira, nos horários das 07h às 14h , com 01 hora para intervalo e descanso, conforme comprovam os cartões de ponto acostados.
Ademais, importante frisar que a Reclamada não exerce qualquer atividade aos finais de semana e não há serviços inadiáveis que demandem a sobrejornada.
Desta feita, não há que se falar no pagamento de horas extras, uma vez que, não há irregularidades quanto a jornada laboral, uma vez que sua jornada jamais ultrapassou o permitido por lei, ou seja, 44 horas semanais.
Na qual pode-se verificar que a jornada cumprida não excede os limites constitucionais, seja o semanal de 44 (quarenta e quatro) horas ou o diário de 8 (oito) horas, conforme preceitua o art. 7º, XIII, da CF, e o art. 58, caput, da CLT,
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
bem como não está em desacordo com o intervalo intrajornada, que é de no mínimo 1 (uma) hora e, salvo acordo coletivo, no máximo 2 (duas) horas, de acordo com o disposto no art. 71, caput, da CLT.
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
Destarte, não prospera a pretensão do Reclamante em pleitear o pagamento de horas extraordinárias e seus respectivos reflexos.
Ante o exposto, o pedido de pagamento das horas extras merece ser julgado integralmente improcedente, bem como, as integrações e reflexos nos consectários de direito, posto que, em não havendo a condenação no pagamento do principal, não há que se cogitar no pagamento do acessório; assim, da mesma forma deverá ser julgada o pleito quanto à incidência dos reflexos em DSR’s, 13º salários proporcionais, férias proporcionais + 1/3, FGTS + 40%, e demais consectários.
Diante do exposto, o ônus da prova compete aquele que alega, cabendo ao reclamante, comprovar a realização de horas extras, tudo na forma do artigo 818 da CLT e art. 333, inciso I, do Código de Processo Civil.
Neste sentido:
INTERVALO INTRAJORNADA CONCEDIDO. IMPROCEDÊNCIA DO PLEITO DE HORAS EXTRAS. Constatado que o reclamante gozava do intervalo mínimo intrajornada de 01 hora, improcede o pleito de horas extras com adicional de 60%.
(TRT-14 - RO: 23520094031400 RO 00235.2009.403.14.00, Relator: DESEMBARGADOR VULMAR DE ARAÚJO COÊLHO JUNIOR, Data de Julgamento: 26/08/2009, PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DETRT14 n.0160, de 28/08/2009)
Outrossim, apenas por argumentar, na remota hipótese de serem deferidas horas extras, requer a Reclamada seja observada a efetiva remuneração da Reclamante, bem como, os respectivos adicionais de 50% (cinquenta por cento) de acordo com a carta Magna de 1988, observando ainda a compensação das horas extras quitadas.
DA INEXISTÊNCIA DE ADICIONAL DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Alega o Reclamante emsua exordial que durante o período de prestação de serviço, manteve contato em área de risco por cerca de 10 minutos, sem receber o respectivo adicional.
Inicialmente, cumpre asseverar, que durante o contrato de trabalho do Reclamante, não estava exposto a agentes perigosos, nem de forma habitual e tampouco intermitente, pois conforme acima aduzido, sua função era de receber os jogos efetuados pelos funcionários da companhia elétrica, ambiente totalmente adequado e seguro para o desempenho das atividades, 
Em seu ambiente de trabalho, durante todo o pacto laboral, não existiam agentes agressivos conforme alega o Reclamante, nem mesmo perigosos.
O Reclamante nunca trabalhou em área de risco, nem exposto e/ou com contato permanente com produtos químicos inflamáveis, radiações e equipamentos energizados e/ou energizáveis.
Neste mister, é certo que tanto o Reclamante, quanto os demais empregados laboraram em ambiente adequado às normas de higiene e segurança do trabalho.
Ademais, é certo que esta Contestante sempre respeitou os limites de tolerância a agentes nocivos pertinentes a sua atividade, sem contar a adoção de outros procedimentos exigidos em lei visando à integridade física e mental de seus empregados, evitando qualquer risco à saúde ou à integridade física de seus colaboradores. Portanto, a Empresa jamais incorreu em atos ilícitos que resultassem qualquer problema de saúde ou de risco ao trabalhador, ao contrário do que alega o Reclamante.
A Reclamada assevera igualmente, que, em caso de determinação de realização de perícia, a parte sucumbente arque com os respectivos honorários, nos termos do art. 790-B da CLT.
“Ad Cautelam” em sendo deferido o adicional de periculosidade que este tome como base de cálculo o salário base do Reclamante e sua consequente evolução demonstrada em ficha de registro e holerites.
VANTAGENS PREVISTAS NA NORMA COLETIVA DOS BANCÁRIOS-INAPLICABILIDADE DA CONVENÇÃO COLETIVA DOS BANCÁRIOS Á AMPREGADORA. 
Previsto na Súmula nº 117, do TST: BANCÁRIO CATEGORIA DIFERENCIADA. Não se beneficiam do regime legal relativo aos bancários os empregados de estabelecimentos de crédito pertencentes a categorias profissionais diferenciadas.
 A licitude da associação sindical está expressa no art. 511.
Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
Sendo assim, não se categoriza operador de Caixa lotérica como bancário, isto é, a Reclamada é empresa lotérica e não exercem as atividades privativas de uma instituição financeira, mas apenas seus serviços básicos. Ademais, com a exceção da categoria profissional diferenciada, o critério a ser utilizado para o enquadramento sindical é o da atividade preponderante da empresa, e não, a exercida pelo empregado.
Se a atividade preponderante das casas lotéricas continua sendo a comercialização de todas as loterias federais e produtos conveniados, os seus empregados não se enquadram na categoria profissional dos bancários e não podem se beneficiar das normas coletivas da categoria, dai a Reclamante não fazer jus aos benefícios desta norma coletiva.
DA REINTEGRAÇÃO AO EMPREGO
Duas semanas após ao aviso prévio, o requerente apresentou candidatura ao cargo de presidente do sindicato dos empregados em lotéricas, no qual alega o Requerente que lhe tem o direito de garantia de emprego, requerendo assim, a sua reintegração.
Ocorre que o Reclamante não se enquadra na situação prescrita no art. 543, § 3º da CLT.
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. 
Isto é, conforme alegado, o registro de sua candidatura ocorreu no período de aviso prévio. Esta situação não lhe garante a estabilidade, mesmo que este aviso fosse indenizado, em face do entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciado na Súmula 369, inc. V.
SUM-369 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012 – DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. (ex-OJ nº 35 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994)
Portanto, o Reclamante não faz jus à reintegração, vez que, quando da sua candidatura à direção do sindicato de sua categoria, já se encontrava cumprindo aviso prévio.
TICKET PREVISTO NA NORMA COLETIVA
O Reclamante postula ticket alimentação, porém o pedido deverá ser julgado improcedente, uma vez que o acordo coletivo juntado não foi assinado pelo empregador.
De acordo com o art. 611, § 1º, da CLT, leia-se:
Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acôrdo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 1º É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais emprêsas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da emprêsa ou das acordantes respectivas relações de trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Entende-se que, o empregado em categoria diferenciada não tem direito a vantagens previstas em instrumentos normativos que sua empresa não foi devidamente representada, daí porque ele não está obrigado a respeitá-lo.
PAGAMENTO DO VALE-TRANSPORTE.	
O reclamante requer o vale transporte no período em que realizou seus serviços em seu próprio domicilio (home office), contudo a requerida sempre arcou com seus compromissos e obrigações do repasse do vale transporte. 
Desse modo, tem-se descabido o pleito de pagamento de vale-transporte, pois o fornecimento deste pelo empregador, consoante a melhor doutrina e jurisprudência, além de o desonerar do pagamento do aludido benefício em pecúnia ao empregador, o autoriza a descontar até 6% (seis por cento) do salário do empregado, o que nunca foi feito pela reclamada, haja vista que, em sua gestão, sempre primou pela política de valorização máxima de seus funcionários.
A propósito:
“(...) O vale-transporte é direito do trabalhador urbano, rural e doméstico, e visa custear as despesas de deslocamento no percurso residência/trabalho e trabalho/residência, através de transporte coletivo público urbano, intermunicipal ou interestadual, consoante dispõe o art. 1º da Lei nº. 7.418/1985 (...) Caso o empregador forneça diretamente o transporte ao empregado (seja através de veículo próprio, seja por meio de fretamento), fica naturalmente desobrigado de fornecer o vale-transporte” (RESENDE, Ricardo. Direito do trabalho esquematizado – 4ª ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014, p. 687, versão digital) – grifos nosso e do autor.
O pedido deverá ser julgado improcedente, uma vez que o vale-transporte somente será devido se o empregado realmente necessitar. Comono período ele laborou em casa, sem se deslocar para a empresa, não há que se falar em pagamento de vale-transporte. Nesse sentido é o art. 4º, da Lei 7418/85. Ademais, nos termos do art. 1º, IV, do Decreto 95.247/87 o empregado em domicílio somente receberá vale transporte em caso de deslocamentos indispensáveis à prestação do trabalho, o que não ocorreu no caso narrado.
 INTEGRAÇÃO DO VALE-CULTURA.
Conforme expressa o art. 458, § 2º, VIII, CLT, vale cultura não integra ao salario, sendo assim o pedido deve ser julgado improcedente.
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por fôrça do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. 
§ 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: 
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura. 
IV-DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) RENOVAÇÃO da preliminar de inépcia e o acolhimento da prescrição quinquenal bem como a extinção do processo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, II, do CPC, quanto às parcelas anteriores a 5 anos contados do ajuizamento da ação;
b) A improcedência de todos os pedidos formulados pelo Reclamante, condenando-o ao pagamento de custas processuais.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal do Reclamante, prova testemunhal e documental.
Nesses termos, pede deferimento.
Advogado.
OAB/UFS
DATA.

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