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01 Apelação 2015 2

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Prof.ª Me. Renata Polichuk Marques
RECURSOS 
Recursos em Espécie
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RECURSOS
Conceito: “meios de impugnação de decisões judiciais, voluntários, internos a relação jurídica processual em que se forma o ato jurisdicional atacado, aptos a obter a anulação, a reforma ou o aprimoramento”. 
(MARINONI. ARENHART: 2007)
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TAXATIVIDADE
Lei Federal: Art. 22, I da CR
Art. 496. São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;
II - agravo; 
III - embargos infringentes;
IV - embargos de declaração; 
V - recurso ordinário; 
VI - recurso especial; 
VII - recurso extraordinário; 
VIII - embargos de divergência em recurso especial e em recurso extraordinário. 
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PROJETO - NOVO CPC
Prof.ª Renata Polichuk
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:I – I – apelação;
II – agravo de instrumento;
III – agravo interno;
IV – embargos de declaração;
V – recurso ordinário;
VI – recurso especial;
VII – recurso extraordinário;
VIII agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência. 
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APELAÇÃO
GENERALIDADE: sua disciplina se aplica, no que for cabível, também aos demais recursos. 
CABIMENTO: O recurso de apelação é cabível para fins de impugnação dos provimentos do juiz que encerram a fase cognitiva em primeira instância, vocacionados à extinção do processo, voltando-se, assim, contra as sentenças terminativas e definitivas. 
 
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SENTENÇA
Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1º Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 11.232, de 22.12.2005, DOU 23.12.2005)
 
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Art. 203.  Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
Art. 1.009.  Da sentença cabe apelação.
§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
§ 2o Se as questões referidas no § 1o forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas.
§ 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 (hipótese de agravo de instrumento) integrarem capítulo da sentença.
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RECURSOS DA SENTENÇA – 
LEIS ESPECIAIS
 Embargos Infringentes: Sentença proferidas em execuções fiscais de menos de 50 OTNs (art. 34 da Lei n.° 6.830/80).
 Recurso Inominado: Sentenças proferidas no rito dos Juizados Especiais (art. 41 da Lei n.° 9.099/95).
 
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EFEITOS DA APELAÇÃO
 Devolutividade ampla:
Error in procedendo
Error in judicando
 Efeito Translativo
 Matéria de ordem pública
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JULGAMENTO DE MÉRITO DIRETO PELO TRIBUNAL
Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 3º Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. (NR) (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001, DOU 27.12.2001) 
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Art. 1.013.  A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.
§ 5o O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação.
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POSSIBILIDADE DO TRIBUNAL SANAR VÍCIOS 
Art. 515 (...) 
§ 4º Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 11.276, de 07.02.2006, DOU 08.02.2006)
Art. 560. Qualquer questão preliminar suscitada no julgamento será decidida antes do mérito, deste não se conhecendo se incompatível com a decisão daquela.
Parágrafo único. Versando a preliminar sobre nulidade suprível, o tribunal, havendo necessidade, converterá o julgamento em diligência, ordenando a remessa dos autos ao juiz, a fim de ser sanado o vício. 
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Art. 938.  A questão preliminar suscitada no julgamento será decidida antes do mérito, deste não se conhecendo caso seja incompatível com a decisão.
§ 1o Constatada a ocorrência de vício sanável, inclusive aquele que possa ser conhecido de ofício, o relator determinará a realização ou a renovação do ato processual, no próprio tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, intimadas as partes.
§ 2o Cumprida a diligência de que trata o § 1o, o relator, sempre que possível, prosseguirá no julgamento do recurso.
§ 3o Reconhecida a necessidade de produção de prova, o relator converterá o julgamento em diligência, que se realizará no tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, decidindo-se o recurso após a conclusão da instrução.
§ 4o Quando não determinadas pelo relator, as providências indicadas nos §§ 1o e 3o poderão ser determinadas pelo órgão competente para julgamento do recurso.
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Art. 933.  Se o relator constatar a ocorrência de fato superveniente à decisão recorrida ou a existência de questão apreciável de ofício ainda não examinada que devam ser considerados no julgamento do recurso, intimará as partes para que se manifestem no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 1o Se a constatação ocorrer durante a sessão de julgamento, esse será imediatamente suspenso a fim de que as partes se manifestem especificamente.
§ 2o Se a constatação se der em vista dos autos, deverá o juiz que a solicitou encaminhá-los ao relator, que tomará as providências previstas no caput e, em seguida, solicitará a inclusão do feito em pauta para prosseguimento do julgamento, com submissão integral da nova questão aos julgadores.
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FATOS NOVOS
 Superveniência do fato
 Ignorância do fato pela parte
 Impossibilidade efetiva de comunicação ao advogado ou ao juiz
 Impossibilidade provar o fato até a sentença
 Recurso de terceiro interessado (CPC art. 499, §1°/ NCPC 996,§ 1°)
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INOVAÇÃO JURÍDICA
 Alteração da qualificação jurídica dos fatos 
 Argumentação jurídica diversa
“da mihi factum dabo tibi ius”
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EFEITO SUSPENSIVO
Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que:
I - homologar a divisão ou a demarcação;
II - condenar à prestação de alimentos;
IV - decidir o processo cautelar;
V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; 
VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
VII - confirmar a antecipação dos efeitos da tutela. 
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EFEITO SUSPENSIVO
OUTRAS HIPÓTESES DE EXCEÇÃO DO EFEITO SUSPENSIVO – APENAS EFEITO DEVOLUTIVO:
 CPC
	Art. 1.184: Sentença de interdição. 
	Art. 558: Casos dos quais possa resultar lesão grave e de 	difícil reparação
 Lei n.° 12.016/2009
	Art. 14: Sentença concessiva de mandado de segurança – 	salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida 	liminar 
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Art. 1.012.  A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
§ 2o Nos casos do § 1o, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença.
§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
§ 4o Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
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PROCEDIMENTO
Prazo: 15 dias (prazo peremptório)
Exceção: 
 Dobro (30 dias): Litisconsórcio com procuradores diferentes
			Ministério Público e Fazenda Publica 				(Defensoria Pública NCPC)
 Até 60 dias: Comarcas onde for difícil o transporte 
 Ilimitado: Calamidade pública
Contrarrazões: 15 dias
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AUSÊNCIA DE JUÍZO DE RETRATAÇÃO
NÃO EXISTE JUÍZO DE RETRATAÇÃO EM APELAÇÃO, exceto:
Indeferimento da Petição Inicial (CPC Art. 296 / NCPC 331)
 Prazo: 48 horas / 5 dias NCPC
 Dispensa contra razões
Improcedência de Plano (CPC Art. 285-A / NCPC 332, § 3)
 Prazo: 5 dias
 Citação do réu para responder o recurso
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PROCEDIMENTO NO TRIBUNAL
 Distribuição
 Autuação
Relator
Revisor (exceto causas de procedimento sumários, de despejo e nos casos de indeferimento liminar da petição inicial)
Vogal
 Designação de julgamento: publicação - antecedência de 48 horas (NCPC 5 dias)
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SUSTENTAÇÃO ORAL
	Na sessão de julgamento, depois de feita a exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente e ao recorrido, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem as razões do recurso (CPC 554 NCPC 937).
Preferência: Desejando proferir sustentação oral, poderão os advogados requerer que na sessão imediata seja o feito julgado em primeiro lugar, sem prejuízo das preferências legais (CPC 565 - NCPC 936).
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RESERVA DE PLENÁRIO
Art. 97 CR (CPC 480 NCPC 948)
 Arguição de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público
 Oitiva Ministério Público
 Relator submete a questão à turma ou câmara, a que tocar o conhecimento do processo
 Acolhida a alegação, será lavrado o acórdão, a fim de ser submetida a questão ao tribunal pleno
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RESERVA DE PLENÁRIO
Art. 97 CR
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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
NCPC 947
Art. 947. É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos.
§ 1º Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo órgão colegiado que o regimento indicar. 
§ 2º O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária se reconhecer interesse público na assunção de competência. 
§ 3º O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os juízes e órgãos fracionários, exceto se houver revisão de tese.
§ 4º Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do tribunal. 
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