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MATÉRIA PARA A1 24/08/2016 Anatomia dentária básica. Dente X Periodonto O que fica exposto no dente é a coroa. A gengiva é a parte exposta do periodonto Anatomia externa (macroscópica) Constituição do dente: Coroa e raiz Margem cervical (é a linha que separa a coroa da raiz) A coroa é dívida em terços 1º terço é a parte oclusal (molares e pré-molares) ou incisal (incisivos e caninos) 2º terço é o terço médio 3º terço é o terço cervical A raiz também é dividida em terços 1º terço é o terço cervical 2º terço é o terço médio 3º terço é o terço apical Anatomia variada (forma e tamanho) Histológica idêntica Esmalte Recobre a coroa anatômica (que vai da parte cervical até a parte oclusal ou incisal) Tecido mais mineralizado do corpo humano (sendo um tecido exclusivo do dente) Cristais de hidroxiapatita Pouca resistência a fraturas (devido sua alta dureza) Esmalte histologicamente Constituído por prismas ou bastões Desprovido de vascularização, inervação e células Permeável a troca iônica Não pode se regenerar Dentina Tecido que ocupa o maior volume Apoia o esmalte e compensa a sua fragilidade (servido como um amortecedor do esmalte) Tecido duro, elástico e colagenoso (Abriga a polpa dentária) Avascular Celular e enervado Auto reparadora Complexo Dentina polpa Lesão inicial da destina A progressão da cárie na dentina é mais rápida que no esmalte. 31/08/2016 A dentina se porta de maneira diferenciada através de uma lesão de cárie, por não ser tão mineralizada como o esmalte. A dentina é a que abriga a porção viva do dente (tecido conjuntivo propriamente dito, não mineralizado) que fica no seu interior, que na coroa fica na câmara pulpar e nas raízes se abriga no interior de canais (canais radiculares), esse tecido conjuntivo propriamente dito que encontramos dentro da dentina é chamado polpa. A polpa dentária forma com a dentina um complexo, chamado complexo dentina-polpa. É considerado um complexo pois a polpa e a dentina são duas estruturas interligadas histologicamente e são formadas conjuntamente no germe dentário. A dentina é avascular, os vasos sanguíneos que estão presentes no tecido conjuntivo não chegam a dentina, porém ela é celular, pois as células que produzem a dentina estão na polpa e é um tecido inervado. Os vasos sanguíneos não chegam a dentina, mas as fibras nervosas chegam. Sendo assim qualquer processo odontológico que envolva a dentina há a necessidade de anestesiar. A dentina por ser menos mineralizada que o esmalte, ela vai se comportar diferente diante uma lesão de cárie. A progressão da cárie no esmalte é mais lenta do que na dentina. Técnica radiológica – interproximal ou Bite wing serve para observar a cora dos dentes. Lesão incipiente. Polpa dentária é o tecido conjuntivo não mineralizado que fica dentro da dentina, em condições normais a polpa nunca poderá ser observada por estar dentro de uma câmara mineralizada. É um tecido muito inervado e vascularizado e por isso que a dor de dente dói muito, e faz comunicação com todo o organismo. Todo feixe vasculho nervoso penetra pelo forame apical. É por esse forame que haverá toda a comunicação da polpa com o restante do organismo. Por isso qualquer infecção odontogênica pode se disseminar para qualquer lugar do organismo. A cárie nem precisa chegar a polpa para causar grandes danos, só de estar próximo a dentina já causa dor. Pois a dentina é muito impermeável, deixando tudo o que está em sua superfície passar para a polpa. As bactérias que estão colonizando a dentina, liberam pedaços da sua parede celular e isso é totalmente tóxico, chegando na polpa e causando pulpite (inflamação da polpa). Quando essa polpa está inflamada e infectada temos que entrar com um procedimento chamado Endodontia (tratamento de canal), retirando toda a polpa. Esvaziando todo o conteúdo da câmara pulpar e dos canais radiculares com uma lima, feito isso, é realizado uma obturação, fechando hermeticamente o canal e a câmara pulpar. Obturação é somente através do tratamento de canal e tratamento na borda incisal ou coral é chamado de restauração. O dente deve ser extraído quando há uma destruição coronária muito extensa, não sendo possível realizar uma restauração proteticamente. Quando é realizado o tratamento de canal a dentina perde o seu poder de reação, por não ter mais a polpa que é o gerador de dentina. Periodonto Sustentação: Cemento – tecido que recobre a dentina radicular Osso alveolar – é o osso que vai sustentar a raiz ou as raízes do dente Ligamento periodontal – é o tecido que faz a conexão entre o osso alveolar e o cemento. Articulação estilo gonfose. Proteção: Gengiva livre e inserida - Livre - é a gengiva que faz contato com o esmalte - Inserida – é inserida no periósteo do osso alveolar. Cutícula primária - existe somente no período até a erupção dentária. Periodonto é a estrutura que abriga o dente. Periodontites – infecções bacterianas que afetam o Periodonto. Podemos ter: - Gengivites - Reabsorção óssea Grandes responsáveis por essas infecções são causados por cálculos (tártaro). Tem grande interação na carga genética. Coroa anatômica – inicia-se na junção cemento-esmalte e vai até a borda incisal. Coroa clínica – Vai da margem gengival livre até a borda incisal. Embriologia da cavidade oral Entre o 24º e 38º dias, a face está em pleno desenvolvimento, e já pode ser notado o aparecimento do tecido responsável pela gênese dentária, tireóide e componentes da cavidade oral, como a língua e o palato. 1. Aumento da atividade proliferativa das células do epitélio oral 2. Mudança na orientação do plano de clivagem das células em divisão 3. Invasão do epitélio oral em direção do ectomesênquima Odontogênese A odontogênese se inicia na fase de embrião a partir da 6ª semana. Somente a partir da 4ª semana o sistema digestivo começa a se dilatar para começar a deglutição do líquido amniótico. Na 4ª semana rompe a membrana bucofaringeo e o embrião começa a beber o líquido amniótico e esse estimulo causado pela presença desse líquido amniótico no sistema digestivo, mesmo ainda sendo primitivo. Acelera o desenvolvimento. Diferenciação celular é a transformação de uma célula embrionária primitiva em uma célula capaz de desempenhar uma função. Até a 4ª semana temos poucas diferenciações celulares. Ectoderma – forma a pele, sistema nervoso (SNC e SNP) Mesoderma Endoderma Ectomesêquima – é o quarto folheto germinativo. É de onde vai surgir os tecidos dentários Quando termina a odontogênese? Inicia-se a partir do 28º dia e vai até os 15 ou 16 anos. A glândula tireoide tem início da sua formação na boca. E a partir da continuação da forração da cabeça do embrião, ela vai imigrando a partir de um ducto até a região de destino. Existe uma patologia chamada tireoide lingual, onde forma-se uma bola no terço posterior da língua. Sendo a tireoide que não imigrou da região de origem, permanecendo na língua. A boca primitiva não apresenta nada, pois as células ainda são primitivas. Todo forro da boca primitiva do embrião é chamado de epitélio oral primitivo. O dente e o periodonto é formado através do epitélio oral primitivo junto com ectomesênquima. Esses tecidos que irão realizar a odontogênese a partir de trocas e informações celulares, essas informaçõesirão acontecer a partir de liberações de fatores de crescimento. Isso irá acontecer inicialmente como um aumento da proliferação das células do epitélio oral fazendo divisão celular e vão se dividindo em direção ao ectomesênquima para iniciar a formação do dente. Essa proliferação começa de anterior para posterior na boca toda do embrião. Assim podemos ver que não embrião não apresenta o palato duro formado mantendo aberto a comunicação da cavidade oral com a fossa nasal, mas já começamos a ver que na boca do embrião já tem um crescimento epitelial que se estende para posterior aparentando uma ferradura, a parte aberta da ferradura fica voltada para trás. É nessa estrutura parecida com uma ferradura que irá começar a surgir vários botões de germe dentário. Essa estrutura com aparência de estrutura chama-se banda epitelial primária. Banda epitelial primária Definição: é uma estrutura proveniente da proliferação das células do epitélio oral primitivo em direção ao ectomesênquima, tendo uma forma de ferradura. Com sua porção aberta voltada para posterior tanto no arco inferior e tanto no arco superior do embrião. Quando a banda epitelial primária prolifera e invade o ectomesênquima ela se divide formando duas estruturas que chamamos de lâminas. Então termos duas lâminas, a lâmina vestibular e a lâmina dentária. Formação das lâminas Lâmina vestibular É formada por um uma extensão da banda epitelial primária. É caracterizada por uma proliferação de células para o interior do Ectomesênquima. É formada por uma extensão da banda epitelial primária. É caracterizada por uma proliferação de células para o interior do Ectomesênquima. Têm suas células centrais ativadas para apoptose, formando o fundo de vestíbulo. Lâmina dentária É formada por uma extensão da banda epitelial primária. É caracterizada por uma invasão das células do epitélio oral para o ectomesênquima. Formará os dentes decíduos e permanentes, seguindo as fases de broto, capuz e campânula para poder realizar a diferenciação das células, para serem capazes de formar os tecidos dentários. Em relação a lâmina dentária marque a alternativa incorreta: ( ) é formada pela extensão da banda epitelial primária ( ) é caracterizada por uma invasão das células do epitélio oral primitivo para ectomesênquima ( ) formará os dentes decíduos e permanentes, seguindo as fases de broto, capuz e campânula ( x ) formará os dentes decíduos, seguindo as fases de broto, capuz e campânula A lâmina dentária depois que realiza o papel dela de formar os germes dentários seguindo as fases de broto, capuz e campânula ela tem que sumir, sofrendo apoptose. Pois caso ela permaneça presente pode geral cistos odontogênicos e isso vai geral um problema muito grande. Patologias associadas à lâmina dentária Cisto gengival do adulto (restos de serres) Cisto de erupção Cisto periodontal lateral Cisto gengival do recém-nascido (pérolas de Epstein e Nódulos de Bohn) Cisto odontogênico ortoceratinizado Ceratocisto odontogênico Anodontia – quando a lâmina dentária não projetou o germe dentário para o desenvolvimento daquele dente, o sujeito não irá apresentar dente naquela região. 14/09/2016 Fase de broto (botão) As células ainda são primitivas. São células epitélio oral primitivo e do ectomesênquima sem qualquer diferenciação da sua forma ou função. Primeira invasão oriunda da lâmina dentária para o interior do ectomesênquima do primeiro arco Não há alterações na forma ou função das células Nota-se uma condensação ectomesenquimal abaixo do broto - Por parar a produção de matriz extracelular, ocorre a condensação. E isso vai trazer por consequência a transição da fase de broto que ainda é uma fase primitiva, para uma segunda fase chamada de fase de capuz. A transição da fase de broto haverá várias células do broto contornando o ectomesênquima condensado, continuando a proliferação ao redor do ectomesênquima condensado e o objetivo dessa proliferação é justamente abraçar completamente esse ectomesênquima condensado. Fase de capuz Aumento da densidade celular ectomesenquimal adjacente ao broto em crescimento A condensação ectomensenquimal é causada por um grupo de células ineficaz na produção de substâncias extracelular, e por este motivo não se afastam A condensação do ectomesênquima, faz com que as células do broto contornem a região formando um capuz A fase de capuz ainda é uma fase primitiva devido as células ainda serem ineficazes na produção de matriz de tecido dentário. Fase de campânula É nessa fase que haverá a diferenciação das células tornando-as capazes de produzir tecidos dentários. Na transição da fase de capuz para a fase de campânula ela já demostra claras modificações celulares. Pois na fase de campânula haverá as modificações no capuz que irão dá início a uma diferenciação celular e já possível observar os 3 componentes que irão da origem ao germe dentário, ou seja, a estrutura complexa embrionária que irá apresentar células que serão capazes para produzir esmalte e dentina, que são os tecidos dentários. É caracterizada por modificação na estrutura do capuz, notando-se o aparecimento dos 3 componentes que formarão o germe dentário: Órgão dentário – é formado pelo capuz epitelial e originará o esmalte (é o capuz na fase de campânula) Papila dentária – é formado pelas células ectomesenquimais condensadas e originará polpa e dentina Folículo dentário – é formado pelo ectomesênquima que capsula o órgão dentário e originará os tecidos de suporte do dente (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar) Órgão dentário É formado de 4 camadas de células: Epitélio Externo – Sendo constituída por células pavimentosas, tem a função de isolar o germe dentário do ectomesênquima. Retículo estrelado – Tem aparência de ectomesênquima, mas sendo diferenciada devido as células estarem ligadas umas às outras. Entre uma célula e outra forma-se um líquido, que é formado por lipídeos. Essa estrutura forma um líquido tissular entre as células que servirá de nutrição para as células por muito tempo. Pois essa estrutura fica isola pelo epitélio externo e a vascularização sanguínea não consegue chegar até essa camada. Estrato intermediário – Apresenta altas concentrações da enzima fosfatase alcalina (preciptadora dos cristais de fosfato de cálcio). Quando temos altas concentrações da enzima fosfatase alcalina é porque haverá grande quantidade de minerais no tecido. Epitélio interno – É a camada mais importante por ser a estrutura em que terá as células se diferenciando nas células produtoras de esmalte. Obs.: Grande parte das camadas do órgão dentário servem para abrigar e proteger o epitélio interno e que irão de desfazer com o tempo. Folículo dentário É o ectomesênquima que não se condensou É constituído pelo ectomesênquima que rodeia o germe dentário Formará o periodonto de inserção (sustentação) do dente (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar) Papila dentária Células densamente agrupadas Matriz com aspectos de delicado retículo (tecido frouxo) Vasos sanguíneos mais calibrosos na região central Fibras nervosas na região central Pequenos vasos na região periférica Após a formação do tecido mineralizado (dentina e esmalte) a papila passa a se chamar polpa dentária. Alça cervical Epitélio Interno Epitélio externo Estrato intermediárioRetículo estrelado Lâmina dentária Epitélio oral As células do centro da papila dentária são formadas por fibrócitos e fibroblastos. A papila dentária só é chamada de polpa dentária a partir do momento em que apresentar células totalmente diferenciadas produzindo dentina e esmalte. Até isso acontecer a polpa ainda será chamada de papila dentária. Na periferia da papila dentária apresenta irá ter células se diferenciando e se especializando na produção de dentina. O epitélio interno e as células da periferia da papila dentária estão em intimo contato separados apenas por uma membrana basal. E o epitélio interno irão se diferenciar nas células produtoras de esmalte e as células da papila dentária irão se diferenciar em células produtoras de dentina. Onde se formará uma emenda entre a dentina e o esmalte. A dentina irá se formada em direção centrípeta (p/ centro), a dentina é formada a vida toda do indivíduo e o esmalte é formado na direção centrifuga (p/ extremidade). Dentina é tecido celular Esmalte é tecido acelular Alça cervical A região onde o epitélio externo e interno se encontram ao nível da borda formando um ângulo agudo É o local onde, no final da fase de coroa, ocorrerá uma proliferação que constituirá a bainha radicular epitelial de Hertwig, que induzirá a formação da raiz do dente. Da bainha radicular epitelial de Hertwig são formados os restos epiteliais de Malassez. Bainha radicular epitelial de Hertwig é uma estrutura indutora (é uma estrutura que induz as células vizinhas a se diferenciarem, mas ela mesmo não se diferencia em nada, com o tempo fazendo apoptose e sumindo). É uma estrutura epitelial formada na alça cervical e é responsável por induzir a formação da raiz do dente. Na alça cervical (epitélio externo e interno) com a formação da bainha radicular de Hertwig (coroa de células epiteliais). Essa coroa de células epiteliais é capaz de liberar fatores de diferenciação celular. Do lado de fora temos ectomesênquima não condensado que é o folículo dentário e do lado de dentro temos o ectomesênquima condensado que é a papila dentária. AI o processo começa pegando uma célula do lado de fora e dando um fator de crescimento e ela se diferencia em uma célula produtora de cemento. Ao mesmo tempo pego o fator de crescimento e dou para a célula da periferia da papila dentária e com isso se diferencia em uma célula produtora de dentina. As duas se unem e uma produz cemento e a outra dentina formando uma primeira camada de raiz e com isso vai avançando, pois, os restos dessas células vão ficando pelo meio. E com isso se pega mais uma célula do folículo dentário e outra da papila dentária e é formada mais um pedaço da raiz. E aí vai induzindo as células vizinhas até chegar o momento que ocorrerá a risogenêse (formação completa da raiz). A bainha radicular de Hertwig vai largando pequenos restos celulares pelo caminho que vão ficando no ligamento periodontal que também está sendo formado pelo folículo que está em desenvolvendo, esses restos de células se chamam restos epiteliais de Malassez. Histodiferenciação É a modificação de um tecido. Para que haja a aposição dos tecidos (secreção dos tecidos mineralizados), para que haja dentinogênese e amelogênese é necessário que ocorra a histodiferenciação. Onde se tinha células primitivas (células primitivas da papila dentária e células do epitélio interno). A histodiferenciação irá tornar essas células diferenciáveis, capazes de produzir a dentina e o esmalte. Fase avançada de campânula (fase de coroa) – é a parte final da fase campânula. Histodiferenciação é um mecanismo de indução reciproca. Pré-odontoblasto é uma célula primitiva em diferenciação, não sendo ainda uma célula totalmente diferenciada. É responsável pela síntese do primeiro tecido mineralizado do germe dentário chamado dentina do manto. Função do pré-odontoblasto é formar a dentina do manto Dentina do manto – é formada por fibras de colágeno do tipo 1, fatores de crescimento e cristais de hidroxiapatita. Função: É uma estrutura indutora. Induzindo as células do epitélio interno a se diferenciar em células pré-ameloblasto. O odontoblasto é uma célula de longa vida. Iniciando essa vida deixando de ser uma célula ectomesenquimal indiferenciada, passando a ser um pré-odontoblasto formando a dentina do manto e como a dentina do manto tem uma função indutora, faz com que as células do epitélio interno se transformem em pré-ameloblastos. A partir daí o pré-odontoblasto irá terminar sua diferenciação e começará a apresentar um prolongamento de citoplasma e esse prolongamento não para de crescer. A dentina produzida a partir dos prolongamentos é totalmente diferente da dentina do manto, pois deixa de ser produzida pelas vesículas existentes na célula e começam a ser produzidas ao redor do prolongamento sendo chamada de dentina primária. A dentina primária é produzida por uma célula totalmente diferenciada que é o odontoblasto e só deixa de ser produzida quando a raiz do dente estiver totalmente formada, a partir daí já é outro tipo de dentina que será formado. A dentina primária é uma dentina tubular, e esses túbulos é a dentina sendo produzida ao redor de um prolongamento chamado de prolongamento ou processo odontoblástico, esse prolongamento pode chegar a ter 100 vezes o tamanho da célula Pré-ameloblasto não é capaz de produzir nada. Fase de Aposição Dentinogênese – inicia-se na fase de campânula onde a papila dentária vai ter células de sua periferia sendo diferenciadas em pré-odontoblastos que forma a dentina do manto, que é uma dentina com uma função indutora. Após sua diferenciação de pré-odontoblasto em odontoblasto apresenta um processo odontoblástico que pode ter até 100 vezes o tamanho do corpo da célula, a dentina formada pelo odontoblasto vai se diferenciar pela dentina tubular chamada dentina primária. Dentinogênese Morfodiferenciação Onde um determinado ponto do germe dentário diferencia primeiro que os demais e com isso há uma elevação de uma borda incisal ou de uma cúspide. Que são os primeiros locais onde ocorreram a histodiferenciação. Amelogênese Acontece dentro período que começa na histodiferencição e termina quando o ciclo vital do ameloblasto terminar. Isso acontece antes de o dente erupcionar. O esmalte tem que estar pronto antes de o dente se erupcionar, sendo chamado de maturação pré-eruptiva. Fases funcionais dos ameloblastos Morfogenética – paralisação das divisões mitóticas (significa que as células estão se diferenciando) e organelas citoplasmáticas para fins intracelulares Ainda não há ameloblastos presentes. Existe uma transição de epitélio interno em pré-ameloblasto. Secretora – característica de célula sintetizadora de matriz orgânica, secreção de proteínas: amelogeninas (prolina) e não amelogeninas (fosfoproteínas glicosiladas ácidas, enamelinas, tufelina), glicoproteínas sulfatadas (ameloblastina, amelina, bainhalina) Secretora final – deposição da primeira camada de esmalte, processo de tomes (organiza através de um polo secretor os cristais de hidroxiapatita que vão formar o esmalte prismático) e forte concentração de fosfatase alcalina Maturação – queda na produção de matriz (começa a diminuir a produção de esmalte), atresia do processo de tomes (some, não conseguindo produzir os cristais hidroxiapatita tão bem organizados, sendo chamado de esmalte aprismático) Proteção – involução dos ameloblastos, formação do epitélio juncional, formação do epitélio reduzidodo esmalte que isola a coroa do conjuntivo adjacente até a irrupção. Ocorre uma involução do ameloblasto, deixando de ser um ameloblasto e se tornando uma célula do epitélio. Transformando-se em uma célula comum epitelial, essas células epiteliais irão formar uma toca como um forro sobre o esmalte já formado, esse folículo formado que envolve o esmalte como se fosse uma embalagem vai se chamar epitélio reduzido do esmalte. O epitélio reduzido do esmalte é formado na fase de proteção dos ameloblastos, onde há involução da célula. E a partir daí essas células primitivas formam uma embalagem envolta do esmalte completamente já formado. Os dentes já estão prontos para erupcionar. No momento da erupção ele vai rasgar o epitélio oral desencadeando um processo inflamatório, sendo o único rompimento do epitélio fisiológico. E junto há o rompimento da embalagem que estava em volta do esmalte, com exceção da última camada do epitélio reduzido que fica próximo da JCE (Junção Cemento Esmalte), permanecendo e se fundindo com o epitélio oral formando uma porção do periodonto de proteção que fica intimamente relacionada ao esmalte (pedaço da gengiva livre que fica colada ao esmalte), essa porção se chama epitélio juncional. Ameloblasto Dentina Pré-dentina Odontoblasto Papila dentária Pré-ameloblasto Lâmina basal Dentina do manto Epitélio juncional funciona como um zíper. Ele zipa a gengiva ao redor do esmalte, para que nada se infiltre ao tecido conjuntivo. 21/09/2016 Complexo dentina – polpa Embriologicamente, histologicamente e fisiologicamente, dentina e polpa são considerados um conjunto ESTRUTURAL E FUNCIONAL. A melhor forma de estudar o complexo e o método de descalcificação, pois preserva a dentina e a polpa. A única parte que não pode ser estudada é o esmalte. Anatomicamente o complexo dentina-polpa funciona de uma forma simples. A anatomia interna, copia a anatomia externa, onde tudo que acontece na parte externa reflete na parte interna. Cada cúspide do dente está relacionada diretamente a cada corno pulpar (projeção da câmara pulpar). A dentina será produzida a vida toda do indivíduo, pois a célula que produz dentina (odontoblasto) vai permanecer na polpa a vida toda do indivíduo. O grande problema é que a produção de dentina não será sempre a mesma, ou seja, teremos tipos variados de dentina. Temos tipos variados de dentina: Dentina do manto – produzida pelo pré-odontoblasto e não possui túbulo. Dentina primária – formada ao redor do odontoblasto, possuindo diversos túbulos retilíneos. Sendo uma dentina tubular. Vai ser produzida até o apicogênese (formação do ápice radicular). Dentina reparadora – pode ser por estimulo fisiológico e patológico. Fisiológico - através do atrito da mastigação. Patológico - através de cárie. Esses estímulos irão modificar a estrutura da câmara pulpar. Dentina A dentina tem sua origem embrionária através do ectomesênquima. Odontoblastos (célula) Localizados na periferia da polpa Células que sintetizam a matriz orgânica (pré-dentina) Células que promovem a mineralização, formando a dentina tubular, pelo prolongamento do odontoblasto Sintetizam dentina por toda a vida do individuo Características Celular/avascular Aspecto característico túbulos dentinários atravessam toda sua espessura e contem prolongamentos citoplasmáticos dos odonoblastos Inervada apresenta poucas fibras nervosas amielínicas penetram nos túbulos dentinários na sua porção pulpar Elástico flexibilidade Opaca cor branca amarelada Esmalte translúcido luz atravessa e é refletida pela dentina Tecido que compõe a maior parte do dente (maior volume) Tecido mineralizado mais que o osso e menos que o esmalte Localizada abaixo do esmalte dentina coronária Localizada abaixo do cemento dentina radicular (odontoblasto menores) Permeável túbulos e canalículos dentinários (um túbulo se comunicam com outro, através dos canalículos) Composição: 70% material inorgânico cristais de hidroxiapatita 20% material orgânico colágeno I, glicoproteínas e proteoglicanas 10% água (fluido liquor dentinário) – fica dentro do túbulo dentinário Dentro do túbulo dentinário nós temos os seguintes componentes: Fibras nervosas amielínicas Fluido liquor dentinário Processo odontoblástico Os odontoblastos são presos uns aos outros através de desmossomos ficando justapostos. E apresentam células alongadas. Na morfodiferenciação ocorrerá a histodiferenciação no primeiro local onde se formará a futura borda incisal ou cúspide, determinado a morfologia do elemento dentário em questão, sendo assim atuação de fatores de crescimento sobre essas células será muito mais expressiva dando origem as células mais diferenciadas e mais capazes na produção de matriz. Funções da dentina: Envolve e protege a polpa dental Apoiar o esmalte prevenindo fraturas Apoiar o cemento radicular Confere sensibilidade ao dente Sensível a estímulos: calor, trauma e pH ácido todos percebidos como dor Matriz orgânica Composição: Colágeno I 90%; colágeno III, IV, V e VI Osteonectina e osteopontina; proteína Gla Proteína do soro: albumina, fosfolipideos e fatores de crescimento Fosforina dentinária (DPP); proteína da matriz dentinária 1; sialproteína dentinária (DSP) GAGs: sulfato de condroitina 4 e 6 Matriz inorgânica Composição: Cristais de hidroxiapatita Fosfatos, carbonatos e sulfatos Oligoelementos: flúor, cobre, zinco e magnésio. Pré dentina (Matriz não mineralizada do odontoblasto) É uma camada não mineralizada que permanece no dente adulto separando os odontoblastos da dentina mineralizada. É constituída principalmente por fibrilas de colágeno, proteoglicanas e GAGs. Nos casos de necrose pulpar essa camada degenera devido a sua natureza orgânica. Tipos de dentina Dentina do manto Dentina primária Dentina secundária – através de estimulo fisiológico Dentina terciária - através de resposta patológica Dentina do manto É formada por odontoblastos em diferenciação (pré-odontoblasto) Forma a junção amelo-dentinária Rica em fibras colágenas do tipo I – que serve de arcabouço para os cristais de hidroxiapatita. As fibras são “cimentadas” pelas vesículas da matriz e fortificadas com cristais de hidroxiapatita DENTINA Estrutura - Dentina peritubular ou intratubular - forma a parede do túbulo Maior conteúdo mineral, cerca de 80% - Dentina intertubular - fica entre um túbulo e outro, ficando mais longe processo odontoblasto Maior conteúdo de colágeno Dentro dos túbulos da dentina encontramos prolongamento do odontoblastos e fibras nervosas amielinizada. Dentina primária Possui túbulos retilíneos. É a dentina formada até o fechamento do ápice radicular Compreende, portanto, a dentina do manto e uma nova camada de dentina formada por odontoblastos já diferenciados e por tanto contendo em sua estrutura túbulos dentinários. Dentina secundária É formada mais lentamente e após o fechamento do ápice radicular em resposta à estímulos fisiológicos. É estruturalmente parecida com a dentina primária, porém apresentam leve mudança na direção dos túbulos. Dentina terciária É formada por células diretamente afetadas pela agressão da polpa, originando-se, na maioria das vezes, um tecido do tipo osteóide. Sua arquitetura depende da intensidadee do tempo que foi aplicado o estimulo, podendo apresentar túbulos tortuosos ou irregulares, esparsos, ramificados ou até ausentes. É produzida rapidamente em respostas a uma agressão: cárie, atrição ou preparos cavitários. A dentina terciária é pontual (focal), pois somente as células que forem diretamente afetadas pela agressão é que irão produzir a dentina terciária. A mais recente classificação divide a dentina terciária em: - Reacional – produzida por odontoblastos preexistentes. - Reparadora – produzida por odontoblastos recém diferenciados (odontoblastos secundários) Se a cavidade é profunda e no momento em que se passar a sonda e aquela região me apresentar resistência quer dizer que é a dentina terciária. É formada de forma emergencial, sendo muito rápido para se tornar um escudo protetor. Muitas vezes a dentina terciária possui aspecto de um tecido osteóide com túbulos ausentes. 28/09/2016 Complexo dentina-polpa Polpa Embriologicamente, histologicamente e fisiologicamente, dentina e polpa são consideradas um conjunto ESTRUTURAL E FUNCIONAL. A papila dentária deixar de ser papila e ser chamada de polpa dentária quando a dentina começa a ser sintetizada. Origem da polpa - Papila dentária Ectomesênquima Fibroblastos - Células que sintetizam a matriz extracelular da polpa São células que povoam a região central da polpa e são células responsáveis pela produção da matriz extracelular do tecido conjuntivo pulpar. Odontoblastos - Localizados na periferia da polpa - Sintetizam DENTINA por toda a vida do individuo São células totalmente diferenciadas especializadas na produção de dentina que povoam a periferia do tecido pulpar. As principais células da polpa são os fibroblastos. Os odontoblastos ficam em sua periferia Características da polpa dentária: Tecido conjuntivo frouxo (tem função de nutrir) – maior quantidade de substância fundamental e baixa quantidade de fibras. Localizada na porção central do dente. Preenche a câmara pulpar central e os canais radiculares envolta pela dentina (raiz). Contem vasos sanguíneos, linfáticos, nervos e terminações nervosas delimitadas pela dentina. Diga as características de um tecido pulpar jovem? R: Quantidade considerável de substância fundamental Dimuição de fibras no colágeno Grande quantidade de vasos sanguíneos Terminações nervosas e Vasos linfáticos Cite características de um tecido pulpar senil? R: Tecido conjuntivo denso fibroso Maior quantidade de fibras e menor quantidade de substância fundamental Observa-se uma diminuição da vascularização Diminuição da inervação Diminuição da capacidade de reação Diminuição da sensibilidade O odontoblasto produz todo tipo de dentina? R: Não, pois tem uma dentina que é produzida por uma célula ainda em diferenciação que é o pré-odontoblasto. E é a primeira camada de dentina produzida, que é a dentina do manto. Células que irão compor a polpa: Odontoblastos (periferia) Fibroblastos Fibrócitos Macrófagos Células ectomesenquimais indiferentes – são células tronco, substituindo as células mortas. Servindo de células de reserva. Células imunocomponentes – células visitantes (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, mastócitos, linfócitos) Lesão aguda – é encontrado uma maior quantidade neutrófilos na matriz. Pois são as células de defesa em maior quantidade e são as mais rápidas. Lesão crônica – há maior quantidade de linfócitos. Matriz extracelular: Porção fibrosa fibras colágenas e poucas fibras elásticas. - Fibras de colágeno tipo I, IV e VII - Fibras reticulares A polpa é a parte viva do dente que tem comunicação direta com o restante do organismo. A polpa se comunica com o restante do organismo através de um feixe vasculo-nervoso que penetra no ápice da raiz desse dente, chamado forame apical. Cite estruturas histológicas presentes na polpa periférica? R: Camada de odontoblastos. Qual a região da polpa dentária onde vou encontrar maior população de odontoblastos? R: No corno pulpar. Porque é o primeiro local onde houve a histodiferenciação. Anatomia pulpar Polpa coronária > câmara pulpar. Polpa radicular > canal (ais) radicular (es). Forame apical > orifício no ápice do dente permite entrada e saída do feixe vasculo-nervoso da polpa. Durante os procedimentos restauradores, o tecido pulpar deve ser protegido, evitando sua exposição. Estrutura Zona central Zona periférica Polpa periférica Células odontoblastos Seu corpo está situado na polpa e seu prolongamento no interior dos túbulos dentinários Função: formar dentina Está mais presente na coroa do que na raiz A maior quantidade de odontoblasto é encontrado no corpo pulpar. Por ser o primeiro local a ocorrer a histodiferenciação Polpa periférica – região subodontoblástica (Serve como uma camada de auxilio e reserva) Divide-se em zona pobre em células e zona rica em células A zona pobre em células possui: plexo capilar, nervos e ramificações de células da região. A zona rica em células possui: células indiferenciadas (stem cells) que enviam seus prolongamentos para as regiões central e pobre em células. Cite 3 estruturas histológicas presentes na região periférica do tecido pulpar? R: Dentina, pré-dentina, odontoblastos, camada subodontoblástica (zona pobre em células e zona rica em células) Polpa Central Células: - Fibroblastos e fibrócitos - Células visitantes do conjuntivo - Células ectomesenquimais presas as paredes dos vasos Substância fundamental Tecido conjuntivo frouxo em situação singular no organismo Tecido conjuntivo pulpar vamos encontrar fibrócitos e fibroblastos, substância fundamental, vasos sanguíneos (arteríolas e vênulas) O tecido pulpar é um tecido conjuntivo em situação singular no organismo, pois é o único tecido conjuntivo que vai estar acondicionado dentro de uma câmara mineralizada. Inervação do dente É formada por fibras sensitivas do nervo trigêmeo e ramos simpáticos do gânglio cervical superior. Os feixes penetram nos forames apical e acessório e próximo a região subodontoblástica se ramificam formando o plexo nervoso de RASCHKOW (plexo que irá ramificar a polpa). Alguns feixes desprovidos do revestimento das células de SCHWANN penetram junto a pré-dentina se enrolando ao processo odontoblástico e seguindo pelo inferior do túbulo dentinário. Suprimento vascular É formado por artérias de pequeno calibre possuidores de parede fina e delicada provenientes das artérias alveolar superior e inferior Essas artérias formam feixes que penetram pelos forames apical e acessório e formam anastomoses entre arteríolas e vênulas que carregam o sangue venoso no sentido contrário. Polpa Funções da polpa: Formadora produz a dentina que a envolve Nutridora nutre as estruturas pulpares que se estendem para a dentina Protetora servis sensibilidade Reparadora produz dentina MATÉRIA PARA A2 26/10/2016 Esmalte Qual o nome dado a formação do esmalte durante a odontogênese? É o amelogenese A formação do esmalte é até a fase de maturação, onde finaliza a síntese de esmalte. Esmalte Particularidades: Origem: Ectoderma (epitélio interno). Estrutura indutora: Dentina do Manto. Localização: coroa anatômica. Composição: 96% matriz inorgânica e 4% matriz orgânica Formação em duas fases: secreção e maturação (pré epós eruptiva). Direção de formação: centrifuga (4 µm/dia). Principais íons encontrados: Fosfato Cálcio Estrôncio Magnésio Fluoreto* *Normalmente está associado a construção dos cristais hidroxiapatita do esmalte. Características físicas Alto conteúdo mineral consequentemente é um tecido duro, capaz de suportar as forças mecânicas aplicadas durante o seu funcionamento. O esmalte é um tecido frágil, friável e sem maleabilidade alguma, por isso conta com a dentina para se apoiar e manter a sua integridade. Alta translucidez, variando de amarelo claro ao branco acinzentado Sua espessura varia, sendo no máximo de 2,5 mm nas pontas de cúspide e diminui em direção cervical. Fluoretação É feita com o intuito de incorporar íons fluoreto ao cristal de hidroxiapatita, tornando-o mais resistente à dissolução ácida. O uso do Flúor deve ser cauteloso O fluoreto na superfície do esmalte, também reduz a energia livre nessa região, e assim, diminui a adsorção de glicoproteínas da saliva (dificulta a organização da placa bacteriana) O Flúor intensifica as reações químicas que levam à precipitação do fosfato de cálcio. Estruturas histológicas São de difícil visualização devido ao alto conteúdo mineral do esmalte. Em estudos por desmineralização pelo método convencional são examinados, apenas um espaço vazio onde as estruturas maduras e mineralizadas se encontram e o material orgânico é removido, entretanto dentes em desenvolvimento revelam melhor as estruturas do esmalte em formação devido ao maior teor orgânico de sua matriz. Os cortes preparados por desgaste podem ser estudados utilizando o microscópio óptico a luz transmitida. A microscopia eletrônica é a melhor forma de estudar o esmalte, devido a sua definição e aumento revelando mais detalhes de sua estrutura. Estrias de Retzius (são ranhuras) São linhas incrementais de crescimento. Ao corte longitudinal são vistos como uma série de bandas escuras que refletem sucessivas frentes de formação do esmalte. Ao corte transversal são vistas como anéis concêntricos. São formadas como resultado de uma constrição temporário dos processos de Tomes associada ao correspondente aumento na face secretora do esmalte entre os bastões em formação. Estriações transversais Indicam uma variação na atividade secretora diária dos ameloblastos (4µm/ dia). Parecem bandas periódicas com intervalos de (4µm). Se confunde com os cortes oblíquos dos bastões tornando seu estudo difícil. 4µm corresponde a 24h de secreção de esmalte pelo ameloblasto. Qualquer alteração da normalidade pode desencadear um defeito de esmalte. Bandas de Hunter Schreger São um fenômeno óptico produzido somente por uma mudança na direção dos bastões observados nos 4/5 internos do esmalte São vistas na microscopia óptica como bandas alternadas claras e escuras que podem ser invertidas por uma mudança na iluminação incidente Cite três estruturas histológicas visíveis ao microscópio óptico do esmalte? R: Estrias de Retzius, estriações transversais e bandas de Hunter Schreger. Esmalte nodoso É um entrelaçado em arrumação aparentemente complexa na cobertura das cúspides dos dentes. Áreas de prisma com trajeto bastante irregular e sinuoso, presente nas regiões incisais e pontas de cúspides Tufos Os tufos projetam-se a partir da JAD por uma curta distância do esmalte parecendo ser ramificado e parecendo ter mais proteína do esmalte do que o resto do esmalte São áreas prismáticas e interprismáticas hipomineralizadas. Surgem na junção com a dentina e entram no esmalte num curto trajeto. São numerosos e seguem o trajeto dos prismas. Têm aspecto ramificado. Lamelas Estendem-se por várias profundidades a partir da superfície do esmalte, constituindo em defeitos lineares longitudinalmente orientados, preenchidos com proteínas do esmalte ou resíduos orgânicos oriundos da cavidade bucal. Áreas com maior concentração de matérias orgânicas, que se estendem da junção com a dentina até a superfície do esmalte. Podem seguir ou não o trajeto dos prismas. JAD X Fusos São formados por alguns processos odontoblásticos recém formados que penetram por entre os ameloblastos vizinhos, quando começa a amelogênese, tornando-se aprisionado, para formar os fusos do esmalte. Tais estruturas não seguem a direção dos bastões de esmalte. Junção amelo-dentinária: face irregular, com socavações e reentrâncias Fusos: são projeções dos prolongamentos odontoblásticos para dentro do esmalte. Aspecto retilíneo. Periquimácias São depressões presentes na superfície do esmalte em forma de sulcos rasos causados pela terminação das estrias de Retzius. Alterações com a idade: Desgastes em regiões de atrição Cores mais escuras na superfície por pigmentações Escurecimento dentinário Menor permeabilidade Fraturas Escovação traumática É quando há um traumatismo no esmalte e na gengiva provocada por falta de instrução. Antibióticos, cáries, fluorose, hipoplasias... Fase secretora: ameloblastos Os ameloblastos cobrem toda a superfície do esmalte do dente que ainda não erupcionou. O ameloblasto tem seu ciclo de vida bem definido durante a formação do esmalte o que implica em padrões de formação diferenciados. Ao término de seu ciclo vital os ameloblastos formam uma película protetora (cutícula primária) que protege a coroa com esmalte já formado do periodonto de sustentação que já está terminando de se formar ao seu redor. Fase secretora: Síntese e secreção da matriz orgânica do esmalte Presença de enzimas Presença de proteínas não colágenas Matriz orgânica Principal componente: Enamelina (proteína ácida) forte afinidade pelo cristal. É uma proteína ácida que tem forte afinidade por cristais hidroxiapatita. Ela ajuda na agregação desses cristais. Poros do esmalte: proteína + água. Malha protéica associada à água ( camada de solvatação ) Fase secretora: enzimas Serina proteases Metaloproteinases Fosfatases Matriz orgânica: proteínas Enamelinas Amelogeninas Não amelogeninas Fosfoproteínas glicosiladas acídicas (enamelina e tufelina) Glicoproteínas sulfatadas (ameloblastina, amelina e bainhalina) Fase Secretora final Deposição da primeira camada de esmalte prismático, processo de Tomes e forte concentração de fosfatase alcalina. É a fase que irá sintetizado mais esmalte e um esmalte mais resistente. Porque na fase secretora final ele apresenta uma projeção no seu citoplasma chamado processo de Tomes. A fosfatase alcalina é que será responsável por organizar no processo de Tomes um polo chamado polo secretor do ameloblasto. Nesse polo secretor a fosfatase alcalina vai organizar os cristais hidroxiapatita em uma direção especifica. Fases funcionais dos ameloblasto Morfogenética – paralisação das divisões mitóticas e organelas citoplasmáticas para fins intracelulares Diferenciação – pré-ameloblasto, inversão de polaridade, liberação de fatores de crescimento, vesículas de lisossoma que degrada a membrana basal, aparecimento de vilosidades, junções do tipo GAP e adesão por desmossomas Secretora – característica de célula sintetizadora de matriz, secreção de proteínas, amelogeninas (prolina) e não amelogeninas (fosfoproteínas glicosiladas ácidas, enamelinas, tufelina), glicoproteínas sulfatadas (ameloblastina, amelina, bainhalina) Fase de maturação: pré eruptiva Caracterizada pelaadição de quantidades significativas de mineral acrescentado ao primeiro esmalte formado, substituindo o material orgânico e a água. Os primeiros cristais adicionados a matriz de esmalte recém formada são provenientes da dentina e acaba formando uma primeira camada de esmalte altamente mineralizada e compacta. Secretora final – deposição da primeira camada de esmalte prismático, processo de Tomes e forte concentração de fosfatase alcalina Bastões de esmalte (prismas) Esses bastões de esmalte são constituídos por cristalitos de hidroxiapatita comprimidos e alinhados. Os bastões são separados entre si por uma substância interprismática, também constituída por cristalitos de hidroxiapatita em uma direção diferente da encontrada nos prismas Bastões: É a unidade básica do esmalte 5µm de largura. Tem padrão de formação altamente organizado pela orientação dos cristais. Tem o formato de bastão cilíndrico composto de cristais com longo eixos disposto, em sua maioria paralelos ao eixo longitudinal do bastão. Os cristais mais distantes do eixo central dispõem-se em grau cada vez mais inclinado. Na região interbastões os cristais estão em uma direção diferente das do bastão. O limite onde os cristais do bastão encontram os da região interbastão em forma de ângulo é conhecido como bainha do bastão. As bainhas dos bastões contêm mais proteína do esmalte do que outras regiões, porque os cristais que se encontram em diferentes ângulos não podem ser firmemente reunidos. Aparência de escama de peixe. Padrões de Esmalte Cabeça Bainha Cauda Esmalte prismático Padrão predominante, formado por estruturas alongados denominados bastões ou prismas. Localização: recobre a maior parte da dentina coronária, com exceção dos 1/3 cervicais dos dentes decíduos e permanentes. Ele está recobrindo pelo menos 2/3 da coroa eminente. Terço médio e terço incisal ou cervical (no terço cervical temos esmalte aprismático) Porem quando o dente é recém erupcionado, vamos notar uma fina camada de esmalte aprismático cobrindo o esmalte prismático que existe no terço médio e incisal. No terço cervical não haverá esmalte prismático por nunca ter possuído o processo de tomes. Fase de maturação: terminação lisa no polo secretor do ameloblasto origina um esmalte sem bastões (prisma) Fases funcionais dos ameloblastos Maturação – queda na produção de matriz, atresia do processo de Tomes Esmalte aprismático Desprovido de prismas Padrão menos encontrado Cristais organizados paralelos entre si Cristais estão dispostos perpendicularmente à superfície dentária Localização 1/3 cervical dos dentes decíduos e permanentes e recobrindo o esmalte prismático da coroa de todos os dentes Formado por ameloblastos que já perderam o processo de Tomes Com o passar dos anos o esmalte aprismático vai se desgastando. Ameloblasto em involução Formação da última camada de esmalte – com a perda do processo de Tomes o esmalte formado será aprismático. Os padrões de esmalte diferem em: Localização Composição Estrutura Esmalte prismático X aprismático Proteção – involução dos ameloblastos, formação do epitélio juncional, formação do epitélio reduzido do esmalte que isola a coroa do conjuntivo adjacente até a irrupção Esmalte Fase de maturação pós eruptiva Definição - É um processo por um qual o esmalte dentário totalmente formado, entra em contato com o meio bucal participando do processo de desremineralização, incorporando cristais de hidroxiapatita mais resistentes as soluções acidas. E é um processo que vai durar por mais 2 ou 3 anos após a erupção do dente. Sendo o tamponamento de lamelas, diminuição da porosidade do esmalte, diminuição da permeabilidade do esmalte. No momento da erupção dentária os ameloblastos são perdidos, tornando este tecido acelular e sem inervação ou vascularização, com isso, é impossível a gênese deste tecido. Após a erupção dentária o esmalte não pode ser formado novamente, porém, ele pode fazer trocas iônicas com o meio bucal devido a sua permeabilidade agregando íons e se reparar de lesões causadas por processos de desmineralização. Diminuição da porosidade do esmalte, tornando-o menos permeável. Sua resistência à desmineralização é aumentada. A maturação é intensa nos 3 primeiros anos e pode se estender até 20 anos após a erupção do dente. Quando o fluoreto tópico é aplicado à superfície do esmalte, ele torna-se mais resistente à dissolução em ácido como resultado da substituição por troca iônica do íon de fluoreto pelo radical hidroxila no cristal de hidroxiapatita. Defeitos da Amelogênese Acontecem porque o ameloblasto é uma célula particularmente sensível a modificações no seu ambiente Modificações fisiológicas menores provocam alterações estruturais somente detectados histologicamente (estados febris) Injúrias mais graves podem perturbar grandemente a produção de esmalte, ou , mesmo provocar a morte dos ameloblastos e podem ser clinicamente observados (manchas por tetraciclina, hipoplasias, ou ausências de esmalte ou fluorose). Hipoplasia de tuner Associada a infecções endodônticas em dentes decíduos afetando o germe dos dentes permanentes. ED de esmalte: 1) Descreva o ciclo de vida dos ameloblastos. 2) Diferencie esmalte prismático de aprismático quanto a localização, estrutura e composição 3) Descreva maturação pós eruptiva. 4) Explique o fato de o esmalte não poder ser formado após a erupção do dente na cavidade oral. 5) Qual a origem embrionária do esmalte. 6) Explique como é Possível reparar uma lesão inicial de cárie em esmalte. 7) Cite e descreva 8 estruturas histológicas do esmalte. 8) Qual célula é responsável pela formação do esmalte. 9) Após a formação do esmalte, porém sem ter acontecido a erupção dentária, qual estrutura é formada com o intuito de isolar o esmalte já formado do periodonto de sustentação em formação? 10) Após a erupção dentária qual importante estrutura do periodonto de proteção será formada a partir dos ameloblastos da porção cervical do dente em formação? 09/11/2016 HISTOLOGIA PERIODONTAL PERIODONTO ORIGEM: ECTOMESÊNQUIMA Exceção ►epitélio juncional ► ectoderma FUNÇÕES GERAIS: Inserção e sustentação do dente no alvéolo Atenuação e distribuição das forças mastigatórias Adaptação funcional e patológica Proteção das estruturas nobres e de suporte dos dentes CARACTERÍSITCAS GERAIS Tecidos de suporte e proteção dos dentes PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO PERIODONTO DE PROTEÇÃO Estruturas responsáveis por manter o dente nos ossos maxilar e mandibular Tecidos Componentes: Periodonto de proteção Gengiva Marginal e Inserida Periodonto de sustentação Ligamento Periodontal Cemento Osso Alveolar PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO LIGAMENTO PERIODONTAL CEMENTO OSSO ALVEOLAR LIGAMENTO PERIODONTAL ESPESSURA: Varia de 0,15 a 0,38mm tendo a sua porção mais delgada em torno do 1/3 médio da raiz 11 a 16 anos: 0,21mm 32 a 52 anos: 0,18 mm 51 a 67 anos: 0,15 mm CARACTERÍSTICAS: Tecido conjuntivo denso altamente especializado Situado entre o dente e o osso alveolar entre o cemento que cobre a raiz e o osso que forma o osso alveolar (fazendo uma articulação do tipo gonfose). Fibras de colágeno tipo I ► fibras de Sharpey 》Arranjo: feixes espessos em padrões pré-determinados 》Penetram no cemento e osso alveolar Fibroblastos células mais abundantes Elevado índice de renovação do colágeno no ligamento periodontal Outros tipos celulares: Células indiferenciadas Restos Epiteliais de Malassez Odontoclastos Osteoclastos Células do sistema imune típicas do tecido conjuntivo propriamente dito Células do osso e do cemento Células mesênquimais indiferenciadas: Estão presentes nas paredes dos vasos (células perivasculares) e se prestam a substituir e renovar as células do ligamento periodontal que são eliminadas seletivamente através de um processo fisiológico de apoptose. Células epiteliais São as células remanescentes da bainha epitelial radicular de Hertwig. Ocorrem como cordões entrelaçados junto a superfície do cemento Possuem a capacidade de manter afastado as células ósseas evitando anquilose. RESTOS EPITELIAIS DE MALLASSEZ Matriz extracelular QUANTIDADE DIMINUTA DE SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL (SFA) COMPLEXO SISTEMAS DE FIBRAS: Crista alveolar Horizontais Obliquas Apicais Inter-radiculares Trans-septal Colágenas dos tipos I e III, V, VI e XII Fibras oxitalânicas Grupo de fibras da crista alveolar: Unido ao cemento logo abaixo da junção amelocementária, dirige-se para baixo e para fora, inserindo-se na crista alveolar. Fibras Horizontais Situado apicalmente ao grupo da crista alveolar, dirige-se em ângulo reto, em relação ao longo eixo do dente, do cemento para o osso logo abaixo da crista alveolar. Fibras Oblíquas É o grupo mais numeroso do LP que parte obliquamente do cemento para a inserção dentro do osso em direção coronária. Fibras Apicais Irradia-se do cemento para o osso, em torno do ápice da raiz, formando a base do alvéolo. Fibras inter-radiculares Encontrada apenas entre as raízes de dentes multirradiculares, o qual se dirige do cemento para o osso formando a crista do septo inter-radicular. Fibras oxitalânicas e elaulinas São feixes de microfibrilas São dispostas verticalmente formando uma rede tridimensional de malhas ramificadas que cercam a raiz Estão presentes junto aos vasos e conferem elasticidade ao ligamento periodontal Substância fundamental Semelhante a de outros tecidos em relação a seus componentes. O sulfato de dermatana é a sua principal glicosaminoglicana 70% água 16/11/2016 Suprimento Sanguíneo Vai nutrir não somente o ligamento periodontal, mas o periodonto todo, devido as artérias alveolares. Mas o cemento por exemplo é um tecido avascular e quem irá realizar a nutrição do cemento é o ligamento periodontal, pois é no ligamento que vai estar todo o suprimento sanguíneo. Essas ramificações das artérias alveolares, elas penetram no osso alveolar e desembocam no ligamento periodontal e por isso elas recebem um nome especifico chamado artérias perfurantes, mas esse nome é dado devido a sua anatomia, pois o osso alveolar não é uma tabua óssea compacta, sedo todo perfurado. E essas perfurações são por onde penetram essas ramificações das artérias alveolares até a chegada do ligamento periodontal. Então essa nomenclatura de artérias perfurantes é até de forma incorreta. Pois na parte de embriologia nervos e vasos são formados primeiros e o osso é sintetizado ao redor. Provém das artérias alveolares superior e inferior. Suas ramificações penetram no osso alveolar recebendo o nome de artérias perfurantes As anastomoses arteriovenosas formam uma complexa rede que conta ainda com vasos linfáticos que drenam o tecido. Suprimento Nervoso Todo nervo acompanha uma artéria. As artérias são sempre mais profundas dentro dos tecidos e os nervos acompanham as artérias. O nervo que irá fazer a inervação do ligamento periodontal de todos os dentes é o nervo alveolar. Seja ele superior ou inferior. Essas fibras nervosas vão paralelamente aos vasos sanguíneos, se ramificar, passar também por aquelas perfurações no osso alveolar e chegar ligamento periodontal. No ligamento periodontal haverá dois tipos de fibras; as mielinizadas e as amielinizadas. É nessa região que chama mais atenção no ligamento periodontal que é o mecanismo de nocicepção que são fibras mecanorreceptoras. O mínimo de deformação no ligamento periodontal é captado imediatamente pelo ligamento periodontal. Ex.: estamos realizando a mastigação e no meio do alimento tem uma pedra. Quando a gente vai morder a pedra, imediatamente nós paramos. E isso acontece rapidamente, pois com e a deformação mesmo que mínima quando pressionamos um dente sobre o outro, e se tiver algo dura sobre eles. Essa deformação mínima já envia uma mensagem até chegar ao encéfalo e aí o encéfalo vai coordenar os músculos da mastigação e vai falar PARA, não pressiona, pois vai causar um dano. As fibras nervosas seguem de apical para a margem gengival, as quais se associam com fibras que penetram lateralmente através de forames da parede alveolar. É constituído por fibras amielinizadas e por fibras cobertas pelas células de Schwann. São fibras nociceptoras e mecanorreceptoras LIGAMENTO PERIODONTAL FUNÇÕES: Articular o dente ao osso Absorve e contrabalança as forças mastigatórias Evita transmissão direta da pressão para o osso pois poderia ocasionar reabsorção óssea localizada Função sensorial receptores sensoriais Nervos fibras de dor e proprioceptivas (percepção de orientação espacial) RESUMO DAS FUNÇÕES: SUPORTE SENSORIAL NUTRITIVA – é devido ser um tecido conjuntivo propriamente dito. MANUTENÇÃO CEMENTO CARACTERÍSTICAS: Tecido conjuntivo mineralizado Duro (muito parecido com o tecido ósseo) Avascular Recobre a dentina radicular Composição: 55% material inorgânico cristais de hidroxiapatita 45% matriz orgânica colágeno e SF Lábil reage às forças as quais é submetido com reabsorção e síntese (muito parecido com tecido ósseo) Região apical da raiz Cemento é mais espesso Produção contínua de cemento no ápice compensa desgaste fisiológico dos dentes O cemento faz parte do dente? R: Não, pois ele é um tecido periodontal. Apesar de estar grudado no dente pela dentina radicular. A origem embrionária o cemento não foi formado no órgão dentário e nem na papila dentária. Ele foi formado através do folículo dentário. Esse folículo dentário da origem ao periodonto de sustentação. Tipos celulares: Cementócitos – manutenção de matriz Cementoblastos – produtoras de matriz Obs.: São células com comportamento parecido com os osteócitos e osteoblastos, inclusive se comunicando através de um sistema canalicular. Classificação do Cemento São considerados 4 fatores: Presença de células na matriz Época de formação Origem das fibras de colágeno da matriz Localização e padrão Presença de células na matriz, pode ser: Acelular ou Celular Cemento acelular: 1/3 cervical e médio da raiz Matriz fibrosa com presença de fibras de Sharpey (feixes colágenos que se inserem no osso alveolar) Responsável pela ancoragem do dente (fixação do dente) Cemento celular: Presença de células na matriz 1/3 apical da raiz de todos os dentes e região entre raízes de dentes com mais de uma raiz É mais espesso que o cemento acelular Nota-se uma maciça presença de cementócitos, cementoblastos e fibroblastos inclusive Tem função adaptativa e compensatória. Época de formação Pode ser: Primário ou Secundário São utilizados os mesmos critérios de classificaçãode cemento celular e cemento acelular Reabsorção X Reposição Quem realiza a reabsorção da matriz dentária é o odontoclasto, sendo que é a mesma célula que o osteoclasto. O nome só muda de acordo com o tecido que ele está reabsorvendo. Limite esmalte X cemento 60% cemento recobrindo o esmalte 30% cemento borda a borda com o esmalte 10% cemento não toca o esmalte PATOLOGIAS Concrescência É a fusão do cemento de dois dentes vizinhos. Muito comum ocorrer no terceiro molar. Hipercementose É a superprodução de cemento. Até o momento não se sabe o porquê é produzido essa quantidade excessiva. Anquilose É a fusão do cemente com o osso alveolar. JCE – Junção cemento-esmalte Tipos de cemento: Cemento acelular Cemento celular OSSO ALVEOLAR O osso alveolar abriga a raiz do dente, não podemos confundir o osso alveolar com a mandíbula ou maxila. O osso alveolar são projeções ósseas que parte da maxila e da mandíbula e tem a função de sustentar as raízes ou a raiz do dente. É um osso que faz parte mandíbula e da maxila e é um osso dependente de dente, caso um dente seja extraído o osso alveolar é reabsorvido. Constitui o osso que sustenta as raízes dos dentes na mandíbula ou na maxila Quando o dente é extraído o osso alveolar é reabsorvido rapidamente É formado por osso lamelar (secundário) e possui todas as características do osso compacto Possui feixes de fibras inseridas vindas do tecido conjuntivo do ligamento periodontal O limite do osso alveolar com o ligamento periodontal é chamado de lâmina dura e é um importante referencial radiográfico O osso alveolar possui uma lâmina óssea dura e radiopaca que é chamada de lâmina dura, porém sabe-se que essa lâmina é toda perfurada para que o feixe vasculo-nervoso penetre na raiz dentária. Devido a essas perfurações a lâmina dura também é conhecida como Lâmina Cribiforme PERIODONTO DE PROTEÇÃO GENGIVA CARACTERÍSTICAS Membrana mucosa aderida ao periósteo dos ossos maxilar e mandibular Epitélio juncional gengiva unida ao esmalte Sulco gengival circundando a coroa entre esmalte e epitélio localizado acima do epitélio juncional Quando falamos de periodonto de proteção, basicamente falamos de gengiva. Tem a gengiva que fica ao redor do esmalte, que vamos chamar de gengiva livre. E uma gengiva que ela que fica recobrindo o alvéolo (osso alveolar) que vamos chamar de gengiva inserida. Junção Dento-gengival COMPONENTES Epitelial Gengival Sucular Juncional Gengival: Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado Presença de acantose epitelial (projeções epiteliais para a direção do tecido conjuntivo) Sucular: Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado O sulco gengival possui entre 0 e 3 mm em condições fisiológicas O Fluido sucular é uma secreção produzida pelas células epiteliais da região e contém uma mistura de restos celulares e Neutrófilos Seus limites vão da margem gengival cervical até o início do epitélio juncional SULCO GENGIVAL E EPITÉLIO DO SULCO EPITÉLIO JUNCIONAL (importante para a prova) Suas células são aderidas ao esmalte por hemidesmossoma, sendo chamado de epitélio de fixação; Forma o assoalho do sulco gengival; É constituído por um epitélio estratificado que varia entre 30 a 4 camadas de células (suas células são grandes, espaçadas entre uma e outra, sendo delgadas e bem delicadas); Sua presença indica saúde periodontal; Suas células são grandes e possuem um grande espaço intercelular, tornando-o muito permeável. Outras características É uma característica do epitélio juncional ser formado durante a odontogênese O epitélio juncional é oriundo da involução dos amelobrastos É formado através da degradação do epitélio reduzido e da fusão do epitélio remanescente com o epitélio oral São células aderidas ao esmalte A aderência no esmalte é devido ao hemidesmossoma Pode ser chamado de epitélio de fixação Forma o assoalho do sulco gengival É constituído do epitélio estratificado Esse epitélio é delgado Possuindo de 30 a 4 camadas Sua presença indica saúde periodontal As células do epitélio juncional são maiores do que do epitélio sucular e gengival As células possuem um espaço intercelular Esse epitélio é permeável O tecido conjuntivo que tem abaixo do epitélio de periodonto de proteção é chamado de lâmina própria. A lâmina própria forma a gengiva livre e a gengiva inserida. A lâmina própria do tecido conjuntivo tem uma função bem especifica de fixar essa mucosa (epitélio) no osso alveolar e por isso é chamada de gengiva inserida e mesmo a gengiva livre que não é presa ao osso alveolar é fixada ao dente, através de cordões de fibras de colágeno que são grupamentos iguais aos grupos de fibras do ligamento periodontal, porém muito mais delicadas. Os grupos de fibras do ligamento periodontal (fibras sharpey), elas são muito grossas, por ter a função de fixar o dente no alvéolo. Já as fibras da lâmina própria também se organizam em grupos, como se elas fossem sintetizadas em uma mesma direção originando um grupamento de fibras, sendo que não é tão firme e aderida quanto os grupos de fibras do ligamento periodontal. Os grupamentos de fibras da lâmina própria são especializados em fixar a gengiva no dente ou no osso, então irão receber os nomes de acordo com a sua sintetização (direção da sua síntese). Fibras encontradas na lâmina própria da gengiva: Grupo dentogengival: cemento cervical – lâmina própria. Grupo alveologengival: osso da crista alveolar - lâmina própria. Grupo circular: forma uma faixa ao redor do dente (forma um cinturão em volta da lamina própria) Grupo dentoperiostal: cemento – em direção descendente seguindo o periósteo da tábua cortical externa e do processo alveolar. Grupo de fibras transeptais: dirige-se interdentalmente a partir do cemento coronário até o cemento coronário do dente vizinho, passando por cima da crista alveolar. Patologias do periodonto de proteção Gengivites - Infecciosas - Alérgicas - Medicamentosas - Associadas a idade - Por estado hormonal alterado Fibroses CUTICULA PRIMÁRIA (é o mesmo que epitélio reduzido) Fina membrana que desaparece no momento da erupção dentária. 23/11/2016 MUCOSA ORAL Origem Epitélio: Ectoderma Conjuntivo: Ectomesênquima Componentes teciduais Epitélio Oral: Epitélio Estratificado Pavimentoso (queratinizado ou não) Lâmina Própria, submucosa ou mucoperiósteo: Tecido Conjuntivo Características do Epitélio Células justapostas Presença de junções intercelulares Células organizadas em camadas ou estratos Estratificado pavimentoso Estratificado pavimentoso queratinizado Basal Espinhoso Granuloso Cómeo Estratificado pavimentoso não queratinizado Basal Espinhoso Intermediário Superficial Características clinicas da mucosa Coloração Concentração e dilatação de pequenos vasos sanguíneos no conjuntivo Espessura do epitélio Grau de queratinização Concentração de melanina no epitélio Indicação clinica - Tecido sadio rosa pálido - Inflamação avermelhado (vasodilatação) Superfície (úmida) - presença de glândulas salivares menores ou intra-orais - Presença de papilas no dorso da língua - Cristais transversais (rugas) no palato duro cristas palatinas- Superfície pontilhada na gengiva Obs.: O dorso da língua em condições normais é áspero e esbranquiçado devido suas células serem queratinizadas. Já o ventre da língua tem que ser liso e rosa. E se algum paciente chegar com placas brancas no ventre é sinal de ter algo errado. A mucosa jugal também é lisa e rosada. Pessoas que tem mania de morder a mucosa da bochecha normalmente forma uma linha chamada de linha alba, onde você fica mordendo e traumatizando, toda hora ferindo e cicatrizando até uma hora em que se forma uma queratinização local aí forma uma linha de queratinização que chamamos de linha alba. As leucoplasias, alterações da normalidade por coloração branca têm um poder carcinogênico muito grande. Por isso que se eu achar uma placa branca na mucosa do paciente, deverá ser realizado o diagnóstico diferenciado para ver se essa placa se desprende da mucosa ou se fica presa, pois isso vai fazer diferença. Pois se desprender, pode ser uma cândida pseudomembranosa e o tratamento é com antifúngico e não a biopsia. Mas uma lesão branca não destacável deve ser removida imediatamente e levado para exames. Secreção – (umidade) - Epitélio glandular saliva - Glândulas salivares menores intra-orais - Glândulas sebáceas presentes nos lábios e mucosa jugal função não esclarecida Uma das características da submucosa é conter os anexos: glândulas sebáceas, glândulas salivares menores, órgãos linfoides. Esses anexos são encontrados apenas na submucosa. Consistência - móvel, mole e elástica lábios e bochechas (mucosa jugal) - Firme e imóvel gengiva e palato duro (mucoperiósteo) - diferenças importantes considerando injeções de anestésicos locais e realização de biopsia na mucosa oral. - Injeção e difusão de anestésico local na mucosa oral mais fácil ou mais difícil depende da densidade da lâmina própria (varia de acordo com a região) Permeabilidade e absorção Barreira impermeável Região de epitélio mais delgado administração de drogas sublinguais mucosa do assoalho da boca A mucosa oral tem que ser uma barreira impermeável, mas existe algumas exceções onde a região é constituído de epitélio delgado (ventre da língua e soalho lingual) onde se torna uma região permeável. Nessa região o epitélio é fino, delgado, sem queratinização e tem diversos vasos sanguíneos, ou seja, tudo o que é colocado debaixo da língua é absorvido com muita rapidez. E por isso é utilizada como via de administração rápida de fármacos. Funções Proteção Epitélio da mucosa oral primeira barreira protetora a invasão de microrganismos e as agressões físicas e químicas. Proteção aos tecidos mais profundos e órgãos da região do meio ambiente da própria cavidade oral Tecidos moles expostos a forças mecânicas (compressão, corte e distensão) e a abrasão (apreensão e mastigação) pelo atrito dos alimentos. Sensorial Receptores para temperatura, tato e dor Botões gustativos paladar (não é um neurônio e sim neuroepitelial) Lábios e língua percepção de estímulos externos da boca Receptores reflexo de deglutição, engasgo, ânsia de vomito e salivação Sentimos qual tipo de salgado através dos botões olfatórios que são neurônios. Capacidade sensorial está na língua. Porque no dorso da língua contem estruturas histológicas importantes chamadas de botões gustativos, que ficam na base das papilas. Os botões gustativos têm suas limitações, pois ele não é um neurônio, portanto não irá conduzir impulso nervoso e não vai conduzir sensação, ele vai te dá limitadamente algumas informações. Os botões gustativos são neuroepitélios, que nos permite apenas algumas sensações. Então na língua iremos sentir doce, salgado e amargo. Mas quem irá distinguir qual tipo de salgado ou qual tipo de doce está na sua boca, não serão os botões gustativos. Quem vai distinguir essas sensações serão os botões olfatórios, ou seja, você coloca o alimento na boca e sente que ele é salgado, aí você começa a mastigar, forma o bolo alimentar e o ar que circula dentro da boca passa para a fossa nasal e sofre um turbilhonamento nas coanas e vai parar no teto da fossa nasal. O teto da fossa nasal é formado pelo osso etmoide, que é todo perfurado de onde saem os botões olfatórios. Que aí sim é neurônio. Estrutura geral da cavidade oral Na mucosa oral só temos um tipo de epitélio, que é o epitélio estratificado pavimentoso, mas em algumas regiões ele será queratinizado e em outras regiões será não queratinizado. E que o tecido conjuntivo sempre vai estar associado a ele. Esse tecido conjuntivo pode ser uma lâmina própria, uma submucosa ou um mucoperiósteo. A lâmina própria vai ser um conjuntivo fibroso associada a gengiva livre. A submucosa vai ser um tecido conjuntivo frouxo, onde ter vasos sanguíneos, nervos enchendo aquela submucosa, inclusive os anexos (tecido adiposo, glândulas sebáceas, glândulas salivares menores, nódulos linfoides). No mucoperiósteo vamos encontrar em regiões de mucosa que irão se associar a estruturas de alta resistência, como o palato, gengiva inserida. Epitélio Oral Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado Lâmina própria Tecido conjuntivo (fibroso) Submucosa Tecido conjuntivo (frouxo) Tecido adiposo Glândulas Vasos sanguíneos Nervos Nódulos linfoides (tonsilas linguais, palatinas e faríngeas) Mucoperiósteo Gengiva inserida e palato duro ausência de submucosa Classificação histologicamente (matéria de prova) - Mucosa de revestimento (mucosa jugal, ventre lingual, assoalho bucal, palato mole e lábio) Epitélio estratificado pavimento não queratinizado O tecido conjunto que irá acompanhar esse epitélio é a submucosa. - Mucosa mastigatórias (palato duro e gengiva inserida) Epitélio estratificado pavimento queratinizado O tecido conjunto que irá acompanhar esse epitélio é o mucoperiósteo - Mucosa especializada (dorso lingual) Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado O tecido conjuntivo que irá acompanhar esse epitélio é a submucosa Devido essa mucosa apresentar os botões gustativos, ela recebe a classificação de mucosa especializada. Mucosa oral – células do epitélio oral Queratinócitos mais numerosos Não-queratinócitos 10% Melanócitos Células de Langerhans Células de Merkel Células inflamatórias Queratinócitos O queratinócito é proveniente da região chamada de camada basal. Nessa camada basal tem um queratinócito especial que é chamada de célula progenitora ou célula fonte que realiza a divisão celular. Então ela se divide, continua na camada basal do epitélio e essa célula que ela originou vai migrando pelas outras camadas até chegar na camada superficial. Todo queratinócito começou na camada basal proveniente de uma célula fonte e vai migrando através das camadas até chegar as camadas mais superficiais. E se no caminho esse epitélio for um epitélio estratificado pavimento queratinizado, ele vai sintetizando os grânulos de querato-hialina e quando chegar na superfície, libera os grânulos de querato-hialina e forma a camada proteica chamada queratina. Essas células em nenhum momento ficam soltas no epitélio, elas são sempre presas por desmossomos formando um conjunto. E cada vez que as camadas mais superficiais a ela vão se descamando, as camadas seguintes vão tomando a posição da camada descamada e uma nova camada vai sendo produzida na camada basal. Células características do epitélio oral
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