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EVOLUCAO DO MODELO DE GESTAO Ivonilda Carneiro dos Santos (UFF - LATEC) ivonilda@cnen.gov.br Martius Vicente Rodriguez y Rodriguez, pDSc (UFF - LATEC) martius@kmpress.com.br Resumo O artigo descreve a evolução dos modelos de gestão através de suas fases e etapas, abordando a Gestão do Conhecimento como modelo de gestão em evolução, ressalta o valor do conhecimento como diferencial, para o desenvolvimento das organizaçções e dos profissionais na sociedade do conhecimento. Este modelo gestão, tende a percorrer fases para sua implantação na Cultura Organizacional, na Disseminação do Conhecimento,na Gestão do Conhecimento no Ambiente Organizacional e no Processo da Gestão do Conhecimento que estão inseridos as etapas: Gestão de Competência, Gestão do Capital Intelectual, Aprendizagem nas Organizações e Educação Corporativas. A aplicabilidade do modelo de Gestão do Conhecimento, procura a integração do ambiente interno e externo, viabilizando a inovação e a sustentabilidade do negócio. Abstract The article describes the evolution of management models through its phases and stages, and addressing the Knowledge Management as a management model in development, emphasizes the value of knowledge as differential, for the development of organizations and professionals in the knowledge society. In that model management tends to go for their implementation in phases Organizational Culture, Dissemination of Knowledge, Knowledge Management and Organizational Environment in the process of Knowledge Management are the steps included: Management Responsibility, the Intellectual Capital Management, and Learning in Organizations Corporate Education. The applicability of the model of Knowledge Management, seeks the integration of internal and external environment, enabling innovation and sustainability of the business. Palavras-chaves: Conhecimento - Modelo de Gestão - Valor do Conhecimento 31 de Julho a 02 de Agosto de 2008 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 2 1. INTRODUÇÃO Por muitos anos, as organizações foram orientadas a trabalharem em um modelo de gestão sob rígidas hierarquias. Com a globalização, e as mudanças constantes que esta estimula, a organização, seja pública ou privada, tem a necessidade de conduzir um processo de gestão ágil, inteligente, buscando capacitar seus colaboradores através do aprendizado contínuo, a fim de que os mesmos possam adquirir habilidades, tornando-os capazes de atender as demandas da sociedade e agir com pro-atividade, de forma eficaz e eficiente. O mundo está sendo surpreendido constantemente com os avanços tecnológicos alinhados ao desenvolvimento das telecomunicações, e estes consistem em fatores imperativos para que se desenvolvam agentes de mudanças nos modelos de gestão praticados nas organizações. Hoje, com o advento da era do conhecimento, houve uma mudança no modo de trabalhar, nos processos de produção e no perfil do trabalhador, havendo uma valorização de outro recurso, além dos ativos financeiros e físicos, o conhecimento. Esse novo recurso tem sido apontado como um dos ativos mais valiosos e importantes da organização. Nesse cenário, a implantação do modelo Gestão do Conhecimento (MGC) possibilitaria a criação de oportunidades na organização, a fim de que esta possa obter condições de interagir tanto com o ambiente interno e externo, buscando adquirir capacidade em vislumbrar as ameaças e oportunidades que o mercado venha oferecer para o negócio. A implantação da Gestão do Conhecimento (GC) é uma decisão estratégica e, conseqüentemente, faz-se necessário que haja preparação do ambiente organizacional, buscando a adesão das pessoas, possibilitando que o modelo seja assimilado, impulsionando a integração e a criação de uma cultura colaborativa, onde se desenvolva um ambiente participativo e esta esteja propícia a buscar e disseminar novos conhecimentos. 2. METODOLOGIA A pesquisa evidencia a evolução dos modelos de gestão, ressaltar as etapas para a implantação da Gestão do Conhecimento em uma organização, desde a criação, disseminação, cultura, ambiente até os processos que compõe fatores que influenciam a sua implantação. Sendo assim, a presente pesquisa se realizará em duas fases: 1 – Pesquisa Bibliográfica IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 3 Foi efetuada pesquisa sobre os períodos de gestão, evidenciando as características de cada fase. As fontes de pesquisas utilizadas foram: artigos, teses, livros, dados da internet, que compreendiam sobre as áreas do conhecimento que envolvia o tema em questão. 2 - Observação Direta Quanto às interpretações e considerações, foi baseada, através de observação, experiência acadêmica e profissional. 3. DESENVOLVIMENTO 3.1 EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE GESTÃO As organizações brasileiras sejam públicas ou privadas, percebem a importância da revisão dos seus modelos de gestão: as empresas privadas objetivando a sua sobrevivência e sustentabilidade no mercado; e as empresas públicas motivadas pela capacidade de cumprir seu dever de fornecer serviços/produtos de qualidade à sociedade. Nesse contexto, novas práticas de gestão vão aparecendo ou sofrendo alterações decorrentes ou provocadas por mudanças macro-ambientais que tornam obsoletas as práticas anteriormente utilizadas. Pereira (1995) procurou descrever a evolução dos modelos de gestão através da análise de três níveis conceituais: as ondas de transformação, as eras empresariais e os modelos de gestão. (Figura 1) Até 1750 DC 1970 Revolução Agrícola Revolução Industrial Revolução da Informação II - ERAS EMPRESARIAIS (AMBIENTE ORGANIZACIONAL) Era da Produção em massa Era... Era da Qualidade IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 4 Figura 1 – Evolução de Modelos de Gestão – Heitor José Pereira 1995 (Adaptado) As “Ondas de Transformação” (Toffler, 1980, p.24) apud Pereira (1995), evidencia momentos históricos de evolução da sociedade humana: a Revolução Agrícola (até 1750 D.C.), a Revolução Industrial dividida em três períodos: 1º período 1750 a 1870, 2º período 1870 a 1950 e 3º período a partir de 1950 e a Revolução da Informação a partir de 1970. Configurando cada período com seus modelos relacionados aos aspectos político, econômico, social, tecnológico e organizacional. A Revolução Agrícola caracterizada pela “Era Agrícola” (até 1750 D.C.) configurando a primeira onda tinha como base da economia a terra, os meios utilizados para produção eram através da força muscular humana e animal, e fontes renováveis (vento, chuva, etc.) a produção era basicamente artesanal e para subsistência. A Revolução Industrial caracterizada pelas “Eras Empresariais” (Maranaldo, 1989, p.60) apud Pereira (1995) evidencia os estágios da evolução empresarial, configurando a Segunda Onda de Transformação, com ênfase em seu modelo gestão próprio caracterizado cada período por Eras como: a Era da Produção em massa, a Era da Qualidade e em desenvolvimento a Era da Informação/Conhecimento. A Revolução da Informação caracterizadapela terceira onda O surgimento da Era da Informação, personalizada pela evolução da informática nas tecnologias de comunicação está influenciando os modelos de gestão, onde o uso de sistemas de informação atua como agente facilitador de mudança juntamente com o com comportamento das pessoas. A necessidade de se promover mudanças no modelo de gestão é inevitável, os velhos paradigmas não se adaptam ao mundo globalizado, onde não há lugar para uma gestão centralizadora, lenta, burocrática e tradicionalista. O MGC vem transformando o modo de gestão, evidenciando o valor intangível, mostrando que a disseminação, o compartilhamento e . Administração científica . Administração das relações humanas . Administração burocrática . Outros modelos tradicionais da Administração Modelos tradicionais de gestão . Administração holística Novos modelos de Gestão . Administração japonesa . Administração participativa . Administração empreendedora . Empresa virtual Modelos emergentes . Gestão do Conhecimento . Modelos biológicos/ quânticos/teoria do caos/complexidade IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 5 a inovação são fatores multiplicadores do conhecimento que contribuem para a valorização da organização. Para Santos et al (2001) “Modelo de Gestão” compreende-se de um conjunto próprio de concepções filosóficas e idéias e ações administrativas que operacionalizam as práticas gerenciais nas organizações. Os modelos de gestão são marcados por características próprias como: - Era da Produção em Massa – Caracterizou-se pela ênfase da quantidade de produção e na padronização de bens, visando obter produtividade. A empresa não se preocupava com o cliente, havia a preocupação em determinar a especificação do produto, no processo na linha de montagem. Procurava-se atingir grandes volumes de produção a fim de para baixar o custo; - Era da Qualidade – Caracterizou-se pela ênfase em buscar a satisfação do cliente. Através da filosofia da melhoria contínua dos processos. Desenvolveu-se uma gestão através de equipes, visando motivar e comprometer as pessoas com os resultados; - Era da Informação/Conhecimento – Sua principal característica é ênfase a informação/conhecimento, buscando a sobrevivência e sustentabilidade da empresa, numa economia cada vez mais globalizada, em um mercado cada vez mais competitivo. Procurando atender aos interesses de clientes, colaboradores, comunidade e acionistas, que exigirão da mesma concentração de esforços com foco de negócio específico. Para tanto, deverá agregar à filosofia da qualidade (que já praticada na Era da Qualidade) a busca de parcerias com outras empresas e modelos de gestão mais flexíveis, como a Reengenharia, onde se pratique o ato de repensar na forma e estrutura que as empresas estavam atuando, possibilitando realinhamento de ações, atendendo as mudanças do mercado. A da Era da Informação/Conhecimento convive com modelos emergentes como: Empresa Virtual, Gestão do Conhecimento, Modelos biológicos/quânticos/teoria do caos criativo, onde se privilegiam a informação, inovação, utilização da tecnologia e principalmente a integração onde se estimula o relacionamento interpessoais. A GC surge como um dos modelos emergentes, onde se ressalta a posse e a utilização do conhecimento, como recurso de valorização e diferenciação nas organizações. IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 6 3.2 CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO O conhecimento atua através da combinação de dados e informações agregados a experiências, habilidades e experiências, que agem na operacionalização, desenvolvimento e inovação, fornecendo embasamento para tomada de decisão. Os dados são elementos que precisam ser tratados para agregar algum valor, são descritos como registros de transações, atuam como matéria-prima para criação da informação, freqüentemente estão armazenados em banco de dados ou em documentos da empresa. Esses são coletados no ambiente interno e externo, para Setzer (1999) “dado é uma abstração formal que pode ser representada e transformada por um computador”. Davenport (2000) define dado “como observações sobre símbolos de estado do mundo, e sua observação pode ser feita por pessoas ou tecnologia apropriada”, podem ser transportados e disseminados por veículos de comunicação. A informação tem o intuito de desempenhar alguma reação sobre as pessoas, manifestando-se através de uma mensagem que contém emissor e receptor, baseado em um conjunto de dados originando uma nova interpretação. Para Machado (2002) “informação é uma abstração informal, que está na mente de alguém, representando algo significativo para alguma pessoa”. O conhecimento é decorrência da informação organizada, agregada aos valores combinados com experiências para objetivos definidos, este adquire a habilidade de se obter novo aprendizado. Segundo Davenport & Prusak (1998), a transformação da informação em conhecimento é a partir da: -Comparação: entendimento sobre como as informações relativas a um determinado assunto podem ter alguma relação ou aplicação em outras situações; -Conseqüência: implicação que determina qual informação pode trazer para a tomada de alguma decisão e/ou ação; -Conexão: relação entre a informação adquirida e um conhecimento já existente; -Conversação: interpretação daquela informação a partir do entendimento sobre o que as pessoas pensam sobre ela. Segundo Nonaka e Takeuchi (1997), a criação do conhecimento organizacional é a “capacidade que uma empresa tem de criar conhecimento, disseminá-lo na organização e IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 7 incorporá-lo a produtos, serviços e sistemas”. Esses autores dividem o conhecimento em dois tipos: o explícito, sendo transmitido através de linguagem formal, e o conhecimento tácito, este pessoal, incorporado à experiência individual, difícil de transmitir, envolvem relacionamentos pessoais e o ambiente organizacional. Para Gonçalves e Gonçalves Filho (2001), as empresas saudáveis geram e usam conhecimentos, interagindo com o ambiente organizacional, absorvendo informação e transformando-as em conhecimento, usando-as como base para tomada de decisões e combinações de suas experiências com valores e regras internas. Davenport (1998) descreve seis modos de gerar conhecimento: – Aquisição: comprar conhecimento de outras empresas, copiar ou mesmo admitir alguém que detenha o conhecimento; – Aluguel: mediante contrato com instituto de pesquisa e contratação de consultores; – Recursos Dedicados: áreas internas e pesquisa de desenvolvimento; – Fusões: entre organizações capazes de promover a união de pessoas com visão distintas do mesmo problema ou projeto, em equipes multifuncionais; – Adaptação: as constantes adaptações às mudanças ambientais e à competitividade geram um tipo especial de aprendizado e conhecimento; – Redes: formais e informais de comunicação. O sucesso da utilização dos modos acima citados está relacionado à disponibilidade de recursos financeiros,tecnologia, capacitação e com as diretrizes definidas para o desenvolvimento ou aplicabilidade dos projetos. Em decorrência das transformações da sociedade, houve mudanças de paradigma em relação à definição de valor nas organizações. A cultura organizacional é fator relevante na adesão da utilização do conhecimento de modo corporativo. 3.3 CULTURA ORGANIZACIONAL Quando usamos a expressão cultura organizacional, procuramos traduzir o modo de agir em termos de contexto social ou ambiente que o grupo de trabalho se situa. Nesta circunstância, os indivíduos interagem com o ambiente e recebem influências e também influenciam terceiros, e estes contribuem para que haja uma interação constante. Segundo IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 8 Joahnn (2004), a cultura organizacional é um fenômeno ativo, por meio dos quais as pessoas criam e recriam o mundo em que vivem. Figueiredo (2005) define a cultura organizacional como “conjunto de crenças, tradições, valores, regras escritas e não escritas que podem impulsionar, acelerar, debilitar, retardar, facilitar, comprometer, dificultar ou impedir mudanças e desempenho das empresas”. Dois tipos de cultura permeiam a cultura organizacional, a formal e a informal que irão refletir e influenciar nos atos e práticas de seus funcionários. A formal é divulgada na organização por meio de um conjunto de normas elaboradas de forma explícita e vinculadas oficialmente pela organização, onde se expressa direitos e regras de funcionamento técnicas e sociais, condutas e benefícios dos funcionários. A informal é um processo de disseminação dos valores, crenças em que grupos exercem influências nos demais até certo momento, ocorrendo que a própria organização absorve e interioriza os comportamentos ou ações, chegando a haver questionamento de procedimentos legais em decorrência de descrédito, falta de conhecimento, falta de uso ou utilização rotineira do modo formal. A adesão de novos procedimentos demanda tempo e as organizações que vislumbram implantar a gestão do conhecimento devem fazer o planejamento e prover meios de facilitar a cultura do compartilhamento e socialização tanto através de relacionamentos tecnológicos como pessoais. Criar um ambiente propício à inovação e aprendizado contínuo não é fácil, a princípio as pessoas costumam ter uma visão individualista e compartilhar conhecimento significa perda de poder, mudar essa concepção requer determinação em mostrar que o conhecimento disseminado é um ganho organizacional e pessoal. 3.4 DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO Na sociedade contemporânea, o conhecimento representa um dos elementos mais valorizados e cobiçados no mercado, este é insumo para o desenvolvimento e sustentabilidade das organizações. Nesse cenário de constantes mudanças seja comportamentais ou tecnológicas, persiste com cada vez mais freqüência a necessidade de inovação e disseminação do conhecimento nas organizações. Para Carvalho et al (2006), as mudanças solicitadas pela sociedade impulsionam as organizações a criarem ferramentas e novos procedimentos a fim de atender à demanda. Um dos meios para atender a essas solicitações é através da aprendizagem organizacional, IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 9 objetivando a disseminação do conhecimento, tendo como origem as realizações técnicas- científicas, administrativas e organizacionais. A disseminação do conhecimento ocorre na aplicabilidade da transferência do conhecimento através de vários meios que possibilitam a mobilidade do conhecimento na organização como: cursos presenciais e a distância, imprensa escrita e falada, encontros informais, reunião formais, telecomunicação e tecnologia da informação. Davenport e Prusak (1998. p. 123) narram que somente existe a disseminação do conhecimento quando há sua absorção pelo receptor. A mensagem necessita ser compreendida pelo seu receptor para que fique caracterizada que ocorreu a disseminação do conhecimento. Segundo Daft (2002, p. 240), a disseminação do conhecimento, em qualquer organização, é crucial. Como o conhecimento explícito é formalmente capturado e compartilhado por meio da tecnologia da informação, por outro lado, o tácito não, persiste a necessidade de fomentar meios que possa transformar esse conhecimento tácito em conhecimento explícito. Segundo Probst et al (2002, p. 34), a disseminação “do conhecimento em uma organização é condição prévia para transformar informações ou experiências isoladas em algo que toda a organização possa utilizar”. Porém, para o autor não é necessário que todos saibam tudo, o mesmo deve corresponder às atividades desenvolvidas, bem como se deve analisar a transição do conhecimento do indivíduo para o grupo ou a organização. Para que obtenha a prática de se disseminar o conhecimento organizacional, faz-se necessário que se promova um ambiente favorável à gestão do conhecimento como: comprometimento da alta direção; criar meios de reconhecer profissionais que estejam dispostos a registrar e disseminar novos conhecimentos; mapear as atividades junto com os colaboradores e aplicar ações para melhor desenvolvimento das mesmas; considerar que todas as áreas da organização são agentes facilitadores do conhecimento além dos departamentos de recursos humanos e tecnologia da informação e programa de comunicação. Embora, a utilização da tecnologia seja um dos maiores veículos responsáveis pela disseminação do conhecimento, nem sempre o investimento em equipamentos e software são garantias de que a sua utilização irá promover a disseminação do conhecimento de que a organização necessita. As aquisições realizadas carecem estar inseridas aos objetivos e IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 10 necessidades da organização, bem como promover a capacitação das pessoas, a fim que as mesmas obtenham know-how visando capacitá-las para que possam usufruir e explorar os recursos disponíveis. Prover condições de disseminar o conhecimento vai além de investir em equipamentos, a grande dificuldade vivenciada pelas empresas é identificar, armazenar, disponibilizar, compartilhar os ativos de conhecimentos. A gestão do conhecimento tem o intuito de cultivar o ambiente organizacional a receber, explorar, inovar e usufruir as oportunidades de conhecimentos que a sociedade venha a oferecer. 3.5 GESTÃO DO CONHECIMENTO NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL Atualmente evidencia-se o conhecimento e sua influência no ambiente organizacional, isso é fator decisivo nos resultados e nas tomadas de decisão. É nesse novo cenário que se apresenta a Sociedade do Conhecimento (SC). O conhecimento é um bem intangível difícil de aferir seu valor, quanto mais utilizado maior sua relevância, e maior é a possibilidade de se agregar novos conhecimentos. Para Santiago (2004), Gestão do Conhecimento “é o processo de obter, gerenciar e compartilhar a experiência e especialização dos funcionários, com o objetivo de ter acesso à melhor informação no tempo certo, utilizando-se, para isso, tecnologias de forma corporativa”. O grande fluxo de dados que circulam nos ambientes organizacionais podem ser transformados em informações relevantes, desde que haja pessoasaptas a incorporá-las ou existam ferramentas tecnológicas que contribuam para que estas sejam compreendidas. O compartilhamento das informações irá proporcionar condições de transformar o conhecimento individual em coletivo. Segundo XAVIER (1998), administrar o conhecimento é em primeiro lugar realizar as seguintes tarefas: 1. Visualizar corretamente a natureza e o valor do Capital Intelectual para a organização, 2. Criar mecanismos para preservar e ampliar o Capital Intelectual para a organização. 3. Treinar e incentivar as pessoas para uma forma de trabalho voltada para o conhecimento. IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 11 Quando se esboça um programa de GC é essencial que se conheça qual o trâmite do conhecimento no âmbito da organização, ou seja, como este se desenvolve, quando e como é substituído, disseminado, inovado e entregue ao cliente, além de perceber de que forma a organização compreende a receptividade desses conhecimentos aos seus stakeholders, pois estes são fontes geradoras de conhecimento, e a informação atua como insumo básico para o tratamento destes. Porém, na elaboração de um Modelo de Gestão do Conhecimento (MGC) é fundamental que se trabalhe o ambiente organizacional, considerando que, através do envolvimento os indivíduos, possa se obter comprometimento dos mesmos, onde se busque parceria com as diversas áreas da organização como: recursos humanos, comunicação, vendas, informática, procurando agregar, deste modo, conhecimentos e experiências que irão desencadear projetos e solidificar a implantação do novo modelo de gestão. 3.6 O PROCESSO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO A gestão do conhecimento é um processo corporativo que não pode ser desenvolvido separadamente dos demais, este tem que estar compatível com os objetivos da organização, que envolve: gestão das competências, gestão do capital intelectual, aprendizagem organizacional, inteligência empresarial e educação corporativa (Santos, et al 2001) . 3.7 GESTÃO DE COMPETÊNCIAS A nova percepção de valor do capital intangível acarretou uma mudança de paradigma nas organizações, o conhecimento passou a ser recurso que quanto mais cultivado, mais valorizado. A necessidade de atender um mercado globalizado impulsionou as organizações procurar obter um modelo de gestão que pudesse vir a contribuir no desenvolvimento das habilidades e talentos de seus colaboradores. A gestão de competência representa uma importante fonte de informação e direcionamento para desenvolvimento dos profissionais e das ações estratégicas da organização. O ato de se promover o mapeamento de competência cria a possibilidade de se detectar as lacunas de competências existentes na organização ou no grupo de colaboradores. Tende a alinhar as competências de seus colaboradores as demandas do mercado e aos objetivos estratégicos da organização. IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 12 A decisão de identificar competência deve ser deliberada através do processo top- donw, sendo que o objetivo deste mapeamento tem que estar conjugado com as ações estratégicas que a organização pretende desenvolver. Após a identificação das mesmas, estas necessitam estar conectada a um acompanhamento de resultados visando à possibilidade de avaliar o desempenho das pessoas, detectando assim a relevâncias das competências existentes e a demanda de novas competências. Segundo Durand (1999), o desenvolvimento de competências é realizado através da aprendizagem individual e coletiva, contempla três dimensões do modelo: o conhecimento; as habilidades e as atitudes. Rodrigues (2002) descreve que as competências organizacionais estão associadas com a imagem da empresa. O modo que esta promove a gestão dos seus processos, utilização das tecnologias e tratamento dos talentos que possui, estes indícios sinalizam como a empresa está desenvolvendo suas competências que irão fortalecer a sua imagem perante o mercado. A empresa necessita prover meios de criar condições a fim de que possa utilizar seus recursos tecnológicos e usufruir seus talentos alinhados a seus objetivos estratégicos. 3.8 GESTÃO DO CAPITAL INTELECTUAL A Sociedade do Conhecimento privilegia as empresas que apresentam perspectivas de ganho através do seu Capital Intelectual (CI). Segundo Zaccarelli (1998), a definição do termo CI é uma junção de duas palavras fortes: capital (coisa concreta) e intelectual (coisa abstrata), criada pelos autores Thomas A. Stewart e Leif Edvinsson. Para esses autores, o CI de uma empresa é igual ao Valor de Mercado na Bolsa menos o Valor Contabilizado, evidenciando que tudo que não é contabilizável e produz valor, é proveniente da aplicação do conhecimento em alguma época de alguém. O CI é um ativo intangível da organização, segundo Dias Jr. e Possamai (2004), é utilizado pela empresa no desenvolvimento de seu negócio que, se aplicado corretamente, torna-se fonte gerador capaz de prover resultados positivos. Segundo Stewart (1998), o CI é o conjunto de conhecimento de todas as informações encontradas em uma empresa, que agrega valor e/ou serviços, mediante a aplicação da inteligência e não do capital monetário, e que venha a proporcionar vantagem competitiva. O CI não pertence à empresa, mas é compartilhado com os funcionários. Os produtos/serviços IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 13 oferecidos são resultados da interação do trabalho mais as condições oferecidas pelas organizações como: capacitação dos funcionários, equipamentos, tecnologia, ambiente físico e capital financeiro, para sua realização. A organização que almeja usufruir e impulsionar seu CI deve criar um ambiente propício para a divulgação de novas idéias, oferecendo condições para que seus colaboradores circulem no ambiente organizacional disseminando-as, promovendo além da integração o conhecimento e a oportunidade para que outras pessoas participem e fomentem a melhoria contínua. O ambiente é fator relevante, as pessoas podem estar na organização e não se sentirem inseridas, não terem consciência que elas são parte de um processo que irá agregar valor aos serviços/produtos, transformando esse material intelectual bruto em capital intelectual. A organização, visando manter a sustentabilidade de seu negócio, procura conhecer e valorizar seu CI, mapeando as competências e habilidades de seus colaboradores através de banco de talentos, divulgando-os nos meios de comunicação, visando, assim, estimular a integração e gerar oportunidades para o desenvolvimento organizacional. A gestão do Capital Intelectual poderá se tornar uma vantagem competitiva, desde que se dê um tratamento qualitativo ao fluxo de informações, promovendo meios de agregar novos conhecimentos ao negócio, fomentando uma cultura de compartilhamento do desses conhecimentos na organização. 3.9 APRENDIZAGEM NAS ORGANIZAÇÕES Aprendizagem é o processo de mudança, resultante da prática ou de experiência, que pode vir, ou não, a manifestar-se em uma mudança perceptível de comportamento. As organizações que facilitam a aprendizagem estão possibilitando a revisão de processos e promovendo mudanças no seu ambiente organizacional. ParaFleury (1995) “as definições mais comuns de uma organização que aprende enfatizam sua capacidade de adaptação às taxas aceleradas de mudanças que ocorrem atualmente no mundo”. O cenário organizacional atual exige mais do que adaptação a novos conceitos ou aquisição de sistemas de tecnologia da informação, para estas continuarem a serem chamadas de organizações da aprendizagem, necessitam se capacitar a fim de obter condições de inovar constantemente. A aprendizagem constitui-se em um processo acumulativo e dinâmico, porém, para que a mesma tenha relevância na organização, esta deve ser monitorada a fim de que seja IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 14 selecionada e direcionada ao público adequado para incorporá-la. Esta é utilizada como fonte para melhoria de processos, identificação de problemas e de programas de capacitação. Segundo Fleury e Fleury (1997 p.19), “a aprendizagem individual é um processo de mudança, resultante da prática ou experiência anterior que pode vir, ou não, a manifestar-se em uma mudança perceptível de comportamento”. Este proporciona oportunidade deste conhecimento ser absorvido pela organização, originando mudança de comportamento ou novos serviços/produtos, podendo ser utilizado como subsídio para construir um novo conhecimento que pode servir como base para tomada de ações futuras. A aprendizagem organizacional (AO) é procedente da aprendizagem individual, sua característica se configura pela transição, percepção e captura do aprendizado individual para outros participantes da organização. Esta foi definida por Stewart (1998) “como a capacidade de criar novas idéias multiplicadas pela capacidade de incorporá-las por toda empresa”. Essa prática da AO envolve a integração dos indivíduos e grupos, levando a construir uma cultura de um aprendizado constante. A aprendizagem organizacional gera a perspectiva da organização em adquirir, inovar, compartilhar e transformar conhecimentos. O processo de utilização desta começa no reconhecimento de sua relevância, onde se verificará se a demanda organizacional está apta tecnicamente e o custo/benefício de sua aplicabilidade. Para Malerba (1992) apud Tigre (2006), a taxonomia dos processos de aprendizagem descreve as características da aprendizagem, mostrando o campo de sua aplicabilidade (Tabela 1). Taxonomia de Processos de Aprendizagem Aprender Características Fazendo Processo de aprendizado interno à empresa, relacionado ao processo produtivo. Usando Relacionado ao uso de insumos, equipamentos e software. Procurando Baseado em busca de informação e contratação de técnicos experientes e concorrentes. Interagindo Interno e externo, relacionado às fontes a montante (fornecedores) e a jusante (clientes) da cadeira produtiva. Com “spill-overs” interindustriais Externo, através da imitação e contratação de técnicos experientes de concorrentes. IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 15 Com avanço da ciência Externo à empresa, relacionado à absorção de novos conhecimentos gerados pelo sistema internacional de C&T. FONTE: Malerba,1992 Garvin (1993) apud Freitas (1999), “conceitua as organizações de aprendizagem como aquelas que adquirem a capacidade de criar, adquirir e transferir conhecimentos para modificar seus comportamentos e para refletir esses novos conhecimentos e insights”. Deste modo, estas organizações promovem aprendizado continuado, almejando alcançar melhoria contínua no seu ambiente. Segundo Tigre (2006), “o processo de aprendizado procura desenvolver a capacitação produtiva, organizacional e tecnológica”. A aprendizagem ocorre em todos os níveis de atividade da empresa, os processos de capacitação produtiva e organizacional estão acoplados diretamente aos recursos que são empregados para produção. Estes se encontram ligados à utilização de equipamentos, ao desenvolvimento de rotinas, métodos e sistemas organizacionais e à capacitação de combinação de insumos. 3.10 INTELIGÊNCIA EMPRESARIAL As organizações atualmente são dependentes de informações que utilizam para tomada de decisões estratégicas. Para Santos et al (2001), a Inteligência Empresarial (IE), “consiste na criação de meios de sistematização dos processos de coleta, tratamento e análise de informações sobre diferentes aspectos do ambiente externo das organizações”. Para alcança a IE as organizações, devem procuram promover procedimentos e metodologias que permitam que se possa conhecer profundamente seu público alvo, ter a capacidade de identificar as ameaças e oportunidades, criando ações proativas para as situações que venham a surgir. Para se conseguir um ambiente propício para a prática da IE, é necessário dispor de boas fontes de informações e pessoas aptas que possam usufruí-las, visando melhores resultados para a organização. Com a valorização do conhecimento e uma competitividade cada vez mais selvagem, tornou-se essencial a busca por novos conhecimentos. Para Leal e Martins (2003), essa nova visão impulsionou os cientistas a procurarem transplantar as formas de raciocínio, memorização e pensamento (formulação de hipóteses) para máquinas que permitissem, de forma integrada, processar quantidades maiores de informação, possibilitando o homem de IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 16 transferir às máquinas uma série de tarefas repetitivas como memorização, cálculos e hipóteses. A IE atua na organização, buscando encontrar a melhor maneira de fazer com que o fluxo de informação seja o mais transparente, evitando interpretações errôneas que possam vir a refletir em decisões equivocadas. 3.11 EDUCAÇÃO CORPORATIVA Como a formação tradicional das universidades nem sempre acompanha a velocidade do desenvolvimento das mudanças do mercado e considerando que muitas vezes as empresas necessitam que o profissional desenvolva um aprendizado específico para o negócio, e o universo acadêmico não consegue suprir essas necessidades, tornou-se necessário que as organizações procurassem obter acesso a uma mão-de-obra mais qualificada, buscando alternativas para suprir suas deficiências, criando meios de formar profissionais mais capacitados para seu negócio. Esse novo cenário empresarial redefine o perfil do trabalhador da era do conhecimento. Para Santos et al (2001), o profissional que essas empresas necessitam deve obter uma aprendizagem não convencional e saiba trabalhar cooperativamente, visando gerar soluções inovadoras. Faz-se necessário que se tenha uma nova visão na formação e que esta seja continuada, para que esse profissional permaneça produtivo e apto para acompanhar as mudanças e otimizar seu tempo. As Universidades Corporativas (UsCs) surgem como alternativa de se formar o profissional voltado para o negócio da organização. Para Fernandes (2005) apud Meister (1999 p.29), o Modelo da Universidade Corporativa pode ser definido através de um “guarda- chuva estratégico para desenvolver e educar funcionários, clientes, fornecedores e comunidade, a fim de cumprir as estratégias empresariais da organização”. Para Meister (1999 P.30) apud Fernandes(2005), algumas metas que compõem as UsCs são: - Oferecer oportunidadesde aprendizagem que dêem sustentação às questões empresariais da organização; - Considerar o modelo da universidade corporativa um processo e não um espaço físico destinado à aprendizagem; IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 17 - Elaborar currículo que incorpore os 3 Cs: Cidadania Corporativa, Estrutura Contextual e Competências Básicas; -Treinar a cadeia de valor e parceiros, inclusive clientes, distribuidores, fornecedores e produtos terceirizados, assim como as universidades; - Passar do treinamento conduzido pelo instrutor para vários formatos de apresentação da aprendizagem; - Encorajar e facilitar o envolvimento dos líderes com o aprendizado; - Criar um sistema de avaliação de resultados dos investimentos. O ambiente educacional passa estar inserido no ambiente da organização, vinculando a aprendizagem às necessidades estratégicas da empresa, objetivando um processo contínuo de aprendizagem, visando melhorar o desempenho no trabalho e o desenvolvimento de qualificações para o negócio. 4. CONSIDERAÇÕES Com uma maior receptividade da prática da GC na década de 90, as empresas perceberam a importância de se agregar valor à informação, desenvolvendo sistemas e processos que visam adquirir e disseminar os ativos intelectuais, cultivando integração no ambiente organizacional. A necessidade de manter o negócio competitivo impulsiona as organizações a promover capacitação contínua, proporcionar ambiente organizacional para a criação e disseminação de conhecimento, mensurar os conhecimentos adquiridos e produzidos, visando sua utilização para a estratégia da organização. A Gestão do Conhecimento é um modelo de gestão em evolução, que ressalta o valor do conhecimento como diferencial, para o desenvolvimento das organizações e dos profissionais. A aplicabilidade desse modelo de gestão tende promover a criação de um ambiente receptível para a geração, a disseminação, à retenção do conhecimento, valorizando o capital intelectual que a organização possui. A mudança de paradigma de valor de uma organização é evidenciada pelo conhecimento que o mercado tem pelo valor do produto/serviço que essa possui, vai além do seu valor demonstrado no seu balanço patrimonial. Esse novo conceito pode ser constatado IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 IV CNEG 18 através das incorporações de empresas ou pelo interesse nas privatizações do setor de telecomunicações e energia, essas transações são realizadas pautadas na perspectivas de ganho, seja por agregar valor ou por absorver seu banco de clientes. A visão globalizada, agregada ao conhecimento organizacional atua como fator decisivo nas transações empresariais. BIBLIOGRAFIA : CARVALHO, Antonio Ramalho et al. Ferramentas de Disseminação do Conhecimento Em Uma Instituição de C,T&I De Defesa Nacional. Journal of Information Systems and Technology Management, Vol. 3, No. 2, 2006, p. 77-92. Publicado por/Published by: TECSI FEA USP – 2006. http://www.jistem.fea.usp.br/index.php/jistem/article.Acesso 20.09.07. DAVENPORT,Thomas H; PRUSAK Laurence. Conhecimento empresarial. 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