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Histologia Oral

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MATÉRIA PARA A1 
 
24/08/2016 
 
Anatomia dentária básica. 
 
Dente X Periodonto 
O que fica exposto no dente é a coroa. 
A gengiva é a parte exposta do periodonto 
 
Anatomia externa (macroscópica) 
 
Constituição do dente: 
 Coroa e raiz 
 Margem cervical (é a linha que separa a coroa da raiz) 
A coroa é dívida em terços 
1º terço é a parte oclusal (molares e pré-molares) ou incisal (incisivos e caninos) 
2º terço é o terço médio 
3º terço é o terço cervical 
A raiz também é dividida em terços 
1º terço é o terço cervical 
2º terço é o terço médio 
3º terço é o terço apical 
 Anatomia variada (forma e tamanho) 
 Histológica idêntica 
 
Esmalte 
 Recobre a coroa anatômica (que vai da parte cervical até a parte oclusal ou incisal) 
 Tecido mais mineralizado do corpo humano (sendo um tecido exclusivo do dente) 
 Cristais de hidroxiapatita 
 Pouca resistência a fraturas (devido sua alta dureza) 
Esmalte histologicamente 
 Constituído por prismas ou bastões 
 Desprovido de vascularização, inervação e células 
 Permeável a troca iônica 
 Não pode se regenerar 
 
Dentina 
 Tecido que ocupa o maior volume 
 Apoia o esmalte e compensa a sua fragilidade (servido como um amortecedor do esmalte) 
 Tecido duro, elástico e colagenoso 
(Abriga a polpa dentária) 
 Avascular 
 Celular e enervado 
 Auto reparadora 
 Complexo Dentina polpa 
 
Lesão inicial da destina 
A progressão da cárie na dentina é mais rápida que no esmalte. 
 
 
31/08/2016 
 
A dentina se porta de maneira diferenciada através de uma lesão de cárie, por não ser tão mineralizada como o 
esmalte. A dentina é a que abriga a porção viva do dente (tecido conjuntivo propriamente dito, não mineralizado) 
que fica no seu interior, que na coroa fica na câmara pulpar e nas raízes se abriga no interior de canais (canais 
radiculares), esse tecido conjuntivo propriamente dito que encontramos dentro da dentina é chamado polpa. A 
polpa dentária forma com a dentina um complexo, chamado complexo dentina-polpa. 
É considerado um complexo pois a polpa e a dentina são duas estruturas interligadas histologicamente e são 
formadas conjuntamente no germe dentário. 
A dentina é avascular, os vasos sanguíneos que estão presentes no tecido conjuntivo não chegam a dentina, porém 
ela é celular, pois as células que produzem a dentina estão na polpa e é um tecido inervado. Os vasos sanguíneos 
não chegam a dentina, mas as fibras nervosas chegam. Sendo assim qualquer processo odontológico que envolva a 
dentina há a necessidade de anestesiar. 
 
A dentina por ser menos mineralizada que o esmalte, ela vai se comportar diferente diante uma lesão de cárie. A 
progressão da cárie no esmalte é mais lenta do que na dentina. 
 
Técnica radiológica – interproximal ou Bite wing serve para observar a cora dos dentes. 
 
Lesão incipiente. 
 
 Polpa dentária é o tecido conjuntivo não mineralizado que fica dentro da dentina, em condições normais a polpa 
nunca poderá ser observada por estar dentro de uma câmara mineralizada. É um tecido muito inervado e 
vascularizado e por isso que a dor de dente dói muito, e faz comunicação com todo o organismo. Todo feixe 
vasculho nervoso penetra pelo forame apical. É por esse forame que haverá toda a comunicação da polpa com o 
restante do organismo. Por isso qualquer infecção odontogênica pode se disseminar para qualquer lugar do 
organismo. 
 
A cárie nem precisa chegar a polpa para causar grandes danos, só de estar próximo a dentina já causa dor. Pois a 
dentina é muito impermeável, deixando tudo o que está em sua superfície passar para a polpa. As bactérias que 
estão colonizando a dentina, liberam pedaços da sua parede celular e isso é totalmente tóxico, chegando na polpa e 
causando pulpite (inflamação da polpa). Quando essa polpa está inflamada e infectada temos que entrar com um 
procedimento chamado Endodontia (tratamento de canal), retirando toda a polpa. Esvaziando todo o conteúdo da 
câmara pulpar e dos canais radiculares com uma lima, feito isso, é realizado uma obturação, fechando 
hermeticamente o canal e a câmara pulpar. 
 
Obturação é somente através do tratamento de canal e tratamento na borda incisal ou coral é chamado de 
restauração. 
 
O dente deve ser extraído quando há uma destruição coronária muito extensa, não sendo possível realizar uma 
restauração proteticamente. 
 
Quando é realizado o tratamento de canal a dentina perde o seu poder de reação, por não ter mais a polpa que é o 
gerador de dentina. 
 
 
Periodonto 
 
Sustentação: 
 Cemento – tecido que recobre a dentina radicular 
 Osso alveolar – é o osso que vai sustentar a raiz ou as raízes do dente 
 Ligamento periodontal – é o tecido que faz a conexão entre o osso alveolar e o cemento. Articulação estilo 
gonfose. 
 
Proteção: 
 Gengiva livre e inserida 
- Livre - é a gengiva que faz contato com o esmalte 
- Inserida – é inserida no periósteo do osso alveolar. 
 Cutícula primária - existe somente no período até a erupção dentária. 
 
Periodonto é a estrutura que abriga o dente. 
 
Periodontites – infecções bacterianas que afetam o Periodonto. 
Podemos ter: 
- Gengivites 
- Reabsorção óssea 
Grandes responsáveis por essas infecções são causados por cálculos (tártaro). 
 
Tem grande interação na carga genética. 
 
Coroa anatômica – inicia-se na junção cemento-esmalte e vai até a borda incisal. 
Coroa clínica – Vai da margem gengival livre até a borda incisal. 
 
 
Embriologia da cavidade oral 
Entre o 24º e 38º dias, a face está em pleno desenvolvimento, e já pode ser notado o aparecimento do tecido 
responsável pela gênese dentária, tireóide e componentes da cavidade oral, como a língua e o palato. 
1. Aumento da atividade proliferativa das células do epitélio oral 
2. Mudança na orientação do plano de clivagem das células em divisão 
3. Invasão do epitélio oral em direção do ectomesênquima 
 
 
Odontogênese 
 
A odontogênese se inicia na fase de embrião a partir da 6ª semana. 
 
Somente a partir da 4ª semana o sistema digestivo começa a se dilatar para começar a deglutição do líquido 
amniótico. Na 4ª semana rompe a membrana bucofaringeo e o embrião começa a beber o líquido amniótico e esse 
estimulo causado pela presença desse líquido amniótico no sistema digestivo, mesmo ainda sendo primitivo. Acelera 
o desenvolvimento. 
 
Diferenciação celular é a transformação de uma célula embrionária primitiva em uma célula capaz de desempenhar 
uma função. 
 
Até a 4ª semana temos poucas diferenciações celulares. 
 
Ectoderma – forma a pele, sistema nervoso (SNC e SNP) 
Mesoderma 
Endoderma 
 
Ectomesêquima – é o quarto folheto germinativo. É de onde vai surgir os tecidos dentários 
 
Quando termina a odontogênese? 
Inicia-se a partir do 28º dia e vai até os 15 ou 16 anos. 
 
 
A glândula tireoide tem início da sua formação na boca. E a partir da continuação da forração da cabeça do embrião, 
ela vai imigrando a partir de um ducto até a região de destino. 
Existe uma patologia chamada tireoide lingual, onde forma-se uma bola no terço posterior da língua. Sendo a 
tireoide que não imigrou da região de origem, permanecendo na língua. 
A boca primitiva não apresenta nada, pois as células ainda são primitivas. 
Todo forro da boca primitiva do embrião é chamado de epitélio oral primitivo. 
O dente e o periodonto é formado através do epitélio oral primitivo junto com ectomesênquima. Esses tecidos que 
irão realizar a odontogênese a partir de trocas e informações celulares, essas informaçõesirão acontecer a partir de 
liberações de fatores de crescimento. 
Isso irá acontecer inicialmente como um aumento da proliferação das células do epitélio oral fazendo divisão celular 
e vão se dividindo em direção ao ectomesênquima para iniciar a formação do dente. Essa proliferação começa de 
anterior para posterior na boca toda do embrião. Assim podemos ver que não embrião não apresenta o palato duro 
formado mantendo aberto a comunicação da cavidade oral com a fossa nasal, mas já começamos a ver que na boca 
do embrião já tem um crescimento epitelial que se estende para posterior aparentando uma ferradura, a parte 
aberta da ferradura fica voltada para trás. 
É nessa estrutura parecida com uma ferradura que irá começar a surgir vários botões de germe dentário. Essa 
estrutura com aparência de estrutura chama-se banda epitelial primária. 
 
Banda epitelial primária 
Definição: é uma estrutura proveniente da proliferação das células do epitélio oral primitivo em direção ao 
ectomesênquima, tendo uma forma de ferradura. Com sua porção aberta voltada para posterior tanto no arco 
inferior e tanto no arco superior do embrião. 
 
Quando a banda epitelial primária prolifera e invade o ectomesênquima ela se divide formando duas estruturas que 
chamamos de lâminas. Então termos duas lâminas, a lâmina vestibular e a lâmina dentária. 
 
Formação das lâminas 
 
Lâmina vestibular 
 É formada por um uma extensão da banda epitelial primária. 
 É caracterizada por uma proliferação de células para o interior do Ectomesênquima. 
 É formada por uma extensão da banda epitelial primária. 
 É caracterizada por uma proliferação de células para o interior do Ectomesênquima. 
 Têm suas células centrais ativadas para apoptose, formando o fundo de vestíbulo. 
 
 
Lâmina dentária 
 É formada por uma extensão da banda epitelial primária. 
 É caracterizada por uma invasão das células do epitélio oral para o ectomesênquima. 
 Formará os dentes decíduos e permanentes, seguindo as fases de broto, capuz e campânula para poder 
realizar a diferenciação das células, para serem capazes de formar os tecidos dentários. 
 
Em relação a lâmina dentária marque a alternativa incorreta: 
( ) é formada pela extensão da banda epitelial primária 
( ) é caracterizada por uma invasão das células do epitélio oral primitivo para ectomesênquima 
( ) formará os dentes decíduos e permanentes, seguindo as fases de broto, capuz e campânula 
( x ) formará os dentes decíduos, seguindo as fases de broto, capuz e campânula 
 
A lâmina dentária depois que realiza o papel dela de formar os germes dentários seguindo as fases de broto, capuz e 
campânula ela tem que sumir, sofrendo apoptose. Pois caso ela permaneça presente pode geral cistos 
odontogênicos e isso vai geral um problema muito grande. 
 
Patologias associadas à lâmina dentária 
 Cisto gengival do adulto (restos de serres) 
 Cisto de erupção 
 Cisto periodontal lateral 
 Cisto gengival do recém-nascido (pérolas de Epstein e Nódulos de Bohn) 
 Cisto odontogênico ortoceratinizado 
 Ceratocisto odontogênico 
 
Anodontia – quando a lâmina dentária não projetou o germe dentário para o desenvolvimento daquele dente, o 
sujeito não irá apresentar dente naquela região. 
 
14/09/2016 
 
Fase de broto (botão) 
As células ainda são primitivas. São células epitélio oral primitivo e do ectomesênquima sem qualquer diferenciação 
da sua forma ou função. 
 Primeira invasão oriunda da lâmina dentária para o interior do ectomesênquima do primeiro arco 
 Não há alterações na forma ou função das células 
 Nota-se uma condensação ectomesenquimal abaixo do broto 
- Por parar a produção de matriz extracelular, ocorre a condensação. E isso vai trazer por consequência a 
transição da fase de broto que ainda é uma fase primitiva, para uma segunda fase chamada de fase de 
capuz. A transição da fase de broto haverá várias células do broto contornando o ectomesênquima 
condensado, continuando a proliferação ao redor do ectomesênquima condensado e o objetivo dessa 
proliferação é justamente abraçar completamente esse ectomesênquima condensado. 
 
Fase de capuz 
 Aumento da densidade celular ectomesenquimal adjacente ao broto em crescimento 
 A condensação ectomensenquimal é causada por um grupo de células ineficaz na produção de substâncias 
extracelular, e por este motivo não se afastam 
 A condensação do ectomesênquima, faz com que as células do broto contornem a região formando um 
capuz 
A fase de capuz ainda é uma fase primitiva devido as células ainda serem ineficazes na produção de matriz de tecido 
dentário. 
 
 
Fase de campânula 
É nessa fase que haverá a diferenciação das células tornando-as capazes de produzir tecidos dentários. 
Na transição da fase de capuz para a fase de campânula ela já demostra claras modificações celulares. Pois na fase 
de campânula haverá as modificações no capuz que irão dá início a uma diferenciação celular e já possível observar 
os 3 componentes que irão da origem ao germe dentário, ou seja, a estrutura complexa embrionária que irá 
apresentar células que serão capazes para produzir esmalte e dentina, que são os tecidos dentários. 
 É caracterizada por modificação na estrutura do capuz, notando-se o aparecimento dos 3 componentes que 
formarão o germe dentário: 
 Órgão dentário – é formado pelo capuz epitelial e originará o esmalte (é o capuz na fase de campânula) 
 Papila dentária – é formado pelas células ectomesenquimais condensadas e originará polpa e dentina 
 Folículo dentário – é formado pelo ectomesênquima que capsula o órgão dentário e originará os tecidos de 
suporte do dente (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar) 
 
Órgão dentário 
É formado de 4 camadas de células: 
Epitélio Externo – Sendo constituída por células pavimentosas, tem a função de isolar o germe dentário do 
ectomesênquima. 
Retículo estrelado – Tem aparência de ectomesênquima, mas sendo diferenciada devido as células estarem ligadas 
umas às outras. Entre uma célula e outra forma-se um líquido, que é formado por lipídeos. Essa estrutura forma um 
líquido tissular entre as células que servirá de nutrição para as células por muito tempo. Pois essa estrutura fica isola 
pelo epitélio externo e a vascularização sanguínea não consegue chegar até essa camada. 
Estrato intermediário – Apresenta altas concentrações da enzima fosfatase alcalina (preciptadora dos cristais de 
fosfato de cálcio). 
Quando temos altas concentrações da enzima fosfatase alcalina é porque haverá grande quantidade de minerais no 
tecido. 
Epitélio interno – É a camada mais importante por ser a estrutura em que terá as células se diferenciando nas 
células produtoras de esmalte. 
 
Obs.: Grande parte das camadas do órgão dentário servem para abrigar e proteger o epitélio interno e que irão de 
desfazer com o tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Folículo dentário 
É o ectomesênquima que não se condensou 
 É constituído pelo ectomesênquima que rodeia o germe dentário 
 Formará o periodonto de inserção (sustentação) do dente (cemento, ligamento periodontal e osso 
alveolar) 
 
Papila dentária 
 Células densamente agrupadas 
 Matriz com aspectos de delicado retículo (tecido frouxo) 
 Vasos sanguíneos mais calibrosos na região central 
 Fibras nervosas na região central 
 Pequenos vasos na região periférica 
 Após a formação do tecido mineralizado (dentina e esmalte) a papila passa a se chamar polpa dentária. 
 
Alça cervical 
Epitélio Interno 
Epitélio externo 
Estrato intermediárioRetículo estrelado 
Lâmina dentária 
Epitélio oral 
 
As células do centro da papila dentária são formadas por fibrócitos e fibroblastos. 
 
A papila dentária só é chamada de polpa dentária a partir do momento em que apresentar células totalmente 
diferenciadas produzindo dentina e esmalte. Até isso acontecer a polpa ainda será chamada de papila dentária. 
Na periferia da papila dentária apresenta irá ter células se diferenciando e se especializando na produção de dentina. 
 
O epitélio interno e as células da periferia da papila dentária estão em intimo contato separados apenas por uma 
membrana basal. E o epitélio interno irão se diferenciar nas células produtoras de esmalte e as células da papila 
dentária irão se diferenciar em células produtoras de dentina. Onde se formará uma emenda entre a dentina e o 
esmalte. 
 
A dentina irá se formada em direção centrípeta (p/ centro), a dentina é formada a vida toda do indivíduo e o esmalte 
é formado na direção centrifuga (p/ extremidade). 
Dentina é tecido celular 
Esmalte é tecido acelular 
 
Alça cervical 
 A região onde o epitélio externo e interno se encontram ao nível da borda formando um ângulo agudo 
 É o local onde, no final da fase de coroa, ocorrerá uma proliferação que constituirá a bainha radicular 
epitelial de Hertwig, que induzirá a formação da raiz do dente. 
 Da bainha radicular epitelial de Hertwig são formados os restos epiteliais de Malassez. 
Bainha radicular epitelial de Hertwig é uma estrutura indutora (é uma estrutura que induz as células vizinhas a se 
diferenciarem, mas ela mesmo não se diferencia em nada, com o tempo fazendo apoptose e sumindo). É uma 
estrutura epitelial formada na alça cervical e é responsável por induzir a formação da raiz do dente. 
 
Na alça cervical (epitélio externo e interno) com a formação da bainha radicular de Hertwig (coroa de células 
epiteliais). Essa coroa de células epiteliais é capaz de liberar fatores de diferenciação celular. Do lado de fora temos 
ectomesênquima não condensado que é o folículo dentário e do lado de dentro temos o ectomesênquima 
condensado que é a papila dentária. AI o processo começa pegando uma célula do lado de fora e dando um fator de 
crescimento e ela se diferencia em uma célula produtora de cemento. Ao mesmo tempo pego o fator de 
crescimento e dou para a célula da periferia da papila dentária e com isso se diferencia em uma célula produtora de 
dentina. As duas se unem e uma produz cemento e a outra dentina formando uma primeira camada de raiz e com 
isso vai avançando, pois, os restos dessas células vão ficando pelo meio. E com isso se pega mais uma célula do 
folículo dentário e outra da papila dentária e é formada mais um pedaço da raiz. E aí vai induzindo as células vizinhas 
até chegar o momento que ocorrerá a risogenêse (formação completa da raiz). A bainha radicular de Hertwig vai 
largando pequenos restos celulares pelo caminho que vão ficando no ligamento periodontal que também está sendo 
formado pelo folículo que está em desenvolvendo, esses restos de células se chamam restos epiteliais de Malassez. 
 
Histodiferenciação 
 É a modificação de um tecido. 
Para que haja a aposição dos tecidos (secreção dos tecidos mineralizados), para que haja dentinogênese e 
amelogênese é necessário que ocorra a histodiferenciação. Onde se tinha células primitivas (células primitivas da 
papila dentária e células do epitélio interno). A histodiferenciação irá tornar essas células diferenciáveis, capazes de 
produzir a dentina e o esmalte. 
Fase avançada de campânula (fase de coroa) – é a parte final da fase campânula. 
 
 
 
 
 
Histodiferenciação é um mecanismo de indução reciproca. 
 
Pré-odontoblasto é uma célula primitiva em diferenciação, não sendo ainda uma célula totalmente diferenciada. É 
responsável pela síntese do primeiro tecido mineralizado do germe dentário chamado dentina do manto. 
Função do pré-odontoblasto é formar a dentina do manto 
Dentina do manto – é formada por fibras de colágeno do tipo 1, fatores de crescimento e cristais de hidroxiapatita. 
Função: 
É uma estrutura indutora. Induzindo as células do epitélio interno a se diferenciar em células pré-ameloblasto. 
 
O odontoblasto é uma célula de longa vida. Iniciando essa vida deixando de ser uma célula ectomesenquimal 
indiferenciada, passando a ser um pré-odontoblasto formando a dentina do manto e como a dentina do manto tem 
uma função indutora, faz com que as células do epitélio interno se transformem em pré-ameloblastos. A partir daí o 
pré-odontoblasto irá terminar sua diferenciação e começará a apresentar um prolongamento de citoplasma e esse 
prolongamento não para de crescer. A dentina produzida a partir dos prolongamentos é totalmente diferente da 
dentina do manto, pois deixa de ser produzida pelas vesículas existentes na célula e começam a ser produzidas ao 
redor do prolongamento sendo chamada de dentina primária. 
 A dentina primária é produzida por uma célula totalmente diferenciada que é o odontoblasto e só deixa de ser 
produzida quando a raiz do dente estiver totalmente formada, a partir daí já é outro tipo de dentina que será 
formado. A dentina primária é uma dentina tubular, e esses túbulos é a dentina sendo produzida ao redor de um 
prolongamento chamado de prolongamento ou processo odontoblástico, esse prolongamento pode chegar a ter 100 
vezes o tamanho da célula 
 
Pré-ameloblasto não é capaz de produzir nada. 
 
Fase de Aposição 
 
Dentinogênese – inicia-se na fase de campânula onde a papila dentária vai ter células de sua periferia sendo 
diferenciadas em pré-odontoblastos que forma a dentina do manto, que é uma dentina com uma função indutora. 
Após sua diferenciação de pré-odontoblasto em odontoblasto apresenta um processo odontoblástico que pode ter 
até 100 vezes o tamanho do corpo da célula, a dentina formada pelo odontoblasto vai se diferenciar pela dentina 
tubular chamada dentina primária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dentinogênese 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfodiferenciação 
Onde um determinado ponto do germe dentário diferencia primeiro que os demais e com isso há uma elevação de 
uma borda incisal ou de uma cúspide. Que são os primeiros locais onde ocorreram a histodiferenciação. 
 
Amelogênese 
Acontece dentro período que começa na histodiferencição e termina quando o ciclo vital do ameloblasto terminar. 
Isso acontece antes de o dente erupcionar. O esmalte tem que estar pronto antes de o dente se erupcionar, sendo 
chamado de maturação pré-eruptiva. 
 
Fases funcionais dos ameloblastos 
 Morfogenética – paralisação das divisões mitóticas (significa que as células estão se diferenciando) e 
organelas citoplasmáticas para fins intracelulares 
Ainda não há ameloblastos presentes. Existe uma transição de epitélio interno em pré-ameloblasto. 
 Secretora – característica de célula sintetizadora de matriz orgânica, secreção de proteínas: amelogeninas 
(prolina) e não amelogeninas (fosfoproteínas glicosiladas ácidas, enamelinas, tufelina), glicoproteínas 
sulfatadas (ameloblastina, amelina, bainhalina) 
 Secretora final – deposição da primeira camada de esmalte, processo de tomes (organiza através de um 
polo secretor os cristais de hidroxiapatita que vão formar o esmalte prismático) e forte concentração de 
fosfatase alcalina 
 Maturação – queda na produção de matriz (começa a diminuir a produção de esmalte), atresia do processo 
de tomes (some, não conseguindo produzir os cristais hidroxiapatita tão bem organizados, sendo chamado 
de esmalte aprismático) 
 Proteção – involução dos ameloblastos, formação do epitélio juncional, formação do epitélio reduzidodo 
esmalte que isola a coroa do conjuntivo adjacente até a irrupção. 
Ocorre uma involução do ameloblasto, deixando de ser um ameloblasto e se tornando uma célula do epitélio. 
Transformando-se em uma célula comum epitelial, essas células epiteliais irão formar uma toca como um forro 
sobre o esmalte já formado, esse folículo formado que envolve o esmalte como se fosse uma embalagem vai se 
chamar epitélio reduzido do esmalte. 
O epitélio reduzido do esmalte é formado na fase de proteção dos ameloblastos, onde há involução da célula. E a 
partir daí essas células primitivas formam uma embalagem envolta do esmalte completamente já formado. Os 
dentes já estão prontos para erupcionar. No momento da erupção ele vai rasgar o epitélio oral desencadeando um 
processo inflamatório, sendo o único rompimento do epitélio fisiológico. E junto há o rompimento da embalagem 
que estava em volta do esmalte, com exceção da última camada do epitélio reduzido que fica próximo da JCE 
(Junção Cemento Esmalte), permanecendo e se fundindo com o epitélio oral formando uma porção do periodonto 
de proteção que fica intimamente relacionada ao esmalte (pedaço da gengiva livre que fica colada ao esmalte), essa 
porção se chama epitélio juncional. 
 
 
Ameloblasto
 
Dentina
 
Pré-dentina
 
Odontoblasto
 Papila dentária 
 
Pré-ameloblasto
 
Lâmina basal
 
Dentina do manto
 
Epitélio juncional funciona como um zíper. Ele zipa a gengiva ao redor do esmalte, para que nada se infiltre ao tecido 
conjuntivo. 
 
 
 
21/09/2016 
 
Complexo dentina – polpa 
 
Embriologicamente, histologicamente e fisiologicamente, dentina e polpa são considerados um conjunto 
ESTRUTURAL E FUNCIONAL. 
 
A melhor forma de estudar o complexo e o método de descalcificação, pois preserva a dentina e a polpa. A única 
parte que não pode ser estudada é o esmalte. 
 
Anatomicamente o complexo dentina-polpa funciona de uma forma simples. A anatomia interna, copia a anatomia 
externa, onde tudo que acontece na parte externa reflete na parte interna. 
 
Cada cúspide do dente está relacionada diretamente a cada corno pulpar (projeção da câmara pulpar). 
 
A dentina será produzida a vida toda do indivíduo, pois a célula que produz dentina (odontoblasto) vai permanecer 
na polpa a vida toda do indivíduo. O grande problema é que a produção de dentina não será sempre a mesma, ou 
seja, teremos tipos variados de dentina. 
 
Temos tipos variados de dentina: 
Dentina do manto – produzida pelo pré-odontoblasto e não possui túbulo. 
Dentina primária – formada ao redor do odontoblasto, possuindo diversos túbulos retilíneos. Sendo uma dentina 
tubular. Vai ser produzida até o apicogênese (formação do ápice radicular). 
Dentina reparadora – pode ser por estimulo fisiológico e patológico. 
 Fisiológico - através do atrito da mastigação. 
 Patológico - através de cárie. 
Esses estímulos irão modificar a estrutura da câmara pulpar. 
 
Dentina 
A dentina tem sua origem embrionária através do ectomesênquima. 
Odontoblastos (célula) 
 Localizados na periferia da polpa 
 Células que sintetizam a matriz orgânica (pré-dentina) 
 Células que promovem a mineralização, formando a dentina tubular, pelo prolongamento do odontoblasto 
 Sintetizam dentina por toda a vida do individuo 
 
Características 
 Celular/avascular 
Aspecto característico  túbulos dentinários atravessam toda sua espessura e contem prolongamentos 
citoplasmáticos dos odonoblastos 
 Inervada  apresenta poucas fibras nervosas amielínicas  penetram nos túbulos dentinários na sua 
porção pulpar 
 Elástico  flexibilidade 
 Opaca  cor branca amarelada 
Esmalte translúcido  luz atravessa e é refletida pela dentina 
 Tecido que compõe a maior parte do dente (maior volume) 
 Tecido mineralizado  mais que o osso e menos que o esmalte 
 Localizada abaixo do esmalte  dentina coronária 
 Localizada abaixo do cemento  dentina radicular (odontoblasto menores) 
 Permeável  túbulos e canalículos dentinários (um túbulo se comunicam com outro, através dos 
canalículos) 
 Composição: 
70% material inorgânico  cristais de hidroxiapatita 
20% material orgânico  colágeno I, glicoproteínas e proteoglicanas 
10% água (fluido liquor dentinário) – fica dentro do túbulo dentinário 
 
Dentro do túbulo dentinário nós temos os seguintes componentes: 
 Fibras nervosas amielínicas 
 Fluido liquor dentinário 
 Processo odontoblástico 
 
Os odontoblastos são presos uns aos outros através de desmossomos ficando justapostos. E apresentam células 
alongadas. 
 
Na morfodiferenciação ocorrerá a histodiferenciação no primeiro local onde se formará a futura borda incisal ou 
cúspide, determinado a morfologia do elemento dentário em questão, sendo assim atuação de fatores de 
crescimento sobre essas células será muito mais expressiva dando origem as células mais diferenciadas e mais 
capazes na produção de matriz. 
 
Funções da dentina: 
 Envolve e protege a polpa dental 
 Apoiar o esmalte prevenindo fraturas 
 Apoiar o cemento radicular 
 Confere sensibilidade ao dente 
Sensível a estímulos: calor, trauma e pH ácido  todos percebidos como dor 
 
Matriz orgânica 
Composição: 
 Colágeno I  90%; colágeno III, IV, V e VI 
 Osteonectina e osteopontina; proteína Gla 
 Proteína do soro: albumina, fosfolipideos e fatores de crescimento 
 Fosforina dentinária (DPP); proteína da matriz dentinária 1; sialproteína dentinária (DSP) 
 GAGs: sulfato de condroitina 4 e 6 
 
Matriz inorgânica 
Composição: 
 Cristais de hidroxiapatita 
 Fosfatos, carbonatos e sulfatos 
 Oligoelementos: flúor, cobre, zinco e magnésio. 
 
 
Pré dentina 
 (Matriz não mineralizada do odontoblasto) 
 É uma camada não mineralizada que permanece no dente adulto separando os odontoblastos da dentina 
mineralizada. 
 É constituída principalmente por fibrilas de colágeno, proteoglicanas e GAGs. 
 Nos casos de necrose pulpar essa camada degenera devido a sua natureza orgânica. 
 
 
Tipos de dentina 
Dentina do manto 
Dentina primária 
Dentina secundária – através de estimulo fisiológico 
Dentina terciária - através de resposta patológica 
 
Dentina do manto 
 É formada por odontoblastos em diferenciação (pré-odontoblasto) 
 Forma a junção amelo-dentinária 
 Rica em fibras colágenas do tipo I – que serve de arcabouço para os cristais de hidroxiapatita. 
 As fibras são “cimentadas” pelas vesículas da matriz e fortificadas com cristais de hidroxiapatita 
 
DENTINA 
Estrutura 
- Dentina peritubular ou intratubular - forma a parede do túbulo 
Maior conteúdo mineral, cerca de 80% 
 
- Dentina intertubular - fica entre um túbulo e outro, ficando mais longe processo odontoblasto 
Maior conteúdo de colágeno 
 
Dentro dos túbulos da dentina encontramos prolongamento do odontoblastos e fibras nervosas amielinizada. 
 
Dentina primária 
 Possui túbulos retilíneos. 
 É a dentina formada até o fechamento do ápice radicular 
 Compreende, portanto, a dentina do manto e uma nova camada de dentina formada por odontoblastos já 
diferenciados e por tanto contendo em sua estrutura túbulos dentinários. 
 
Dentina secundária 
 É formada mais lentamente e após o fechamento do ápice radicular em resposta à estímulos fisiológicos. 
 É estruturalmente parecida com a dentina primária, porém apresentam leve mudança na direção dos 
túbulos. 
 
Dentina terciária 
 É formada por células diretamente afetadas pela agressão da polpa, originando-se, na maioria das vezes, um 
tecido do tipo osteóide. 
 Sua arquitetura depende da intensidadee do tempo que foi aplicado o estimulo, podendo apresentar 
túbulos tortuosos ou irregulares, esparsos, ramificados ou até ausentes. 
 É produzida rapidamente em respostas a uma agressão: cárie, atrição ou preparos cavitários. 
 
A dentina terciária é pontual (focal), pois somente as células que forem diretamente afetadas pela agressão é que 
irão produzir a dentina terciária. 
 
A mais recente classificação divide a dentina terciária em: 
- Reacional – produzida por odontoblastos preexistentes. 
- Reparadora – produzida por odontoblastos recém diferenciados (odontoblastos secundários) 
 
Se a cavidade é profunda e no momento em que se passar a sonda e aquela região me apresentar resistência quer 
dizer que é a dentina terciária. 
 
É formada de forma emergencial, sendo muito rápido para se tornar um escudo protetor. Muitas vezes a dentina 
terciária possui aspecto de um tecido osteóide com túbulos ausentes. 
 
28/09/2016 
 
Complexo dentina-polpa 
Polpa 
Embriologicamente, histologicamente e fisiologicamente, dentina e polpa são consideradas um conjunto 
ESTRUTURAL E FUNCIONAL. 
 
A papila dentária deixar de ser papila e ser chamada de polpa dentária quando a dentina começa a ser sintetizada. 
 
 
Origem da polpa - Papila dentária 
 Ectomesênquima 
 Fibroblastos 
- Células que sintetizam a matriz extracelular da polpa 
São células que povoam a região central da polpa e são células responsáveis pela produção da matriz extracelular do 
tecido conjuntivo pulpar. 
 Odontoblastos 
- Localizados na periferia da polpa 
- Sintetizam DENTINA por toda a vida do individuo 
São células totalmente diferenciadas especializadas na produção de dentina que povoam a periferia do tecido 
pulpar. 
As principais células da polpa são os fibroblastos. 
Os odontoblastos ficam em sua periferia 
 
Características da polpa dentária: 
 Tecido conjuntivo frouxo (tem função de nutrir) – maior quantidade de substância fundamental e baixa 
quantidade de fibras. 
 Localizada na porção central do dente. 
 Preenche a câmara pulpar central e os canais radiculares  envolta pela dentina (raiz). 
 Contem vasos sanguíneos, linfáticos, nervos e terminações nervosas delimitadas pela dentina. 
 
Diga as características de um tecido pulpar jovem? 
R: Quantidade considerável de substância fundamental 
Dimuição de fibras no colágeno 
Grande quantidade de vasos sanguíneos 
Terminações nervosas e 
Vasos linfáticos 
 
Cite características de um tecido pulpar senil? 
R: Tecido conjuntivo denso fibroso 
Maior quantidade de fibras e menor quantidade de substância fundamental 
Observa-se uma diminuição da vascularização 
Diminuição da inervação 
Diminuição da capacidade de reação 
Diminuição da sensibilidade 
 
O odontoblasto produz todo tipo de dentina? 
R: Não, pois tem uma dentina que é produzida por uma célula ainda em diferenciação que é o pré-odontoblasto. E é 
a primeira camada de dentina produzida, que é a dentina do manto. 
 
Células que irão compor a polpa: 
 Odontoblastos (periferia) 
 Fibroblastos 
 Fibrócitos 
 Macrófagos 
 Células ectomesenquimais indiferentes – são células tronco, substituindo as células mortas. Servindo de 
células de reserva. 
 Células imunocomponentes – células visitantes (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, mastócitos, linfócitos) 
 
Lesão aguda – é encontrado uma maior quantidade neutrófilos na matriz. Pois são as células de defesa em maior 
quantidade e são as mais rápidas. 
Lesão crônica – há maior quantidade de linfócitos. 
 
Matriz extracelular: 
 Porção fibrosa  fibras colágenas e poucas fibras elásticas. 
- Fibras de colágeno tipo I, IV e VII 
- Fibras reticulares 
 
A polpa é a parte viva do dente que tem comunicação direta com o restante do organismo. A polpa se comunica com 
o restante do organismo através de um feixe vasculo-nervoso que penetra no ápice da raiz desse dente, chamado 
forame apical. 
 
Cite estruturas histológicas presentes na polpa periférica? 
R: Camada de odontoblastos. 
 
Qual a região da polpa dentária onde vou encontrar maior população de odontoblastos? 
R: No corno pulpar. Porque é o primeiro local onde houve a histodiferenciação. 
 
Anatomia pulpar 
 Polpa coronária > câmara pulpar. 
 Polpa radicular > canal (ais) radicular (es). 
 Forame apical > orifício no ápice do dente  permite entrada e saída do feixe vasculo-nervoso da polpa. 
 Durante os procedimentos restauradores, o tecido pulpar deve ser protegido, evitando sua exposição. 
 
Estrutura 
 Zona central 
 Zona periférica 
 
 
Polpa periférica 
 Células  odontoblastos 
 Seu corpo está situado na polpa e seu prolongamento no interior dos túbulos dentinários 
 Função: formar dentina 
 Está mais presente na coroa do que na raiz 
A maior quantidade de odontoblasto é encontrado no corpo pulpar. Por ser o primeiro local a ocorrer a 
histodiferenciação 
 
Polpa periférica – região subodontoblástica 
 (Serve como uma camada de auxilio e reserva) 
 Divide-se em zona pobre em células e zona rica em células 
 A zona pobre em células possui: plexo capilar, nervos e ramificações de células da região. 
 A zona rica em células possui: células indiferenciadas (stem cells) que enviam seus prolongamentos para as 
regiões central e pobre em células. 
 
Cite 3 estruturas histológicas presentes na região periférica do tecido pulpar? 
R: Dentina, pré-dentina, odontoblastos, camada subodontoblástica (zona pobre em células e zona rica em células) 
 
Polpa Central 
 Células: 
- Fibroblastos e fibrócitos 
- Células visitantes do conjuntivo 
- Células ectomesenquimais presas as paredes dos vasos 
 Substância fundamental 
 Tecido conjuntivo frouxo em situação singular no organismo 
 
Tecido conjuntivo pulpar vamos encontrar fibrócitos e fibroblastos, substância fundamental, vasos sanguíneos 
(arteríolas e vênulas) 
 
O tecido pulpar é um tecido conjuntivo em situação singular no organismo, pois é o único tecido conjuntivo que vai 
estar acondicionado dentro de uma câmara mineralizada. 
 
Inervação do dente 
 É formada por fibras sensitivas do nervo trigêmeo e ramos simpáticos do gânglio cervical superior. 
 Os feixes penetram nos forames apical e acessório e próximo a região subodontoblástica se ramificam 
formando o plexo nervoso de RASCHKOW (plexo que irá ramificar a polpa). 
 Alguns feixes desprovidos do revestimento das células de SCHWANN penetram junto a pré-dentina se 
enrolando ao processo odontoblástico e seguindo pelo inferior do túbulo dentinário. 
 
Suprimento vascular 
 É formado por artérias de pequeno calibre possuidores de parede fina e delicada provenientes das artérias 
alveolar superior e inferior 
 Essas artérias formam feixes que penetram pelos forames apical e acessório e formam anastomoses entre 
arteríolas e vênulas que carregam o sangue venoso no sentido contrário. 
 
Polpa 
Funções da polpa: 
 Formadora  produz a dentina que a envolve 
 Nutridora  nutre as estruturas pulpares que se estendem para a dentina 
 Protetora  servis  sensibilidade 
 Reparadora  produz dentina 
 
MATÉRIA PARA A2 
 
 
26/10/2016 
 
Esmalte 
 
Qual o nome dado a formação do esmalte durante a odontogênese? 
É o amelogenese 
 
A formação do esmalte é até a fase de maturação, onde finaliza a síntese de esmalte. 
 
Esmalte 
Particularidades: 
Origem: Ectoderma (epitélio interno). 
Estrutura indutora: Dentina do Manto. 
Localização: coroa anatômica. 
Composição: 96% matriz inorgânica e 4% matriz orgânica 
Formação em duas fases: secreção e maturação (pré epós eruptiva). 
Direção de formação: centrifuga (4 µm/dia). 
 
Principais íons encontrados: 
 Fosfato 
 Cálcio 
 Estrôncio 
 Magnésio 
 Fluoreto* 
*Normalmente está associado a construção dos cristais hidroxiapatita do esmalte. 
 
Características físicas 
 Alto conteúdo mineral consequentemente é um tecido duro, capaz de suportar as forças mecânicas 
aplicadas durante o seu funcionamento. 
 O esmalte é um tecido frágil, friável e sem maleabilidade alguma, por isso conta com a dentina para se 
apoiar e manter a sua integridade. 
 Alta translucidez, variando de amarelo claro ao branco acinzentado 
 Sua espessura varia, sendo no máximo de 2,5 mm nas pontas de cúspide e diminui em direção cervical. 
 
Fluoretação 
 É feita com o intuito de incorporar íons fluoreto ao cristal de hidroxiapatita, tornando-o mais resistente à 
dissolução ácida. 
 O uso do Flúor deve ser cauteloso 
 O fluoreto na superfície do esmalte, também reduz a energia livre nessa região, e assim, diminui a adsorção 
de glicoproteínas da saliva (dificulta a organização da placa bacteriana) 
 O Flúor intensifica as reações químicas que levam à precipitação do fosfato de cálcio. 
 
Estruturas histológicas 
 São de difícil visualização devido ao alto conteúdo mineral do esmalte. 
 Em estudos por desmineralização pelo método convencional são examinados, apenas um espaço vazio onde 
as estruturas maduras e mineralizadas se encontram e o material orgânico é removido, entretanto dentes 
em desenvolvimento revelam melhor as estruturas do esmalte em formação devido ao maior teor orgânico 
de sua matriz. 
 Os cortes preparados por desgaste podem ser estudados utilizando o microscópio óptico a luz transmitida. 
 A microscopia eletrônica é a melhor forma de estudar o esmalte, devido a sua definição e aumento 
revelando mais detalhes de sua estrutura. 
 
Estrias de Retzius (são ranhuras) 
 São linhas incrementais de crescimento. 
Ao corte longitudinal são vistos como uma série de bandas escuras que refletem sucessivas frentes de formação do 
esmalte. 
 Ao corte transversal são vistas como anéis concêntricos. 
São formadas como resultado de uma constrição temporário dos processos de Tomes associada ao correspondente 
aumento na face secretora do esmalte entre os bastões em formação. 
 
Estriações transversais 
 Indicam uma variação na atividade secretora diária dos ameloblastos (4µm/ dia). 
 Parecem bandas periódicas com intervalos de (4µm). 
 Se confunde com os cortes oblíquos dos bastões tornando seu estudo difícil. 
 
4µm corresponde a 24h de secreção de esmalte pelo ameloblasto. 
Qualquer alteração da normalidade pode desencadear um defeito de esmalte. 
 
Bandas de Hunter Schreger 
 São um fenômeno óptico produzido somente por uma mudança na direção dos bastões observados nos 4/5 
internos do esmalte 
 São vistas na microscopia óptica como bandas alternadas claras e escuras que podem ser invertidas por uma 
mudança na iluminação incidente 
 
Cite três estruturas histológicas visíveis ao microscópio óptico do esmalte? 
R: Estrias de Retzius, estriações transversais e bandas de Hunter Schreger. 
 
Esmalte nodoso 
É um entrelaçado em arrumação aparentemente complexa na cobertura das cúspides dos dentes. 
 
Áreas de prisma com trajeto bastante irregular e sinuoso, presente nas regiões incisais e pontas de cúspides 
 
Tufos 
Os tufos projetam-se a partir da JAD por uma curta distância do esmalte parecendo ser ramificado e parecendo ter 
mais proteína do esmalte do que o resto do esmalte 
 
São áreas prismáticas e interprismáticas hipomineralizadas. Surgem na junção com a dentina e entram no esmalte 
num curto trajeto. São numerosos e seguem o trajeto dos prismas. Têm aspecto ramificado. 
 
Lamelas 
Estendem-se por várias profundidades a partir da superfície do esmalte, constituindo em defeitos lineares 
longitudinalmente orientados, preenchidos com proteínas do esmalte ou resíduos orgânicos oriundos da cavidade 
bucal. 
 
Áreas com maior concentração de matérias orgânicas, que se estendem da junção com a dentina até a superfície do 
esmalte. Podem seguir ou não o trajeto dos prismas. 
 
JAD X Fusos 
São formados por alguns processos odontoblásticos recém formados que penetram por entre os ameloblastos 
vizinhos, quando começa a amelogênese, tornando-se aprisionado, para formar os fusos do esmalte. Tais estruturas 
não seguem a direção dos bastões de esmalte. 
 
Junção amelo-dentinária: face irregular, com socavações e reentrâncias 
Fusos: são projeções dos prolongamentos odontoblásticos para dentro do esmalte. Aspecto retilíneo. 
 
Periquimácias 
São depressões presentes na superfície do esmalte em forma de sulcos rasos causados pela terminação das estrias 
de Retzius. 
 
Alterações com a idade: 
 Desgastes em regiões de atrição 
 Cores mais escuras na superfície por pigmentações 
 Escurecimento dentinário 
 Menor permeabilidade 
 Fraturas 
 
Escovação traumática 
É quando há um traumatismo no esmalte e na gengiva provocada por falta de instrução. 
 
Antibióticos, cáries, fluorose, hipoplasias... 
 
Fase secretora: ameloblastos 
 Os ameloblastos cobrem toda a superfície do esmalte do dente que ainda não erupcionou. 
 O ameloblasto tem seu ciclo de vida bem definido durante a formação do esmalte o que implica em padrões 
de formação diferenciados. 
 Ao término de seu ciclo vital os ameloblastos formam uma película protetora (cutícula primária) que 
protege a coroa com esmalte já formado do periodonto de sustentação que já está terminando de se formar 
ao seu redor. 
 
Fase secretora: 
 Síntese e secreção da matriz orgânica do esmalte 
 Presença de enzimas 
 Presença de proteínas não colágenas 
 
Matriz orgânica 
Principal componente: 
 Enamelina (proteína ácida) forte afinidade pelo cristal. É uma proteína ácida que tem forte afinidade por 
cristais hidroxiapatita. Ela ajuda na agregação desses cristais. 
 Poros do esmalte: proteína + água. 
 Malha protéica associada à água ( camada de solvatação ) 
 
Fase secretora: enzimas 
 Serina proteases 
 Metaloproteinases 
 Fosfatases 
 
Matriz orgânica: proteínas 
 Enamelinas 
 Amelogeninas 
 Não amelogeninas 
 Fosfoproteínas glicosiladas acídicas (enamelina e tufelina) 
 Glicoproteínas sulfatadas (ameloblastina, amelina e bainhalina) 
 
Fase Secretora final 
 Deposição da primeira camada de esmalte prismático, processo de Tomes e forte concentração de fosfatase 
alcalina. 
É a fase que irá sintetizado mais esmalte e um esmalte mais resistente. Porque na fase secretora final ele apresenta 
uma projeção no seu citoplasma chamado processo de Tomes. 
A fosfatase alcalina é que será responsável por organizar no processo de Tomes um polo chamado polo secretor do 
ameloblasto. Nesse polo secretor a fosfatase alcalina vai organizar os cristais hidroxiapatita em uma direção 
especifica. 
 
 
 
 
Fases funcionais dos ameloblasto 
 
Morfogenética – paralisação das divisões mitóticas e organelas citoplasmáticas para fins intracelulares 
 
Diferenciação – pré-ameloblasto, inversão de polaridade, liberação de fatores de crescimento, vesículas de 
lisossoma que degrada a membrana basal, aparecimento de vilosidades, junções do tipo GAP e adesão por 
desmossomas 
 
Secretora – característica de célula sintetizadora de matriz, secreção de proteínas, amelogeninas (prolina) e não 
amelogeninas (fosfoproteínas glicosiladas ácidas, enamelinas, tufelina), glicoproteínas sulfatadas (ameloblastina, 
amelina, bainhalina) 
 
Fase de maturação: pré eruptiva 
 Caracterizada pelaadição de quantidades significativas de mineral acrescentado ao primeiro esmalte 
formado, substituindo o material orgânico e a água. 
 Os primeiros cristais adicionados a matriz de esmalte recém formada são provenientes da dentina e acaba 
formando uma primeira camada de esmalte altamente mineralizada e compacta. 
 
Secretora final – deposição da primeira camada de esmalte prismático, processo de Tomes e forte concentração de 
fosfatase alcalina 
 
Bastões de esmalte (prismas) 
 Esses bastões de esmalte são constituídos por cristalitos de hidroxiapatita comprimidos e alinhados. Os bastões 
são separados entre si por uma substância interprismática, também constituída por cristalitos de hidroxiapatita em 
uma direção diferente da encontrada nos prismas 
 
Bastões: 
 É a unidade básica do esmalte 5µm de largura. 
 Tem padrão de formação altamente organizado pela orientação dos cristais. 
 Tem o formato de bastão cilíndrico composto de cristais com longo eixos disposto, em sua maioria paralelos 
ao eixo longitudinal do bastão. 
 Os cristais mais distantes do eixo central dispõem-se em grau cada vez mais inclinado. 
 Na região interbastões os cristais estão em uma direção diferente das do bastão. 
 O limite onde os cristais do bastão encontram os da região interbastão em forma de ângulo é conhecido 
como bainha do bastão. 
 As bainhas dos bastões contêm mais proteína do esmalte do que outras regiões, porque os cristais que se 
encontram em diferentes ângulos não podem ser firmemente reunidos. Aparência de escama de peixe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Padrões de Esmalte 
 
Cabeça 
Bainha 
Cauda 
Esmalte prismático 
 Padrão predominante, formado por estruturas alongados denominados bastões ou prismas. 
 Localização: recobre a maior parte da dentina coronária, com exceção dos 1/3 cervicais dos dentes 
decíduos e permanentes. 
Ele está recobrindo pelo menos 2/3 da coroa eminente. Terço médio e terço incisal ou cervical (no terço cervical 
temos esmalte aprismático) 
 
Porem quando o dente é recém erupcionado, vamos notar uma fina camada de esmalte aprismático cobrindo o 
esmalte prismático que existe no terço médio e incisal. 
No terço cervical não haverá esmalte prismático por nunca ter possuído o processo de tomes. 
 
Fase de maturação: terminação lisa no polo secretor do ameloblasto origina um esmalte sem bastões (prisma) 
 
Fases funcionais dos ameloblastos 
Maturação – queda na produção de matriz, atresia do processo de Tomes 
 
Esmalte aprismático 
 Desprovido de prismas 
 Padrão menos encontrado 
 Cristais organizados paralelos entre si 
 Cristais estão dispostos perpendicularmente à superfície dentária 
 Localização 1/3 cervical dos dentes decíduos e permanentes e recobrindo o esmalte prismático da coroa de 
todos os dentes 
 Formado por ameloblastos que já perderam o processo de Tomes 
 Com o passar dos anos o esmalte aprismático vai se desgastando. 
 
Ameloblasto em involução 
Formação da última camada de esmalte – com a perda do processo de Tomes o esmalte formado será aprismático. 
 
 
Os padrões de esmalte diferem em: 
Localização 
Composição 
Estrutura 
 
 
Esmalte prismático X aprismático 
Proteção – involução dos ameloblastos, formação do epitélio juncional, formação do epitélio reduzido do esmalte 
que isola a coroa do conjuntivo adjacente até a irrupção 
Esmalte 
 
Fase de maturação pós eruptiva 
Definição - É um processo por um qual o esmalte dentário totalmente formado, entra em contato com o meio bucal 
participando do processo de desremineralização, incorporando cristais de hidroxiapatita mais resistentes as soluções 
acidas. E é um processo que vai durar por mais 2 ou 3 anos após a erupção do dente. 
Sendo o tamponamento de lamelas, diminuição da porosidade do esmalte, diminuição da permeabilidade do 
esmalte. 
 No momento da erupção dentária os ameloblastos são perdidos, tornando este tecido acelular e sem 
inervação ou vascularização, com isso, é impossível a gênese deste tecido. 
 Após a erupção dentária o esmalte não pode ser formado novamente, porém, ele pode fazer trocas iônicas 
com o meio bucal devido a sua permeabilidade agregando íons e se reparar de lesões causadas por 
processos de desmineralização. 
 Diminuição da porosidade do esmalte, tornando-o menos permeável. 
 Sua resistência à desmineralização é aumentada. 
 A maturação é intensa nos 3 primeiros anos e pode se estender até 20 anos após a erupção do dente. 
 
Quando o fluoreto tópico é aplicado à superfície do esmalte, ele torna-se mais resistente à dissolução em ácido 
como resultado da substituição por troca iônica do íon de fluoreto pelo radical hidroxila no cristal de hidroxiapatita. 
 
Defeitos da Amelogênese 
 Acontecem porque o ameloblasto é uma célula particularmente sensível a modificações no seu ambiente 
 Modificações fisiológicas menores provocam alterações estruturais somente detectados histologicamente 
(estados febris) 
 Injúrias mais graves podem perturbar grandemente a produção de esmalte, ou , mesmo provocar a morte 
dos ameloblastos e podem ser clinicamente observados (manchas por tetraciclina, hipoplasias, ou ausências 
de esmalte ou fluorose). 
 
Hipoplasia de tuner 
Associada a infecções endodônticas em dentes decíduos afetando o germe dos dentes permanentes. 
 
 
ED de esmalte: 
1) Descreva o ciclo de vida dos ameloblastos. 
2) Diferencie esmalte prismático de aprismático quanto a localização, estrutura e composição 
3) Descreva maturação pós eruptiva. 
4) Explique o fato de o esmalte não poder ser formado após a erupção do dente na cavidade oral. 
5) Qual a origem embrionária do esmalte. 
6) Explique como é Possível reparar uma lesão inicial de cárie em esmalte. 
7) Cite e descreva 8 estruturas histológicas do esmalte. 
8) Qual célula é responsável pela formação do esmalte. 
9) Após a formação do esmalte, porém sem ter acontecido a erupção dentária, qual estrutura é formada com o 
intuito de isolar o esmalte já formado do periodonto de sustentação em formação? 
10) Após a erupção dentária qual importante estrutura do periodonto de proteção será formada a partir dos 
ameloblastos da porção cervical do dente em formação? 
 
09/11/2016 
 
HISTOLOGIA PERIODONTAL 
 
PERIODONTO 
ORIGEM: 
ECTOMESÊNQUIMA 
Exceção 
►epitélio juncional ► ectoderma 
 
FUNÇÕES GERAIS: 
 Inserção e sustentação do dente no alvéolo 
 Atenuação e distribuição das forças mastigatórias 
 Adaptação funcional e patológica 
 Proteção das estruturas nobres e de suporte dos dentes 
 
CARACTERÍSITCAS GERAIS 
Tecidos de suporte e proteção dos dentes 
 PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO 
 PERIODONTO DE PROTEÇÃO 
 
Estruturas responsáveis por manter o dente nos ossos maxilar e mandibular 
 
Tecidos Componentes: 
Periodonto de proteção 
 Gengiva Marginal e Inserida 
Periodonto de sustentação 
 Ligamento Periodontal 
 Cemento 
 Osso Alveolar 
 
 
PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO 
 LIGAMENTO PERIODONTAL 
 CEMENTO 
 OSSO ALVEOLAR 
 
LIGAMENTO PERIODONTAL 
ESPESSURA: 
Varia de 0,15 a 0,38mm tendo a sua porção mais delgada em torno do 1/3 médio da raiz 
11 a 16 anos: 0,21mm 
32 a 52 anos: 0,18 mm 
51 a 67 anos: 0,15 mm 
 
CARACTERÍSTICAS: 
 Tecido conjuntivo denso altamente especializado 
 Situado entre o dente e o osso alveolar  entre o cemento que cobre a raiz e o osso que forma o osso 
alveolar (fazendo uma articulação do tipo gonfose). 
 Fibras de colágeno tipo I ► fibras de Sharpey 
》Arranjo: feixes espessos em padrões pré-determinados 
》Penetram no cemento e osso alveolar Fibroblastos  células mais abundantes 
 Elevado índice de renovação do colágeno no ligamento periodontal 
 
 
Outros tipos celulares: 
 Células indiferenciadas 
 Restos Epiteliais de Malassez 
 Odontoclastos 
 Osteoclastos 
 Células do sistema imune típicas do tecido conjuntivo propriamente dito 
 Células do osso e do cemento 
 
 
Células mesênquimais indiferenciadas: 
Estão presentes nas paredes dos vasos (células perivasculares) e se prestam a substituir e renovar as células do 
ligamento periodontal que são eliminadas seletivamente através de um processo fisiológico de apoptose. 
 
Células epiteliais 
 São as células remanescentes da bainha epitelial radicular de Hertwig. 
 Ocorrem como cordões entrelaçados junto a superfície do cemento 
 Possuem a capacidade de manter afastado as células ósseas evitando anquilose. 
 
RESTOS EPITELIAIS DE MALLASSEZ 
 
Matriz extracelular 
 
 QUANTIDADE DIMINUTA DE SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL (SFA) 
 
 COMPLEXO SISTEMAS DE FIBRAS: 
Crista alveolar 
Horizontais 
Obliquas 
Apicais 
Inter-radiculares 
Trans-septal 
Colágenas dos tipos I e III, V, VI e XII 
Fibras oxitalânicas 
 
 
 
 
 
Grupo de fibras da crista alveolar: 
Unido ao cemento logo abaixo da junção amelocementária, dirige-se para baixo e para fora, inserindo-se na crista 
alveolar. 
 
Fibras Horizontais 
Situado apicalmente ao grupo da crista alveolar, dirige-se em ângulo reto, em relação ao longo eixo do dente, do 
cemento para o osso logo abaixo da crista alveolar. 
 
Fibras Oblíquas 
É o grupo mais numeroso do LP que parte obliquamente do cemento para a inserção dentro do osso em direção 
coronária. 
 
Fibras Apicais 
Irradia-se do cemento para o osso, em torno do ápice da raiz, formando a base do alvéolo. 
 
Fibras inter-radiculares 
Encontrada apenas entre as raízes de dentes multirradiculares, o qual se dirige do cemento para o osso formando a 
crista do septo inter-radicular. 
 
Fibras oxitalânicas e elaulinas 
 São feixes de microfibrilas 
 São dispostas verticalmente formando uma rede tridimensional de malhas ramificadas que cercam a raiz 
 Estão presentes junto aos vasos e conferem elasticidade ao ligamento periodontal 
 
Substância fundamental 
 Semelhante a de outros tecidos em relação a seus componentes. 
 O sulfato de dermatana é a sua principal glicosaminoglicana 
 70% água 
 
16/11/2016 
Suprimento Sanguíneo 
Vai nutrir não somente o ligamento periodontal, mas o periodonto todo, devido as artérias alveolares. Mas o 
cemento por exemplo é um tecido avascular e quem irá realizar a nutrição do cemento é o ligamento periodontal, 
pois é no ligamento que vai estar todo o suprimento sanguíneo. Essas ramificações das artérias alveolares, elas 
penetram no osso alveolar e desembocam no ligamento periodontal e por isso elas recebem um nome especifico 
chamado artérias perfurantes, mas esse nome é dado devido a sua anatomia, pois o osso alveolar não é uma tabua 
óssea compacta, sedo todo perfurado. E essas perfurações são por onde penetram essas ramificações das artérias 
alveolares até a chegada do ligamento periodontal. 
Então essa nomenclatura de artérias perfurantes é até de forma incorreta. Pois na parte de embriologia nervos e 
vasos são formados primeiros e o osso é sintetizado ao redor. 
 
 Provém das artérias alveolares superior e inferior. 
 Suas ramificações penetram no osso alveolar recebendo o nome de artérias perfurantes 
 As anastomoses arteriovenosas formam uma complexa rede que conta ainda com vasos linfáticos que 
drenam o tecido. 
 
Suprimento Nervoso 
Todo nervo acompanha uma artéria. As artérias são sempre mais profundas dentro dos tecidos e os nervos 
acompanham as artérias. O nervo que irá fazer a inervação do ligamento periodontal de todos os dentes é o nervo 
alveolar. Seja ele superior ou inferior. Essas fibras nervosas vão paralelamente aos vasos sanguíneos, se ramificar, 
passar também por aquelas perfurações no osso alveolar e chegar ligamento periodontal. No ligamento periodontal 
haverá dois tipos de fibras; as mielinizadas e as amielinizadas. 
É nessa região que chama mais atenção no ligamento periodontal que é o mecanismo de nocicepção que são fibras 
mecanorreceptoras. O mínimo de deformação no ligamento periodontal é captado imediatamente pelo ligamento 
periodontal. 
Ex.: estamos realizando a mastigação e no meio do alimento tem uma pedra. Quando a gente vai morder a pedra, 
imediatamente nós paramos. E isso acontece rapidamente, pois com e a deformação mesmo que mínima quando 
pressionamos um dente sobre o outro, e se tiver algo dura sobre eles. Essa deformação mínima já envia uma 
mensagem até chegar ao encéfalo e aí o encéfalo vai coordenar os músculos da mastigação e vai falar PARA, não 
pressiona, pois vai causar um dano. 
 
 As fibras nervosas seguem de apical para a margem gengival, as quais se associam com fibras que penetram 
lateralmente através de forames da parede alveolar. 
 É constituído por fibras amielinizadas e por fibras cobertas pelas células de Schwann. 
 São fibras nociceptoras e mecanorreceptoras 
 
LIGAMENTO PERIODONTAL 
FUNÇÕES: 
 Articular o dente ao osso 
 Absorve e contrabalança as forças mastigatórias 
 Evita transmissão direta da pressão para o osso  pois poderia ocasionar reabsorção óssea localizada 
 Função sensorial  receptores sensoriais 
Nervos  fibras de dor e proprioceptivas (percepção de orientação espacial) 
 
RESUMO DAS FUNÇÕES: 
 SUPORTE 
 SENSORIAL 
 NUTRITIVA – é devido ser um tecido conjuntivo propriamente dito. 
 MANUTENÇÃO 
 
CEMENTO 
CARACTERÍSTICAS: 
 Tecido conjuntivo mineralizado 
 Duro (muito parecido com o tecido ósseo) 
 Avascular 
 Recobre a dentina radicular 
 Composição: 
55% material inorgânico  cristais de hidroxiapatita 
45% matriz orgânica  colágeno e SF 
 Lábil  reage às forças as quais é submetido com reabsorção e síntese (muito parecido com tecido ósseo) 
 Região apical da raiz 
Cemento é mais espesso 
Produção contínua de cemento no ápice compensa desgaste fisiológico dos dentes 
 
O cemento faz parte do dente? 
R: Não, pois ele é um tecido periodontal. Apesar de estar grudado no dente pela dentina radicular. 
A origem embrionária o cemento não foi formado no órgão dentário e nem na papila dentária. Ele foi formado 
através do folículo dentário. Esse folículo dentário da origem ao periodonto de sustentação. 
 
Tipos celulares: 
 Cementócitos – manutenção de matriz 
 Cementoblastos – produtoras de matriz 
 
Obs.: São células com comportamento parecido com os osteócitos e osteoblastos, inclusive se comunicando através 
de um sistema canalicular. 
 
Classificação do Cemento 
São considerados 4 fatores: 
 Presença de células na matriz 
 Época de formação 
 Origem das fibras de colágeno da matriz 
 Localização e padrão 
 
Presença de células na matriz, pode ser: 
Acelular ou Celular 
 
Cemento acelular: 
 1/3 cervical e médio da raiz 
 Matriz fibrosa com presença de fibras de Sharpey (feixes colágenos que se inserem no osso alveolar) 
 Responsável pela ancoragem do dente (fixação do dente) 
 
 
Cemento celular: 
Presença de células na matriz 
 1/3 apical da raiz de todos os dentes e região entre raízes de dentes com mais de uma raiz 
 É mais espesso que o cemento acelular 
 Nota-se uma maciça presença de cementócitos, cementoblastos e fibroblastos inclusive 
 Tem função adaptativa e compensatória. 
 
Época de formação 
Pode ser: Primário ou Secundário 
 São utilizados os mesmos critérios de classificaçãode cemento celular e cemento acelular 
 
Reabsorção X Reposição 
Quem realiza a reabsorção da matriz dentária é o odontoclasto, sendo que é a mesma célula que o osteoclasto. O 
nome só muda de acordo com o tecido que ele está reabsorvendo. 
 
Limite esmalte X cemento 
 60% cemento recobrindo o esmalte 
 30% cemento borda a borda com o esmalte 
 10% cemento não toca o esmalte 
 
 
PATOLOGIAS 
 Concrescência 
É a fusão do cemento de dois dentes vizinhos. Muito comum ocorrer no terceiro molar. 
 Hipercementose 
É a superprodução de cemento. Até o momento não se sabe o porquê é produzido essa quantidade excessiva. 
 Anquilose 
É a fusão do cemente com o osso alveolar. 
 
 
JCE – Junção cemento-esmalte 
Tipos de cemento: 
 Cemento acelular 
 Cemento celular 
 
OSSO ALVEOLAR 
O osso alveolar abriga a raiz do dente, não podemos confundir o osso alveolar com a mandíbula ou maxila. O osso 
alveolar são projeções ósseas que parte da maxila e da mandíbula e tem a função de sustentar as raízes ou a raiz do 
dente. É um osso que faz parte mandíbula e da maxila e é um osso dependente de dente, caso um dente seja 
extraído o osso alveolar é reabsorvido. 
 
 Constitui o osso que sustenta as raízes dos dentes na mandíbula ou na maxila 
 Quando o dente é extraído o osso alveolar é reabsorvido rapidamente 
 É formado por osso lamelar (secundário) e possui todas as características do osso compacto 
 Possui feixes de fibras inseridas vindas do tecido conjuntivo do ligamento periodontal 
 O limite do osso alveolar com o ligamento periodontal é chamado de lâmina dura e é um importante 
referencial radiográfico 
 
 O osso alveolar possui uma lâmina óssea dura e radiopaca que é chamada de lâmina dura, porém sabe-se que essa 
lâmina é toda perfurada para que o feixe vasculo-nervoso penetre na raiz dentária. Devido a essas perfurações a 
lâmina dura também é conhecida como Lâmina Cribiforme 
 
 
PERIODONTO DE PROTEÇÃO 
 
GENGIVA 
 
CARACTERÍSTICAS 
 Membrana mucosa aderida ao periósteo dos ossos maxilar e mandibular 
 Epitélio juncional  gengiva unida ao esmalte 
 Sulco gengival  circundando a coroa  entre esmalte e epitélio localizado acima do epitélio juncional 
 
Quando falamos de periodonto de proteção, basicamente falamos de gengiva. Tem a gengiva que fica ao redor do 
esmalte, que vamos chamar de gengiva livre. E uma gengiva que ela que fica recobrindo o alvéolo (osso alveolar) 
que vamos chamar de gengiva inserida. 
 
Junção Dento-gengival 
 
COMPONENTES 
Epitelial 
 Gengival 
 Sucular 
 Juncional 
 
Gengival: 
 Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado 
 Presença de acantose epitelial (projeções epiteliais para a direção do tecido conjuntivo) 
 
Sucular: 
 Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado 
 O sulco gengival possui entre 0 e 3 mm em condições fisiológicas 
 O Fluido sucular é uma secreção produzida pelas células epiteliais da região e contém uma mistura de restos 
celulares e Neutrófilos 
 Seus limites vão da margem gengival cervical até o início do epitélio juncional 
 
 
 
 
SULCO GENGIVAL E EPITÉLIO DO SULCO 
 
EPITÉLIO JUNCIONAL (importante para a prova) 
 Suas células são aderidas ao esmalte por hemidesmossoma, sendo chamado de epitélio de fixação; 
 Forma o assoalho do sulco gengival; 
 É constituído por um epitélio estratificado que varia entre 30 a 4 camadas de células (suas células são 
grandes, espaçadas entre uma e outra, sendo delgadas e bem delicadas); 
 Sua presença indica saúde periodontal; 
 Suas células são grandes e possuem um grande espaço intercelular, tornando-o muito permeável. 
 
 Outras características 
 É uma característica do epitélio juncional ser formado durante a odontogênese 
 O epitélio juncional é oriundo da involução dos amelobrastos 
 É formado através da degradação do epitélio reduzido e da fusão do epitélio remanescente com o epitélio 
oral 
 São células aderidas ao esmalte 
 A aderência no esmalte é devido ao hemidesmossoma 
 Pode ser chamado de epitélio de fixação 
 Forma o assoalho do sulco gengival 
 É constituído do epitélio estratificado 
 Esse epitélio é delgado 
 Possuindo de 30 a 4 camadas 
 Sua presença indica saúde periodontal 
 As células do epitélio juncional são maiores do que do epitélio sucular e gengival 
 As células possuem um espaço intercelular 
 Esse epitélio é permeável 
 
O tecido conjuntivo que tem abaixo do epitélio de periodonto de proteção é chamado de lâmina própria. A lâmina 
própria forma a gengiva livre e a gengiva inserida. A lâmina própria do tecido conjuntivo tem uma função bem 
especifica de fixar essa mucosa (epitélio) no osso alveolar e por isso é chamada de gengiva inserida e mesmo a 
gengiva livre que não é presa ao osso alveolar é fixada ao dente, através de cordões de fibras de colágeno que são 
grupamentos iguais aos grupos de fibras do ligamento periodontal, porém muito mais delicadas. 
Os grupos de fibras do ligamento periodontal (fibras sharpey), elas são muito grossas, por ter a função de fixar o 
dente no alvéolo. Já as fibras da lâmina própria também se organizam em grupos, como se elas fossem sintetizadas 
em uma mesma direção originando um grupamento de fibras, sendo que não é tão firme e aderida quanto os grupos 
de fibras do ligamento periodontal. 
Os grupamentos de fibras da lâmina própria são especializados em fixar a gengiva no dente ou no osso, então irão 
receber os nomes de acordo com a sua sintetização (direção da sua síntese). 
 
Fibras encontradas na lâmina própria da gengiva: 
 Grupo dentogengival: cemento cervical – lâmina própria. 
 Grupo alveologengival: osso da crista alveolar - lâmina própria. 
 Grupo circular: forma uma faixa ao redor do dente (forma um cinturão em volta da lamina própria) 
 Grupo dentoperiostal: cemento – em direção descendente seguindo o periósteo da tábua cortical externa e 
do processo alveolar. 
 Grupo de fibras transeptais: dirige-se interdentalmente a partir do cemento coronário até o cemento 
coronário do dente vizinho, passando por cima da crista alveolar. 
 
 
Patologias do periodonto de proteção 
 Gengivites 
- Infecciosas 
- Alérgicas 
- Medicamentosas 
- Associadas a idade 
- Por estado hormonal alterado 
 Fibroses 
 
CUTICULA PRIMÁRIA (é o mesmo que epitélio reduzido) 
 Fina membrana que desaparece no momento da erupção dentária. 
 
 
23/11/2016 
 
 
MUCOSA ORAL 
Origem 
 Epitélio: Ectoderma 
 Conjuntivo: Ectomesênquima 
 
Componentes teciduais 
 Epitélio Oral: Epitélio Estratificado Pavimentoso (queratinizado ou não) 
 Lâmina Própria, submucosa ou mucoperiósteo: Tecido Conjuntivo 
 
Características do Epitélio 
 Células justapostas 
 Presença de junções intercelulares 
 Células organizadas em camadas ou estratos 
 Estratificado pavimentoso 
Estratificado pavimentoso queratinizado 
 Basal 
 Espinhoso 
 Granuloso 
 Cómeo 
Estratificado pavimentoso não queratinizado 
 Basal 
 Espinhoso 
 Intermediário 
 Superficial 
 
Características clinicas da mucosa 
Coloração 
 Concentração e dilatação de pequenos vasos sanguíneos no conjuntivo 
 Espessura do epitélio 
 Grau de queratinização 
 Concentração de melanina no epitélio 
 
Indicação clinica 
- Tecido sadio  rosa pálido 
- Inflamação  avermelhado (vasodilatação) 
 
Superfície (úmida) 
- presença de glândulas salivares menores ou intra-orais 
- Presença de papilas no dorso da língua 
- Cristais transversais (rugas) no palato duro  cristas palatinas- Superfície pontilhada na gengiva 
 
Obs.: O dorso da língua em condições normais é áspero e esbranquiçado devido suas células serem queratinizadas. 
Já o ventre da língua tem que ser liso e rosa. E se algum paciente chegar com placas brancas no ventre é sinal de ter 
algo errado. 
A mucosa jugal também é lisa e rosada. Pessoas que tem mania de morder a mucosa da bochecha normalmente 
forma uma linha chamada de linha alba, onde você fica mordendo e traumatizando, toda hora ferindo e cicatrizando 
até uma hora em que se forma uma queratinização local aí forma uma linha de queratinização que chamamos de 
linha alba. 
As leucoplasias, alterações da normalidade por coloração branca têm um poder carcinogênico muito grande. Por isso 
que se eu achar uma placa branca na mucosa do paciente, deverá ser realizado o diagnóstico diferenciado para ver 
se essa placa se desprende da mucosa ou se fica presa, pois isso vai fazer diferença. Pois se desprender, pode ser 
uma cândida pseudomembranosa e o tratamento é com antifúngico e não a biopsia. Mas uma lesão branca não 
destacável deve ser removida imediatamente e levado para exames. 
 
Secreção – (umidade) 
- Epitélio glandular  saliva 
- Glândulas salivares menores  intra-orais 
- Glândulas sebáceas presentes nos lábios e mucosa jugal  função não esclarecida 
 
Uma das características da submucosa é conter os anexos: glândulas sebáceas, glândulas salivares menores, órgãos 
linfoides. Esses anexos são encontrados apenas na submucosa. 
 
Consistência 
- móvel, mole e elástica  lábios e bochechas (mucosa jugal) 
- Firme e imóvel  gengiva e palato duro (mucoperiósteo) 
 
- diferenças importantes considerando injeções de anestésicos locais e realização de biopsia na mucosa oral. 
 
- Injeção e difusão de anestésico local na mucosa oral mais fácil ou mais difícil  depende da densidade da lâmina 
própria (varia de acordo com a região) 
 
 
Permeabilidade e absorção 
 
Barreira impermeável 
 Região de epitélio mais delgado  administração de drogas sublinguais  mucosa do assoalho da boca 
 
A mucosa oral tem que ser uma barreira impermeável, mas existe algumas exceções onde a região é constituído de 
epitélio delgado (ventre da língua e soalho lingual) onde se torna uma região permeável. 
Nessa região o epitélio é fino, delgado, sem queratinização e tem diversos vasos sanguíneos, ou seja, tudo o que é 
colocado debaixo da língua é absorvido com muita rapidez. E por isso é utilizada como via de administração rápida 
de fármacos. 
 
Funções 
 
Proteção 
 Epitélio da mucosa oral  primeira barreira protetora a invasão de microrganismos e as agressões físicas e 
químicas. 
 Proteção aos tecidos mais profundos e órgãos da região do meio ambiente da própria cavidade oral 
 Tecidos moles expostos a forças mecânicas (compressão, corte e distensão) e a abrasão (apreensão e 
mastigação) pelo atrito dos alimentos. 
 
Sensorial 
 Receptores para temperatura, tato e dor 
 Botões gustativos  paladar (não é um neurônio e sim neuroepitelial) 
 Lábios e língua  percepção de estímulos externos da boca 
 Receptores  reflexo de deglutição, engasgo, ânsia de vomito e salivação 
 
Sentimos qual tipo de salgado através dos botões olfatórios  que são neurônios. 
 
Capacidade sensorial está na língua. Porque no dorso da língua contem estruturas histológicas importantes 
chamadas de botões gustativos, que ficam na base das papilas. Os botões gustativos têm suas limitações, pois ele 
não é um neurônio, portanto não irá conduzir impulso nervoso e não vai conduzir sensação, ele vai te dá 
limitadamente algumas informações. Os botões gustativos são neuroepitélios, que nos permite apenas algumas 
sensações. Então na língua iremos sentir doce, salgado e amargo. 
 
Mas quem irá distinguir qual tipo de salgado ou qual tipo de doce está na sua boca, não serão os botões gustativos. 
Quem vai distinguir essas sensações serão os botões olfatórios, ou seja, você coloca o alimento na boca e sente que 
ele é salgado, aí você começa a mastigar, forma o bolo alimentar e o ar que circula dentro da boca passa para a fossa 
nasal e sofre um turbilhonamento nas coanas e vai parar no teto da fossa nasal. O teto da fossa nasal é formado pelo 
osso etmoide, que é todo perfurado de onde saem os botões olfatórios. Que aí sim é neurônio. 
 
Estrutura geral da cavidade oral 
 
Na mucosa oral só temos um tipo de epitélio, que é o epitélio estratificado pavimentoso, mas em algumas regiões 
ele será queratinizado e em outras regiões será não queratinizado. E que o tecido conjuntivo sempre vai estar 
associado a ele. 
Esse tecido conjuntivo pode ser uma lâmina própria, uma submucosa ou um mucoperiósteo. 
A lâmina própria vai ser um conjuntivo fibroso associada a gengiva livre. 
A submucosa vai ser um tecido conjuntivo frouxo, onde ter vasos sanguíneos, nervos enchendo aquela submucosa, 
inclusive os anexos (tecido adiposo, glândulas sebáceas, glândulas salivares menores, nódulos linfoides). 
No mucoperiósteo vamos encontrar em regiões de mucosa que irão se associar a estruturas de alta resistência, 
como o palato, gengiva inserida. 
 
Epitélio Oral 
 Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado 
 Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado 
 
Lâmina própria 
 Tecido conjuntivo (fibroso) 
 
Submucosa 
 Tecido conjuntivo (frouxo) 
 Tecido adiposo 
 Glândulas 
 Vasos sanguíneos 
 Nervos 
 Nódulos linfoides (tonsilas linguais, palatinas e faríngeas) 
 
Mucoperiósteo 
 Gengiva inserida e palato duro  ausência de submucosa 
 
Classificação histologicamente (matéria de prova) 
 - Mucosa de revestimento (mucosa jugal, ventre lingual, assoalho bucal, palato mole e lábio) 
 Epitélio estratificado pavimento não queratinizado 
O tecido conjunto que irá acompanhar esse epitélio é a submucosa. 
 
- Mucosa mastigatórias (palato duro e gengiva inserida) 
 Epitélio estratificado pavimento queratinizado 
O tecido conjunto que irá acompanhar esse epitélio é o mucoperiósteo 
 
- Mucosa especializada (dorso lingual) 
 Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado 
O tecido conjuntivo que irá acompanhar esse epitélio é a submucosa 
Devido essa mucosa apresentar os botões gustativos, ela recebe a classificação de mucosa especializada. 
 
Mucosa oral – células do epitélio oral 
 
Queratinócitos  mais numerosos 
 
Não-queratinócitos  10% 
 Melanócitos 
 Células de Langerhans 
 Células de Merkel 
 Células inflamatórias 
 
Queratinócitos 
 
O queratinócito é proveniente da região chamada de camada basal. Nessa camada basal tem um queratinócito 
especial que é chamada de célula progenitora ou célula fonte que realiza a divisão celular. 
Então ela se divide, continua na camada basal do epitélio e essa célula que ela originou vai migrando pelas outras 
camadas até chegar na camada superficial. 
Todo queratinócito começou na camada basal proveniente de uma célula fonte e vai migrando através das camadas 
até chegar as camadas mais superficiais. 
E se no caminho esse epitélio for um epitélio estratificado pavimento queratinizado, ele vai sintetizando os grânulos 
de querato-hialina e quando chegar na superfície, libera os grânulos de querato-hialina e forma a camada proteica 
chamada queratina. 
Essas células em nenhum momento ficam soltas no epitélio, elas são sempre presas por desmossomos formando um 
conjunto. E cada vez que as camadas mais superficiais a ela vão se descamando, as camadas seguintes vão tomando 
a posição da camada descamada e uma nova camada vai sendo produzida na camada basal. 
 
 Células características do epitélio oral

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