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Paciente Critico e Semi Critico

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Enfermagem no Paciente 
Crítico e Semicrítico
Autoria: Kelly Lopes de Araújo Appel
Tema 01
Humanização da assistência
Tema 02
Distúrbios respiratórios
Índice
Índice
Tema 01: Humanização da assistência 7
Tema 02: Distúrbios respiratórios 25
seç
ões
Tema 01
Humanização da assistência
Como citar este material:
APPEL, Kelly Lopes de Araújo. Enfermagem no 
Paciente Crítico e Semicrítico: Humanização da 
assistência. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 01
Humanização da assistência
7
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 O interesse pelo cuidado mais humanizado com pacientes críticos e semicríticos.
•	 O cuidado no contexto humano na Unidade de Terapia Intensiva.
•	 A ética no tratamento intensivo.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: Manual de terapia intensiva, 
dos autores Richard S. Irwin e James M. Rippe, Editora Guanabara Koogan, PLT 586, 2007.
Roteiro de Estudo:
Kelly Lopes de Araújo 
Appel
Enfermagem no Paciente 
Crítico e Semicrítico 
8
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
•	 Como podemos adquirir o interesse pelo cuidado mais humanizado com pacientes 
críticos e semicríticos?
•	 Como podemos ter a concepção do cuidado na Unidade de Terapia Intensiva?
•	 Como podemos entender a ética no tratamento intensivo?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Humanização da Assistência
A humanização na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde são atendidos pacientes 
críticos e semicríticos, significa o cuidado do paciente como um todo, englobando o contexto 
social e familiar. Deve ser incorporada à esta prática a esperança, os valores, os aspectos 
culturais e as preocupações de cada envolvido no processo do cuidar. 
Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declararam guerra à Rússia, 
a chamada Guerra da Crimeia. Visto que muitos soldados feridos estavam 
morrendo no Hospital Barrack, na Turquia, Florence foi convocada pelo governo 
inglês para liderar um grupo de voluntárias que atenderia os soldados feridos. 
Ao deparar-se com as condições precárias de atendimento e higiene, Florence 
institui um dos princípios básicos da moderna terapia intensiva, separando 
os pacientes mais graves e colocando-os em uma situação que favorecia o 
cuidado por meio da observação constante (SILVA et al, 2012, p. 3).
Segundo Jones et al (1979), as UTIs foram desenvolvidas com a finalidade de oferecer 
atenção contínua e suporte avançado aos pacientes críticos, com risco de morte, utilizando 
alta tecnologia no auxílio ou substituição da função de órgãos vitais.
No tratamento de pacientes graves ou de cuidados críticos, na falência pulmonar, conforme Silva et 
al (2012), os ventiladores substituem os pulmões; os cardiotônicos os antiarrítmicos, os fármacos 
vasoativos mantém o funcionamento cardiocirculatório e os dialisadores o trabalho renal. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
LEITURAOBRIGATÓRIA
Porém, os aparelhos sofisticados e os avanços tecnológicos não são capazes de aliviar a 
dor dos pacientes, identificada como o maior estressor e a pior lembrança da UTI, segundo 
Stanik-Hutt (1998).
Os benefícios advindos do progresso das ciências são inegáveis para Silva et al (2012). 
Nos últimos cinquenta anos, sem a utilização da tecnologia na recuperação da saúde e 
manutenção da vida, provavelmente, a expectativa de vida não teria crescido tanto para 
os recém-nascidos em idade gestacional precoce, crianças com crises asmáticas e adultos 
com doenças renais. Sem essas formas de tratamento, não sobreviveriam. 
Para Silva et al (2012, p. 4) “se a assistência não for empregada levando-se em conta os 
valores humanos e éticos, ela perde seu sentido de existência”, e ainda descreve:
Um valor produzido pelo conhecimento deve derivar-se do valor pela vida. Se o 
uso da tecnologia e dos processos de trabalho é decorrente do conhecimento 
humano, mas obscurece o próprio ser humano, pode-se concluir que o homem 
se perdeu em alguma etapa do processo ou deixou-se dominar pela máquina.
Na atualidade, segundo Pessini (2004), todo o sistema de saúde está passando por uma 
crise de identidade e valores, na qual o processo e a tecnociência parecem ser valorizados 
em detrimento do indivíduo. 
Ainda de acordo com Pessini (2004), com frequência, são observados ambientes 
tecnicamente perfeitos, mas sem ternura e alma humana. É ainda mais notória essa 
desumanização do cuidado nas UTIs, por conta da realização de procedimentos técnicos, do 
domínio operacional dos aparelhos e de o cuidador e o ser cuidado estarem mais afastados. 
A enfermagem descrita por Barnand (1997), como ciência do cuidar, é norteada por 
conceitos humanísticos, mas, nas últimas décadas, de modo crítico, tem adotado valores 
mecanicistas que modificaram profundamente sua prática. 
Segundo Barnand (1997), existem enfermeiros especializados e capacitados para o domínio 
de equipamentos, mas pouco afetivos, pois possuem dificuldades no atendimento às 
necessidades humanas básicas dos pacientes e problemas de relacionamento no trabalho 
em equipe.
Para Pessini (2004), enfermeiros descontentes com o cenário que coisifica e desvaloriza o 
ser humano e por enfocar o aspecto técnico do cuidado, tem levado a repensar a prática e 
resgatar os valores humanísticos que embasam sua profissão. 
10
No momento, conforme descreve Pessini (2004), as UTIs buscam resgatar movimentos 
de humanização, na tentativa de aliar a competência técnico-científica ao humanismo, que 
recomenda e indica a compaixão e o respeito à dignidade humana.
Humanizar a assistência nas UTIs é integrar, ao conhecimento técnico-científico, a 
responsabilidade, a sensibilidade, a ética e a solidariedade no cuidado ao paciente e seus 
familiares e na interação com a equipe.
A humanização pressupõe aliviar a dor e o sofrimento do outro; compaixão, 
ou seja, empatia traduzida em ação solidária concreta; respeito à dignidade e 
autonomia do outro; compreensão do significado da vida, em seus aspectos 
éticos, culturais, econômicos, sociais e educacionais; e valorização da dimensão 
humana do paciente em detrimento de sua patologia (SILVA et al; 2012, p. 5).
Segundo Brasil (2000, p. 5), o movimento de humanização não é restrito às UTIs, mas a 
todo o sistema de saúde brasileiro:
(...) Na avaliação do público, a forma de atendimento, a capacidade 
demonstrada pelos profissionais de saúde para compreender suas demandas 
e suas expectativas são fatores que chegam a ser mais valorizados que a 
falta de médicos, a falta de espaço nos hospitais e a falta de medicamentos. 
(...) As tecnologias e os dispositivos organizacionais não funcionam sozinhos 
– sua eficácia é fortemente influenciada pela qualidade do fator humano e do 
relacionamento que se estabelece entre profissionais e usuários no processo 
de atendimento.
Para atender a essas necessidades, em maio de 2000, o governo federal regulamentou o 
Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), com a finalidade 
de criar uma cultura de humanização.
Esse programa tem a iniciativa de resgatar o atendimento humanizado descrito em Brasil 
(2000), trabalhando com o incentivo ao bom relacionamento entre profissionais de saúde 
e pacientes. Nele é destacada claramente pelo programa a importância da associação 
entre os aspectos tecnológicos da assistência e as habilidades de relacionamento dos 
profissionais de saúde para a melhora da qualidade assistencial, sendo assim considerado, 
um dos fatores estratégicos a comunicação adequada para um atendimento mais humano 
e solidário.
As propostas do PNHAH abrangeram alguns hospitais da rede pública, capacitando os 
trabalhadores e estimulando o trabalho em equipe multiprofissional ea gestão de indivíduos 
como cuidadores (BRASIL, 2004). 
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
LEITURAOBRIGATÓRIA
Com o objetivo de estabelecer um caráter transversal à cultura de humanização, em 2004, 
o Ministério da Saúde estabeleceu a Política Nacional de Humanização (PNH), para atingir 
todos os níveis de atenção à saúde, conhecida como Humaniza SUS.
Para Fortes (2004), além de estabelecer estratégias e diretrizes para a implementação 
da cultura de humanização nas instituições, por nível de atenção, a PNH complementa 
e aprimora o programa anterior, agregando a necessidade de melhora dos aspectos 
organizacionais do atendimento à população.
Vale destacar que a humanização das UTIs é um dever moral, ético e legal dos profissionais 
de saúde.
Diversas leis federais e estaduais, além da PNH, garantem o direito a um atendimento à 
saúde mais digno (FORTES; 2004).
Conforme Brasil (1988), a Constituição Brasileira ao afirmar a dignidade da pessoa humana 
como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, oferece o amparo legal à 
humanização em seu art. 1º, inc. 3º.
Em relação aos enfermeiros, conforme Silva et al (2012), o Código de Ética dos Profissionais 
de Enfermagem, em seu art. 3º, quanto aos princípios fundamentais da profissão, norteia a 
prática profissional à dignidade, aos direitos do ser humano e ao respeito à vida, em todas 
as suas dimensões.
Paris et al (2007), ressalta que a ética médica aplica princípios morais e escolhas feitas 
em um contexto médico, com princípios básicos de bioética características de autonomia, 
beneficência, não maleficência, justiça e a verdade. Preceitos estes que a equipe de 
enfermagem preza para garantir a humanização no cuidado ao paciente crítico.
Para entendermos um pouco mais sobre a humanização em UTIs, Silva et al (2012, p. 9) 
traz o seguinte estudo:
Um estudo da Faculdade de Medicina da Bahia identificou e estratificou os 
estressores para pacientes internados em UTI, por meio de três perspectivas: 
a do paciente, a dos familiares e a dos profissionais de saúde. Para tal 
objetivo, os autores utilizaram a Escala de Estressores em UTI (Intensive Care 
Unit Environmental Stressor Scale – ICUSS), que é composta de 40 itens 
escalonados de 1 (não estressante) a 4 (muito estressante). Os principais 
estressores para os pacientes foram: ver a família e os amigos por apenas 
alguns minutos do dia, ficar com tubos no nariz e/ou boca e não ter controle de 
si mesmo, enquanto para os familiares, foram: não conseguir dormir, ter dor e 
ser dependente dos tubos. Por fim, os profissionais que estavam em contato 
com esses pacientes relataram como estressores: ter dor e escutar o barulho 
e os alarmes dos equipamentos.
12
Segundo Sanvito (2000), a experiência de estar internado em uma UTI e de passar pelo 
estado de coma é um processo complexo, que pode deixar marcas profundas nos indivíduos 
que vivenciam essa situação Muitas dessas marcas não estão somente ligadas ao coma em 
si, mas, durante esse processo, às experiências de ter sido “descuidado” levando muitos 
doentes a precisar se recuperar não apenas da doença, mas também do fato de terem se 
tornado “pacientes”.
Por causa desse fato, o mesmo autor cita que apesar dos avanços teóricos acerca do 
cuidado, quase exclusivamente, a prática ainda está baseada em ações profissionais 
despersonalizadas, em que o ser se torna a doença, o objeto passivo da investigação e do 
tratamento.
“O cuidado da enfermagem, com certeza, é um dos itens mais difíceis de ser implementado” 
(VILA & ROSSI, 2002, p. 138).
Em decorrência da rotina diária e complexa que envolve o ambiente da UTI, os membros 
da equipe de enfermagem esquecem-se de tocar e conversar com o ser humano que está 
à sua frente (VILA & ROSSI, 2002).
Ao realizar uma atividade técnica, sem estar presente de corpo, mente e espírito, o profissional 
não está realmente cuidando, mas, sim, realizando um procedimento (WALDOW, 2001).
O ambiente da UTI, ou seja, o espaço relacional do paciente com a sua família e com a 
equipe multiprofissional pode e deve ser agradável para todos os segmentos envolvidos. 
Para isso, é necessário que haja mudança de paradigmas e um melhor planejamento de 
construções e reformas nas UTIs.
O uso adequado de cores (nas paredes e nos tetos), espaços com dimensões confortáveis e 
adequadas ao manuseio e à mobilização dos pacientes e mobiliário funcional são aspectos 
dessa mudança.
Para que o processo de humanização seja completo na UTI, os profissionais devem sentir 
que fazem parte do processo humanizado, para garantir a qualidade do atendimento.
LEITURAOBRIGATÓRIA
13
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Acesse o site do Ministério da Saúde: Rede HumanizaSUS. Você terá a possibilidade de 
contemplar vídeos, legislações, informativos, publicações, eventos e muito mais. Disponível 
em: <http://www.redehumanizasus.net/4-a-rede-humaniza-sus>. Acesso em: 2 jan. 2014.
Artigos
Leia o artigo “O grupo de trabalho de humanização e a humanização da assistência hospitalar: 
percepção de usuários, profissionais e gestores” de Adir Valdemar Garcia, Cleonte Elena 
Argenta, Kristiane Rico Sanchez e Márcia Lange de São Thiago. Physis - Revista Saúde 
Coletiva, 2010. Este artigo ampliará seus conhecimentos sobre o aspecto humanizar na 
assistência hospitalar na percepção de usuários, profissionais e gestores. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/physis/v20n3/v20n3a07.pdf>. Acesso em 2 jan. 2014. 
Leia o artigo “Humanização das práticas do profissional de saúde – contribuições para 
reflexão” de Bárbara Niegia Garcia de Goulart e Brasília Maria. Revista Ciências e saúde 
coletiva, 2010. Este artigo ampliará seus conhecimentos sobre o aspecto humanizar nas 
práticas de profissionais de saúde. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v15n1/
a31v15n1.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
Leia o capítulo “Humanização em terapia intensiva” de Maria Júlia Paes da Silva, Mônica Martins 
Trovo Araújo e Ana Cláudia G. PuGGina Cap. 12, p. 1-43. Esse capítulo discorre aspectos 
éticos e morais no cuidar humanizado em uma Unidade de Terapia Intensiva, sintetizando 
mais o seu aprendizado. Disponível em: <http://www.claudiapuggina.com/producao/Cap%20
Humanizacao%20em%20Terapia%20Intensiva.pdf> Acesso em: 2 jan. 2014.
14
Vídeos
Assista ao vídeo: Humanização no atendimento hospitalar. O vídeo esclarece a humanização 
compartilhada entre o cuidador e o ser cuidado. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=2ZZHulWVQmE>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
Assista ao vídeo: Vídeo Rede Humaniza SUS Camaçari. O vídeo esclarece como o 
Programa Rede Humaniza SUS aborda os aspectos da humanização hospitalar. Disponível 
em: <http://www.youtube.com/watch?v=CtrBgUWYBpY>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
Assista ao vídeo: Humaniza SUS. O vídeo estimula o Programa Rede Humaniza SUS que 
aborda os aspectos da humanização hospitalar. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=SoDir40syWY>. Acesso em: 2 jan. 2014.
AGORAÉASUAVEZ
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
LINKSIMPORTANTES
15
Questão 1:
O Ministério da Saúde no Brasil, em 
2000, iniciou o resgate do atendimento 
humanizado em toda rede de saúde, 
inclusive hospitalar. Como eles trabalham 
esses aspectos?
Questão 2:
Em 1854, Inglaterra, França e Turquia 
declararam guerra à Rússia, a chamada 
Guerra da Crimeia. Visto que muitos soldados 
feridos estavam morrendo no Hospital 
Barrack,na Turquia, uma enfermeira foi 
convocada pelo governo inglês para liderar 
um grupo de voluntárias que atenderia 
os soldados feridos. Ao deparar-se com 
as condições precárias de atendimento e 
higiene, essa enfermeira institui um dos 
princípios básicos da moderna terapia 
intensiva, separando os pacientes mais 
graves e colocando-os em uma situação que 
favorecia o cuidado por meio da observação 
constante. Qual era o nome da Enfermeira 
precursora nos cuidados intensivos?
a) Jean Watson.
b) Florence Nightingale.
c) Madeleine Leininger.
d) Hildegard Peplau.
e) Virgínia Henderson.
Questão 3:
Nas UTIs, o tratamento aos pacientes gra-
ves ou de cuidados críticos, na falência 
pulmonar, _______________ substituem 
os pulmões; os ______________ os antiar-
rítmicos, os ________________________ 
mantém o funcionamento cardiocirculatório 
e os dialisadores o trabalho renal. 
Assinale a alternativa CORRETA para 
completar a frase descrita por Silva et al 
(2012).
a) Os ventiladores, cardiotônicos e fárma-
cos vasoativos.
b) O oxigênio, cardiotônicos e fármacos 
vasoativos.
c) Os ventiladores, corticoides e fárma-
cos dialíticos.
d) O oxigênio, corticoides e fármacos dia-
líticos.
e) Os ventiladores, cardiotônicos e fár-
macos dialíticos.
Questão 4:
O governo federal propôs um programa que 
abrange alguns hospitais da rede pública, 
capacitando os trabalhadores e estimulan-
do o trabalho em equipe multiprofissional 
e a gestão de indivíduos como cuidadores. 
Qual é esse programa? Assinale a alterna-
tiva CORRETA.
AGORAÉASUAVEZ
16
a) Política Nacional de Humanização.
b) Política Internacional de Humanização.
c) Programa político de humanização.
d) Humaniza SUS.
e) Programa Nacional de Humanização 
da Assistência Hospitalar.
Questão 5:
Com o objetivo de estabelecer um caráter 
transversal à cultura de humanização, o 
Ministério da Saúde estabeleceu a Política 
Nacional de Humanização (PNH), para 
atingir todos os níveis de atenção à saúde, 
conhecida como Humaniza SUS. Assinale a 
alternativa CORRETA que corresponda ao 
ano de início desse programa.
a) 2002.
b) 2012.
c) 2004.
d) 2001.
e) 2006.
Questão 6:
A Constituição Brasileira oferece o amparo 
legal à humanização. Qual é esse artigo e 
o que ela afirma? Descreva.
Questão 7:
Segundo Sanvito (2000), a experiência de 
estar internado em uma UTI e de passar pelo 
estado de coma é um processo complexo, 
que pode deixar marcas profundas nos 
indivíduos que vivenciam essa situação. 
Quais são essas marcas? Descreva-as.
Questão 8:
Em decorrência da rotina diária e complexa 
que envolve o ambiente da UTI, o que 
acontece com os membros da equipe de 
enfermagem?
Questão 9:
O que a autora Regina Waldow (2001), 
afirma sobre o cuidado tecnicista?
Questão 10:
A enfermagem como ciência do cuidar, 
é norteada por conceitos humanísticos, 
mas, nas últimas décadas, de modo crítico, 
tem adotado valores mecanicistas, que 
modificaram profundamente sua prática. 
Temos enfermeiros especializados e 
capacitados. O que está acontecendo 
atualmente no cuidado de enfermagem?
AGORAÉASUAVEZ
17
Nesse tema, você aprendeu sobre como profissionais da área da saúde estão 
envolvidos em atividades que podem ser humanizadoras. No desenvolvimento do conteúdo, 
encontramos que o ser humano esteve sujeito aos processos de evolução e exigência de 
uma sociedade e que no decorrer nos anos, o cuidado com os enfermos foram ficando 
estigmatizados pelas evoluções tecnológicas. O cuidado deve ser prestado com muito 
amor, abnegação, compaixão, competência, confiança, consciência e comprometimento.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
IRWIN, R. S. RIPPE, J. M. Manual de Terapia Intensiva. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara 
Koogan, 2007.
SILVA, M. J. P, ARAÚJO, M. M. T, PUGGINA, A. C. G. Humanização em terapia intensiva. 
Cap. 12, p. 1-43. Disponível em: <http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&s
ource=web&cd=3&ved=0CEIQFjAC&url=http%3A%2F%2Fwww.claudiapuggina.com%2F
producao%2FCap%2520Humanizacao%2520em%2520Terapia%2520Intensiva.pdf&ei=-
OJ6UsoeyayQB-TegAg&usg=AFQjCNEo_usDNkvFpxOfkCjjFKvCnS2E8A&sig2=YK7SXa
_4r9UFYYMV8_auaQ> Acesso em: 2 jan. 2014. 
JONES, J. et al. What the patients say: a study of reactions to an intensive care unit. Int Care 
Med 1979; 5:89-92.
REFERÊNCIAS
18
STANIK-HUTT, J.A. Pain management in the critically ill. Crit Care Nurs, 1998; 18(5):85-8.
Pessini L. Humanização da dor e do sofrimento humanos na área da saúde. In: Pessini L, 
Bertachini L. Humanização e cuidados paliativos. São Paulo: Loyola, 2004. p. 11-30.
BARNAND, A. A critical review of belief that technology is a neutral object and nurses are its 
master. J Adv Nurs. 1997; 26(1):126-31.
Brasil. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2000.
Brasil. Política Nacional de Humanização. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
FORTES, P.A.C. Ética, direito dos usuários e políticas de humanização da atenção à saúde. 
Saúde e Sociedade, 2004;13(3):30-5.
Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília; 1988. Disponível em: <http://
www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&ved=0CEcQFjAD&u
rl=http%3A%2F%2Fportal.saude.gov.br%2Fportal%2Farquivos%2Fpdf%2Fconstituicao_
saude_idoso.pdf&ei=OHl7UuT0HoyskAfqt4CYCA&usg=AFQjCNEW4v2f5W8tKone8PdsT
d5s3Z8Fmg&sig2=_3meUx5owwqWTNOUFGDKsA&bvm=bv.56146854,d.eW0> Acesso 
em: 2 jan. 2014.
Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen n. 311/2007 – Código de Ética dos 
Profissionais de Enfermagem.
PARIS, J. J. WEBSTER, G. REARDON, F. E. Problemas éticos e legais no tratamento 
intensivo. In: IRWIN. R. S. RIPPE, J. M. Manual de terapia intensiva. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007. P. 913-917.
SANVITO, W. L. Propedêutica neurológica básica. São Paulo: Atheneu, 2000.
VILA, V. S. C, ROSSI, L. A. O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de 
terapia intensiva: “muito falado e pouco vivido”. Rev Lat Am Enferm, 2002;10(2):137-44.
WALDOW, V. R. O cuidado humano: reflexões sobre o processo de enfermagem versus 
processo de cuidar. Rev Enferm UERJ. 2001; 9(3):284-93.
REFERÊNCIAS
19
GLOSSÁRIO
Contexto: Conjunto de circunstâncias que acompanham um acontecimento; julgar um fato 
em seu contexto histórico.
Cardiotônico: Que estimula o coração a bater.
Dialisadores: Que dialisa, que promove a diálise (líquido dialisador). Aparelho próprio 
para dialisar: A hemodiálise usa um dialisador, filtro especial para limpar o sangue.
Aparelho próprio para dialisar: A hemodiálise usa um dialisador, filtro especial para limpar 
o sangue.
Pressupõe: adivinha; conjectura; imagina; julga; pressente; supõe.
GABARITO
Questão 1
Resposta: Com a iniciativa de resgatar o atendimento humanizado, descrito em Brasil (2000), 
o Ministério da saúde trabalha com o incentivo ao bom relacionamento entre profissionais 
de saúde e pacientes, onde o programa destaca claramente a importância da associação 
entre os aspectos tecnológicos da assistência e as habilidades de relacionamento dos 
profissionais de saúde para a melhora da qualidade assistencial, sendo assim considerado 
um dos fatores estratégicos a comunicação adequada para um atendimento mais humano 
e solidário.
20
Questão 2
Resposta: Alternativa B. Justificativa: Florence Nightingale uma enfermeira britânica que 
ficou famosa por ser pioneira no tratamento a feridos de guerra, durante a Guerra da Crimeia. 
Ficou conhecida na história pelo apelido de “A dama da lamparina”, pelo fato de servir-se 
deste instrumento para auxiliar na iluminação ao auxiliar os feridos durante a noite. Tevecontribuição na Enfermagem, sendo pioneira na utilização do Modelo biomédico, baseando-
se na medicina praticada pelos médicos.
Questão 3
Resposta: Alternativa A. Justificativa: Em tratamento aos pacientes graves ou de cuidados 
críticos, na falência pulmonar, conforme Silva et al (2012), os ventiladores substituem os 
pulmões; os cardiotônicos os antiarrítmicos, os fármacos vasoativos mantém o funcionamento 
cardiocirculatório e os dialisadores o trabalho renal. Terapias utilizadas em UTIs. 
Questão 4
Resposta: Alternativa E. Justificativa: Para atender a essas necessidades, em maio de 2000, 
o Governo Federal regulamentou o Programa Nacional de Humanização da Assistência 
Hospitalar (PNHAH), com a finalidade de criar uma cultura de humanização (BRASIL; 2000).
Questão 5
Resposta: Alternativa C. Justificativa: Com o objetivo de estabelecer um caráter transversal 
à cultura de humanização, segundo Brasil (2004), o Ministério da Saúde estabeleceu a 
Política Nacional de Humanização (PNH), para atingir todos os níveis de atenção à saúde, 
conhecida como Humaniza SUS.
Questão 6
Resposta: A Constituição Brasileira oferece o amparo legal à humanização em seu art. 1º, 
inc. 3º, ao afirmar a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos do Estado 
Democrático de Direito. (BRASIL; 1988).
Questão 7
Resposta: Para Sanvito (2000), muitas dessas marcas não estão somente ligadas ao coma 
em si, mas, durante esse processo, às experiências de ter sido “descuidado” levando muitos 
doentes a precisar se recuperar não apenas da doença, mas também do fato de terem se 
tornado “pacientes”.
GABARITO
21
GABARITO
Questão 8
Resposta: Em decorrência da rotina diária e complexa que envolve o ambiente da UTI, os 
membros da equipe de enfermagem esquecem de tocar e conversar com o ser humano que 
está à sua frente (VILA & ROSSI, 2002).
Questão 9
Resposta: Ao realizar uma atividade técnica, sem estar presente de corpo, mente e 
espírito, o profissional não está realmente cuidando, mas, sim, realizando um procedimento 
(WALDOW; 2001). 
Questão 10
Resposta: A enfermagem descrita por Barnand (1997), como ciência do cuidar, é norteada 
por conceitos humanísticos, mas, nas últimas décadas, de modo crítico, tem adotado 
valores mecanicistas, que modificaram profundamente sua prática. Temos enfermeiros 
especializados e capacitados para o domínio de equipamentos, mas pouco afetivos, com 
dificuldades no atendimento às necessidades humanas básicas dos pacientes e problemas 
de relacionamento no trabalho em equipe.
seç
ões
Tema 02
Distúrbios respiratórios
Como citar este material:
APPEL, Kelly Lopes de Araújo. Enfermagem 
no Paciente Crítico e Semicrítico: Distúrbios 
respiratórios. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 02
Distúrbios respiratórios
25
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 A abordagem terapêutica da insuficiência respiratória.
•	 A visão no contexto humano na Unidade de Terapia Intensiva.
•	 Alguns procedimentos do sistema respiratório.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: Manual de terapia intensiva, 
dos autores Richard S. Irwin e James M. Rippe, Editora Guanabara Koogan, PLT 586, 2007.
Roteiro de Estudo:
Kelly Lopes de Araújo 
Appel
Enfermagem no Paciente 
Crítico e Semicrítico 
Kelly Lopes de Araújo 
Appel
Enfermagem no paciente 
crítico e semicrítico 
26
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
•	 Como podemos realizar a abordagem terapêutica da insuficiência respiratória?
•	 Como é possível ver a concepção do cuidado na Unidade de terapia intensiva?
•	 Como entender alguns procedimentos do sistema respiratório no tratamento intensivo?
Distúrbios respiratórios
Independente da patologia que leve o paciente à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 
ele estará sujeito à insuficiência no sistema respiratório. É alto o índice de pacientes com 
insuficiência respiratória, nas UTIs, como causa primária da internação, ou secundária, já 
internados devido a outras afecções.
A insuficiência respiratória (ou distúrbios respiratórios) é definida por uma tensão de dióxido 
de carbono arterial (PCO2) maior de 50 mm Hg ou tensão de oxigênio arterial (PO2), menor 
que 50 a 60 mm Hg (IRWIN & WILSON; 2007), ou seja, ela acontece quando um paciente 
não é capaz de manter as tensões de seus gases sanguíneos dentro dos limites normais. 
Em UTI o tipo de insuficiência respiratória encontrada tem evolução relativamente rápida, 
ao contrário da deterioração gradual das doenças respiratórias crônicas. Resulta da 
incapacidade progressiva do sistema respiratório em remover o dióxido de carbono do 
sangue venoso e de adicionar oxigênio a ele, por um período que varia desde alguns 
segundos até alguns dias. 
Segundo Irwin e Wilson (2007), na fisiopatologia da hipoxemia, existem cinco mecanismos 
para diminuir o nível de oxigênio: Pio2 baixa, hipoventilação, desequilíbrio da razão 
ventilação-perfusão, derivação da direita para esquerda e comprometimento da difusão. 
27
LEITURAOBRIGATÓRIA
Já na hipercapnia, aparecem três mecanismos que podem provocar elevação da PCO2: 
respirar gás contendo CO2, hipoventilação e razão V/Q extremamente diminuída. 
Para os mesmos autores, nos transtornos respiratórios acidobásicos, o equilíbrio é avaliado 
clinicamente, por meio da concentração arterial do hidrogênio iônico (H+). 
Carmo et al (2010, online) descreve algumas definições sobre o equilíbrio acidobásico 
quando ocorre alguma alteração nas trocas gasosas da respiração. 
Acidemia é definida como uma diminuição do pH sanguíneo (ou aumento da 
concentração [H+] no sangue) e alcalemia é definida como uma elevação do 
pH sanguíneo (ou redução da concentração do [H+]). Acidose é o processo que 
tende a diminuir o pH e alcalose é o processo que tende a aumentar o pH.
As alterações do pH extracelular ocorrem quando existe disfunção renal 
ou respiratória ou quando a quantidade de base ou ácido ultrapassa a sua 
capacidade de excreção. 
Mudanças na concentração do [H+] e pH podem ser induzidas por alterações 
do PCO2 ou do HCO3
-. Anormalidades primárias no PCO2 são chamadas 
de acidose respiratória (PCO2 alto) e de alcalose respiratória (PCO2 baixo). 
Anormalidades primárias na concentração de HCO3
- são chamadas de acidose 
metabólica (HCO3
- baixo) e de alcalose metabólica (HCO3
- alto).
Na presença de algum destes distúrbios, sempre ocorrerá uma resposta 
compensatória renal ou respiratória, no intuito de minimizar as alterações na 
concentração do [H+]. A resposta compensatória sempre acompanha a direção 
do distúrbio primário. Por exemplo, na acidose respiratória (PCO2 alto) ocorre 
aumento da excreção renal de H+ com aumento do [HCO3
-] plasmático.
Distúrbios simples correspondem à alteração inicial e à sua resposta 
compensatória esperada. Distúrbios mistos correspondem à existência de dois 
distúrbios diferentes associados, identificado quando o grau de compensação 
não é adequado ou quando a resposta é maior que a esperada. 
Nos exames complementares, segundo Carmo et al (2010), a gasometria é o exame mais 
importante para o diagnóstico do distúrbio ácido-básico (valores de referência na Quadro 
2.1). São exames úteis para o diagnóstico etiológico, diante de um distúrbio ácido-básico: 
função renal, fósforo e albumina, lactato arterial, glicemia, cetoácidos (urina e/ou sangue), 
sódio, potássio e cloro, em algumas circunstâncias: perfil toxicológico, radiografia de tórax 
e ECG.
28
Quadro 2.1: Valores normais da gasometria arterial
Parâmetro Valores de referência
pH 7,35 a 7,45
pO2 (mmHg) 80 a 100
pCO2 (mmHg)35 a 45
Bicarbonato (mEq/L) 22 a 26
Excesso de base – BE (mEq/L) 0 ± 2,5
Saturação de O2 > 92%
Fonte: Carmo et. al (2010, online)
A acidose respiratória descrita por Carmos et al (2010), pode ter várias causas (Quadro 
2.2): falência do organismo em transportar o CO2 até os pulmões (choque cardiogênico, 
parada cardiorrespiratória); defeitos pulmonares restritivos (fibrose pulmonar, cifoescoliose 
severa); defeitos pulmonares obstrutivos (obstrução de vias aéreas altas, asma, DPOC); 
doenças neuromusculares (miastenia grave, síndrome de Guillain-Barré, esclerose 
lateral amiotrófica); ou diminuição do drive respiratório (overdose de drogas sedativas – 
benzodiazepínicos, barbitúricos, opioides). 
Esses sintomas, segundo Carmo et al (2010), variam de acordo com o tempo de instalação 
(aguda x crônica).
Nos casos agudos, os pacientes podem apresentar alterações neurológicas (cefaleia, 
visão borrada, delírio, sonolência-narcose, inclusive papiledema); arritmias e vasodilatação 
periférica (Carmo et. al; 2010). Nos casos crônicos, os sintomas são bem menos frequentes, 
geralmente estão associados a quadros de cor pulmonale e edema periférico. 
Carmo et al (2010) ainda diz que o diagnóstico é feito pela presença de um pH baixo 
associado a hipercapnia. A resposta compensatória é diferente para o distúrbio agudo em 
relação ao distúrbio crônico. Por este motivo, a história completa e acurada é extremamente 
importante para compreensão do caso, definição etiológica, e manejo terapêutico.
O tratamento deverá ser sempre direcionado para a causa específica (suporte ventilatório, 
uso de antídotos específicos) (CARMO et al, 2010, online). 
LEITURAOBRIGATÓRIA
29
LEITURAOBRIGATÓRIA
Quadro 2.2: Causas de acidose respiratória aguda e crônica
Inibição do centro 
respiratório
Aguda: drogas: opioides, anestésicos e sedativos; oxigênio 
em pacientes com hipercapnia crônica; parada cardíaca; 
apneia obstrutiva do sono.
Crônica: obesidade mórbida (síndrome de Pickwick); lesões 
do SNC (raro); alcalose metabólica.
Alterações na 
musculatura 
respiratória e parede 
torácica
Aguda: crise miastênica, paralisia periódica, 
aminoglicosídios, síndrome de Guillain-Barré, hipocalemia ou 
hipofosfatemia graves.
Crônica: fraqueza muscular: poliomielite, esclerose lateral 
amiotrófica, mixedema; cifoescoliose; obesidade mórbida.
Obstrução de vias 
aéreas superiores
Aguda: aspiração de corpo estranho ou vômitos; apneia 
obstrutiva do sono; laringoespasmo.
Distúrbios das trocas 
gasosas nos capilares 
pulmonares
Aguda: exarcebação de alguma doença pulmonar de base; 
SARA; edema agudo pulmonar cardiogênico; asma grave, 
pneumonia; pneumotórax e hemotórax.
Crônica: doença pulmonar obstrutiva: enfisema, bronquite; 
obesidade mórbida.
Ventilação mecânica
Ocorre quando a taxa de ventilação alveolar efetiva está 
reduzida. Exemplo: ventilação fixa, com produção de CO2 
aumentada – uso de bicarbonato de sódio em acidose lática 
durante ressuscitação cardiopulmonar.
Fonte: Carmo et al (2010, online)
A acidose metabólica, citado por Barbosa et. al (2006), resultado do acúmulo de ácidos não 
voláteis ou perda de bicarbonato sérico, é caracterizada por redução do pH sanguíneo.
A alcalose metabólica surge devido a um excesso de bicarbonato na corrente sanguínea, 
segundo Meldau (2013), que ocorre quando o corpo pede ácido excessivamente. Em casos 
de vômitos repetidos, por exemplo, há uma grande perda de ácido do estômago. Raramente 
a alcalose pode ser desenvolvida devido à grande ingestão de alimentos alcalinos, como o 
bicarbonato de sódio. A perda excessiva de sódio ou de potássio pode afetar a capacidade 
renal no controle de equilíbrio acidobásico sanguíneo. 
30
Alguns procedimentos são realizados na UTI como inserção de tubo torácico, broncoscopia, 
toracocentese. Esses procedimentos devem sempre seguir as normas assépticas e 
antissépticas para a prevenção de infecções nosocomiais.
Para Angaramo (2007), a colocação de um tubo torácico (toracostomia com tubo), consiste 
na introdução de um tubo estéril no espaço pleural para eliminar o ar ou o líquido para um 
sistema de coleta fechado, para restaurar a pressão intratorácica negativa, promover a 
expansão do pulmão e evitar o desenvolvimento de níveis letais de pressão no tórax. Suas 
indicações são para pneumotórax (acúmulo de ar no espaço pleural), hemotórax (acúmulo 
de sangue no espaço pleural), empiema (infecções piogênicas do espaço pleural), derrame 
pleural (derrame exsudativo).
Para esse procedimento, temos sempre que observar os seguintes cuidados:
1. Ser verificado diariamente o tubo torácico e o sistema de drenagem.
2. Regular a aspiração rotineira (15 a 20 cm H2O).
3. Observar a conexão do tubo torácico com o sistema de drenagem.
4. Realizar a troca de curativos diariamente ou quando necessário.
5. Observar as radiografias para avaliar o resultado da drenagem.
6. Nunca reintroduzir o tubo, somente tracionados.
As UTIs associadas ao avanço da tecnologia médica têm aumentado de forma substancial 
ampliando perspectivas terapêuticas em diversas situações clínicas com a possibilidade 
de prolongamento da vida, principalmente às relacionadas ao sistema respiratório. Por 
isso a importância das equipes multidisciplinares terem conhecimento das patologias e 
procedimentos realizados em UTIs e suas tecnologias.
LEITURAOBRIGATÓRIA
31
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia a cartilha da ANVISA Trato respiratório: Critérios Nacionais de Infecções relacionadas 
à Assistência à Saúde que vem trabalhando no desenvolvimento de guias contendo os 
critérios epidemiológicos brasileiros das infecções mais frequentes em serviços de saúde. 
Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/criterios_infeccao_trato_
respiratorio.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
Leia a cartilha Módulo 4 - prevenção de infecções em unidade de terapia intensiva. Esta 
cartilha traz a caracterização do ambiente da Unidade de Terapia Intensiva (gravidade dos 
pacientes, diversidade de recursos diagnósticos, o caráter multidisciplinar do atendimento 
ao paciente), a importância da prevenção e controle de infecção hospitalar na UTI, a 
descrição dos principais agentes envolvidos nas infecções relacionadas à assistência à 
saúde, os principais sítios de infecção envolvidos e os procedimentos de risco para infecção. 
Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/iras/M%F3dulo%20
4%20-%20Preven%E7%E3o%20de%20Infec%E7%F5es%20em%20Unidade%20de%20
Terapia%20Intensiva.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
Leia o artigo Planos terapêuticos de enfermagem para o paciente com pneumonia de 
Christiane Pereira Ornelas e Ricardo Alexandre da Silva Cobucci. Revista Enfermagem 
integrada, Ipatinga: Unileste-MG, V.3, N.1, Jul/ ago, 2010. Este artigo ampliará seus 
conhecimentos sobre os cuidados de enfermagem com paciente diagnosticado com 
pneumonia. Disponível em: <http://www.unilestemg.br/enfermagemintegrada/artigo/v3/03-
planos-terapeuticos-enfermagem-paciente.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
32
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
AGORAÉASUAVEZ
Vídeos
Assista ao vídeo: Sistema respiratório. O vídeo relembra o funcionamento do sistema 
respiratório. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=sQU4LVJr7TI>. Acesso 
em: 2 jan. 2014. 
Assista ao vídeo: Doenças respiratórias. O vídeo esclarece as principais patologiasdo trato respiratório e dicas para evitá-las. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=1P1IYq2C3ao>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
Assista ao vídeo: DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. O vídeo explica a patologia 
DPOC e seu tratamento. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=DkIrkoITlw0>. 
Acesso em: 2 jan. 2014. 
Questão 1:
Independente da patologia que leve o 
paciente à Unidade de Terapia Intensiva 
(UTI), ele estará sujeito à insuficiência no 
sistema respiratório. Essa afirmação está 
correta? Justifique.
Questão 2:
A diminuição do pH sanguíneo ou aumento 
da concentração [H+] no sangue é definição 
da:
a) Acidemia.
33
b) Alcalemia.
c) Miastenia.
d) Esclerosemia.
e) Alcalose.
Questão 3:
I. As alterações do pH extracelular 
ocorrem quando existe disfunção renal ou 
respiratória ou quando a quantidade de 
base ou ácido ultrapassa a sua capacidade 
de excreção. 
II. Mudanças na concentração do [H+] e 
pH podem ser induzidas por alterações do 
PCO2 ou do HCO3-. 
III. Anormalidades primárias no PCO2 são 
chamadas de acidose respiratória (PCO2 
alto) e de alcalose respiratória (PCO2 
baixo). 
IV. Anormalidades primárias na 
concentração de HCO3- são chamadas 
de acidose metabólica (HCO3- baixo) e de 
alcalose metabólica (HCO3- alto).
Assinale a alternativa CORRETA.
a) As afirmativas I e II estão incorretas.
b) A afirmativa I é a única correta.
c) As afirmativas III e IV estão incorretas.
d) A afirmativa II é a única incorreta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 4:
Nos exames complementares, a gasome-
tria é o exame mais importante para o diag-
nóstico do distúrbio acidobásico. Assinale 
a alternativa CORRETA que corresponda 
ao valor de normalidade do pH.
a) 7,10 a 7,45.
b) 7,15 a 7,25.
c) 7,35 a 7,45.
d) 7,30 a 7,40.
e) 7,25 a 7,15.
Questão 5:
A acidose metabólica é caracterizada por 
redução do ______________ como resul-
tado do acúmulo de ácidos não voláteis 
ou perda de bicarbonato sérico. Assinale a 
alternativa CORRETA que completa a afir-
mação.
a) Ácido volátil.
b) Bicarbonato sérico.
c) pH sérico.
d) pH gástrico.
e) pH sanguíneo.
AGORAÉASUAVEZ
34
AGORAÉASUAVEZ
Questão 6:
Os distúrbios respiratórios ou a insuficiência 
respiratória é definido por uma tensão de 
dióxido de carbono arterial (PCO2) maior 
de 50 mm Hg ou tensão de oxigênio arterial 
(PO2), menor que 50 a 60 mm Hg. Explique 
com suas palavras essa afirmação.
Questão 7:
Segundo Irwin e Wilson (2007), na 
fisiopatologia da hipoxemia, existem cinco 
mecanismos para diminuir o nível de 
oxigênio. Quais são eles?
Questão 8:
A acidose respiratória pode ter várias 
causas como falência do organismo em 
transportar o CO2 até os pulmões (choque 
cardiogênico, parada cardiorrespiratória). 
Descreva quais outras causas podemos 
encontrar.
Questão 9:
A colocação de um tubo torácico 
(toracostomia com tubo) consiste na 
introdução de um tubo estéril no espaço 
pleural para eliminar o ar ou o líquido 
para um sistema de coleta fechado, para 
restaurar a pressão intratorácica negativa, 
promover a expansão do pulmão e evitar o 
desenvolvimento de níveis letais de pressão 
no tórax. Descreva suas indicações. 
Questão 10:
Alguns procedimentos são realizados 
na UTI como inserção de tubo torácico, 
broncoscopia, toracocentese. Esses 
procedimentos devem sempre seguir as 
normas assépticas e antissépticas para 
a prevenção de infecções nosocomiais. 
Cite pelo menos quatro cuidados de 
enfermagem para boa manutenção de um 
tubo torácico.
 
35
Nesse tema, você aprendeu sobre como profissionais da área da saúde estão 
envolvidos em atividades realizadas em Unidade de Terapia Intensiva observando alguns 
aspectos específicos do cuidado com o trato respiratório. No desenvolvimento do conteúdo, 
foram definidos e esclarecidos algumas patologias e procedimentos realizados em UTIs e 
seus cuidados.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
IRWIN, R. S. RIPPE, J. M. Manual de Terapia Intensiva. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara 
Koogan, 2007.
MELDAU, D. C. Alcalose metabólica. Disponível em: <http://www.infoescola.com/doencas/
alcalose-metabolica/>. Acesso em: 2 jan. 2014.
BARBOSA, M. B. G. ALVES, C. A. D. QUEIROZ, H. Avaliação da acidose metabólica 
em pacientes graves: método de Stewart-Fencl-Figge versus a abordagem tradicional de 
Henderson-Hasselbalch. Revista Brasileira de Terapia Intensiva. Vol. 18, n. 4, out-dez, 2006. 
Disponível em: <http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=6&
ved=0CGIQFjAF&url=http%3A%2F%2Fwww.scielo.br%2Fpdf%2Frbti%2Fv18n4%2F10.pd
f&ei=oNh7UuW4CvfMsQSy1oC4Cw&usg=AFQjCNEuczQLKCxICoK8ycu8T4lW6VWxyw&
sig2=SjtR_GwHE9A6xxr0CF-8Bw>. Acesso em: 2 jan. 2014.
36
GLOSSÁRIO
Hipoxemia: Diminuição da concentração de oxigênio no sangue.
Difusão: Movimento livre de partículas contidas em uma solução, distribuindo-se 
uniformemente nela. A difusão acontece a favor de um gradiente de concentração, ou seja, 
de uma região muito concentrada de alguma molécula para uma pouco concentrada e esse 
transporte não envolve gasto de energia – trocas gasosas.
Gasometria: refere-se a um tipo de exame de sangue colhido de uma artéria e que possui 
por objetivo a avaliação de gases (oxigênio e gás carbônico) distribuídos no sangue, do pH 
e do equilíbrio acidobásico.
DPOC: Doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença crônica dos pulmões que diminui 
a capacidade para a respiração. A maioria das pessoas com essa doença apresentam tanto 
as características da bronquite crônica quanto as do enfisema pulmonar.
CARMO, L. P. F. MARQUES, I. D. B. TITAN, S. Distúrbios do equilíbrio acidobásico. 
Disponível em: <http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3332/disturbios_do_
equilibrio_acido_basico.htm>. Acesso em: 2 jan. 2014.
IRWIN, R. S. WILSON, M. M. Uma abordagem terapêutica fisiológica da insuficiência 
respiratória. In: IRWIN, R. S. RIPPE, J. M. Manual de Terapia Intensiva. Rio de Janeiro, RJ: 
Guanabara Koogan, 2007.
REFERÊNCIAS
37
Questão 1
Resposta: Está associado pelo alto índice de pacientes com insuficiência respiratória, 
nas UTIs, como causa primária da internação, ou secundária já internados devido a outras 
afecções.
Questão 2
Resposta: Alternativa A. Justificativa: Acidemia é definida como uma diminuição do pH 
sanguíneo (ou aumento da concentração [H+] no sangue). 
Questão 3
Resposta: Alternativa E. Justificativa: As alterações do pH extracelular ocorrem quando 
existe disfunção renal ou respiratória ou quando a quantidade de base ou ácido ultrapassa a 
sua capacidade de excreção. Mudanças na concentração do [H+] e pH podem ser induzidas 
por alterações do PCO2 ou do HCO3-. Anormalidades primárias no PCO2 são chamadas de 
acidose respiratória (PCO2 alto) e de alcalose respiratória (PCO2 baixo). Anormalidades 
primárias na concentração de HCO3- são chamadas de acidose metabólica (HCO3- baixo) e 
de alcalose metabólica (HCO3- alto). 
Questão 4
Resposta: Alternativa C. Justificativa: Nos exames complementares segundo Carmo et al 
(2010), a gasometria é o exame mais importante para o diagnóstico do distúrbio acidobásico. 
Questão 5
Resposta: Alternativa E. Justificativa: A acidose metabólica é caracterizada por redução do 
pH sanguíneo como resultado do acúmulo de ácidos não voláteis ou perda de bicarbonato 
sérico (BARBOSA et al, 2006). 
GABARITO
38
Questão 6
Resposta: A insuficiência respiratória ou distúrbios respiratórios é definido por uma tensão 
de dióxido de carbono arterial (PCO2) maior de 50 mm Hg ou tensão de oxigênio arterial 
(PO2), menor que 50 a 60 mm Hg (Irwin& Wilson; 2007), ou seja, existe quando um paciente 
não é capaz de manter as tensões de seus gases sanguíneos dentro dos limites normais. 
Questão 7
Resposta: Segundo Irwin e Wilson (2007), na fisiopatologia da hipoxemia, existem cinco 
mecanismos para diminuir o nível de oxigênio: Pio2 baixa, hipoventilação, desequilíbrio 
da razão ventilação-perfusão, derivação da direita para esquerda e comprometimento da 
difusão.
Questão 8
Resposta: A acidose respiratória descrita por Carmo et al (2010), pode ter várias causas: 
falência do organismo em transportar o CO2 até os pulmões (choque cardiogênico, parada 
cardiorrespiratória); defeitos pulmonares restritivos (fibrose pulmonar, cifoescoliose severa); 
defeitos pulmonares obstrutivos (obstrução de vias aéreas altas, asma, DPOC); doenças 
neuromusculares (miastenia grave, síndrome de Guillain-Barré, esclerose lateral amiotrófica); 
ou diminuição do drive respiratório (overdose de drogas sedativas – benzodiazepínicos, 
barbitúricos, opioides).
Questão 9
Resposta: Suas indicações são para pneumotórax (acúmulo de ar no espaço pleural), 
hemotórax (acúmulo de sangue no espaço pleural), empiema (infecções piogênicas do 
espaço pleural), derrame pleural (derrame exsudativo).
Questão 10
Resposta: Para esse procedimento, temos sempre que observar os seguintes cuidados:
1. Ser verificado diariamente o tubo torácico e o sistema de drenagem.
2. Regular a aspiração rotineira (15 a 20 cm H2O).
3. Observar a conexão do tubo torácico com o sistema de drenagem.
4. Realizar a troca de curativos diariamente ou quando necessário.
5. Observar as radiografias para avaliar o resultado da drenagem.
6. Nunca reintroduzir o tubo, somente tracionados.
GABARITO
Enfermagem no Paciente 
Crítico e Semicrítico
Autoria: Kelly Lopes de Araújo Appel
Tema 03
Ventilação mecânica, equilíbrio 
acidobásico e gases arteriais
Tema 04
Síndrome do choque
Índice
Índice
Tema 03: Ventilação mecânica, equilíbrio acidobásico e gases arteriais 7
Tema 04: Síndrome do choque 31
seç
ões
Tema 03
Ventilação mecânica, equilíbrio acidobásico 
e gases arteriais
Como citar este material:
APPEL, Kelly Lopes de Araújo. Enfermagem 
no Paciente Crítico e Semicrítico: Ventilação 
mecânica, equilíbrio acidobásico e gases arteriais. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 03
Ventilação mecânica, equilíbrio acidobásico 
e gases arteriais
7
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 Fisiologia do sistema respiratório na ventilação mecânica.
•	 O equilíbrio acidobásico e gases arteriais.
•	 Entendimento das modalidades ventilatórias, das técnicas de assistência ventilatória 
e da assistência de enfermagem aos pacientes em ventilação mecânica.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: Manual de terapia intensiva, 
dos autores Richard S. Irwin e James M. Rippe, Editora Guanabara Koogan, PLT 586, 2007.
Roteiro de Estudo:
Kelly Lopes de Araújo 
Appel
Enfermagem no Paciente 
Crítico e Semicrítico 
8
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
•	 Como podemos compreender o sistema respiratório na ventilação mecânica?
•	 Como podemos entender o equilíbrio acidobásico e gases arteriais?
•	 Como podemos entender algumas modalidades ventilatórias, técnicas de assistência 
ventilatória e a assistência de enfermagem aos pacientes em ventilação mecânica?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Ventilação mecânica, equilíbrio acidobásico e gases 
arteriais
As principais vias aéreas e estruturas do sistema respiratório (Figura 3.1) são cavidade 
nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares no interior 
dos pulmões.
As estruturas do sistema respiratório superior incluem o nariz, a faringe e as estruturas 
associadas; o sistema respiratório inferior inclui a laringe, a traqueia, a árvore bronquial, os 
alvéolos pulmonares e os pulmões.
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
LEITURAOBRIGATÓRIALEITURAOBRIGATÓRIA
Figura 3.1 - Anatomia básica do sistema respiratório 
Fonte: GRAAFF, 2009, p. 604
Com conhecimento básico da anatomia e fisiologia do sistema respiratório na ventilação 
normal para Zuñiga (2004), se compreende melhor a ventilação mecânica (VM), já que este 
suporte tem como objetivo a substituição total ou parcial da ventilação pulmonar.
Segundo Couto et al (1992), a constante renovação do ar alveolar é o processo da ventilação 
que permite a hematose, ou troca de gases nos alvéolos, pelo processo do ar atmosférico 
entrar em contato com o sangue circulante.
Os alvéolos (Figura 3.2) são verdadeiros sacos de ar envoltos por capilares sanguíneos, 
o que possibilita a grande superfície de contato, necessárias para que ocorram as trocas 
gasosas por difusão.
Os alvéolos teriam tendência natural ao colabamento, segundo Zuñiga (2004), se não fosse 
à presença de substâncias surfactantes que recobrem a superfície interna dos alvéolos e a 
pressão negativa pleural. 
10
Para que o ar não chegue frio e seco, sob o risco de desidratação das hemácias, segundo 
Couto et al (1992), o ar deve ser condicionado, ou umidificado a 100%, filtrado e aquecido 
a 37ºC.
Com exceção dos bronquíolos respiratórios e alvéolos, as vias respiratórias superiores 
e inferiores para Zuñiga (2004), constituem o espaço morto anatômico (trocas gasosas) 
finalizando com um volume de 150 ml no adulto.
Figura 3.2 – Divisão respiratória do sistema respiratório. Extremidades dos tubos respiratórios 
nos alvéolos pulmonares, cada um deles envolvido por uma extensa rede capilar pulmonar. 
Fonte: GRAAFF, 2009, p. 613
Para Zuñiga (2004), os pacientes que são submetidos à VM, são intubados por via naso ou 
orotraqueal, por meio de tubo flexível dotado de balonete e cuff. Com diâmetro compatível 
com a traqueia (8,0 a 8,5mm para mulheres e 8,5 a 9,0mm para homens). O cuff deve 
ser insuflado para que durante as inspirações não tenha vazamento, formando, assim, um 
sistema fechado.
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11
Periodicamente pode ser necessária a aspiração de secreções que se acumulam no tubo 
orotraqueal (TOT), segundo Zuñiga (2004), o muco secretado pelas vias aéreas inferiores, 
deixa de ser conduzido à epiglote para ser expelido, podendo obstruir o TOT.
Para aumentar ou diminuir o volume da cavidade torácica conforme Guyton e Esbérard 
(1989), os pulmões podem se expandir e contrair pelo movimento do diafragma e pela 
elevação das costelas.
Para West (1986), a ventilação ocorre com inspiração ativa, para com atuação das 
musculaturas cervicoescapular, intercostal e diafragmática, que promove o aumento 
do volume da caixa torácica, possibilitando a entrada do ar pela diminuição da pressão 
intratorácica a níveis subatmosféricos. Com o relaxamento da musculatura inspiratória, a 
expiração ocorre passivamente.
As forças elásticas pulmonares, segundo West (1986), estando em equilíbrio ao final da 
expiração, possibilitam o retorno da caixa torácica à sua posição original.
O diafragma é o principal músculo da inspiração. Os músculos abdominais que atuam 
apenas quando há esforço respiratório são os principais da expiração.
A respiração, ou ventilação pulmonar, requer que o tórax seja flexível a fim de 
funcionar como um fole durante o ciclo de ventilação. A respiração consiste 
em duas fases, inspiração e expiração. Inspiração (inalando) e expiração 
(exalando) são realizadas aumentando e diminuindo alternadamente o volume 
da cavidade torácica. A inspiração se realiza quando a pressão do ar no 
interior dos pulmões é mais baixa que a pressão atmosférica. A expiração se 
realiza quando a pressão do ar no interior dos pulmões é maior que a pressão 
atmosférica (GRAAFF;2003, p. 618).
Segundo Zuñiga (2004), Vesalius, em 1555, e Hooke, em 1667, demonstraram que a 
vida poderia ser preservada com o auxílio da substituição da função respiratória com a 
insuflação dos pulmões com um balão de ar. Em 1934, Freenckner, na Europa, desenvolveu 
o Spiropulsador (insuflação rítmica dos pulmões), comercializada em 1940. Nos Estados 
Unidos utilizavam o pulmão de aço. 
Com a epidemia de poliomielite, os pneumáticos foram desenvolvidos na década de 1950 
para uso clínico no tratamento da insuficiência respiratória. O primeiro ventilador de volume 
constante foi em 1950, construído por Engstrom com ventilação mandatória intermitente 
(IMV). Com esse aparelho, o paciente não pode interferir com o volume e a frequência 
preestabelecidas, porém, poderia inspirar espontaneamente o conteúdo do balão. O advento 
LEITURAOBRIGATÓRIA
12
dos ventiladores trouxe na Europa as unidades respiratórias com aparelhos de gasometria 
e ventiladores salvando vidas de pacientes graves sem chance de sobrevida. Na década de 
1980 o surgimento de aparelhos altamente seguros e confortáveis foi construído conforme 
relatos de Zuñiga (2004).
A ventilação mecânica, conforme Lorenzi et al (1998), tem o objetivo de restabelecer o 
balanço entre a oferta e demanda de oxigênio, diminuindo a carga do trabalho respiratório 
de pacientes em insuficiência ventilatória.
Os ventiladores são atualmente classificados conforme suas características com diferentes 
modalidades ventilatórias e controle de segurança, sendo utilizada classificação por 
gerações, segundo Azevedo (1994):
a) Primeira geração: aparelhos ciclados a pressão constante, sem monitoração direta e 
sem alarmes (BIRD MARK 7 e MARK 8).
b) Segunda geração: aparelhos ciclados a volume constante com possibilidade de 
monitoração direta, dotados de alarmes e oferecendo os modos CMV, SIMV, CPAP 
(Newport E100i, Drager Ventilator 2000).
c) Terceira geração: aparelhos microprocessados, com informações centralizadas para 
todas as funções operacionais, abrangendo terapia, vigilância e diagnóstico funcional 
(Newport Wave e Breeze, Inter 3 e 5, Takaoka Monterey, Bird 6400 e 8400, Drager Evita, 
Benett, 760, 8400i, Galileo.
Para Zuñiga (2004), o método de assistência ventilatória mais empregado é a ventilação 
mecânica invasiva por pressão positiva, sendo mais indicado na presença de insuficiência 
respiratória grave, sendo a decisão de iniciar a ventilação mecânica baseado em parâmetros 
clínicos e de avaliação funcional respiratória.
Para o controle químico da respiração, temos a manutenção das concentrações de oxigênio 
(O2), dióxido de carbono (CO2) e íons de hidrogênio (H
+) nos líquidos corporais.
Segundo Zuñiga (2004), o CO2 é um dos produtos finais do metabolismo afetando 
acentuadamente as reações químicas devido a concentração e líquidos corporais de todas 
as células e pH dos tecidos. Por isso que a pressão parcial de dióxido de carbono (PCO2) 
deve ser regulada com precisão. 
Sendo assim, o sistema respiratório é o único meio eficaz de que dispõe o organismo para 
controlar a PCO2 do sangue e dos tecidos (ZUÑIGA; 2004).
LEITURAOBRIGATÓRIA
13
O excesso de CO2 ou H+, segundo Zuñiga (2004), faz com que ocorram efeitos excitatórios 
sobre o centro respiratório, o que causa intensidade dos sinais respiratórios e expiratórios 
para os músculos da respitaração. Esse processo também remove íons de hidrogênio do 
sangue
De acordo com West (1989), para que ocorra o processo de difusão o O2 é captado e o CO2 
é eliminado por difusão simples por meio de uma membrana chamada alveolocapilar, que 
facilita o processo quando dispõe de uma área de exposição e o dificulta quando encontra-
se espessa.
O transporte de O2 no sangue ocorre de duas maneiras: dissolvido ou 
combinado com a hemoglobina. Mais de 98% do O2 é transportado ligado à 
hemoglobina, o que demonstra a grande afinidade do grupo heme pelo gás. 
A curva de dissociação de hemoglobina é sigmoide, e, com uma PaO2 de 
100mmHg, a saturação da hemoglobina acima deste nível elevaria pouco 
a quantidade de O2 no sangue. O CO2 e transportado em sua maior parte 
na forma de bicarbonato no plasma e nas hemácias. Uma pequena parte é 
transportada como compostos carbamino no plasma, carbaminohemoglobina 
nas hemácias e uma parte mínima como CO2 dissolvido (ZUÑIGA, 2004, p. 7).
A fisiopatologia da hipóxia para Zuñiga (2004) inicia com a diminuição de O2 tecidual, 
como acontece com pacientes portadores da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) 
e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), onde temos os tipos de hipóxia 
por transporte anormal (baixa hemoglobina), hipóxia circulatória (insuficiência cardíaca – 
diminuição do fluxo sanguíneo tecidual generalizado ou local), hipóxia celular (prejudicada 
por alguma substância tóxica – cianeto), hipóxia de demanda (o consumo pelos tecidos 
excede o fornecimento normal aos tecidos. Exemplo: exercício máximo, tireotoxicose). 
Podemos concluir que a correção de uma situação de hipóxia não depende de maior oferta 
de O2 aos pulmões e sim da estabilização das funções vitais como débito cardíaco e pressão 
arterial. 
Para que possamos entender o equilíbrio acidobásico e gases arteriais, temos que entender 
que o pH do meio interno do ser humano é mantido normalmente entre estreitos, para Zuñiga 
(2004). Qualquer desvio neste equilíbrio poderá acarretar danos. Em conjunto, temos o 
sistema respiratório, rins e o complexo do sistema tampão sanguíneo que atua para manter 
o organismo com o pH equilibrado, em várias situações.
Observaremos que a ventilação mecânica no equilíbrio acidobásico é de extrema importância.
LEITURAOBRIGATÓRIA
14
Zuñiga (2004, p. 13) descreve os parâmetros da gasometria arterial:
O pH normal do sangue arterial é 7,40, variando de 7,35 a 7,45. Chamamos 
alcalose a elevação do pH acima de 7,45 e acidose a redução do pH abaixo de 
7,35 (Quadro 3.1).
A pressão parcial de CO2 (PaCO2) normal varia de 35 a 45mmHg. Uma 
PaCO2 baixa indica hiperventilação e uma elevada indica hipoventilação. A 
pressão parcial de O2 (PaO2) normal varia de 80 a 100mmHg. Abaixo desses 
níveis teremos a hipoxemia. Devemos lembrar que a PaO2 diminui com o 
envelhecimento, podendo ser considerados normais valores obtidos com a 
subtração de 1mmHg para cada ao após os 60 anos, a partir de 80mmHg. Esta 
orientação não se aplica para pessoas com mais de 90 anos.
A variação normal de bicarbonato (HCO3) no sangue arterial é de 20 a 28mEq/L. 
O excesso de base (BE) corresponde à quantidade, em mEq/L, de ácido ou 
base necessária para titular uma amostra de sangue, até o pH de 7,40. Seus 
valores normais variam de -2 a +3. Abaixo de -2 teremos acidose metabólica e, 
acima de +3, alcalose metabólica. 
Quadro 3.1 – Valores normais de equilíbrio acidobásico
PARÂMETROS
(VALORES NORMAIS)
pH (7,35 a 7,45)
PaCO2 (35 a 45mmHg)
HCO3
- (20 a 28mq/L)
BE (-2 a + 3mEq/L)
Fonte: Zuñiga (2004, p. 15)
Quando encontramos a elevação dos níveis no sangue arterial, segundo Zuñiga (2004), 
significa hipoventilação alveolar. Isso leva a acidose, pois o mecanismo tampão renal 
não age imediatamente. É detectada a acidose respiratória da insuficiência respiratória 
aguda. Para que possamos ter reversão da situação ou tratamento, imediatamente são 
desobstruídas as vias aéreas e instalada a ventilação mecânica (Quadro 3.2).
LEITURAOBRIGATÓRIA
15
Quadro 3.2 – Causas e correções dos distúrbios acidobásicos.
CAUSAS E CORREÇÕES DOS DISTÚRBIOS ACIDOBÁSICOS
Distúrbio Causa Correção
Acidose 
respiratória Aumento da PaCO2 por hipoventilação
Desobstrução de vias 
aéreas, ventilação mecânica
Alcalose 
respiratória
Diminuição da PaCO2 por 
hiperventilação
Ajuste do ventilador, 
diminuindo o volume minuto, 
sedação
Acidose 
metabólica
Aumento de prótons livres, Ex.: acidoseláctica, cetoacidose diabética, com 
consequente diminuição do HCO3-
Tratamento da causa 
básica, administração de 
bicarbonato, hiperventilação
Alcalose 
metabólica
Aumento do HCO3-, ex.: vômitos, 
administração de HCO3- em excesso
Tratamento da causa básica, 
hipoventilação
Fonte: Zuñiga (2004, p. 15)
Exemplificando: Baseado nos exercícios de Zuñiga (2004).
1) Um paciente intoxicado por barbitúricos, com respiração superficial, apresenta a 
seguinte gasometria arterial:
pH = 7,19
PaCO2 – 80mmHg
PaO2 = 48mmHg
HCO3 = 30,5mEq/L
BE = 0,5 mEq/L
A interpretação desta gasometria demonstra:
pH abaixo de 7,35 – acidose
PaCO2 acima de 45mmHg = hipoventilação levando à acidose respiratória
LEITURAOBRIGATÓRIA
16
PaO2 abaixo de 50mmHg = hipoxemia grave
HCO3 – acima de 28mEq/L = alcalose metabólica
BE normal = ausência de alcalose metabólica efetiva
Portanto, teremos os diagnósticos de acidose respiratória parcialmente compensada por 
alcalose metabólica e hipoxemia grave por hipoventilação. Teríamos acidose respiratória 
compensada por alcalose metabólica se o pH estivesse normal.
Com o advento da tecnologia, os equipamentos estão cada vez mais sofisticados para 
monitorizar e controlar continuamente as condições clínicas dos pacientes.
Nos cuidados de enfermagem, a assistência ventilatória, para Dreyer e Zuñiga (2000), será 
sempre um desafio pela complexidade dos equipamentos, exigindo conhecimento teórico 
prático para cuidar com habilidade e segurança do paciente.
Para Dreyer e Zuñiga (2000) as principais responsabilidades do enfermeiro são:
1. Manter vigilância contínua e sistemática, evitando ou detectando complicações.
2. Elaborar e executar um plano de cuidados.
3. Estabelecer uma relação de confiança com o paciente e sua família.
Essas características favorecem uma assistência integral e humanizada.
Cuidados de enfermagem ao paciente em ventilação mecânica
AÇÃO JUSTIFICATIVA
1.Esclarecer o paciente sobre os 
procedimentos a serem realizados 
e orientá-lo no tempo e no espaço, 
mesmo quando sedado.
Amenizar a ansiedade e proporcionar apoio 
emocional.
2.Ajudar o paciente a comunicar-se 
usando um meio alternativo.
3.Manter a cabeceira elevada em 30º, se 
não houver contra indicação.
Evitar refluxo gástrico e aspiração pulmonar. 
Melhorar a expansão torácica.
4.Manter a vigilância constante, atentando 
para os alarmes do ventilador mecânico.
Alertar para possíveis alterações clínicas 
e intercorrências com o paciente o com o 
aparelho.
LEITURAOBRIGATÓRIA
17
5.Manter o painel da unidade do 
paciente, ressuscitador manual (AMBU) 
conectado à rede de O2 e aspirador de 
secreções.
Ventilar o paciente em caso de falha do 
ventilador mecânico. Manter a permeabilidade 
da via aérea.
6.Verificar frequentemente o funcion-
amento do ventilador mecânico, dos 
acessórios, os parâmetros ajustados e 
anotar quaisquer alterações realizadas.
Garantir ventilação e umidificação adequa-
das. Manter os registros dos parâmetros uti-
lizados.
7.Desprezar a água da condensação do 
circuito e dos copos de drenagem.
O excesso de água obstrui o circuito, 
prejudica a monitorização dos parâmetros. 
Nunca drenar esta água condensada para 
dentro do umidificador.
8.Observar a amplitude e a simetria da 
caixa torácica e realizar a ausculta 
pulmonar.
Verificar se o paciente está ventilando 
bilateralmente e detectar desconforto 
respiratório.
9.Anotar a pressão nas vias aéreas, o 
volume expirado e outros parâmetros 
eventualmente fornecidos pelo venti-
lador mecânico.
Detectar e corrigir problemas, obter dados 
para ajustes do ventilador mecânico.
10.Colher sangue arterial para exame 
de gasometria, 20 minutos após o 
procedimento de intubação, após a 
alteração dos parâmetros do ventilador 
mecânico e a critério médico.
Permitir o controle da oxigenação e da 
ventilação. Adequar os parâmetros do 
ventilador mecânico às necessidades do 
paciente.
11.Monitorar a saturação de oxigênio 
(SPO2) com oxímetro de pulso. 
Permitir o controle de oxigenação.
12.Monitorizar o CO2 no final da expiração 
com capnógrafo (ETCO2).
Permitir o controle da ventilação alveolar.
13.Realizar monitorização contínua do 
traçado eletrocardiográfico; verificar 
sinais vitais; observar a coloração das 
mucosas e da pele.
Detectar arritmias cardíacas, comprometi-
mento hemodinâmico, febre e hipóxia.
LEITURAOBRIGATÓRIA
18
14.Verificar nível de consciência, orien-
tação no tempo e espaço, sinais neu-
rológicos: pupilas, reflexo de tosse, re-
sposta a estímulos verbais e dolorosos.
Detectar sinais de depressão da consciência 
em consequência de hipóxia ou hipercapnia.
15.Manter o paciente sedado a critério 
médico.
Proporcionar conforto ao paciente, aliviar 
a ansiedade, minimizar a resistência à 
ventilação mecânica e diminuir o trabalho 
respiratório.
16.Realizar sondagem nasogástrica ou 
nasoenteral, a critério médico.
Prevenir broncoaspiração. Garantir 
drenagem, controle de débito e aspecto 
da secreção gástrica e infusão de dieta e 
líquidos.
17.Realizar os cuidados com a via aérea 
artificial.
Evitar obstrução da via aérea artificial o 
deslocamento da cânula endotraqueal, 
isquemia traqueal, lesões da mucosa 
orofaríngea e da pele da face, perda de 
volume corrente.
18.Realizar mudança de decúbito e manter 
a pele limpa e hidratada.
Prevenir úlceras por pressão e lesões 
cutâneas, mobilizar as secreções pulmonares 
e evitar atelectasia.
19.Manter os olhos fechados, caso o 
paciente esteja comatoso ou com 
sedação profunda.
Prevenir lesões da córnea.
20.Incentivar a presença de familiares 
e amigos, através de comunicação 
verbal e gestos que expressem seus 
sentimentos.
Favorecer a inter-relação, visando amenizar 
principalmente a ansiedade do paciente e 
facilitar sua orientação no tempo e no espaço.
21.Aplicar as normas da Comissão de 
Controle de Infecção Hospitalar 
(CCIH) da instituição quanto à 
manipulação de equipamentos de 
ventilação mecânica e seus acessórios.
Prevenir contaminação do ambiente, 
colonização o infecção do paciente. Manter 
o ambiente higienizado e limpo.
Fonte: Zuñiga (2004, p. 15).
LEITURAOBRIGATÓRIA
19
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo: Assistência de enfermagem ao paciente submetido à ventilação invasiva. Trata-
se de um estudo bibliográfico, baseado em análise de publicações nacionais e internacionais 
a partir da década de 1990, cujo objetivo foi realizar uma atualização sobre as principais 
ações na assistência de enfermagem à pacientes submetidos à Ventilação Invasiva. 
Disponível em: <http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/2007-14.
pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
Leia o artigo: Ventilação mecânica: evidências para o cuidado de enfermagem. Este estudo 
objetivou avaliar o conhecimento dos enfermeiros sobre ventilação mecânica nas Unidades 
de Terapia Intensiva (UTIs) de um hospital de referência em Fortaleza. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S1414-81452012000400021&lng=en
&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
Leia a portaria: Portaria nº 370, de 4 de julho de 2008. A Portaria Institui, no âmbito do 
Sistema Único de Saúde - SUS, o Programa de Assistência Ventilatória Não Invasiva aos 
Portadores de Doenças Neuromusculares. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
saudelegis/sas/2008/prt0370_04_07_2008.html>. Acesso em: 2 jan. 2014.
Vídeos
Assista ao vídeo: Ventilação mecânica invasiva – parte 1. O vídeo apresenta uma 
palestra sobre ventilação mecânica invasiva. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=ITHYtdi5IJI>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
20
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seuaprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1:
Qual é o objetivo do suporte ventilatório?
Questão 2:
São verdadeiros sacos de ar envoltos por 
capilares sanguíneos, ao qual possibilita 
trocas gasosas por difusão. Essa definição 
é de:
a) Brônquios. 
b) Bronquíolos. 
c) Traqueia.
d) Alvéolos.
e) Pulmão.
Assista ao vídeo: Ventilação mecânica invasiva – parte 2. O vídeo continua a apresentação 
da palestra sobre ventilação mecânica invasiva. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=LbYVv75TqOA>. Acesso em 2 jan. 2014. 
Assista ao vídeo: Gasometria. O vídeo explica como é realizada uma coleta de gasometria 
nas técnicas assépticas que acontece nos Estados Unidos. Disponível em: <http://www.
youtube.com/watch?v=SUOrth3jsRM>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
LINKSIMPORTANTES
21
Questão 3:
I. Pacientes que são submetidos à VM, são 
intubados por via naso ou orotraqueal, por 
meio de tubo flexível dotado de balonete e 
cuff. 
II. Com diâmetro compatível com a traqueia 
(8,0 a 8,5mm para mulheres e 8,5 a 9,0mm 
para homens).
III. O balonete deve ser insuflado para que 
durante as inspirações não tenha vazamento, 
formando assim, um sistema fechado.
IV. Periodicamente pode ser necessária a 
aspiração de secreções que se acumulam 
no tubo orotraqueal (TOT). 
Assinale a alternativa CORRETA.
a) As afirmativas I e II estão incorretas.
b) A afirmativa I é a única correta.
c) As afirmativas III e IV estão incorretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
e) A afirmativa III é a única incorreta.
Questão 4:
A ventilação ocorre com inspiração ati-
va, com atuação das musculaturas 
_________________, cervicoescapular e 
diafragmática, que promovem o aumento 
do volume da caixa torácica, diminuindo a 
pressão intratorácica a níveis subatmosfé-
ricos, possibilitando a entrada do ar.
a) Intercostal.
b) Pleural. 
c) Torácica.
d) Subcostal.
e) Hemicostal.
Questão 5:
Chamamos alcalose a elevação do pH 
acima de 7,45 e acidose a redução do pH 
abaixo de: 
a) 7,45.
b) 7,35.
c) 7,46.
d) 7,30.
e) 7,33.
Questão 6:
Para que o sistema respiratório tenha um 
bom funcionamento, ele deve ter estruturas 
específicas. Descreva quais são suas 
principais estruturas.
Questão 7:
Quando encontramos a elevação dos níveis 
no sangue arterial, significa hipoventilação 
alveolar. O que isso pode acarretar para o 
sistema respiratório? Descreva.
AGORAÉASUAVEZ
22
Questão 8:
A fisiopatologia da hipóxia inicia com a dimi-
nuição de O2 tecidual, como acontece com 
pacientes portadores de quais doenças. 
Cite pelo menos 2 patologias. 
Questão 9:
A hipóxia não depende de maior oferta de 
O2 aos pulmões e sim da estabilização 
das funções vitais como débito cardíaco 
e pressão arterial. Quais são os tipos de 
hipóxia?
Questão 10:
Um paciente em ventilação mecânica 
apresenta a seguinte gasometria ar-
terial: pH=7,60; PaCO2=22,6mmHg; 
PaO2=80,3mmHg; HCO3-=22,3mEq/L; BE= 
+2,8mEq/L. Interprete essa gasometria 
conforme seus estudos.
 
AGORAÉASUAVEZ
FINALIZANDO
Nesse tema, você teve um esclarecimento sobre a importância de uma ventilação 
mecânica adequada e o tratamento através da interpretação dos resultados de gasometria. 
No desenvolvimento do conteúdo, foram definidas e esclarecidas algumas patologias e 
cuidados de enfermagem ao paciente que está em suporte ventilatório.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
23
AZEVEDO, C. A. C. Ventilação mecânica invasiva e não invasiva. Rio de Janeiro: Revinter, 1994.
COUTO, C. M. F. CAMPO, J. B. CARVALHO, E. B. Suporte metabólico no paciente crítico. 
In: Carvalho, E. B. Manual de suporte nutricional. São Paulo: Medsi, p. 91-100, 1992.
DREYER, E. ZUÑIGA, Q. G. P. Ventilação mecânica. In: Cintra E. A, Nishide, V. m. Nune, 
v. m. Assistência de enfermagem ao paciente crítico. São Paulo: Atheneu, 2000.
GRAAFF, K. M. V. Anatomia humana. São Paulo: Manole, 2003).
GUYTON A. C. ESBÉRARD C. A. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. 4ª ed, 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.
LORENZI, F. g. VEGA, J. J. BARBAS, C. S. V. HOELZ, C. Ventilação mecânica não invasiva. 
In: Knobel E. Condutas no paciente grave. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, v. 1. P. 393-402, 
1998.
TERZI, R. G. G. Equilíbrio acidobásico e transporte de O2. São Paulo: Manole, 1992.
WEST, J. B. Fisiologia respiratória moderna. 3ª ed. São Paulo: Manole, 1986.
ZUÑIGA, Q. G. P. Ventilação mecânica para enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2004.
REFERÊNCIAS
24
GLOSSÁRIO
Hematose: é o processo de trocas gasosas que ocorre nos capilares sanguíneos dos 
alvéolos pulmonares através da difusão dos gases oxigênio e dióxido de carbono.
Colabamento: Ação ou resultado de colabar, abalar, provocar ou sofrer aluimento (um órgão 
ou uma estrutura de um órgão). Os alvéolos apresentam certa tendência ao colabamento. 
Tal colabamento somente não ocorre normalmente devido à pressão mais negativa presente 
no espaço pleural, o que força os pulmões a se manterem expandidos. O grande fator 
responsável pela tendência de colabamento dos alvéolos é um fenômeno chamado tensão 
superficial. A tensão superficial ocorre no interior dos alvéolos devido a grande quantidade 
de moléculas de água ali presente, revestindo toda a parede interna dos alvéolos. A tensão 
superficial no interior dos alvéolos seria bem maior do que já o é se não fosse a presença, 
nos líquidos que revestem os alvéolos, de uma substância chamada surfactante pulmonar. 
O surfactante pulmonar é formado basicamente de fosfolipídeos (dipalmitoil lecitina) nas 
células presentes no epitélio alveolar. A grande importância do surfactante pulmonar é sua 
capacidade de reduzir significativamente a tensão superficial dos líquidos que revestem o 
interior dos alvéolos.
Balonete: Instrumento médico que é usado para fazer a fixação correta do tubo endotraqueal, 
não permitindo que secreções da orofaringe sejam aspiradas.
Oxímetro de pulso: dispositivo médico que mede indiretamente a quantidade de oxigênio 
no sangue de um paciente.
Comissão de controle de infecção hospitalar: tem como objetivo manter os índices de 
infecção nos valores considerados aceitos pelo Ministério da Saúde, seguindo rigorosamente 
normas e portarias específicas da Vigilância Sanitária, promovendo ações de prevenção às 
infecções. Mantendo assim a qualidade dos serviços oferecidos à população e segurança 
de seus pacientes.
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Ambú (Ressuscitador manual): Promover a ventilação artificial, enviando Ar Comprimido 
ou enriquecendo com Oxigênio,para o pulmão do paciente na ausência de respiração 
ocasionada por infarto,asfixia por substâncias tóxicas, afogamento e outros. 
Balão em silicone translúcido autoclavável, nas opções: Adulto: 1600 ml, Infantil: 500 ml e 
Neonato: 250 ml. Máscara facial adulto, adolescente, infantil e neonato em silicone. Válvula 
unidirecional (Bico de pato). Válvula para reservatório (não autoclavável).
GLOSSÁRIO
GABARITO
Questão 1
Resposta: Tem o objetivo de substituição total ou parcial da ventilação pulmonar.
Questão 2
Resposta: Alternativa D. Justificativa: Os alvéolos (Figura 2) são verdadeiros sacos de 
ar envoltos por capilares sanguíneos, o que possibilita a grande superfície de contato, 
necessárias para que ocorram as trocas gasosas por difusão. 
Questão 3
Resposta: Alternativa E. Justificativa: As alterações

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