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Sociedade, Comunicação e Cultura (a20)

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Sociedade, Comunicação e Cultura 
Aula 20 
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. 
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de 
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente 
virtual de aprendizagem UNINOVE. 
 
 
Uso consciente do papel. 
Cause boa impressão, imprima menos. 
 
Aula 20: Escola de Frankfurt 
 
Objetivo: Compreender a Teoria Crítica e o conceito de indústria cultural 
desenvolvido pelos frankfurtianos e como eles mudaram o modo de ver e ser da 
sociedade. 
 
 
A escola de Frankfurt 
 
A partir da década de 1920, um grupo de intelectuais, entre eles Theodor 
Adorno (1903–1969), Max Horkheimer (1895–1973), Herbert Marcuse (1898–1979) 
e Walter Benjamim (1892–1940), fundaram na Universidade de Frankfurt, na 
Alemanha: um grupo de estudos com inspirações marxistas para a análise da 
sociedade contemporânea que deu origem à Escola de Frankfurt e passou a 
produzir, a partir de 1930, um pensamento que ficou conhecido como Teoria Crítica. 
Conforme Santos (2003), “só a partir de 1930, quando Max Horkheimer 
assumiu a direção do Instituto de Pesquisa Social, é que seria adotada a postura 
que o caracterizaria: a investigação crítica da sociedade capitalista moderna.” 
(SANTOS, 2003, p. 87) 
Os frankfurtianos conduziram suas obras a uma esfera crítica e reflexiva que 
apontava para a análise da sociedade capitalista. 
Eles focaram sua atenção aos meios de comunicação e sua influência na 
sociedade moderna. Assim, detectaram os efeitos nocivos na sociedade que, em 
sua concepção, perdia o senso crítico diante das ideologias vigentes, disseminadas, 
sobretudo, pelos meios de comunicação de massa. 
A crítica contundente às ideologias que atingiam a sociedade e aos líderes do 
poder na Alemanha, baseadas no pensamento marxista, fizeram tais pensadores 
terem que sair da Alemanha no período da Segunda Guerra Mundial e se refugiar 
nos Estados Unidos, por causa da ascensão do partido nazista ao poder. 
Essa trajetória, embora traumática, marcou uma nova etapa da Teoria Crítica, 
pois foi a partir do contato com a sociedade norte-americana que Adorno e 
Horkheimer, conforme Santos (2003, p. 88), direcionaram seus estudos para a 
 
cultura de massa, elaboraram uma Teoria Crítica da Sociedade e desenvolveram o 
conceito de indústria cultural. 
Influenciada pelo positivismo e pelas teorias marxistas, a teoria crítica se 
firmou em oposição aos conceitos estabelecidos pela Escola Funcionalista, pois, 
para os alemães, a teoria desenvolvida pelos norte-americanos era denominada de 
consenso, por não contemplar os antagonismos de classes vigentes naquela 
sociedade, uma vez que ela só considerava o que funcionava na sociedade e partia 
do princípio que os meios de comunicação exerciam plenos poderemos sobre os 
expectadores, funcionando como uma máquina disseminadora de ideologias (dando 
a sensação de que todos tinham acesso a tudo). 
Os frankfurtianos passaram a repudiar esse pensamento e a combater a ideia 
de uma cultura de massa pregada pelos funcionalistas: para eles, as sociedades 
modernas não produziam cultura, só consumiam o que era produzido em série pela 
indústria de produção, que se apropriava dos produtos e do fazer cultural das 
sociedades. 
A sociedade moderna envolvida na lógica das cidades, não tinha mais tempo 
para produzir o necessário para sua subsistência, então só lhe restava consumir o 
que era produzido pela indústria. 
Isso mudou completamente as identidades tanto do produto quanto de quem 
o consome: o ser humano passou de produtor a consumidor, como num passe de 
mágica, de forma que, aos poucos, as gerações vão deixando de aprender os ofícios 
mais simples para a sua subsistência. 
 
 Adorno e Horkheimer 
 
Parceiros nas críticas à sociedade moderna, estes dois pesquisadores 
criaram o conceito de “Dialética do Esclarecimento” (ou “Dialética do Iluminismo”), 
fazendo uma análise sobre as mudanças ocorridas na sociedade moderna a partir 
das ideias iluministas que culminaram na Revolução Francesa (1789) e no conceito 
de indústria cultural. 
Decepcionados com os rumos das sociedades modernas, chegaram à 
conclusão que as promessas do Iluminismo falharam, pois o seu discurso pregava 
que ao se libertar do misticismo (presente nas sociedades da Idade Média) e se 
apropriar da razão, o ser humano iria se tornar um ser mais livre e apto a buscar sua 
 
felicidade. No entanto, não foi isso que aconteceu, pois, segundo Polistchuck e 
Trinta (2003): 
 
(...) racionalidade técnica – hoje tecnológica vigente em sociedades 
capitalistas e industrializadas, longe de garantir a seus membros o 
exercício de um livre arbítrio, os submeteu à dominação ideológica; 
no mais, aprofundou contrastes sociais pelo desnivelamento 
socioeconômico. (POLISTCHUCK; TRINTA, 2003, p. 111) 
 
Isso nos colocou numa sociedade do ter, e não do ser. O ser humano trabalha 
cada vez mais para satisfazer suas necessidades de consumo e menos para o lazer 
e o entretenimento. O homem desenvolveu a técnica e, hoje, com a tecnologia, 
porém, ficou aprisionado a ela. 
Nessa mesma obra, definiram a indústria cultural como um sistema político e 
econômico que tem por finalidade a produção de bens culturais, como filmes, livros, 
música popular, programas de TV, games e aparatos tecnológicos que servem de 
suporte para esses produtos, como mercadorias que servem por estratégia de 
controle social. 
Através dos diversos aparatos tecnológicos, os meios de comunicação de 
massa (TV, rádio, jornais e portais da Internet) produzem produtos facilmente 
consumíveis com características universais, que servem para qualquer um em 
qualquer lugar e passam a ditar o que é moda, consumo, comportamento. 
Fazem isso tudo segundo os interesses de seus poucos donos, com o único 
interesse no lucro. Para Adorno, os receptores das mensagens dos meios de 
comunicação seriam vítimas dessa indústria, que passam a ter o gosto padronizado 
e são incentivados a consumir produtos de baixa qualidade em nome da 
popularidade. Tais meios funcionam como uma verdadeira máquina ideológica. 
Apesar de terem sido os precursores da denúncia de um totalitarismo 
eletrônico, Adorno e Horkheimer foram muito criticados nos anos de 1970 e 1980, 
pois os pesquisadores passaram a acusá-los de ter uma visão reducionista sobre os 
receptores, tendo em vista o surgimento de inúmeras pesquisas que comprovavam 
que as pessoas não eram tão facilmente manipuladas quanto eles faziam crer, 
porque existem inúmeras mídias alternativas e segmentas que demonstram que é 
cada vez mais difícil conquistar e satisfazer a maioria das pessoas. 
 
 
 
Considerações finais 
 
Ao fim de mais esta aula, a última de nosso curso, podemos constatar que o 
desenvolvimento da sociedade capitalista moderna mexeu com a sociedade e 
transformou não somente o modo de produção, mas também o pensamento social, 
impulsionando diversas correntes filosóficas e sociológicas a darem respostas aos 
desafios impostos por tais mudanças. 
O Marxismo foi a corrente política que mais influenciou os intelectuais a partir 
do século XVIII e ainda continua influenciando pensadores como Durkheim, Weber e 
os frankfurtianos, que, com coragem, se debruçaram sobre as análises aos meios de 
comunicação, desenvolvendo teorias que incomodaram, mas que abriram caminhos 
para uma crítica ao totalitarismoque impera em tal meio. 
Todas essas ideias não estão terminadas; muitas outras teorias já nasceram 
e ainda estão por nascer, então, só nos resta ficar atentos e desenvolver um 
pensamento crítico acerca das questões que permeiam a nossa história. 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
ASSOUM, Paul-Laurent. A escola de Frankfurt. São Paulo: Ática, 1991. 
HORKHEIMER, M.; ADORNO, T.W.; HABERMAS, J. Textos escolhidos. São Paulo: 
Abril Cultural, 1975. (Coleção Os Pensadores). 
MATOS, Olgária C. F. A escola de Frankfurt: luzes e sombras do Iluminismo. São 
Paulo: Moderna, 2006. 
POLISTCHUCK, Ilana; TRINTA, Aluizio Ramos. Teorias da comunicação: o 
pensamento e a prática da comunicação social. Rio de Janeiro: Campus, 2003. 
SANTOS, Roberto Elísio. As teorias da comunicação: da fala à internet. São Paulo: 
Paulinas, 2003. 
WOLF. Mauro. Teorias da comunicação – mass media: contextos e paradigmas. 
Lisboa: Editoral Presença, 1985.

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