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Cidadania desde seu princípio foi atrelada a construção da democracia nas sociedades das mais variadas épocas históricas. Em cada período a cidadania assume um sentido de acordo com a realidade social da época. 
Para os gregos, a cidadania era exercida por aqueles que possuíam tempo disponível para participar ativamente da democracia direta. Avançando um pouco mais, para os romanos a cidadania era compreendida por meio de uma hereditariedade de direitos e deveres. Até a modernidade, a cidadania sempre foi contemplada dentro do âmbito político. 
No século XIII, temos o momento histórico onde foi redigida a Declaração dos Direitos dos Homens e Cidadãos, vinculando a partir de então a cidadania a uma série de direitos que o Estado deve dispor a todos de maneira igualitária.
Na modernidade a cidadania desdobra-se conceitualmente em direitos políticos, civis e sociais. Direitos civis se referem as liberdades individuais. Ir e vir, liberdade de crença, de acesso à justiça, direito a propriedade. Direitos políticos se referem a participação no governo e na sociedade. Direito ao voto, a participação e outras tomadas de decisão. Direitos sociais se referem a um certo patamar de bem-estar, ao acesso a bens materiais que são necessárias para a existência plena. O direito a educação, saúde, trabalho, lazer, etc.
No Brasil, desde o momento da Independência passamos por sete constituições que evidenciam fases político-econômicas e sociais do país ao longo dos quase 200 anos de proclamação da independência. Com isso, oscilaram as noções dos direitos que o Estado deveria oferecer aos cidadãos, a proteção desses direitos e em alguns momentos até mesmo a supressão deles.
Caminhamos no Segundo Reinado com uma série de leis, também influenciadas por pressão externa, que culminaram na abolição da escravidão tendo como marco a Lei Áurea aprovada em 1888. Além disso, a instituição de Parlamentarismo e inclusão Poder Moderador foram exemplos de direitos civis e políticos que começavam a tomar forma no Brasil.
O período republicano brasileiro começa logo em seguida, em 1889 até chegarmos na vigente constituição, a Constituição de 1988, que consolidou as bases do Estado Democrático de Direito, envolvendo a cidadania dentro das exigências da Declaração do Direito do Homem e Cidadão.
Ao longo desse percurso republicano, outro marco histórico de afirmação da cidadania foi o Decreto-Lei que legalizou a Consolidação dos Direitos do Trabalho (CLT) em 1943, já no Estado Novo. Na CLT unificou-se definitivamente todas as legislações trabalhistas brasileiras, regulamentando as relações empregatícias.
Todas essas conquistas só perduraram ao longo da história até o momento atual brasileiro, onde ainda não vivemos num Brasil Real em termos de cidadania, mas já possuímos uma série de conquistas protegidas pelo poder da sociedade, pela força da população em exigir e lutar por mudanças significativas por parte dos seus governantes.
O Brasil Ideal caminha lentamente em direção à um Brasil Real ao passo que a população se mobiliza para exigir seus direitos. Esse salto qualitativo passa a acontecer na proporção que participam das decisões executivas, legislativas e judiciárias do Governo pessoas que realmente representem sua população de maioria negra e parda, e maioria feminina, dando espaço para representantes de todas as minorias sociais terem a voz que necessitam.

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