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PRINCIPAIS DROGAS UTILIZADAS NA UTI

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FACULDADE DE TECNOLOGIA 
SENAC BLUMENAU
Curso técnico de enfermagem
Cléber Correia Marques
Fábio Baptista Rodrigues Leite
Principais Drogas Utilizadas Na Unidade De Terapia Intensiva
Blumenau – SC 
2018
Cléber Correia Marques
Fábio Baptista Rodrigues Leite
Principais Drogas Utilizadas Na Unidade De Terapia Intensiva
Trabalho apresentado relativo ao V Módulo, 
para a UC 15:
Prof.ª Maria Rosana Santos
Da Faculdade de Tecnologia SENAC Blumenau
Blumenau – SC 
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO------------------------------------------------------01
PRINCIPAIS DROGAS-------------------------------------------02
 	ALBUMINA---------------------------------------------------------------------------------02
 	AMIODARONA----------------------------------------------------------------------------04
 	BICARBONATO---------------------------------------------------------------------------05
 	CETAMINA---------------------------------------------------------------------------------08
 	CLONIDINA	--------------------------------------------------------------------------------11
 	CLORETO DE POTÁSSIO 19,1%-----------------------------------------------------14
 	CLORETO DE SÓDIO 20%-------------------------------------------------------------16
 	COLISTIMETATO DE SÓDIO---------------------------------------------------------17
 	DESLANOL---------------------------------------------------------------------------------20
DOBULTAMINA---------------------------------------------------------------------------23
DOPAMINA---------------------------------------------------------------------------------25
EPINEFRINA-------------------------------------------------------------------------------28
ETOMIDATO-------------------------------------------------------------------------------30
FENTANILA	--------------------------------------------------------------------------------32
FUROSEMIDA-----------------------------------------------------------------------------34
GENTAMICINA----------------------------------------------------------------------------37
GLUCANATO DE CALCIO 10%------------------------------------------------------40
INSULINA-----------------------------------------------------------------------------------43
KEFOX---------------------------------------------------------------------------------------47
LACTATO DE MILRINONA------------------------------------------------------------50
LEVOSIMEDAM---------------------------------------------------------------------------52
MAXCEF-------------------------------------------------------------------------------------54
MIDAZOLAM------------------------------------------------------------------------------57
NITROGLICERINA-----------------------------------------------------------------------60
NITROPRUSSIATO DE SÓDIO--------------------------------------------------------63
NORADRENALINA-----------------------------------------------------------------------66
NORIPURUM-------------------------------------------------------------------------------68
PANCURÔNIO-----------------------------------------------------------------------------69
PRECEDEX---------------------------------------------------------------------------------71
PROPORFOL-------------------------------------------------------------------------------74
PROSTAGLANDINA----------------------------------------------------------------------76
REOPRO--------------------------------------------------------------------------------------80
SANDOSTATIM----------------------------------------------------------------------------82
SUCCINIL COLIN-------------------------------------------------------------------------84
THIOPENTAL------------------------------------------------------------------------------85
TIENAN--------------------------------------------------------------------------------------87
TYGACIL------------------------------------------------------------------------------------89
UNASYN-------------------------------------------------------------------------------------91
VANCOMICINA----------------------------------------------------------------------------94
VASOPRESSINA---------------------------------------------------------------------------96
ZINACEF------------------------------------------------------------------------------------98
5 CONCLUSÃO------------------------------------------------------101
6 REFERÊNCIAS----------------------------------------------------102
INTRODUÇÃO
Grande parte dos pacientes das unidades de terapia intensiva sentem muita dor, inquietação e aflição. A terapia com analgésicos e sedativos é essencial para aliviar estas sensações, diminuir o estresse e evitar atrasos na melhora e na desvinculação da ventilação mecânica. A estabilidade do paciente é influenciada consideravelmente pela seleção dos analgésicos e sedativos, a sedação exagerada ou reduzida e o controle inadequado da dor. A administração de medicamentos para pacientes em situação grave é diversificada e complexa. Normalmente usam-se drogas que modificam as atividades vitais do organismo, provocando instabilidade hemodinâmica. Devido a isso a administração correta da velocidade de infusão das medicações deve ser rígida e para isso é indispensável utilizar a bomba de infusão. Este trabalho tem o objetivo de demonstrar algumas das drogas mais utilizadas nas unidades de terapia intensiva e esclarecer suas ações, efeitos, interações medicamentosas, via de administração, cuidados de enfermagem, classe e apresentação destas medicações.
PRINCIPAIS DROGAS UTILIZADAS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
1. ALBUMINA
1.1 Classe do medicamento
Albumina humana hemoderivado coloide natural (substância ativa) consiste de uma fração proteica de plasma humano, hemoderivado. 
A albumina é uma proteína de rico valor biológico que é encontrada no plasma do sangue. Ela é sintetizada no fígado. A albumina também pode ser encontrada no ovo e no leite. Pertence à classe dos medicamentos substitutos do plasma e das fracções proteicas do plasma.
1.2 Apresentação 
Sua apresentação é em solução injetável contendo 0,2 g de albumina humana em cada mL. Embalagens contendo 1 frasco-ampola com 10, 50 ou 100 ML acompanhado de equipo para administração intravenosa.
1.3 Vias de administração 
A albumina humana está pronta para seu uso imediato e deve ser administrada unicamente por infusão intravenosa.
1.4 Ação e efeito 
Sua principal função no corpo humano é a manutenção da pressão osmótica, transporte de hormônios produzidos pela tireoide, transporte de ácidos graxos livres, transporte de hormônios lipossolúveis, transporte de bilirrubina não conjugada, controle do ph.
1.5 Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais são raros. Podendo ocorrer reações suaves como rubor, urticária1, febre2 e náuseas3 desaparecem após a interrupção da infusão. Pode ocorrer hipervolemia se a dosagem e a velocidade de infusão não estiverem corretas
1.6 Interações medicamentosas.
Até o momento não se conhecem interações da albumina humana com outros produtos. Incompatibilidades, A albumina humana não deve ser misturada com outros medicamentos, sangue total e concentrados de hemácias.
1.7 Cuidados de enfermagem 
Imediatamente antes da administração, deve-se verificar visualmente se o conteúdo do frasco não está turvo e se não contém qualquer sedimentação. Caso positivo, não utilize o frasco.
Se mantida sob refrigeração, a preparação deve ser trazida à temperatura ambiente, antes da administração. A solução de Albumina humana (substância ativa) não deve ser utilizada em temperatura muito abaixo da temperatura corpórea.
A duração da administração da infusão da solução injetável deve ser de até quatro horas após a abertura do frasco, caso exceda esse tempo deverá ser descartada.Todo o conteúdo remanescente deverá ser descartado. 
O conteúdo do frasco de infusão, uma vez aberto, deve ser utilizado imediatamente. O equipo deve ser descartável para prevenir contaminações. 
Deve ser administrada concomitantemente com fluídos adicionais a pacientes com sintomas de desidratação, se necessário. 
Se a albumina for administrada rapidamente, pode resultar em sobrecarga vascular com edema pulmonar. Não é necessária a determinação prévia do tipo sanguíneo, pois a Albumina humana (substância ativa) é isenta de isoaglutininas. 
Somente devem ser utilizadas soluções claras, sem turvação. A quantidade do produto, a diluição adequada e a duração do tratamento dependem do quadro clínico. 
Quando se utiliza Albumina humana (substância ativa) sem diluição, deve-se promover a hidratação do paciente, se necessário.
Atentar principalmente e pedir orientação quanto à marca da Albumina Humana utilizada, pois alguns fabricantes orientam a conservação da medicação quando não está em uso em geladeira, sendo assim, há outras marcas que necessariamente não são conservadas sob refrigeração, tomando cuidado para perdas indesejáveis do fármaco.
Não deve ser misturada com outros medicamentos, sangue total e unidades de glóbulos vermelhos.
Vigiar possíveis reações alérgicas.
2. AMIODARONA 
2.1 Classe do medicamento
Antiarrítmico. A amiodarona é uma droga antianginosa e antiarrítmica da classe terapêutica antiarrítmicos, sua utilização aumenta a duração da atividade do músculo ventricular e atrial, inibindo a adenosinatrifosfatase miocárdica ativada por Na e K. Há um decréscimo resultante na velocidade cardíaca e na resistência vascular. 
2.2 Apresentação 
Comprimidos revestidos com 100 ou 200 mg de cloridrato de amiodarona. Solução injetável com 50 mg/ml de cloridrato de amiodarona. Ampolas de 3 ml. Suspensão oral (gotas) com 200 mg/ml de cloridrato de amiodarona. 
2.3 Vias de administração 
Via oral e intravenosa.
2.4 Ação e efeito 
Pertence à classe dos Antiarrítmicos e é utilizada para arritmias ventriculares, profilaxia de taquiarritmias em portadores das síndromes de pré-excitação, distúrbios graves do ritmo cardíaco, inclusive aqueles resistentes a outras terapêuticas, taquicardia ventricular sintomática (aumento da frequência cardíaca que se origina nos ventrículos do coração), taquicardia supraventricular sintomática (aumento da frequência cardíaca que se origina nos átrios do coração), alterações do ritmo cardíaco associado à síndrome de Wolff-Parkinson-White (uma forma de arritmia, que é uma alteração na frequência ou no ritmo dos batimentos cardíacos).
	Esta substância tem a função de regularizar as alterações dos batimentos cardíacos (arritmias), que podem ocorrer em alguns tipos de doença. Seu efeito terapêutico deve-se ao acúmulo de amiodarona nos tecidos. Devido às suas propriedades farmacológicas é particularmente indicado quando os distúrbios do ritmo forem capazes de agravar uma patologia clínica subjacente [insuficiência coronariana (dor no peito é o sintoma mais comum), insuficiência cardíaca].
2.5 Efeitos colaterais
Seus efeitos colaterais podem ser: Dose-dependente; Hipotensão arterial, falência ventricular; Taquicardia; BAV de II e III grau; Torsade de pointes; Alterações laboratoriais de T3.T4 e TSH; Relacionadas ao hipertireoidismo: distúrbio na autorregulação do metabolismo de iodo pela tireoide; lesão inflamatória na tireoide; Relacionadas ao hipotireoidismo: perda ponderal inexplicada; Fraqueza muscular, tremores, bócio, inibição da biossíntese e liberação de hormônios tireoidianos pelo iodo; Fadiga, indisposição, intolerância ao frio, pele seca e queda de cabelo; Dispneia, tosse e febre; Insuficiência respiratória; Achados radiológicos: derrame pleural infiltrados alveolares e intersticiais difusos; Pneumonite; Náuseas, obstipação, anorexia, hepatomegalia e hepatite; Cefaleia, insônia e pesadelos; Ataxia, miopatia; Exacerbação dos tremores em pacientes com doença de Parkinson; Neuropatia periférica; Microdepósitos corneanos, fotofobia, visão borrada; Prurido, eritema torácico; Fotosensibilidade cutânea; Coloração cinza-azulada predominantemente em áreas expostas ao sol (região paranasal e infaocular); Flebite.
2.6 Interações medicamentosas
Bloqueadores dos canais de cálcio; anticoagulantes orais; outros antiarrítmicos; anestésicos por inalação; b-bloqueadores; digoxina e outros digitálicos orais; eritromicina e cotrimoxazole, diuréticos de alça e tiazídicos (espoliadores de potássio) fentoína, pentamidina, antidepressivos tricíclicos e lítio, antipsicóticos, antimaláricos e ciclosporina. A inserção de marca-passo permite o uso de amiodarona com muitos desses medicamentos.
2.7 Cuidados de enfermagem 
No início da terapia ou durante o ajuste da dose, monitore: PA, FC e RC, diante de qualquer alteração, comunique o médico. Durante a terapia monitore: função pulmonar, funções tireoidianas e hepáticas. Medicação deve ser administrada durante as refeições para diminuir a intolerância gastrointestinal (GI); durante a infusão, monitore a Função cardíaca. Não administrar a medicação em casos de bradicardia, bloqueio atrioventricular, bloqueio sinoatrial. Observar córnea e conjuntiva ocular. Registrar características da função intestinal. Incentivar aceitação da dieta. Registrar aspecto da coloração da pele, atentar para cefaléia e artralgia. Evitar exposição da medicação a luz solar.
3. BICARBONATO 
3.1 Classe do medicamento
Repositores hidroeletrolíticos, antiácidos antiulceras o Bicarbonato de Sódio é constituinte normal dos fluidos orgânicos. Seu nível plasmático normal varia de 24 a 31 mEq/L. A concentração plasmática é regulada pelos rins. O ânion bicarbonato é considerado lábil, pois em pH adequado pode ser convertido a ácido carbônico e este, a água e dióxido de carbono. No fluido extracelular, a relação ácida carbônica; bicarbonato é 1;20. No adulto sadio com função renal normal, quase todo o íon bicarbonato é filtrado pelo glomérulo é reabsorvido, excretando-se menos de 1 pela urina. O bicarbonato de Sódio é único sistema tampão do organismo que está sujeito a regulação compensatória. Assim, qualquer alteração no sistema-tampão ácido carbônico-bicarbonato provocado pelos pulmões e pelos rins põe em ação a capacidade tamporadora todos outros sistemas. Na acidose metabólica o uso do bicarbonato de sódio é de grande importância. 
3.2 Apresentação 
Bicarbonato de sódio 50 mg/mL (5%) frascos plásticos de 250 mL Bicarbonato de sódio 84 mg/mL (8,4%) ampolas de vidro incolor de 10 mL frascos plásticos de 250 mL ampolas plásticas de 10 mL Bicarbonato de sódio 100 mg/mL (10%) ampolas de vidro incolor de 10 mL frascos plásticos de 250 mL ampolas plásticas de 10 mL.
3.3 Vias de administração 
Via parenteral Para uso intravenoso, intramuscular e via oral.
3.4 Ação e efeito 
O Bicarbonato de Sódio é utilizado para tratamento de acidose metabólica e suas manifestações. É utilizado também para o tratamento de cetoacidose diabética, insuficiência renal, perturbações acidobásica.
3.5 Efeitos colaterais
Reações com administração parenteral excessiva: hipocalemia (sede, batimentos cardíacos irregulares, alterações do humor, câimbras, pulso fraco). Inchaço dos pés e parte inferior das pernas, com doses elevadas. Reações com doses altas: sudorese de extremidades, alcalose metabólica (alterações do humor, espasmo ou dor muscular, inquietação, irritabilidade, respiração lenta, cansaço). Hiperirritabilidade ou tetania (contrações involuntárias dos músculos) podem ocorrer, causado por deslocamentos rápidos do cálcio ionizado livre ou devido às alterações da proteína do soro decorrentes das mudanças de pH. Reações ocasionais: aumento da sede, cólicas estomacais. Reações com uso prolongado: hipercalemia associada com a síndrome do leite alcalino (vontade frequente de urinar, cefaleia persistente, anorexia persistente, náusea, vômito, cansaço).
3.6 Interações medicamentosas
Bicarbonato de sódio associado com: - Anfetamínicos (ex.: anfetaminas,efedrina e pseudoefedrina) ou quinidina: a alcalinização urinária aumenta a meia-vida e a duração da ação destas drogas com possíveis sintomas de toxicidade. - Ciprofloxacino, norfloxacino ou ofloxacino: a alcalinização da urina pode diminuir a solubilidade destes medicamentos e os pacientes devem ser observados quanto aos sintomas de cristalúria e nefrotoxidade. - Suplementos de potássio: o bicarbonato de sódio, por infusão intravenosa, diminui a concentração sérica do potássio promovendo seu deslocamento para dentro da célula. - Salicilatos (ex.: AAS, salicilato de sódio, salicilamida, salicilato de metila): aumenta sua excreção renal e diminui suas concentrações séricas. Recomenda-se administrar com precaução. - Tetraciclinas: diminui a sua absorção, pois o aumento de pH diminui a solubilidade das tetraciclinas e, logicamente sua absorção. Evitar uso em conjunto. Caso necessário, espaçar por duas horas a administração de um e outro. Empregar formas farmacêuticas de tetraciclina com boa disponibilidade; - Cetoconazol: há acentuada redução de sua absorção. - Lítio: aumenta a excreção, possivelmente reduzindo a sua eficácia devido ao conteúdo de sódio. - Anticolinérgicos (ex.: atropina, escopolamina, biperideno, triexafenid, diciclomina benactizina ciproheptadina) e anti-histamínicos H2 (ex.: cimetidina, famotidina, ranitidina): diminui a absorção e a eficácia. - Retarda a excreção e prolonga os efeitos da mecamilamina. - Pode reduzir a eficácia da metamina. - Diuréticos de alça (ex.: bumetanida, furosemida, indapamida) e diuréticos tiazídicos (ex.: hidroclorotiazida e clortalidona) podem aumentar a alcalose hipoclorêmica. - Preparações contendo cálcio, leite ou laticínios podem provocar síndrome alcalina causada pelo leite.
3.7 Cuidados de enfermagem 
Não usar em terapia prolongada devido ao alto risco de causar alcalose metabólica ou sobrecarga de sódio. O uso excessivo pode induzir hipocalemia e predispor o paciente a arritmias cardíacas. Em condições ideais, o bicarbonato de sódio sempre deve ser usado de acordo com os valores do pH do sangue arterial, do dióxido de carbono plasmático e do cálculo do déficit alcalino, consequentemente, sempre que o bicarbonato de sódio for usado intravenosamente o monitoramento do pH do sangue arterial e níveis de dióxido de carbono devem ser realizadas antes e durante o tratamento para minimizar a possibilidade de dose excessiva e alcalose resultante. A overdose e a alcalose podem ser evitadas usando doses pequenas e mais frequentes. Adequada ventilação alveolar deve ser realizada com o uso de bicarbonato de sódio durante a parada cardíaca: essa manobra facilita e excreção contínua do dióxido de carbono liberado e é importante para o controle do pH do sangue arterial. A injeção extra vascular acidental de soluções hipertônicas pode causar irritação. A administração muito rápida pode produzir acentuada alcalose, acompanhada de hiperirritabilidade ou tetania. A injeção rápida (10 ml/min) de solução hipertônica pode produzir hipernatremia, diminuição da pressão do líquido cérebro-espinhal e possível hemorragia intracraniana, especialmente em neonatos e em crianças com menos de 02 anos de idade. Recomenda-se não utilizar mais do que 8 mEq/Kg/dia de solução a 4,2%. O uso de escalpe venoso deve ser evitado. O risco de infusão intravenosa rápida é justificável em emergências devidas a sódio em crianças submetidas à ressuscitação cardiorrespiratória aumenta a possibilidade de acidose respiratória. O risco/benefício deve ser avaliado em situações clínicas como: anúria ou oligúria, condições edematosas por retenção de sódio (cirrose hepática, insuficiência cardíaca congestiva, comprometimento da função renal, toxemia da gravidez, hipertensão, apendicite ou sintomas, hemorragias gastrintestinal ou retal não diagnosticadas). Para minimizar os riscos de hipocalemia e/ ou hipocalcemia pré-existente, estes distúrbios do eletrólito devem ser corrigidos antes de iniciar a administração de bicarbonato ou concomitantemente com a terapia do bicarbonato de sódio.
4. CETAMINA 
4.1 Classe do medicamento
Anestésicos gerais. Cloridrato de cetamina é um anestésico não barbitúrico quimicamente designado como cloridrato de dl 2-(o-clorofenil)-2- (metilamino) ciclohexanona, apresentado sob forma de solução estéril, ligeiramente ácida (ph 3,5 - 5,5), para administração intravenosa ou intramuscular, em concentração contendo o equivalente a 50mg de cetamina base por mL e não mais que 0,1mg/mL de cloreto de benzetônio como conservante. Cloridrato de cetamina, anestésico geral de ação rápida, produz um estado anestésico caracterizado por uma profunda analgesia, reflexos laringofaríngeos normais, tônus da musculatura esquelética normal ou levemente aumentada. Ocorre leve estímulo cardiorrespiratório e ocasionalmente depressão respiratória. O estado de anestesia produzido pela cetamina foi denominado “anestesia dissociativa”, pelo fato de aparentemente interromper de modo seletivo o percurso das vias associativas cerebrais, antes de ser estabelecido o bloqueio sensorial somestésico. A cetamina pode deprimir seletivamente o sistema talâmico-neocortical antes mesmo de ser obtida a paralisação dos centros cerebrais mais antigos e de suas respectivas vias (sistema ativador reticular e sistema límbico). A cetamina é rapidamente absorvida após a administração parenteral. A elevação da pressão sanguínea inicia-se logo após a aplicação, alcança o máximo dentro de poucos minutos e usualmente retorna aos valores préanestésicos em 15 minutos após a aplicação. Na maioria dos casos, os picos de pressão sistólica e diastólica variam entre 10% e 50% acima dos níveis pré-anestésicos logo após a indução de anestesia, porém a elevação pode ser maior ou mais prolongada em casos individuais. A cetamina sofre N-desmetilação e hidoxilação do anel ciclohexanona, com a formação de conjugados hidrossolúveis, os quais são excretados na urina. Uma oxidação adicional também ocorre com a formação do derivado de ciclohexanona. Verificou-se que o metabólito N-desmetilado não conjugado tem menos que 1/6 da potência de cetamina e o derivado desmetilciclohexanona não conjugado têm menos que 1/10 da potência da cetamina. Estudos em seres humanos resultaram na recuperação média de 91% da dose na urina e 3% nas fezes. O pico plasmático atingiu cerca de 0,75 mcg/mL e níveis no liquido cerebrospinal de aproximadamente 0,2 mcg/mL, 1 hora após a administração.
4.2 Apresentação 
Cada frasco-ampola de 10 mL contém 576,7 mg de cloridrato de cetamina, equivalente a 500 mg de cetamina base.
4.3 Vias de administração 
A dose inicial de Cloridrato de Cetamina (substância ativa) administrada intramuscularmente pode variar entre 6,5 a 13 mg/kg. A dose de 10 mg/kg normalmente produz anestesia cirúrgica de 12 a 25 minutos de duração.
A dose inicial de Cloridrato de Cetamina (substância ativa) administrada intravenosamente pode variar entre 1 mg/kg a 4,5 mg/kg.
A dose média necessária para produzir anestesia cirúrgica, de 5 a 10 minutos de duração, tem sido de 2 mg/kg.
4.4 Ação e efeito 
Cloridrato de Cetamina (substância ativa) é indicado como anestésico único em intervenções diagnósticas e cirúrgicas que não necessitem de relaxamento muscular. Apesar de ser apropriado para intervenções de curta duração, Cloridrato de Cetamina (substância ativa) pode ser empregado, mediante administração de doses adicionais, em procedimentos mais prolongados. Cloridrato de Cetamina (substância ativa) é indicado em obstetrícia para parto vaginal ou cesárea. Cloridrato de Cetamina (substância ativa) também é indicado como adjuvante anestésico para complementar a anestesia com outros agentes de baixa potência como, por exemplo, o óxido nitroso. O Cloridrato de Cetamina (substância ativa) é indicado como agente anestésico único para procedimentos cirúrgicos e diagnósticos que não necessitem de relaxamento muscular esquelético. É empregado para pequenos procedimentos, mas pode ser usado em doses adicionais para procedimentos mais prolongados.Pode ser indicado como indutor anestésico e também, como adjuvante anestésico para complementar a anestesia com agentes de baixa potência, tais como o óxido nitroso.
4.5 Efeitos colaterais
Cardiovasculares: após a administração isolada de cloridrato de cetamina, a pressão arterial e os batimentos cardíacos são elevados frequentemente. No entanto, ocorreram casos de hipotensão e bradicardia, e também arritmia cardíaca. - respiratórias: embora a respiração seja frequentemente estimulada, poderá ocorrer acentuada depressão da respiração ou apneia, após administração intravenosa rápida de doses elevadas de cloridrato de cetamina. Foram observados casos de laringospasmo e outras formas de obstrução das vias respiratórias durante a anestesia por cloridrato de cetamina. - oculares: após a administração de cloridrato de cetamina, foi notada a ocorrência de diplopia e nistagmo, além de leve elevação da pressão intraocular. - psicológicas: vide “Precauções”. - neurológicas: em alguns pacientes, o aumento do tônus da musculatura esquelética pode se manifestar por movimentos tônicos e crônicos que, às vezes, se assemelham a convulsões. - gastrintestinais: foram observados anorexia, náuseas e vômitos, mas esses transtornos geralmente não são graves e a grande maioria dos pacientes ingere líquidos logo após a recuperação da consciência. - geral: anafilaxia. Raramente foram observados casos de dor e exantema no local da injeção. Também foram observados eritema transitório e/ou erupção morbiliforme.
4.6 Interações medicamentosas
O produto é clinicamente compatível com os anestésicos locais ou gerais de uso corrente, desde que seja mantida uma ventilação pulmonar adequada. As doses empregadas em associação com outros anestésicos variam dentro dos mesmos limites das doses indicadas para indução de anestesia. Todavia o uso de outro anestésico, em conjunto com o produto, poderá permitir redução das doses. Potencializa os efeitos bloqueadores neuromusculares da tubocurarina. Pode prolongar o período de recuperação da anestesia dos hidrocarbonetos halogenados. Pode aumentar o risco de hipotensão e/ou de depressão respiratória dos anti-hipertensivos ou depressores do SNC.
Pode aumentar o risco de hipertensão e taquicardia quando administrado concomitantemente com hormônios tireoides. Doses altas (3 ou mais vezes que a dose equivalente efetiva em humanos) de morfina, petidina e atropina aumentam a intensidade e prolongam a duração da anestesia produzida por dose anestésica padrão de dextrocetamina em macacos Rhesus. O prolongamento da duração não foi de magnitude suficiente para contraindicar o uso dessas drogas para medicação pré-anestésica em experimentos clínicos humanos. Existe incompatibilidade química entre os barbitúricos e a dextrocetamina ocorrendo formação de precipitado. Não devem, portanto, ser injetados juntos, na mesma seringa. A ação de dextrocetamina é potencializada pelo diazepam. As duas drogas devem ser administradas separadamente. Não misturar dextrocetamina e diazepam na seringa ou frasco de infusão.
4.7 Cuidados de enfermagem 
Monitorar o paciente (SpO2, frequência respiratória e cardíaca, PA). Monitorar ainda a potência das vias aéreas, a ocorrência de efeitos colaterais e a efetividade da sedação e analgesia durante o procedimento. 
Pode ser feita pela via intravenosa ou intramuscular, o que pode ser bastante útil em pacientes sem acesso venoso, ou em pacientes agitados.
A via IV é preferível por ter recuperação mais rápida e provocar menos êmese.
O acesso venoso é importante para o tratamento de efeitos colaterais, mais comuns em adultos.
	Uso hospitalar exclusivo.
	Puncionar acesso venoso seguro e testar fluxo e refluxo de acesso pré-existente.
	Administrar lentamente em bolo.
	Durante a administração, recomenda-se que matérias e medicamentos para atendimento de emergência a disposição.
	Estão indicadas monitoração cardíaca e oximetria de pulso.
	Após administração, observa sinais de desconforto respiratório, confusão mental e instabilidade hemodinâmica.
	Se possível, informa ao paciente sobre a ação do medicamento e os efeitos colaterais mais comuns.
	Investigar o uso de outros medicamentos e possíveis interações medicamentosas.
	Não utilizar a medicação durante a gestação e em pacientes com doença cardiovasculares.
	Em pacientes idosos, alcoólicos crônicos, debilitados e crianças, a atenção quanto a dose e efeitos adversos devera ser aumentada.
	Informar ao paciente que a medicação pode causar tonturas e comprometer atividades que requeiram estado de alerta, como dirigir ou operar maquinas, principalmente nas primeiras 24 horas após anestesia. Portanto, tais atividades estão contraindicadas neste período.
5. CLONIDINA 
5.1 Classe do medicamento
A clonidina é um agonista adrenérgico de ação direta do receptor adrenérgico α2, prescrito historicamente como agente anti-hipertensivo. A clonidina é um agonista dos receptores centrais α-adrenérgicos com maior afinidade por receptores α2 que por α1.
Cloridrato de Clonidina (substância ativa) atua principalmente sobre o sistema nervoso central (no cérebro) aumentando a largura dos vasos sanguíneos e diminuindo a pressão arterial.
Seu início de ação é rápido, em 30 a 60 minutos após dose oral.
Cloridrato de Clonidina (substância ativa) é indicada para o tratamento da hipertensão arterial sistêmica, podendo ser usada isoladamente ou associada a outros anti-hipertensivos.
5.2 Apresentação 
Comprimidos de 0,100 mg, 0,150 mg e 0,200 mg. 
Solução Injetável 150 mcg/mL ampolas de 1mL em estojos esterilizados. 
5.3 Vias de administração 
Uso intratecal, epidural, intramuscular e intravenoso.
5.4 Ação e efeito 
Suas funções são: promover estabilização hemodinâmica, reduzir níveis plasmáticos de catecolaminas, reduzir a demanda por anestésicos opioides e anestésicos gerais, prolongar a anestesia intratecal por tetracaína, reduzir a pressão intraocular em cirurgia oftálmica.
5.5 Efeitos colaterais
A maioria das reações adversas é leve e tende a diminuir com a continuação do tratamento. 
Reações muito comuns (>1/10): tontura, sedação, hipotensão ortostática, boca seca.
Reações comuns (>1/100 e <1/10): depressão, distúrbio do sono, cefaleia, constipação, náusea, dor nas glândulas salivares, vômito, disfunção erétil, fadiga.
Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): percepção ilusória, alucinação, pesadelos, parestesia, bradicardia sinusal, fenômeno de Raynaud, prurido, rash, urticária, mal-estar.
Reações raras (>1/10.000 e <1.000): ginecomastia, diminuição da lacrimação, bloqueio atrioventricular, secura nasal, pseudo-obstrução do cólon, alopecia, aumento da glicemia.
Reações com frequência desconhecida: estado confusional, diminuição da libido, distúrbios da acomodação visual, bradiarritmia.
5.6 Interações medicamentosas
A redução da pressão arterial induzida por clonidina pode ser potencializada pela administração concomitante de outros anti-hipertensivos. Isto pode ser útil no tratamento com outros agentes anti-hipertensivos, tais como diuréticos, vasodilatadores, betabloqueadores (como propranolol), antagonistas do cálcio e inibidores da ECA (Enzima Conversora da Angiotensina), mas não com bloqueadores alfa-1(p. ex. atenolol).
Substâncias que elevam a pressão arterial ou induzem uma retenção de sódio e água, tais como anti-inflamatórios não-esteroidais (como ácido acetilsalicílico e diclofenaco potássico), podem reduzir o efeito terapêutico da clonidina.
Substâncias com propriedades bloqueadoras alfa-2, tais como fentolamina ou tolazolina, podem abolir de forma dose-dependente os efeitos desenvolvidos pela clonidina através dos receptores alfa-2.
A administração concomitante de substâncias com efeito inotrópico ou cronotrópico negativo, tais como betabloqueadores ou glicosídeos digitálicos (digoxina) podem provocar ou potencializar distúrbios bradicárdicos.
Não pode ser excluída a possibilidade de que a administração simultânea de um betabloqueador provoque ou potencialize doenças vasculares periféricas.A administração concomitante de antidepressivos tricíclicos (como amitriptilina) ou de neurolépticos (como clorpromazina) com propriedades alfa-bloqueadoras pode reduzir ou abolir o efeito anti-hipertensivo e provocar ou agravar transtornos da regulação ortostática.
A clonidina pode potencializar os efeitos de substâncias depressoras centrais e do álcool.
5.7 Cuidados de enfermagem 
As necessidades posológicas são variáveis e devem ser individualizadas conforme a indicação e perfil clínico do paciente.
Na medicação pré-anestésica: As aplicações mais aconselháveis são IM profunda, IV lenta (7 a 10 minutos) ou diluída, por gotejamento intravenoso. Em procedimentos cirúrgicos de longa duração, dose adicional de 150 mcg ou manutenção por gotejamento intravenoso pode ser necessário.
Na analgesia pós-operatória: A dose inicial recomendada para infusão epidural contínua é de 30 mcg/h. Embora a dosagem possa ser titulada para mais ou menos, dependendo do alívio da dor e ocorrência de reações adversas, a experiência com doses acima de 40 mcg/h é limitada. É essencial estar familiarizado com os dispositivos de infusão epidural contínua, e os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados nos primeiros dias, avaliando sua resposta.
A dose usual está entre 2-4 mcg/kg por via epidural e 0,5-1 mcg/kg por via intratecal produz analgesia de curta duração (4 a 6 horas) e deverá ser repetida de acordo com as respostas do paciente. Na aplicação intratecal, a analgesia é de duração dose dependente.
Em associação com outros fármacos: A posologia deve ser individualizada para cada caso. Nas associações com anestésicos locais (lidocaína, bupivacaína e mepivacaína) o procedimento e a dosagem mais usual consistem na adição de 150 mcg de clonidina solução injetável à dose escolhida do anestésico local, antes da aplicação.
6. CLORETO DE POTÁSSIO 19,1% 
6.1 Classe do medicamento
Repositor hidroeletrolítico. O Cloreto de potássio é um repositor de eletrólito, sendo formado por potássio e cloreto, dois íons normais e abundantes no organismo. É quantitativamente o principal constituinte eletrolítico do espaço intracelular. 
	Desempenha um papel essencial na manutenção do volume intracelular, pois participa do equilíbrio hidroeletrolítico e estabilidade de membrana celular. O potássio é necessário para a condução dos impulsos nervosos em tecidos especiais como o coração, cérebro e o músculo esquelético e para a manutenção das funções renais e do equilíbrio ácido-base. São necessárias algumas concentrações intracelulares de potássio para numerosos processos metabólicos celulares. 
O cloreto de potássio também é ativador das ATPases das membranas envolvidas em trabalhos osmóticos (transporte ativo) e sua deficiência no organismo pode causar sérios problemas. A administração de cloreto de potássio é seguida pela difusão destes íons para setores do espaço intra e extracelular. A direção e a velocidade destas passagens são ditadas por fatores como a concentração prévia dos íons, presença de proteínas, hormônios, outros eletrólitos, etc. Desta forma, torna-se problemático tentar enquadrar o sal dentro da farmacocinética convencional. O cloreto de potássio é eliminado principalmente pela urina (90%) e parcialmente pelas fezes (10%).
6.2 Apresentação 
Ampola plástica de 10 ml.
6.3 Vias de administração 
Intravenosa e individualizada
6.4 Ação e efeito 
É destinado ao tratamento de hipocalemia (baixa concentração de potássio), alcalose metabólica (elevação do pH do sangue), podendo também ser utilizada no tratamento de intoxicações digitálicas (por medicamentos digitálicos, ex: Digoxina e Digitoxina). O cloreto de potássio é o sal de escolha para repor estoques de potássio diminuído por diuréticos tiazídicos ou de alça, por diarreia intensa e pelo uso de corticosteroides em consequência de doenças das suprarrenais ou nas doenças tubulares renais. Pode também ser usado em pacientes nos quais a diminuição de potássio representa risco elevado, como pacientes cianóticos ou digitalizados. Sua apresentação é em forma de solução Injetável 100, 150 e 191mg/mL. Administração intravenosa e individualizada. Classe terapêutica: Repositor hidroeletrolítico.
O Cloreto de potássio é um repositor de eletrólito, sendo formado por potássio e cloreto, dois íons normais e abundantes no organismo. É quantitativamente o principal constituinte eletrolítico do espaço intracelular. 
6.5 Efeitos colaterais
Podem ser observados sintomas de náusea, vômito, dor abdominal e diarreia.
6.6 Interações medicamentosas
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) (ex.: Captopril e Maleato de enalapril), anti-inflamatórios não esteroides (ex.: Ácido acetil salicílico, Ibuprofeno e Naproxeno), betabloqueadores (ex.: Propranolol e Atenolol), heparina e suplementos que contém potássio, podem aumentar as concentrações séricas de potássio e produzir hipercalemia, especialmente no caso de insuficiência renal;
Glicosídeos digitálicos (ex.: Digoxina e Digitoxina) usados na insuficiência cardíaca com bloqueio, o potássio sérico deve ser monitorado;
Insulina e bicarbonato de sódio diminuem a concentração sérica de potássio;
Diuréticos tiazídicos (ex.: Clorotiazida e Hidroclorotiazida), podem aumentar o risco de hiperpotassemia;
Uso crônico ou abuso de laxativos, pode reduzir as concentrações séricas de potássio;
Substitutos de sal ou inibidores da ECA (ex.: Captopril, Enalapril e Lisinopril), podem causar hiperpotassemia;
O uso simultâneo com quinidina potencializa os efeitos antiarrítmicos da mesma;
Adrenocorticóides (ex.: Dexametasona, Betametasona e Hidrocortisona), podem diminuir seus efeitos;
Ciclosporina pode causar hiperpotassemia devido ao hipoaldosteronismo;
Sangue de bancos de sangue, diuréticos poupadores de potássio (ex.: Espironolactona), leite com baixo teor salino e outros fármacos contendo potássio, promovem acúmulo de potássio com possível hiperpotassemia resultante, sobretudo em pacientes com insuficiência renal.
Não há relatos de interações com exames laboratoriais, com a utilização de cloreto de potássio.
6.7 Cuidados de enfermagem 
Confirmar com o enfermeiro ou médico a velocidade com que as drogas instituídas para o tratamento devem ser infundidas, não coletar amostra de sangue no mesmo membro em que estejam sendo administrados eletrólitos para reposição, realizar dupla checagem para as drogas de alta alerta, avaliar evolução dos sinais e sintomas, analisar necessidade de manter monitorização cardíaca contínua, verificar ritmo cardíaco.
7. CLORETO DE SÓDIO 20%
7.1 Classe do medicamento
Repositores hidroeletrolíticos. Este medicamento é destinado ao tratamento de estados clínicos caracterizados pela diminuição de eletrólitos, age, portanto, no restabelecimento de fluído e eletrólitos. A solução também é utilizada no tratamento de alcalose metabólica (elevação do pH do sangue) de grau moderado como repositora de água e eletrólitos; no tratamento da carência de sódio e como diluente para medicamentos. O cloreto de sódio hipertônico é utilizado no tratamento de hiponatremia sintomática grave (baixa concentração de sódio no sangue).
7.2 Apresentação 
Ampolas plásticas de 10 ml - Ampolas plásticas de 20 ml.
7.3 Vias de administração 
Intravenosa e individualizada.
7.4 Ação e efeito 
O sódio é o principal cátion e o cloreto o principal ânion do fluído extracelular. Os níveis de sódio normalmente determinam o volume do fluído extracelular e ele é um importante regulador da osmolaridade, do equilíbrio ácido-base e auxilia na estabilização do potencial da membrana das células. O Cloreto de sódio é um fornecedor de eletrólito. Os íons de sódio circulam através da membrana celular por meio de vários mecanismos de transporte, dentre eles a bomba de sódio (Na-KATPase). O sódio também desempenha importante papel na neurotransmissão, na eletrofisiologia cardíaca e no metabolismo renal. O excesso de sódio é excretado principalmente pelo rim, pequenas porções pelas fezes e através de sudorese.7.5 Efeitos colaterais
Caso o medicamento não seja utilizado de forma correta, reações adversas podem ocorrer e incluem resposta febril, infecção no ponto de injeção, trombose venosa ou flebite estendida no local de injeção, extravasamento e hipervolemia. As reações adversas gerais incluem náuseas, vômito, diarreia, cólicas abdominais, redução da lacrimação, taquicardia, hipertensão, falência renal e edema pulmonar.
Em pacientes com ingestão inadequada de água a hipernatremia pode causar sintomas respiratórios como edema pulmonar, embolia ou pneumonia. 
7.6 Interações medicamentosas
Devem ser avaliadas as características da compatibilidade dos outros medicamentos que serão diluídos ou dissolvidos na solução de cloreto de sódio 0,9%. Há incompatibilidade desta solução com anfotericina B, ocorrendo precipitação desta substância e com o glucagon. Consultar um farmacêutico sempre que necessário.
7.7 Cuidados de enfermagem 
O modo correto de aplicação e administração do medicamento é pela via intravenosa. O preparo e administração da Solução Parenteral devem obedecer à prescrição, precedida de criteriosa avaliação, pelo farmacêutico, da compatibilidade físico-química e da interação medicamentosa que possa ocorrer entre os seus componentes. A dosagem deve ser adaptada de acordo com as necessidades de líquidos e eletrólitos de cada paciente. A solução somente deve ter uso intravenoso e individualizado.
8. COLISTIMETATO DE SÓDIO 
8.1 Classe do medicamento
O Colistimetato de sódio (substância ativa) é um antibiótico do grupo das polimixinas (também conhecido como Polimixina E), derivado de Bacillus polymixa var. colistinus. É um polipeptídeo e é ativo contra diversas cepas aeróbicas Gram-negativas.
Os antibióticos da classe das polimixinas são agentes de superfície e agem através da adesão à membrana celular da bactéria, o que altera sua permeabilidade e provoca a morte bacteriana. As polimixinas são agentes bactericidas eficazes contra diversas bactérias Gram-negativas com uma membrana externa hidrofóbica.
8.2 Apresentação 
Pó estéril para injeção e nebulização Caixa com 1 frasco-ampola Caixa com 10 frascos-ampola Caixa com 30 frascos-ampola.
8.3 Vias de administração 
Intravenoso e inalatório.
8.4 Ação e efeito 
Para injeção é um antibiótico indicado para o tratamento de infecções agudas ou crônicas devido às linhagens sensíveis de certos bacilos gram-negativos. Estas infecções incluem: infecções do trato respiratório inferior e do trato urinário, onde outros antibióticos não possuem eficácia devido à resistência ou são contraindicados. Também é indicado para o tratamento por nebulização de colonização e infecções pulmonares causadas por Pseudômonas aeruginosa suscetível, em pacientes com fibrose cística Colistimetato de sódio (substância ativa) pode ser usado para iniciar a terapia em infecções graves onde há suspeita de organismos gram-negativos e no tratamento de infecções por bacilos patogênicos gram-negativos suscetíveis.
Para reduzir o desenvolvimento de bactérias resistentes a medicamentos e manter a eficácia de Colistimetato de sódio (substância ativa) e outros fármacos antibacterianos, Colistimetato de sódio (substância ativa) deve ser usado apenas para tratar infecções confirmadas ou com grande suspeita de serem provocadas por bactérias. Quando tiver informação sobre a cultura e sensibilidade, ela deve ser considerada na seleção ou modificação da terapia antibacteriana. Na ausência de tais dados, os padrões epidemiológicos e de sensibilidade locais podem contribuir para a seleção empírica da terapia.
8.5 Efeitos colaterais
Gastrointestinal Desconforto gastrintestinal.
Sistema nervoso, Formigamento das extremidades e língua, fala arrastada, tontura, vertigem e parestesia.
Pele Coceira generalizada, urticária e exantema.
Corpo como um todo febre.
Desvios laboratoriais Aumento do nitrogênio ureico sanguíneo (BUN), creatinina elevada e clearance reduzido da creatinina.
Sistema respiratório angústia respiratória e apneia.
Sistema renal Nefrotoxicidade e redução da produção de urina.
8.6 Interações medicamentosas
Antibióticos - Foi relatado que certos outros antibióticos (aminoglicosídeos e polimixina) podem interferir com a transmissão nervosa na junção neuromuscular, com base nesta atividade reportada, estes não devem ser administrados concomitantemente com Colistimetato de sódio (substância ativa), exceto se grande cuidado for exercido.
Relaxantes musculares curariformes (ex.: turbocurarina) e outros fármacos - Incluindo succinilcolina, galamina, decametônio e citrato de sódio potencializam o efeito de bloqueio neuromuscular e devem ser utilizados com extremo cuidado em pacientes tratados com Colistimetato de sódio (substância ativa). Cefalotina sódica - Pode potencializar a nefrotoxicidade de Colistimetato de sódio (substância ativa). O uso concomitante de cefalotina sódica e Colistimetato de sódio (substância ativa) deve ser evitado.
Devido aos efeitos na liberação de acetilcolina, relaxantes musculares não despolarizantes (usados na anestesia geral em cirurgias) devem ser usados com extremo cuidado já que os seus efeitos poderão ser prolongados. O uso concomitante com outros medicamentos que são nefrotóxicos ou neurotóxicos (cefalotina sódica, aminoglicosídeos, relaxantes musculares não despolarizantes, gentamicina, amicacina, netilmicina e tobramicina) deve ser administrado com grande cuidado, pois podem aumentar o risco de problemas renais.
8.7 Cuidados de enfermagem 
Uso intravenoso: Usar com cuidado em pacientes com comprometimento renal já que o colistimetato de sódio é excretado pelos rins.
Nefrotoxicidade e neurotoxicidade podem ocorrer especialmente se a dose recomendada for excedida.
Não use o colistimetato de sódio concomitantemente com outros medicamentos que tenham efeitos nefrotóxicos ou neurotóxicos, exceto se houver grande cuidado.
Usar com extremo cuidado em pacientes com porfiria.
Comprometimento da função renal tem sido relatado, geralmente após o uso superior à dose recomendada por via intravenosa ou intramuscular em pacientes com função renal normal, ou a incapacidade para reduzir a dosagem da administração intravenosa ou intramuscular em pacientes com insuficiência renal ou quando usado concomitantemente com outros antibióticos nefrotóxicos. 
O efeito é geralmente reversível com a descontinuação da terapia.
Concentrações séricas elevadas após a administração intravenosa podem ser associadas a uma super dosagem ou a falta de redução da dosagem em pacientes com insuficiência renal, e isso pode levar a neurotoxicidade. O uso concomitante com qualquer relaxante muscular não despolarizante ou antibióticos com efeitos neurotóxicos similares também podem levar a neurotoxicidade.
A redução da dose de colistimetato de sódio pode aliviar os sintomas. Efeitos neurotóxicos que têm sido notificados incluem: vertigem, parestesia facial transitória, fala arrastada, instabilidade vasomotora, distúrbios visuais, confusão, psicose e apneia.
Uso inalatório: Não usar para nebulização em pacientes com asma.
A nebulização do colistimetato de sódio pode induzir tosse ou broncoespasmo.
É aconselhável administrar a primeira dose sob supervisão médica. Uma pré-administração com um bronco dilatador é recomendada e deve ser rotina, especialmente se isso faz parte do regime atual do doente terapêutico. FEV1 deve ser avaliado na pré e pós-administração.
Se houver evidência de que o colistimetato de sódio induz hiper-reatividade brônquica em um paciente que não recebe tratamento prévio com bronco dilatadores, o teste deve ser repetido em uma ocasião separada usando um bronco dilatador.
Evidência de hiper-reatividade brônquica, na presença de bronco dilatador pode indicar uma
resposta alérgica e o tratamento deve ser interrompido. Se ocorrer broncoespasmo este deve ser tratado como clinicamente indicado.
Hiper-reatividade brônquica em resposta ao colistimetato de sódio pode ser desenvolvida com o uso continuado ao longo do tempo e é recomendávelque o pré e pós-tratamentos FEV1s sejam avaliados em consultas regulares.
Use com extrema precaução em pacientes com porfiria.
Qualquer solução não utilizada no nebulizador deve ser descartada após o tratamento.
Nebulizadores convencionais operam em uma base de fluxo contínuo e é provável que algum medicamento nebulizado seja liberado para o meio ambiente local. Quando usado com um nebulizador convencional, deve ser administrado em um local bem ventilado, especialmente em hospitais, onde muitos pacientes podem estar usando nebulizadores ao mesmo tempo. Tubulação ou filtros podem ser utilizados para evitar resíduo de aerossol no ambiente.
9. DESLANOL 
9.1 Classe do medicamento
Cardiotônico, glicosídeo cardíaco. Farmacodinâmica: o deslanosídeo é um dos glicosídeos naturais da Digitalis lanata; aumenta a contratilidade cardíaca, diminui a frequência cardíaca (pela prolongação do período refratário do nódulo AV) e alivia a sintomatologia clínica da insuficiência cardíaca (congestão venosa, edema periférico, etc.).
9.2 Apresentação 
Solução injetável 0,2 mg/mL: ampolas de 2 mL.
9.3 Vias de administração 
Endovenoso/intramuscular.
9.4 Ação e efeito 
DESLANOL é indicado para tratamento de insuficiência cardíaca congestiva aguda e crônica de todos os tipos, qualquer que seja sua fase, especialmente as associadas com fibrilação ou flutter supraventricular e aumento da frequência cardíaca em pacientes de todas as idades. Também é indicado para tratamento de taquicardia paroxística supraventricular.
A ação terapêutica começa entre 5 - 30 minutos após injeção endovenosa e o efeito máximo é obtido em 2 - 4 horas. A absorção gastrintestinal é da ordem de 60% - 75%. O volume de distribuição é de cerca de 4,5 l/ kg (variação 2,0 - 8,1), e a ligação à proteínas é de 25%. A meia-vida de eliminação é de cerca de 40 horas. Um dos principais metabólitos é a digoxina. 50% da dose administrada são excretados pelos rins, principalmente na forma de lanatosídio C.
9.5 Efeitos colaterais
Os eventos adversos associados ao tratamento com deslanosídeo podem ser os seguintes: 25% dos pacientes hospitalizados que recebem digitálicos apresentam algum sinal de intoxicação digitálica (sintomas que podem ocorrer com doses terapêuticas do medicamento, tais como anorexia, náusea e vômitos, visão embaçada e desorientação sendo a arritmia cardíaca a manifestação mais importante e comum). A intoxicação digitálica ocorre devido à administração concomitante de diuréticos que levam a diminuição dos níveis de potássio. Os efeitos colaterais mais frequentes, especialmente após os primeiros sintomas da dosagem excessiva, são: Distúrbios do sistema nervoso central e gastrintestinais: anorexia, náusea, vômito, fraqueza, dor de cabeça, apatia e diarreia. Em raras ocasiões, especialmente em pacientes arterioscleróticos idosos: confusão, desorientação, afasia e distúrbios visuais, incluindo cromatopsia, sudorese fria, convulsões, síncope e morte. Distúrbios da frequência cardíaca, condução e ritmo: bradicardia acentuada e parada cardíaca no eletrocardiograma, rebaixamento do segmento ST com inversão pré-terminal da onda T. As reações cutâneas alérgicas (prurido, urticária, erupções maculares) e ginecomastia ocorrem muito raramente.
9.6 Interações medicamentosas
Os digitálicos podem interagir com o cálcio, medicamentos psicotrópicos, incluindo o lítio e medicamentos simpatomiméticos, e essa interação pode aumentar o risco de arritmias cardíacas. Portanto, estes medicamentos devem ser administrados com cautela. Em casos de medicação concomitante, a dose de glicosídeos cardíacos deve ser reduzida. A digoxina, um digitálico semelhante ao deslanosídeo, também pode interagir com quinidina, antagonistas de cálcio, amiodarona, espironolactona e triantereno, levando a um aumento na concentração da digoxina. Os antibióticos, como a eritromicina e a tetraciclina, podem, indiretamente, causar um aumento na concentração, alterando a flora intestinal e, desta forma, interferindo no metabolismo do medicamento. Os diuréticos depletores de potássio, corticosteroides e a anfotericina B podem contribuir para a intoxicação digitálica, interferindo no balanço eletrolítico, como hipopotassemia. Também pode haver interação com a espironolactona, que pode influenciar na concentração de digoxina, alterando resultados de avaliação de digoxina; portanto, os mesmos devem ser interpretados com cautela.
9.7 Cuidados de enfermagem 
Durante o tratamento com digitálicos, o paciente deve ser mantido sob controle, a fim de evitar efeitos secundários devido a uma dosagem excessiva. Não se deve administrar cálcio por via parenteral a pacientes digitalizados. Na presença de cor pulmonar crônica, insuficiência coronariana, distúrbios eletrolíticos, insuficiência renal ou hepática, a posologia deve ser reduzida.
Isto implica em um ajuste cuidadoso da posologia também em pacientes idosos, nos quais uma ou mais destas enfermidades podem estar presentes. Apesar de insuficiência renal nestes pacientes, o nível sérico de creatinina pode ser normal, devido à massa muscular reduzida e à baixa produção de creatinina. Como na insuficiência renal a farmacocinética pode ser alterada, o ajuste da posologia deve ser feito através da dosagem dos níveis séricos da digoxina. Quando isto não for possível, os seguintes conselhos podem ser úteis: de modo geral a dose deve ser reduzida para cerca da mesma porcentagem que a redução no clearance (depuração) de creatinina. Caso o clearance (depuração) de creatinina não tenha sido determinado, pode ser estimado em homens pela determinação da creatinina sérica (Scr), aplicando-se a fórmula (140 – idade) /Scr. Para mulheres, o resultado deve ser multiplicado por 0,85. Na insuficiência renal grave, o nível sérico de digoxina deve ser determinado a intervalos de cerca de 2 semanas, ao menos durante o período inicial de tratamento. 
Gravidez: este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista. Amamentação: informações específicas sobre a excreção do deslanosídeo no leite materno não estão disponíveis. De qualquer modo, a digoxina é excretada no leite em pequenas quantidades e efeitos adversos não foram relatados em crianças amamentadas por mães que receberam digoxina. Embora, a digoxina seja considerada compatível com a amamentação, recomenda-se cautela em mães que recebem deslanosídeo.
10. DOBUTAMINA
10.1 Classe do medicamento
Hipertensores simpatomiméticos. A dobutamina é um agente inotrópico de ação direta. Sua atividade primária resulta da estimulação dos receptores beta 1 do coração; tem poucos efeitos em receptores alfa 1 (vasoconstritor) e beta 2 (vasodilatador). A ação da dobutamina, ao contrário da dopamina, não depende da liberação de norepinefrina endógena e, portanto não depende das reservas cardíacas desse mediador.
10.2 Apresentação 
Solução Injetável 12,5mg/mL ampola.
10.3 Vias de administração 
Intravenoso
10.4 Ação e efeito 
Este medicamento é indicado quando é necessário o suporte inotrópico para o tratamento de pacientes com estados de hipoperfusão nos quais o débito cardíaco é insuficiente para suportar as demandas circulatórias. É indicado também quando é necessário o suporte inotrópico para o tratamento de pacientes nos quais a pressão de enchimento ventricular anormalmente aumentada pode levar a um risco de congestão pulmonar e edema. O cloridrato de dobutamina é usado para aumentar a contratilidade cardíaca no tratamento de insuficiência cardíaca aguda resultante tanto de doença cardíaca orgânica como de procedimentos cirúrgicos cardíacos. É utilizado também no tratamento a curto prazo para aumentar a contratilidade cardíaca na descompensação cardíaca da insuficiência cardíaca congestiva ou na contratilidade deprimida devido a uma cirurgia cardíaca ou a uma cirurgia vascular de grande porte. A experiência com dobutamina intravenosa em ensaios controlados não se estende além de 48 horas de administração.
10.5 Efeitoscolaterais
Reações comuns (> 1% e < 10%): Aumento da frequência cardíaca, pressão arterial e atividade ectópica ventricular - um aumento da pressão sistólica de 10 a 20mmHg e um aumento da frequência cardíaca de 5 a 15 batimentos/minuto foram observados na maioria dos pacientes. Aproximadamente 5% dos pacientes adultos tiveram aumento de batimentos ventriculares prematuros durante as infusões. Estes efeitos são relacionados às doses. Outras reações adversas cardiovasculares incluem: hipertensão, hipotensão intensificação da isquemia, taquicardia, palpitações, extra-sístole ventricular, taquicardia ventricular. Foram relatados raros casos de ruptura cardíaca fatal durante o teste de estresse com dobutamina. Reações no local da infusão intravenosa ocasionalmente podem ocorrer flebite. Alterações inflamatórias locais foram descritas após infiltração inadvertida. Casos isolados de necrose cutânea foram relatados. Cuidados de Administração. 
Outros efeitos reações comuns (> 1% e < 10%): as seguintes reações adversas foram relatadas em 1% a 3% dos pacientes adultos: náusea, cefaleia, dor anginosa, dor torácica inespecífica, palpitações e respiração curta. Pode ocorrer também erupção cutânea. Casos isolados de trombocitopenia foram relatados. A administração de dobutamina como a de qualquer outra catecolamina, pode produzir leve redução das concentrações séricas de potássio, raramente a nível hipocalêmico. Segurança da administração em longo prazo – infusões de até 72 horas não levaram a efeitos adversos diferentes dos observados com infusões em curto prazo.
10.6 Interações medicamentosas
A dobutamina pode: - aumentar os efeitos pressores dos vasoconstritores (ex.: epinefrina, norepinefrina, levonordefrina). Pode também aumentar a vasoconstrição com: ergotamina; ergonovina; metilergonovina; metisergida; oxitocina. -aumentar os riscos de arritmias cardíacas e de hipertensão arterial grave com: antidepressivos tricíclicos (ex.: amitriptilina, nortriptilina); maprotilina. -ter sua ação inibida ou inibir a ação de betabloqueadores (ex: propranolol, metoprolol). Durante o tratamento com betabloqueadores, baixas doses de dobutamina poderão manifestar graus variados de atividade alfa adrenérgica, como vasoconstrição. -sofrer ou provocar aumento de reações adversas graves com: cocaína; IMAO (inibidores da monoamina-oxidase), incluindo furazolidona, procarbazina e selegilina. Pacientes que receberam IMAO até 3 semanas antes podem exigir doses de simpatomiméticos muito menores que as habituais (chegando mesmo a um décimo da dose usual), para tentar evitar reações adversas graves. -aumentar os riscos de arritmias cardíacas com digitálicos (ex.: digoxina). -aumentar a ação ou ter sua ação aumentada por doxapram. O uso concomitante de dobutamina e nitroprussiato resulta no aumento do débito cardíaco e, geralmente em uma menor pressão pulmonar de oclusão do que quando estes medicamentos são utilizados sozinhos. Anestésicos hidrocarbonetos halogenados (ex.: halotano, isoflurano) podem sensibilizar o miocárdio aos efeitos da dobutamina; há risco de ocorrer arritmia grave.
10.7 Cuidados de enfermagem 
Durante a terapia, monitore: PA, ECG, fluxo urinário, débito cardíaco, PVC, pressão sanguínea pulmonar e pressão dos capilares pulmonares; Medicação deve ser administrada após as refeições; durante a administração da droga, deve-se evitar o seu extravasamento, diante dessa ocorrência, uma necrose poderá ser prevenida pela imediata infiltração de 10-15ml de cloreto de sódio 0,9% contendo 5-10mg de fentolamina; IM ou SC: de acordo com as circunstâncias clínicas, o sulfato de efedrina poderá ser administrado por essas vias
11. DOPAMINA
11.1 Classe do medicamento
Hipertensores simpatomiméticos. O cloridrato de dopamina é indicado em caso de choque circulatório (como no choque séptico, choque cardiogênico e no infarto agudo do miocárdio, choque anafilático), na hipotensão severa (pressão baixa) na ausência de hipovolemia (hipovolemia é uma situação clínica na qual o volume de sangue no corpo está baixo) e na retenção hidrossalina de etiologia variada.
11.2 Apresentação 
5mg/mL 10mL ampola.
11.3 Vias de administração 
Intravenoso.
11.4 Ação e efeito 
A dopamina é um medicamento utilizado para melhorar a pressão arterial, melhorar a força de contração do coração e os batimentos cardíacos em situações de choque grave na qual a queda de pressão arterial não é resolvida quando se administra apenas soro pela veia. Em caso de choque circulatório cloridrato de dopamina age estimulando as artérias a se contraírem, aumentando assim a pressão arterial. O tempo de início de ação do medicamento é de 5 minutos.
11.5 Efeitos colaterais
Não existem dados que suportem uma estimativa de frequência das reações adversas. A frequência e a incidência dos eventos adversos não estão bem definidas devido às próprias condições para as quais o fármaco está indicado. Sistema Cardiovascular arritmia ventricular (com doses muito elevadas) batimentos ectópicos taquicardia dor anginosa palpitação distúrbios da condução cardíaco Complexo QRS alargado bradicardia hipotensão hipertensão vasoconstrição Sistema Respiratório dispneia Sistema Gastrointestinal náusea vômitos Sistema Metabólico / Nutricional azotemia Sistema Nervoso Central dor de cabeça ansiedade Sistema dermatológico piloereção. Gangrena das extremidades ocorreu quando doses moderadas a altas foram administradas por períodos prolongados ou em pacientes com doença vascular oclusiva recebendo baixas doses de dopamina. Os poucos casos de cianose periférica foram relatados. Informe seu médico sobre o aparecimento de reações desagradáveis. As mais frequentes são náuseas, vômitos, taquicardia, batimentos ectópicos, dor precordial, dispneia, cefaleia e vasoconstrição indicada por aumento desproporcional na pressão diastólica. Efeitos desagradáveis incluindo náuseas, vômitos, taquicardia, batimentos ectópicos, dor precordial, dispneia, cefaleia e vasoconstrição indicada por aumento desproporcional na pressão diastólica. Ocasionalmente podem aparecer azotemia, bradicardia, anormalidades na condução cardíaca e piloereção. Pode ocorrer hipertensão associada a superdosagem. Uma vez que a dopamina é metabolizada pela MAO, a dose deve ser grandemente reduzida em pacientes recentemente tratados com substâncias que inibem esta enzima. Em pacientes com distúrbios vasculares pré-existentes, foram observadas alterações periféricas de tipo isquêmico com tendência à estase vascular e gangrena. 
A meia-vida plasmática de cloridrato de dopamina é de cerca de 2 minutos, o que significa que eventuais efeitos colaterais podem ser controlados com a suspensão temporária ou definitiva da administração. Os efeitos colaterais mais frequentes observados com a infusão intravenosa de cloridrato de dopamina foram batimentos ectópicos, taquicardia, dor anginosa, palpitações, hipotensão, vasoconstrição, náuseas e vômitos, cefaleia e dispneia, especialmente com o uso de altas doses. Ocasionalmente foram relacionadas bradicardia e condução cardíaca aberrante, piloereção e azotemia. Hipertensão arterial foi relatada no caso de superdose. A frequência e a incidência dos eventos adversos não estão bem definidas devido às próprias condições para as quais o fármaco está indicado. De forma similar à norepinefrina, cloridrato de dopamina provoca descamação e necrose isquêmica tecidual superficial da pele se ocorrer extravasamento. Para antagonizar o efeito vasoconstritor de um eventual extravasamento podem ser infiltrados na área afetada 5 a 10mg de fentolamina diluídos em 10 a 15mL de solução salina fisiológica, minimizando o aparecimento da necrose e da descamação. A infusão de dopamina, mesmo em doses baixas, pode diminuir a concentração sérica de prolactina em pacientes graves.
11.6 Interações medicamentosas
Pacientes em uso de inibidores da monoamino-oxidase (como a isocarboxazida, o cloridrato de pargilina, o sulfato de tranilcipromina e o sulfato de fenelzina) devem ser tratados com um décimo dadose usual de cloridrato de Dopamina (substância ativa), uma vez que os IMAOs podem potencializar os efeitos do cloridrato de Dopamina (substância ativa).
Antidepressivos tricíclicos podem potencializar o efeito cardiovascular de agentes adrenérgicos.
Agentes com efeitos hemodinâmicos similares (por exemplo, os efeitos iniciais do tosilato de bretílio) podem ser sinérgicos à Dopamina (substância ativa). Pacientes recebendo fenitoínas podem apresentar hipotensão durante a administração do cloridrato de Dopamina (substância ativa).
O produto deve ser usado com extrema cautela durante anestesia com ciclopropano, halotano ou outros anestésicos voláteis, uma vez que estes aumentam a sensibilidade do miocárdio, podendo ocorrer arritmias ventriculares.
A administração concomitante de doses baixas de Dopamina (substância ativa) e diuréticos pode produzir um efeito aditivo ou potencializador do aumento de fluxo urinário.
O uso concomitante de vasopressores (como ergonovina) e algumas drogas ocitócicas podem resultar em hipertensão grave.
Efeitos cardíacos da Dopamina (substância ativa) são antagonizados por bloqueadores beta-adrenérgicos, tais como o propranolol e o metoprolol.
A vasoconstrição periférica causada por altas doses de Dopamina (substância ativa) é antagonizada por bloqueadores alfa-adrenérgicos.
O cloridrato de Dopamina (substância ativa) não deve ser adicionado a soluções que contenham bicarbonato de sódio ou outras soluções alcalinas intravenosas, uma vez que a droga é lentamente inativada em pH alcalino. Porém, a cinética dessa reação é suficientemente lenta para que o cloridrato de Dopamina (substância ativa) e as soluções alcalinas (aminofilina, fenitoínas, bicarbonato de sódio, etc), administradas em curto período, possam ser injetadas pelo mesmo cateter venoso. O cloridrato de Dopamina (substância ativa) apresenta incompatibilidade com furosemida, tiopental sódico, insulina, ampicilina e anfotericina B; misturas com sulfato de gentamicina, cefalotina sódica ou oxacilina sódica devem ser evitadas.
O cloridrato de Dopamina (substância ativa) pode determinar níveis falsamente elevados de glicose com o uso de aparelhos manuais que usam métodos eletroquímicos de análise.
11.7 Cuidados de enfermagem 
Escolher veia de grosso calibre para aplicar a injeção. Descontinuar a infusão lentamente. Manter as extremidades do paciente aquecidas. Corrigir a hipovolemia antes de iniciar o tratamento com Dopamina.
A medicação deve ser administrada exatamente conforme recomendado; Durante a terapia monitore: PA,ECG,PVC,débito e frequência cardíaca, balanço hídrico, cor e temperatura das extremidades e diante de um aumento desproporcional da PA diastólica, reduza o fluxo da infusão e acione o enfermeiro e ou médico; dilua em soro fisiológico 0,9% ou glicosado 5%, infunda em uma veia de grosso calibre; Não administrar juntamente com soluções alcalinas (bicarbonato de sódio); Solução deve ser trocada a cada 2hs; Atentar para cefaleia, tonteira, náuseas, tremores e ansiedade; Trocar dripping de 24/24 hs após sua instalação.
12. EPINEFRINA
12.1 Classe do medicamento
Hipertensores simpatomiméticos. A ação da adrenalina (epinefrina) assim como as demais substâncias simpatomiméticas, correlaciona-se principalmente ao receptor ao qual se interage. Após a ocorrência dessa interação, há uma alteração da permeabilidade da membrana celular, desencadeando uma série de reações intracelulares, na dependência do tipo de receptor e tecido envolvido com o local onde se deu a ligação. 
12.2 Apresentação 
1mg/mL 1mL ampola.
12.3 Vias de administração 
Subcutânea, intramuscular, intravenosa ou intracardíaca.
12.4 Ação e efeito 
Suporte hemodinâmico em situações de parada cardiorrespiratória ou estados de choque; 
Reações de anafilaxia ou choque anafilático; 
Crise asmática grave e pouco responsiva as medidas terapêuticas habituais; 
Controle de pequenas hemorragias cutâneas; 
Em associação aos anestésicos locais, de forma a promover incremento na duração do efeito analgésico.
Especificamente, a epinefrina interage-se com os receptores α e β, assim como com alguns de seus subtipos. Esses receptores localizam-se nas terminações nervosas pré-sinápticas e em algumas pós-sinápticas. Essas terminações podem sem observadas perifericamente, no tecido vascular e adiposo, assim como no coração, pulmões, plaquetas, leucócitos, rins, entre outros. Existem dois subtipos de receptores α-adrenérgicos (α1 e α2, sendo esses subdividos em outros três subtipos) e três subtipos de receptores β-adrenérgicos (β1, β2 e β3). Ao serem ativados, observam-se os seguintes principais eventos: • α1 – adrenérgico: vasoconstrição, relaxamento da musculatura do trato gastrintestinal, secreção salivar e glicogenólise hepática. • α2 – adrenérgico: inibição da liberação de determinados transmissores (como a norepinefrina e a acetilcolina pelo sistema nervoso autônomo), agregação plaquetária, contração da musculatura lisa vascular, inibição da liberação de insulina. • β1 – adrenérgico: aumento da contração da musculatura miocárdica e da frequência cardíaca. • β2 – adrenérgico: dilatação brônquica, relaxamento da musculatura lisa visceral, glicogenólise hepática e tremor. • β3 – adrenérgico: lipólise
12.5 Efeitos colaterais
Se o aumento da pressão arterial foi induzido inadvertidamente por epinefrina injetável, pode ocorrer angina pectoris, ruptura da aorta ou hemorragia cerebral.
Reações Adversas que necessitam de atenção médica:
Desconforto ou dores no peito, contínua ou grave; calafrio ou febre; convulsões; vertigem ou tontura contínua ou grave; taquicardia, alucinação, cefaleia contínua ou grave; hipertensão e hipotensão; arritmias; náusea ou vômito contínuo ou grave; falta de ar ou distúrbios respiratórios; tremor; ansiedade; nervosismo ou inquietação; aumento da pupilas ou visão turva; pele fria ou pálida; fraqueza grave (sinal de super dosagem). Podem ocorrer alucinações com a administração de altas doses.
Reações Adversas não conhecidas:
Alterações de humor ou mentais, entorpecimento das mãos e dos pés, manchas roxas.
Reações Alérgicas aos sulfitos:
Coloração azulada na pele; vertigem grave ou sensação de desmaio; rubor ou vermelhidão da pele; rash cutâneo, coceira ou urticária; inchaço da face, lábios ou pálpebras; chiado ou dificuldade respiratória.
12.6 Interações medicamentosas
Pode ter sua ação inibida por: alfabloqueadores, alcaloides do ergot.
Pode aumentar os riscos de arritmias cardíacas graves com: anestésicos hidrocarbonados de inalação (ex.: halotano); digitálicos; levodopa.
Pode ter sua ação inibida ou pode inibir a ação de: betabloqueadores.
Pode aumentar os riscos de arritmias cardíacas e de aumento grave de pressão sanguínea com: antidepressivos tricíclicos; anti-histamínico; hormônio tireoidiano; maprotilina.
Pode sofrer ou provocar aumento das reações adversas (graves) com: cocaína; imao (inibidores da monoamina-oxidase, incluindo furazolidona, procarbazina e selegilina).
Pode ter sua ação aumentada por: guanadrel; guanetidina.
Pode ter sua ação aumentada ou pode aumentar a ação de: doxapram; metilfenidato.
Pode aumentar os riscos de arritmias cardíacas com: digitálicos.
Pode resultar em aumento do estreitamento dos vasos com: ergotamina.
É importante ter cuidado com pacientes que estão em uso de betabloqueadores. A administração de epinefrina, nesses casos, poderá ocasionar um aumento da pressão severa e até mesmo hemorragia cerebral. Não se deve administrar a epinefrina em conjunto, na mesma via, com bicarbonato. É comumente feita a associação de anestésicos locais com a epinefrina para maior efeito anestésico. Contudo, caso tenha ocorrido o uso prévio de cocaína, a epinefrina não deverá ser administrada, em decorrência da maior probabilidade de ocorrer problemas cardíacos. 3 Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
12.7 Cuidadosde enfermagem 
A adrenalina deve ser administrada com o auxílio de bombas de infusão, preferivelmente, através de uma veia central (de grosso calibre), uma vez que o extravasamento da droga pode provocar lesões cutâneas importantes. Além disso, há as reações desagradáveis como tremor, ansiedade, tensão, cefaleia, vertigem, dificuldade respiratória, hipertensão grave, hemorragia cerebral, arritmias (principalmente ventriculares) e angina pectoris. Monitorização dos sinais vitais.
Monitorização do débito urinário. Monitorização da perfusão sanguínea. Cuidados com o acesso venoso. Realizar os registros de enfermagem.
13. ETOMIDATO
13.1 Classe do medicamento
Anestésicos gerais, hipnótico. Este medicamento é um hipnótico potente usado exclusivamente para anestesia geral.
13.2 Apresentação 
Solução injetável contendo 20 mg de Etomidato em 10 mL.
13.3 Vias de administração 
Intravenoso.
13.4 Ação e efeito 
Em aproximadamente 10 segundos após a administração deste medicamento você estará dormindo. Assim que a administração for interrompida, o efeito de Etomidato cessará imediatamente.
13.5 Efeitos colaterais
Dor no local da injeção. Tromboflebite. Náusea e vômito no pós-operatório. Apneia transitória (15 a 20 segundos) pode ocorrer durante a indução, hipoventilação, hiperventilação, laringoespasmo. Taquicardia, bradicardia, arritmias, hipertensão ou hipotensão arterial. Mioclônus, movimentos tônicos, movimentos oculares. Supressão adrenocortical, inclusive c/ dose única.
Os principais efeitos colaterais do etomidato incluem diminuição da pressão arterial, dificuldade para respirar, vômitos, náuseas e urticária na pele.
13.6 Interações medicamentosas
Tem sido relatada a redução da meia-vida terminal do Etomidato para aproximadamente 29 minutos após administração concomitante com alfentanila. O uso concomitante de Etomidato e alfentanila deve ser feito com cuidado, pois a concentração de Etomidato pode baixar a níveis inferiores ao limiar hipnótico.
A depuração plasmática total e o volume de distribuição do Etomidato são reduzidos por um fator de 2 a 3 sem alteração da meia-vida quando administrado com a fentanila por via intravenosa (IV). Quando o Etomidato é administrado concomitantemente à fentanila IV, pode ser necessário reduzir a dose do Etomidato.
A administração concomitante de Etomidato e cetamina, aparentemente, não tem efeitos significantes na concentração plasmática ou parâmetros farmacocinéticos da cetamina e de seu principal metabólito, a norcetamina.
Os sedativos podem potencializar o efeito hipnótico do Etomidato (substância ativa).
Pode ser necessário adaptar a dose de Etomidato (substância ativa) se você ingerir bebidas alcoólicas ou utilizar medicamentos regularmente, ou se você estiver tomando algum medicamento que torna as reações mais lentas (por exemplo, medicamentos para dormir, tranquilizantes, medicamentos para tratar doenças mentais).
13.7 Cuidados de enfermagem 
Na chegada do paciente no CC - Verificar NPO Verificar FC, FR e T Verificar se foi administrada a medicação pré-anestésica.
Cuidados no Pós-imediato - Manter a cama em posição horizontal. Enquanto estiver semiconsciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada para o lado. 
Observar o gotejamento do soro e sangue.
Observar estado geral e nível de consciência. Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou sondas.
Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados, hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações respiratórias e circulatórias.
Controlar, pulso, temperatura, respiração e pressão arterial. Fazer anotação na papeleta. 
Ler a prescrição médica, providenciando para que seja feita. Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado o médico imediatamente.
 	Antes da indução, deve ser obtido um acesso intravenoso para monitorização da volemia 
sinais vitais.
Tanto quanto possível, devem ser evitados outros agentes de indução.
A indução deve ser realizada com o doente deitado em decúbito dorsal.
O fármaco deve ser injetado lentamente (por exemplo, 10 ml em 1 min).
14. FENTANILA 
14.1 Classe do medicamento
Anestésicos gerais, opióides, um analgésico narcótico que se caracteriza pelas seguintes propriedades: rápida ação, curta duração e elevada potência.
14.2 Apresentação 
50mcg/mL - ampolas de 5mL - Sem Conservante 50mcg/mL - ampolas de 2mL - Sem Conservante 50mcg/mL - ampolas de 10mL - Sem Conservante.
14.3 Vias de administração 
Espinhal, intravenoso e intramuscular.
14.4 Ação e efeito 
O citrato de fentanila é um analgésico narcótico que se caracteriza pelas seguintes propriedades: rápida ação, curta duração e elevada potência (100 vezes maior do que a da morfina). A duração da analgesia obtida com citrato de fentanila depende da intensidade do estímulo doloroso.
 Assim, administrando-se 2 a 4mL por via endovenosa, obtém-se ação analgésica praticamente imediata. Seu efeito se instala dentro de 2 a 3 minutos.
14.5 Efeitos colaterais
Mesmo com as doses recomendadas, citrato de fentanila pode determinar efeitos colaterais, notadamente depressão respiratória, apneia, rigidez muscular e bradicardia. 
Outros efeitos colaterais descritos incluem hipotensão, tonturas, embasamento da visão, náusea, vômito e sudorese. Outros efeitos colaterais menos frequentemente observados são: Laringospasmo. 
Reações alérgicas (tais como anafilaxia, broncospasmo, prurido, urticária) e assistolia. 
Como vários medicamentos são administrados concomitantemente durante a anestesia, não se sabe se estes efeitos possuem uma relação causal com citrato de fentanila.
Em raras circunstâncias foi observada depressão respiratória rebote secundária, após a cirurgia. A depressão respiratória pode ser facilmente controlada pela utilização de ventilação assistida, sendo rápida e totalmente neutralizada pelo uso de um antídoto eficaz, como o cloridrato de naloxona. 
Os efeitos do tipo vagotrópico como hipotensão, bradicardia e broncospasmo podem ser completamente reversíveis com a administração de atropina.
Quando um neuroléptico, tal como droperidol é utilizado com citrato de fentanila, os seguintes efeitos colaterais podem ser observados: febre e/ou tremor, agitação, episódios de alucinação pós-operatórios e sintomas extrapiramidais.
14.6 Interações medicamentosas
O emprego concomitante de Citrato de Fentanila (substância ativa) com outros depressores do sistema nervoso central (por exemplo: barbitúricos, benzodiazepínicos, neurolépticos, outros opioides ou agentes anestésicos gerais e bebidas alcoólicas) proporcionará efeitos aditivos ou potencializadores. Nesses casos, a dose de Citrato de Fentanila (substância ativa) poderá ser reduzida.
A fentanila, um fármaco de alta depuração, é rápida e extensivamente metabolizada principalmente pelo CYP3A4. O itraconazol (um inibidor potente do CYP3A4) administrado por via oral durante 4 dias na dose de 200mg/dia não teve efeito significativo sobre a farmacocinética da fentanila.
O ritonavir oral (um dos inibidores mais potentes do CYP3A4) reduziu a depuração da fentanila em dois terços; contudo, as concentrações do pico plasmático após uma dose única de Citrato de Fentanila (substância ativa) não foram afetadas. 		
A coadministração de fluconazol ou voriconazol e Citrato de Fentanila (substância ativa) pode resultar em um aumento da exposição à fentanila.
Quando Citrato de Fentanila (substância ativa) é utilizado em dose única, o uso concomitante de inibidores potentes do CYP3A4, como o ritonavir, requer cuidados especiais e observação do paciente. Com tratamento contínuo, a redução da dose de fentanila pode ser necessária para evitar seu acúmulo, o qual pode aumentar o risco de depressão respiratória tardia ou prolongada.
14.7 Cuidados de enfermagem 
Atentar para sinais de alteração de comportamento: registrar escala de sedação de Ransay.
Registrar momento do início da administração da sedação e da suspensão do fármaco.