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Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Matema´tica 1 Lista de Exerc´ıcios da Semana 15 Temas abordados : Aplicac¸o˜es da integral Sec¸o˜es do livro: 1) Para uma func¸a˜o cont´ınua f : [a, b] → R o volume do so´lido de revoluc¸a˜o obtido pela rotac¸a˜o do seu gra´fico em torno do eixo Ox e´ dado por V = ∫ b a pif(x)2dx. Calcule esse volume no caso das func¸o˜es indicadas abaixo. Em seguida, fac¸a o gra´fico da func¸a˜o e identifique qual o so´lido gerado pela rotac¸a˜o. (a) f(x) = r, para x ∈ [0, h], onde h, r > 0 (b) f(x) = r h x, para x ∈ [0, h], onde h, r > 0. (c) f(x) = √ r2 − x2, para x ∈ [−r, r], onde r > 0. 2) Seja a ≥ 0, f : [a, b]→ [0,+∞) uma func¸a˜o cont´ınua e Rf a regia˜o compreendida abaixo do gra´fico de f e acima do eixo Ox. Quando giramos a regia˜o Rf em torno do eixo Oy obtemos um so´lido cujo volume e´ dado por V = ∫ b a 2pixf(x)dx. Calcule esse volume no caso das func¸o˜es indicadas abaixo. (a) f(x) = √ 1 + x2, para x ∈ [0, 1] (b) f(x) = ln(x), para x ∈ [1, e] 3) Determine o volume obtido ao rotacionarmos a regia˜o abaixo do gra´fico de cada uma das func¸o˜es abaixo em tordo do eixo indicado. (a) f(x) = √ x ln(4x), para x ∈ [1, 2], rotac¸a˜o em torno do eixo Ox (b) f(x) = 1 1 + x2 , para x ∈ [0, 2], rotac¸a˜o em torno do eixo Oy (c) f(x) = e3x, para x ∈ [0, 1 3 ], rotac¸a˜o em torno do eixo Oy (d) f(x) = √ x cos(x2) pi , para x ∈ [0, √ pi/2], rotac¸a˜o em torno do eixo Ox 4) Se f : [a, b]→ R e´ uma func¸a˜o deriva´vel enta˜o o comprimento da curva determinada pelo gra´fico de f e´ dado pela integral L = ∫ b a √ 1 + f ′(x)2 dx. Calcule esse comprimento em cada um dos casos abaixo. (a) f(x) = 1 2 (ex + e−x), para x ∈ [0, 2] (b) f(x) = 1 3 (x2 + 2)3/2, para x ∈ [0, 3] Lista de Exerc´ıcios da Semana 15 - Pa´gina 1 de 6 5) Seja C uma curva no plano definida, parametricamente, por (x(t), y(t)), com a ≤ t ≤ b. Suponha que x′ e y′ sa˜o func¸o˜es cont´ınuas que na˜o se anulam simultaneamente em [a, b] e que a curva C e´ percorrida exatamente uma vez quando t avanc¸a de t = a para t = b. Nessas condic¸o˜es, o comprimento L da curva e´ dado por L = ∫ b a √ x′(t)2 + y′(t)2 dt. Calcule esse comprimento em cada um dos casos abaixo. (a) x(t) = r cos(t), y(t) = r sen(t), para t ∈ [0, pi] e r > 0 (b) x(t) = t3, y(t) = 3 2 t2, para t ∈ [0,√3] (c) x(t) = et − t, y(t) = 4et/2, para t ∈ [0, 3] 6) Para uma func¸a˜o cont´ınua f : [a, b] → R o volume do so´lido de revoluc¸a˜o obtido pela rotac¸a˜o do seu gra´fico em torno do eixo Ox e´ dado por V = ∫ b a pif(x)2 dx. Calcule esse volume no caso em que f(x) = xex, definida no intervalo [0, 1], conforme ilustra a figura ao lado. 7) A figura ao lado ilustra o gra´fico da func¸a˜o f : [0,∞) → R, f(x) = e− √ x. A a´rea A(R) sob esse gra´fico entre x = 0 e x = R e´ dada pela integral A(R) = ∫ R 0 e− √ x dx. (a) Use uma mudanc¸a de varia´veis para transformar a integral indefinida ∫ e− √ x dx em uma outra cujo integrando na˜o envolva a func¸a˜o raiz quadrada. (b) Calcule a integral do item anterior usando integrac¸a˜o por partes. (c) Usando os resultados anteriores, determine explicitamente a func¸a˜o A(R). R O 8) Em cada um dos itens abaixo determine a expressa˜o da func¸a˜o y(x) que satisfaz as condic¸o˜es indicadas. (a) y′(x) = 4xex 2+1 e y(0) = 1 (b) y′(x) = x cos(2x) e o gra´fico de y passa pelo ponto (0, 2) (c) y′′(x) = (12x + 6), o gra´fico de y passa pelo ponto (0, 13) e a inclinac¸a˜o da reta tangente no ponto x = −1 e´ igual a 24 Lista de Exerc´ıcios da Semana 15 - Pa´gina 2 de 6 9) Suponha que a temperatura T (t) de um corpo imerso em um meio com temperatura constante e igual a 20 seja tal que T (0) = 80 graus Celsius. Segundo a Lei do Resfriamento de Newton, a taxa de variac¸a˜o T ′(t) e´ proporcional a` diferenc¸a entre as temperaturas T (t) e 20. Supondo que a constante de proporcionalidade seja igual a −2, segue que T ′(t) = −2(T (t)− 20), t > 0. (a) A partir dos dados apresentados, determine a temperatura T (t). (b) Determine o instante t0 em que T (t0) = 40. (c) O que acontece com a temperatura T (t) apo´s muito tempo? 10) Uma part´ıcula de massa m > 0 se move retilineamente sob a ac¸a˜o de uma forc¸a F que e´ proporcional a` velocidade v(t) da part´ıcula e atua em sentido contra´rio ao deslocamento. Desse modo F = −k v(t), com k > 0 constante. Supondo que v(0) = v0 > 0 resolva os itens a seguir. (a) De acordo com a Segunda Lei de Newton, temos que F = mv′(t), em que v′(t) e´ a acelerac¸a˜o da part´ıcula. Usando essa informac¸a˜o e a expressa˜o para F dada no enunciado, obtenha a equac¸a˜o que relaciona m, k, v(t) e v′(t). (b) Lembrando que a derivada de ln(v(t)) e´ igual a v′(t)/v(t), use o item anterior para obter v(t) em termos de v0, k e m. (c) Determine o espac¸o s(t) percorrido pela part´ıcula ate´ o instante t, supondo s(0) = 0. (d) Calcule a distaˆncia total d percorrida pela part´ıcula, dada por d = lim t→∞ s(t). 11) Suponha que, juntamente com o combust´ıvel, um foguete tenha massa inicial de m0 kg, e que o combust´ıvel seja consumido a uma taxa de r kg/s. Assim, a massa do foguete no instante t ≥ 0 e´ dada por m(t) = m0 − r t. Suponha ainda que os gases de exausta˜o sejam ejetados a uma velocidade constante de v0 m/s em relac¸a˜o ao foguete. Nesse caso, indicando por g a acelerac¸a˜o da gravidade e considerando valores pequenos de t, a velocidade do foguete em relac¸a˜o a` Terra pode ser modelada por v(t) = −g t− v0 ln ( m(t) m0 ) . (a) Determine uma primitiva para a func¸a˜o ln(x) usando integrac¸a˜o por partes. (b) Use o item anterior e substituic¸a˜o de varia´veis para determinar uma primitiva para a func¸a˜o ln(m(t)/m0). (c) Determine a altura s(t) do foguete em um instante t > 0, supondo s(0) = 0. (d) Seja t0 o instante em que m(t0) e´ igual a 90% da massa inicial m0. Calcule a altura do foguete no instante t0 em termos das constantes m0, r, v0, g e ln(9/10). Lista de Exerc´ıcios da Semana 15 - Pa´gina 3 de 6 RESPOSTAS 1) (a) pir2h (cilindro circular reto de altura h e raio da base r) (b) 1 3 pir2 (cone circular reto de altura h e raio da base r) (c) 4 3 pir3 (esfera de raio r) 2) (a) 4 3 √ 2pi − 2 3 pi (b) pi 2 (e2 + 1) 3) (a) pi ( 2 ln(8)− ln 4 2 − 3 4 ) (b) pi ln(5) (c) 1/9 (d) 1/2 4) (a) (e2 + e−2)/2 (b) 12 5) (a) 2pir (a curva aqui e´ uma circunfereˆncia de raio r centrada na origem) (b) 7 (c) e3 + 2 6) O volume em questa˜o e´ igual a pi ∫ 1 0 x2e2xdx. A fim de obter uma primitiva para a func¸a˜o x2e2x vamos fazer duas integrac¸o˜es por partes. Inicialmente, escolhemos u = x2 e dv = e2xdx para obter∫ x2e2xdx = x2 2 e2x − ∫ xe2xdx. Na integral do lado direito escolhemos agora u = x e dv = e2xdx e obtemos∫ x2e2xdx = x2 2 e2x − x 2 e2x + 1 2 ∫ e2xdx = e2x ( x2 2 − x 2 + 1 4 ) +K. Denotando por G(x) a func¸a˜o do lado direito da igualdades acima podemos usar o Teo- rema Fundamental do Ca´lculo para determinar o volume como segue V = pi ∫ 1 0 x2e2xdx = pi(G(1)−G(0)) = pi(e 2 − 1) 4 . 7) (a) Usando a substituic¸a˜o x = t2 com t > 0, tem-se que dx = 2t dt, e portanto∫ e− √ x dx = ∫ e− √ t22t dt = 2 ∫ te−t dt. (b) Usando integrac¸a˜o por partes com as escolhas u = t e dv = e−tdt, tem-se que 2 ∫ te−t dt = 2 [ t(−e−t)− ∫ −e−t dt ] = 2(−te−t − e−t) + C = −2 ( t+ 1 et ) +K. Lista de Exerc´ıcios da Semana 15 - Pa´gina 4 de 6 (c) Voltando a` varia´vel x = t2, segue-se que A(R) = ∫ R 0 e− √ x dx = −2 (√ x+ 1 e √ x ) ∣∣∣R 0 = 2− 2 (√ R + 1 e √ R ) . 8) (a) y(x) = 2ex 2+1 − 1 (b) y(x) = x 2 sen(2x) + cos(2x)4 + 7 4 (c) y(x) = 2x3 + 3x2 + 24x+ 13 9) (a) Como a temperatura inicial T (0) = 80 e´ maior que a temperatura ambiente podemos supor que T (t) > 20 para todo tempo t > 0. Desse modo d dt ln(T (t)− 20) = T ′(t) T (t)− 20 = −2. (1) Integrando os dois lados em relac¸a˜o a` varia´vel t e depois aplicando a func¸a˜o expo- nencial obtemos que T (t) = Ke−2t + 20, (2) em que K ∈ R e´ a constante de integrac¸a˜o. Como T (0) = 80, segue que K = 60. (b) Note que T (t0) = 40⇔ 60e−2t0 = 20. Aplicando a func¸a˜o logar´ıtmica na expressa˜o acima conclu´ımos que t0 = ln 3 2 . (c) Como queremos saber o que ocorre para tempos t muito grandes, calculamos o limite da expressa˜o T (t) quando t→ +∞ para obter lim t→+∞ T (t) = lim t→+∞ 60e−2t + lim t→+∞ 20 = 20. Assim, se t for muito grande, T (t) estara´ muito pro´ximo da temperatura ambiente 20 graus Celsius. Dizemos nesse caso que 20 e´ a temperatura de equil´ıbrio do sistema. 10) (a) Segue diretamente da comparac¸a˜o entre as expresso˜es dadas para a forc¸a F que mv′(t) = −kv(t). (b) Integrando a igualdade d dt ln(v(t)) = v′(t) v(t) = − k m conclu´ımos que ln v(t) = −kt/m+A1, comA1 ∈ R sendo uma constante de integrac¸a˜o. Aplicando a func¸a˜o exponencial obtemos v(t) = eA1e− k m t = A2e − k m t. Como v(0) = v0, obtemos A2 = v0 e portanto v(t) = v0e − kt m , t ≥ 0. (c) Para calcular o espac¸o s(t) basta lembrar que s′(t) = v(t) e portanto s(t) = ∫ s′(t)dt = ∫ v0e − kt mdt = −mv0 k e− kt m + C. Como, s(0) = 0 segue da igualdade acima que C = mv0/k. Lista de Exerc´ıcios da Semana 15 - Pa´gina 5 de 6 (d) Basta calcular o limite lim t→+∞ s(t) = lim t→+∞ −mv0 k e− kt m + lim t→+∞ mv0 k = mv0 k . 11) (a) Escolhendo u = ln(x) e dv = dx, obte´m-se du = dx/x e v = x. Assim, usando integrac¸a˜o por partes, segue-se que∫ ln(x) dx = x ln(x)− ∫ x 1 x dx = x(ln(x)− 1) +K. (b) Usando a substituic¸a˜o u = m(t)/m0, tem-se du = (1/m0)m ′(t) dt, onde m′(t) = −r. Segue-se que (−m0/r) du = dt. Substituindo na integral de ln(m(t)/m0) e usando o item anterior, obte´m-se∫ ln ( m(t) m0 ) dt = −m0 r ∫ ln(u) du = −m0 r u (ln(u)− 1) +K1 = −m(t) r ( ln ( m(t) m0 ) − 1 ) +K1. (c) Como s′(t) = v(t), podemos usar a equac¸a˜o satisfeita por v(t) e o item acima para obter s(t) = −1 2 g t2 + v0 m(t) r ( ln ( m(t) m0 ) − 1 ) +K1. Fazendo t = 0 e lembrando que s(0) = 0, conclu´ımos que K = v0 m0 r . (d) O instante t0 e´ aquele para o qual m(t0) = m0 − r t0 = (9/10)m0, isto e´, t0 = m0/(10 r). Substituindo esse valor na expressa˜o de s(t), obte´m-se s(t0) = −1 2 g ( m0 10 r )2 + v0 9m0 10 r ( ln ( 9 10 ) − 1 ) + v0 m0 r . Lista de Exerc´ıcios da Semana 15 - Pa´gina 6 de 6
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