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Cidadania Cidadania é a prática dos direitos e deveres de um(a) indivíduo (pessoa) em um Estado. Os direitos e deveres de um cidadão devem andar sempre juntos, uma vez que o direito de um cidadão implica necessariamente numa obrigação de outro cidadão. Conjunto de direitos, meios, recursos e práticas que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. A cidadania é a expressão máxima do direito, pois este existe para os cidadãos, e pode ser dividida em: Cidadania política - garantia de direitos à participação política (votar, ser votado, organização em sindicatos e movimentos sociais, etc.) Cidadania civil - garantia de direitos relativos á liberdade (liberdade de expressão, de locomoção, de credo e outras liberdades individuais) Cidadania social - garantia de direitos relativos à dignidade da vida humana (respeito aos direitos humanos, direito ao trabalho, à alimentação, à moradia, ao lazer, à saúde, à educação, etc.) Contudo, cidadania também significa obedecer às leis e às normas que se relacionam com a vida em sociedade e o bem comum. O conceito de cidadania: A palavra "cidadania" vem do latim civitas, que significa "cidade". Portanto, os cidadãos são aqueles e aquelas que coabitam e dividem os espaços públicos. Para isso, possuem os direitos civis, políticos e sociais que se desenvolvem a partir da ideia do que é melhor para o grupo social. Para o efetivo direito à cidadania, muitas vezes, os indivíduos devem cumprir alguns requisitos como: Nacionalidade - ter nascido ou estar equiparado aos nascidos em determinado território. Por exemplo, no Brasil, todas as pessoas nascidas no Brasil ou de pais brasileiros são considerados cidadãos, o mesmo acontece com estrangeiros que pedem sua naturalização. Idade - alguns direitos e deveres estão de acordo com a idade do cidadão. Por exemplo, obrigatoriedade da educação dos 4 aos 17, o direito ao voto nas eleições aos 16 anos e a maioridade civil aos 18. Estar em conformidade com a lei - os condenados à prisão possuem seus direitos políticos suspensos e são restritos os seus direitos à liberdade, Exemplos de direitos: saúde, educação, moradia, trabalho, previdência social, lazer. Exemplos de deveres: cumprimento das leis, eleição de governantes através do voto obrigatório, serviço militar obrigatório (no caso dos homens) pagamento de impostos. Historia: Grécia Antiga O termo cidadão nos transporta à Grécia Antiga. O direito à cidadania, na pólis (cidade-Estado) grega, significava discutir e tomar as decisões sobre os rumos da economia, da administração e dos assuntos militares do Estado. Desse modo, por meio da participação direta dos indivíduos, o destino do Estado era traçado. Essa participação direta funcionava da seguinte maneira: antes de serem aplicadas, as decisões necessitavam ser aceitas por todos os cidadãos. Os assuntos da administração do Estado que precisavam de uma solução eram expostos ao grupo. O problema era discutido em público e todos cidadãos podiam colocar suas opiniões. As alternativas para se resolverem as preocupações do governo eram buscadas e, a seguir, votadas. Nesse período da história, cidadania significa o direito do indivíduo de expressar suas opiniões sobre as decisões do Estado e votar, conforme a sua vontade. Essas atitudes qualificam as pessoas que as praticam, que são os cidadãos. No entanto, é preciso que tomemos alguns cuidados! Em primeiro lugar, vamos esclarecer: nem todo mundo era cidadão. Na Grécia Antiga, apenas os homens livres, não escravos, nascidos na Pólis e que lá viviam, tinham direito à cidadania. Por exemplo, em Atenas a maior parte da população – as mulheres, as crianças, os estrangeiros e os escravos – não tinha direito de participar das decisões do Estado, porque essas pessoas não eram consideradas cidadã. Idade Media: Na idade média com o feudalismo, a cidadania encontrou obstáculos, havendo inúmeros aspectos que inviabilizavam sua existência. O poder do feudalismo era administrado pela igreja católica e o exercício desse poder era hierárquico e inquestionável. Sob essa estrutura não poderia existir cidadania, pois entre os gregos a cidadania era a igualdade entre os homens e o direito de discussão e deliberação para resolver os conflitos, enquanto no feudalismo o poder era dividido de forma arbitrária e os ditos da igreja eram incontestáveis. Renascimento: O período entre o século XIV e XVI denominado Renascimento foi a época de transição do feudalismo para o capitalismo e foi marcado pelo ressurgimento da cidadania. Era considerado cidadão aquele que possuía o direito sobre as questões de cidade-estado. Tal direito não abrangia a todos, a cidadania era privilégio da elite dominante. Estado Liberal: Avançando pelos mares da história, nos séculos XVII e XVIII, no Estado liberal, em que são fundamentadas a criação de uma Constituição e a divisão dos poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário, o significado da palavra cidadania é um pouco alterado. Todo indivíduo proprietário de bens e de uma renda preestabelecida tem o direito de escolher, pelo voto direto, seus representantes. Por meio de um pacto político, os governados escolhem os governantes pelo voto direto. Uma vez escolhidos, somente a eles cabe a tarefa de criar e aplicar as decisões da administração do Estado. Cidadania Hoje: Aristóteles definiu o cidadão como todo aquele que tem o direito e consequentemente o dever de formar um governo, hoje ser cidadão abrange muito mais que isso. Ser cidadão é ter direitos e deveres e é ser reconhecido como um membro pleno e igual da sociedade. Já a cidadania é a conquista de tais direitos e o cumprimento dos deveres. É através da cidadania que o indivíduo pode exercer seu papel fundamental no desenvolvimento da sociedade, lutando por melhores garantias individuais e coletivas e por direitos essenciais como: o direito à vida, à liberdade, à propriedade, e à igualdade. Um fato marcante que elevou a cidadania ao que conhecemos hoje foi a Carta de Direitos da ONU (1948). Nela afirma-se que todos os homens são iguais perante a lei, independente de raça, credo e etnia. Confere-se o direito a um salário digno, à educação, à saúde, à habitação e ao lazer. Assegura-se o direito de livre expressão, de militar em partidos políticos, sindicatos, movimentos e organizações da sociedade civil. No que diz respeito aos deveres, a Carta estabelece que cabe aos homens fazer valer os direitos para todas as pessoas, ter responsabilidade pelo grupo social, respeitar e cumprir as normas e leis elaboradas e decididas coletivamente.
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