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Disciplina – Ergonomia Curso - Engenharia Mecânica Aula 04 – Biomecânica e Antropometria Profa. Roberta Martins Couto 2 INTRODUÇÃO A BIOMECÂNICA OCUPACIONAL A Biomecânica Ocupacional estuda os fatores que influenciam e controlam o movimento humano sob o ponto de vista dos movimentos músculo-esqueléticos envolvidos, e as suas consequências para o organismo humano. A Biomecânica desempenha um papel importante no estudo e na otimização do desempenho humano no trabalho, em particular nas tarefas de manipulação de cargas, nas posturas corporais no trabalho e na aplicação de forças. 3 INTRODUÇÃO A BIOMECÂNICA OCUPACIONAL Estuda os movimentos corporais e as forças relacionadas ao trabalho; Preocupa-se com as interações físicas do trabalhador e o seu posto de trabalho, máquinas, ferramentas e materiais; Trata da redução dos distúrbios musculoesqueléticos. 4 INTRODUÇÃO A BIOMECÂNICA OCUPACIONAL Trata de problemas relacionados aos postos de trabalho não adaptados aos trabalhadores ocasionando: Estresses Musculares; Dores; Fadiga; Lesões Osteomusculares Súbitas. 5 INTRODUÇÃO A BIOMECÂNICA OCUPACIONAL O movimento do corpo é realizado basicamente pela ação dos músculos sobre as estruturas ósseas; Dependência de um estímulo nervoso; 6 INTRODUÇÃO A BIOMECÂNICA OCUPACIONAL Os postos de trabalho mal dimensionados e as tarefas demasiado exigentes para os trabalhadores são normalmente os responsáveis pelas dores nas regiões lombar e cervical e nos ombros e as lesões resultantes de esforço repetitivos do pulso e do antebraço. 7 COMPONENTES DO SISTEMA MÚSCULO- ESQUELÉTICO Esqueleto – conjunto de ossos e cartilagens Sustentação do corpo; Locomoção; Proteção dos órgãos vitais. 8 COMPONENTES DO SISTEMA MÚSCULO- ESQUELÉTICO Articulações – Conexão do esqueleto Sede do movimento; 9 COMPONENTES DO SISTEMA MÚSCULO- ESQUELÉTICO Músculos e tendões – estrutura que realiza a movimentação corporal Contração; Tendões – fixam os músculos; 10 PRINCIPAIS MOVIMENTOS DO CORPO Flexão / extensão Aproximação ou afastamento entre dois segmentos; 11 PRINCIPAIS MOVIMENTOS DO CORPO Flexão / extensão Aproximação ou afastamento entre dois segmentos; 12 PRINCIPAIS MOVIMENTOS DO CORPO Abdução / adução Aproximação ou afastamento da linha mediana; 13 PRINCIPAIS MOVIMENTOS DO CORPO Rotação interna / externa 14 PRINCIPAIS MOVIMENTOS DO CORPO Outros: Inclinação da Coluna; Pronação / Supinação do cotovelo e antebraço 15 TRABALHO ESTÁTICO É aquele que exige a contração continua de alguns músculos, para manter uma determinada posição / postura; Isto ocorre por exemplo: Com os músculos dorsais e das pernas para manter a posição de pé; Com os músculos dos ombros e do pescoço para manter a cabeça inclinada para frente; Com os músculos da mão esquerda segurando a peça para martelar com a outra mão. 16 TRABALHO ESTÁTICO Irrigação dos músculos é feita pelos capilares sanguíneos. O sangue transporta oxigênio até os músculos e retira os subprodutos do metabolismo. Contração muscular Aumenta a pressão interna Provoca estrangulamento dos capilares 17 TRABALHO ESTÁTICO Músculo Contraído: Aumenta a pressão interna; Contração muscular entre 15 a 20% da força máxima do músculo. Circulação Normal 18 TRABALHO ESTÁTICO Contração muscular de 60% da força máxima Provoca ausência de circulação no interior dos músculos Fadiga muscular e dor Interrupção do Trabalho 19 TRABALHO ESTÁTICO Contração contínua de alguns músculos para manter uma determinada posição: Não produz movimento dos segmentos corpóreos; O músculo faz força parado; Gera dores e sinais de fadiga Ausência de oxigenação dos musculos; Liberação de ácido lático. Contrações podem ser aliviadas pela mudança de postura e relaxamento. 20 CONTRAÇÃO ESTÁTICA 21 TRABALHO DINÂMICO É aquele que permite contrações e relaxamentos alternados dos músculos, como, por exemplo, nas tarefas de martelar, de serrar, de girar um volante ou de caminhar. 22 TRABALHO DINÂMICO Contrações e relaxamento alternados dos músculos Ativa a circulação nos capilares; Aumenta o volume de sangue em até 20X maior resistência à fadiga Músculo recebe mais oxigênio 23 CONTRAÇÃO DINÂMICA 24 POSTURAS DO CORPO HUMANO Trabalhando ou repousando, o corpo humano assume três posturas básicas: Posição Deitado Posição Sentado Posição de Pé Em cada uma destas posturas estarão envolvidos esforços musculares para manter a posição relativa de partes do corpo. 25 PRINCIPAIS SITUAÇÕES DE SOBRECARGA BIOMECÂNICA Todas as situações em que o trabalhador tenha que exercer grande força física; Exemplo de situações de esforço estático: Corpo fora do eixo vertical; Sustentação de cargas ou de peças pesadas com os membros superiores; Postura de pé, parado; Postura de pé, apoiado sobre um dos pés; Trabalhos feitos com os braços acima do nível dos ombros; Sentado em posição estática; Atividades de alta precisão ou exatidão. 26 PRINCIPAIS SITUAÇÕES DE SOBRECARGA BIOMECÂNICA Todas as situações de alavanca biomecanicamente desfavorável Pequena distância entre potência e o ponto de apoio Grande distância entre resistência ao ponto de apoio Todas as situações de esforço muscular excêntrico; Todas as situações em que se inicia uma atividade moderada ou intensa sem aquecimento; Qualquer situação em que o trabalhador tenha que ficar sentado durante toda a jornada. ANTROPOMETRIA Prof. Roberta Couto Análise Ergonômica do Trabalho 28 INTRODUÇÃO A Antropometria é a disciplina que descreve as diferenças quantitativas das medidas do corpo humano, estuda as dimensões tomando como referência distintas estruturas anatômicas e serve como ferramenta para a Ergonomia com o objetivo de adaptar o entorno às pessoas. 29 INTRODUÇÃO A Antropometria é o estudo das dimensões do corpo humano e é fundamental para a ergonomia, no desenvolvimento de máquinas, equipamentos e ferramentas que serão manuseadas pelo homem (GERTZ, 1998). 30 INTRODUÇÃO Uma das grandes aplicabilidades das medidas antropométricas na ergonomia é no dimensionamento do espaço de trabalho, sobre vários aspectos: Limites físicos do homem: posturas, raios de ação, esforços musculares; Exigências quanto aos dispositivos e comandos; Exigências quanto às informações a prestar ao operador. 31 INTRODUÇÃO A Antropometria se divide em: Dinâmica Estática Funcional 32 ANTROPOMETRIA DINÂMICA Mede ao alcance dos movimentos. Os movimentos de cada parte do corpo são medidos mantendo-se o resto do corpo estático. 33 ANTROPOMETRIA ESTÁTICA Mede a diferença estruturais do corpo humano, em diferentes posições, sem movimento. Ela deve ser aplicada ao projeto de objetos sem partes móveis ou com pouca mobilidade, como no casos do mobiliário em geral. Principais variáveis usadas em medidas de antropometria estática do corpo 34 ANTROPOMETRIA FUNCIONAL Está relacionada com as medidas associadas à execução de tarefas específicas. O alcance das mãos não se limita ao comprimento dos braços, pois ele envolve também o movimento dos ombros, rotação do tronco, inclinação das costas e o tipo de função a ser exercida pelas mãos. 35 ANTROPOMETRIA Origem: A importância das medidas ganhou especial interesse na década de 40,provocada pela necessidade da produção em massa. Aplicabilidade: Uma das grandes aplicabilidades das medidas antropométricas na ergonomia é no dimensionamento do espaço de trabalho; Objetivos: Conhecer as medidas dos funcionários de modo a fornecer aos projetistas dos postos de trabalho podendo evitar que as dimensões dos postos obriguem o trabalhador a dobrar as articulações em ângulos – limite. 36 INFLUÊNCIAS NA ANTROPOMETRIA Idade: Quanto mais idade, menos mobilidade terá o corpo; Região onde nasceu: Um indivíduo nascido no sul tem medidas diferentes dos nascidos no Nordeste. 37 INFLUÊNCIAS NA ANTROPOMETRIA Sexo: homem ou mulher; Variações extremas: 38 AS PESQUISAS DE SHELDON Uma das demonstrações mais interessantes das diferenças interindividuais, dentro da mesma população, foi apresentada por Willian Sheldon (1940). A análise desta fotografia, combinada com os estudos antropométricos, levou Sheldon a definir três tipos físicos básicos, cada um com suas características dominantes: Endomorfo Ectomorfo Mesamorfo 39 ENDOMORFO Tipo físico de forma arredondada e macias, com grandes depósitos de gorduras. Em sua forma extrema, tem a característica de uma pera. O abdômen é grande e cheio e o tórax parece ser relativamente pequeno. Braços e pernas são curtos e flácidos. Os ombros e a cabeça são arredondados. Os ossos são pequenos. 40 ECTOMORFO Tipo físico de formas alongadas. Tem corpo e membros longos e finos, com um mínimo de gordura e músculos. Os ombros são mais largos, mas caídos. O pescoço é fino e comprido, o rosto é magro, queixo recuado e testa alta e abdômen estreito e fino. 41 MESAMORFO Tipo físico musculoso, de forma angulosas. Apresenta cabeça cúbica, maciça, ombros e peitos largos e abdômen pequeno. Os membros são musculosos e fortes. Possui pouca gordura subcutânea. 42 PRÓXIMA AULA Projeto do Posto de trabalho