Buscar

Neuropsicologia Infantil 4 AUTISMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AVALIAÇÃO 
NEUROPSICOLÓGICA 
Profa. Mariana Medeiros Assed
Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU
Curso de Pós graduação em Neuropsicologia 
Neuropsicologia Infantil e do Adolescente
Avaliação de uma 
criança Autista 
Definição:
O que é autismo? 
- é um distúrbio do 
comportamento de início 
precoce e curso crônico, com 
impacto variável em áreas 
múltiplas do desenvolvimento.
- caracterizado por prejuízos 
na interação e na 
comunicação sociais, com 
restrita gama de interesses, 
padrões de comportamentos 
repetitivos, estereotipados e 
maneirismos 
- 60% - 70% possuem retardo 
mental 
- 33% - epiléticos
- as anormalidades começam a 
ficar mais evidentes a partir dos 3 
anos 
- Biologicamente determinado, mas 
seu diagnóstico é essencialmente 
clínico
Histórico 
1943 - Leo Kanner descreveu 11 casos: disturbios autísticos
- incapacidade de relacionamento interpessoal desde o 
nascimento 
- monotonia e respostas incomuns ao ambiente
- maneirismos motores estereotipados 
- resistência a mudança 
- aspectos não usuais das habilidades de comunicação 
Inversão dos pronomes, ecolalia 
Histórico 
1950 e 1960 - autismo era causado por pais não 
emocionalmente respondidos aos filhos - estudos 
refutaram essa ideia; novas pesquisas sugeriram que 
o autismo é um transtorno orgânico cerebral presente 
desde a infância e encontrado em diversos países e 
grupos socieconomicos;
Histórico 
1980 - Transtornos invasivos do desenvolvimento 
(TID) DSM-III bem como na CID - 10 e posteriormente 
no DSM-IV.
- Critérios foram avaliados em um estudo multicêntrico 
com n=1000
Epidemiologia 
- 2 de abril, é o Dia Mundial 
de Conscientização sobre o 
Autismo
- Organização Mundial da 
Saúde, OMS, calcula que o 
autismo afeta uma em cada 
160 crianças no mundo. 
Epidemiologia 
- Um novo levantamento feito pelo Centro de Controle e 
Prevenção de Doenças (CDC), EUA - constatou que a 
incidência de autismo entre as crianças aumentou: agora 
1 em 45 estão dentro do transtorno do espectro autista 
(o que representa cerca de 2,25%). 
- Entre 2011 e 2013, essa taxa era apenas de 1 a cada 80 
e, em 2008, 1 em cada 100.
Epidemiologia 
-Mudança feita nos questionários que foram respondidos 
pelos pais. 
-Na conclusão do estudo, os especialistas apontam que, 
nos anos anteriores, é possível que os pais de algumas 
crianças diagnosticadas hoje com autismo tenham 
apontado que os filhos tinham outros tipos de desordens 
comportamentais.
Epidemiologia 
- Para o biólogo molecular e professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia 
(UCSD), Alysson Muotri, é difícil saber com certeza se a incidência do transtorno está mesmo 
aumentando: "O “autismo” é um alvo em movimento, é um conceito que muda com o 
tempo. O que chamamos de autismo hoje é algo muito diferente de dez anos atrás. 
- Na falta de um biomarcador, estamos à mercê de um diagnóstico clínico e, muitas vezes, 
subjetivo”
- "Com os avanços na genética, ja é possível ter resultados com o sequenciamento do genoma de 
indivíduos, o que auxilia nesse diagnóstico. Isso ainda não é rotina, mas vai ser em breve”.
- Essa mudança de critérios para definir o que caracteriza o autismo pode fazer com que ora 
algumas crianças sejam diagnosticadas dentro do espectro, ora sejam deixadas para fora. Isso 
faz sentido quando consideramos que, nas conclusões da pesquisa, os especialistas 
enfatizaram que o número total de indivíduos identificados nas três categorias contempladas 
pela investigação (deficiência intelectual, transtornos do espectro autista e deficiência 
comportamental) permaneceu inalterado.
Etiologia e Patogênese
- Heterogênea, multifatorial, com indicações de uma forte e 
complexa influencia genética; 
- Associada a uma causa conhecida em apenas 10% dos 
indivíduos, sendo mais comuns a síndrome do X frágil, a 
esclerose tuberosa e anormalidades cromossomas. 
- Infecções pré natais por influenza e citomegalovírus tb tem 
sido associadas a esse transtorno
 Fatores Biológicos: 
- Alta incidencia de RM e Epilepsia 
sugerem uma base biológica; 
- Tb associados a parte 
neurológica como rubéola 
congênita, fenilcetonúria, 
esclerose tubersa e síndrome de 
Rett; 
- maiores evidencias de 
complicações perinatais e 
anormalidades físicas 
congênitas;
Fatores Genéticos: 
- um dos transtornos neuropsiquiátricos com maior herdabilidade 
= 90% ( padrão de herança complexo e não mendeliano - 
indicando que o autismo evidencia ser decorrente de efeito 
epigenético e/ou da interação de múltiplos genes e combinações 
variadas 
Fatores Genéticos: 
- Estudo de escaneamento global para suscetibilidade de 
autismo - identificaram algumas regiões cromossomicas e 
3 genes específicos: envolvido no desenvolvimento 
cerebral e o transportador de serotonina 
- famílias de autistas com 
alterações leves nos domínios 
social, comunicativo e 
imaginativo semelhante ao 
dos autistas
Fatores perinatais 
- Incidencia de complicações: bebes diagnosticados como 
autistas 
- sangramento materno apos o primeiro trimestre; 
- mecônio no liquido amniótico 
- síndrome de sofrimento respiratório e anemia neo-natal
Fatores psicossociais 
- exacerbação sintomática a 
estressores psicossociais, 
incluindo a discórdia, 
nascimento da irmão ou 
mudanças na família algumas 
sendo mais sensiveis a 
mudanças na rotina 
Neurobiologia
- anormalidades anatômicas 
em varias partes encefálicas: 
cerebelo, tronco encefálico, 
lobos frontais, parietais, 
hipocampo, corpos 
amigdaloídes 
- estudos com ressonância - < 
vol. cerebel, tronco encefálico, 
lobo parietal e no esplêndido do 
corpo caloso 
Diagnóstico e características clinicas 
- Novos critérios têm como objetivo levar a 
diagnósticos mais precisos e, como resultado, a 
tratamentos mais adequados. 
- Discussão sobre os benefícios dessa fusão: 
especialistas dizem que, com o agrupamento das 
síndromes em um só diagnóstico, poderá haver uma 
diminuição significativa no número de crianças 
diagnosticadas com TEA. 
Diagnóstico e características clinicas 
DSM-IV (1994) DSM-V (2013) 
Novo Reagrupamento do Transtorno do Espectro do Autismo
Autismo 
Síndrome de Aspenger 
Transtorno desintegrativo 
da Infância 
Síndrome de Rett
TEA 
Transtorno do Espectro do 
Autismo 
(Leve, Moderado, Grave) 
Síndrome de Rett
*DSM - Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais 
Diagnóstico e características clinicas 
- De acordo com as novas modificações, o 
Transtorno do Espectro do Autismo – TEA passa a 
englobar diferentes síndromes caracterizadas por 
desordens do desenvolvimento neurológico. 
- Essas síndromes passam a ser identificadas por 
dois critérios: dificuldade na comunicação social 
e presença de comportamentos repetitivos e 
interesses restritivos.
Características observáveis em cada critério, de 
acordo com o DSM-5:
A. Comunicação social e interação social em vários 
contextos:
1. Dificuldade na reciprocidade 
sócio-emocional: dificuldade 
de compartilhar interesses, 
emoções; dificuldade de 
iniciar, manter ou responder às 
interações sociais.
2. Dificuldades na comunicação 
não verbal: comunicação verbal 
e não-verbal mal integradas, 
dificuldades no contato visual; 
dificuldade no uso de gestos, 
linguagem corporal e expressão 
facial; incapacidade de 
compreensão da comunicação 
não-verbal de outras pessoas.
3. Dificuldades no 
desenvolvimento, manutenção e 
compreensão das relações 
sociais: dificuldades de ajustes 
de comportamento para atender 
a diversos contextos sociais; 
dificuldades de fazer amigos
Características observáveis em cada critério, de 
acordo com o DSM-5:B. Comportamentos repetitivos e interesses restritivos
1. Movimentos motores estereotipados ou 
repetitivos (ex: abanar as mãos, balançar 
o corpo incessantemente), uso não 
convencional de objetos (por exemplo: 
virar o carrinho ao contrário e girar as 
rodinhas por vários minutos; alinhar 
brinquedos), ou da fala, como a ecolalia 
(quando a criança faz o mesmo som, 
repetitivamente) e frases idiossincrásicas 
(fora do comum, sem sentido aparente).
2. Adesão inflexível a rotinas ou padrões 
ritualizados do comportamento (por 
exemplo, a angústia extrema em pequenas 
mudanças, dificuldades com transições, 
padrões rígidos de pensamento, 
manutenção de rituais no dia a dia, como a 
necessidade de pegar a mesma rota ou 
comer a mesma comida todos os dias).
3. Interesses restritos e obsessivos 
que são anormais em intensidade ou 
foco (por exemplo, forte interesse ou 
preocupação com objetos incomuns, 
manias alimentares, atração por 
objetos que produzem movimentos, 
acúmulo de objetos).
4. Hiper ou hiporeatividade a 
estímulos sensoriais ou interesses 
incomuns por aspectos sensoriais do 
ambiente (por exemplo, aparente 
indiferença à dor e à temperatura; 
resposta adversa a sons específicos 
ou texturas; mania de cheirar e/ou 
tocar determinados objetos; 
fascinação por luzes ou movimento).
Características observáveis em cada critério, de 
acordo com o DSM-5:
C. Os sintomas devem estar presentes na primeira 
infância, mas podem não se manifestar completamente 
até que surjam as demandas sociais.
Características observáveis em cada critério, de 
acordo com o DSM-5:
D. Os sintomas, juntos, limitam e prejudicam o dia a dia do 
indivíduo.
- Para se qualificar para um diagnóstico: o indivíduo deve 
exibir 3 características relativas à comunicação social e 
pelo menos duas na categoria de interesses restritos e 
comportamentos repetitivos. 
- Esta segunda categoria inclui agora novas 
características não apresentadas no DSM-4: 
sensibilidades sensoriais ou interesses sensoriais 
incomuns.
- O autismo é uma condição permanente, ou seja, a 
criança nasce com autismo e torna-se um adulto com 
autismo. 
- Cada pessoa com autismo é única e todas podem 
aprender, cada uma à sua maneira.
- Diagnóstico: observações do comportamento da 
criança e por entrevistas feitas com os seus 
responsáveis. 
- Não há exames de sangue, nem características 
físicas que identifiquem o autismo, por isso, os 
médicos devem usar a observação cuidadosa dos 
comportamentos para determinar se as dificuldades 
de uma criança estão relacionadas ao transtorno. 
- Diagnóstico: durante o período pré-escolar mas, nos 
casos de crianças que não possuem dificuldade 
significativas na comunicação social, esse 
diagnóstico pode ser feito tardiamente, geralmente 
quando a criança inicia a fase escolar e, com ela, 
surgem as dificuldades relacionadas a alfabetização 
e socialização.
Curso e Prognóstico
- Estudos retrospectivos: > pais identificaram o inicio dos sintomas 
por volta dos 18 meses 
- Características podem ser notadas precocemente: 
• perda do sorriso social, 
• perda da expressão facial, 
• baixa atenção, 
• ausência de modulação do comportamento diante da presença 
de pessoas, 
• perda do contato visual e gestual 
• falta de resposta a estímulos auditivos
Curso e Prognóstico
- Fatores preditores do curso e do prognóstico: 
• presença de alguma linguagem por volta dos 5/6 anos, 
• inteligência não- verbal
• gravidade da condição
• resposta a intervenção educacional 
Curso e Prognóstico
- estudos longo prazo: 2/3 das crianças autistas - 
prognóstico pobre: incapazes de viver independente 
- 1/3 conseguem atingir certo grau de independência e 
auto-suficiência, e, como adultos, estabelecerem um 
desenvolvimento razoável, com ganhos sociais, 
educacionais ou vocacionais, contudo, apenas 1 décimo 
é capaz de exercer atividade profissional com eficiência 
Aspectos Neurológicos
Muitas das características percebidas no Autismo estão 
relacionadas com funções do lobo frontal, principalmente ao 
que se refere as funções executivas. Uma das funções 
centrais desta porção cerebral está ligada a capacidade de 
planejamento para atingir metas, tarefa esta que necessita de 
flexibilidade cognitiva, característica encontrada como 
deficitária no Autismo.
Os indivíduos que sofreram lesões nas áreas corticais pré-
frontais apresentaram características muito semelhantes ao 
Autismo. Demonstraram alterações de personalidade, perda 
do juízo crítico, dificuldades de atenção e problemas na 
memória de trabalho e prospectiva 
Aspectos Neurológicos
O lobo frontal ocupa cerca de 1/3 do 
encéfalo humano e tem como tarefa executar 
tarefas a partir de informações recebidas 
pelas porções posteriores do córtex, que são 
formadas por regiões responsáveis pelas 
informações sensoriais, sendo que a porção 
pré-frontal ou anterior prepara e organiza as 
informações ligadas a emoção, memória e 
atenção, que provém do sistema límbico ou 
do cerebelo
Aspectos Neuropsicológicos
TEORIAS NEUROPSICOLÓGICAS - Nos últimos anos houveram muitas 
investigações no nível das teorias cognitivas na tentativa de compreender a 
relação do cérebro e o comportamento autista. Na teoria cognitiva há três 
ramificações teóricas: teoria da mente, teoria das funções executivas e teoria 
da coerência central.
Teoria da Mente Theory of Mind - ToM
- Habilidade de atribuir e representar, em si próprio e nos outros, os estados 
mentais independentes - crenças, intenções, desejos, conhecimento, etc - e 
de compreender que os outros possuem crenças, desejos e intenções que 
são distintas da sua própria.
- Bases neurais da empatia - dependem da integridade dos corpos 
amigdaloídes, cortíces frontal medial e orbitofrontal, sulco temporal superior 
e do giro temporal superior. = CÉREBRO SOCIAL 
- Crianças com autismo de alto funcionamento apresentam prejuízos na 
habilidade de compreender os estado mentais representacionais: 
ÁREAS AFETADAS PELO AUTISMO:
O autista geralmente tem comprometimento nas quatros 
dimensões: Biológica, cognitiva, social e afetiva.
INSTÂNCIAS DE AFETAÇÃO: 
• Recepção sensorial: visual, auditiva, olfativa, tátil sinestésico e 
gustativa.
• Expressão motora: equilíbrio, maneirismo, movimento repetitivo, 
praxias, etc.
• Expressão verbal: linguagem e comunicação.
• O tratamento para o Autismo envolve intervenções multidisciplinares nos 
aspetos: neurológicos, biológicos e psicológicos.
Cognição 
- RM - associado a 75% 
- Autismo clássico pode estar presente em pessoas com 
QI normal ou superior - assim, o teste de QI não é 
critério diagnóstico 
- Autistas com QI normal podem apresentar dificuldades 
na linguagem oral e escrita 
- São piores na sequencia verbal; capacidade de 
abstração e seleção de estímulos sensoriais 
competitivos 
- Áreas preservadas e os indivíduos exibem habilidades 
surpreendentes e prodigiosas: “ilhas de precocidade” 
- “Ilhotas de habilidades especiais”ou Splinter skills - 
habilidades preservadas ou altamente desenvolvidas 
em certas áreas do cérebro, que contrastam com os 
déficits gerais de funcionamento da criança; 
- Criança com facilidade em decifrar letras e números as 
vezes precocemente (hiperlexia) mesmo que a 
compreensão seja prejudicada 
Cognição 
Aspectos Neuropsicológicos
Cognição 
- Á10% dos indivíduos com autismo exibam uma forma de 
savant - desempenho alto em uma habilidade específica na 
presença de RM leve ou moderado; 
- esse fenômeno se relaciona a um âmbito reduzido de 
capacidades -
• memorização de listas ou de informações triviais,
• cálculos de calendários, 
• habilidades visuoespaciais, tais como desenho ou 
habilidades musicais envolvendo tonalidademusical perfeita 
ou tocar uma peça musical após te-la ouvido somente uma 
vez. 
Cognição 
The Good Doctor: nova série da ABC será 
sobre um cirurgião com autismo e 
síndrome de savant
Stephen Wiltshire é um artista e consegue 
memorizar várias cenas em poucos minutos, 
e depois reproduzi-las com um número 
absurdo de detalhes em forma de desenhos.
Cognição 
- O perfil típico na aval são déficits significativos em: 
• raciocínio abstrato, 
• formação de conceitos verbais
• habilidades de integração 
• nas tarefas que requerem raciocínio verbal 
• compreensão social 
Cognição 
- Funcionamento Mental do autista: Sistematizar : direcionar 
a análise de sistemas de modo a compreender e predizer o 
comportamento de determinada situação 
- o modo como esse sistema faz sentido é em termos de 
regras e regularidades e, crianças que apresentam essa 
obsessão frequentemente se interessam por: sistemas 
mecânicos (movimento da agua, ventiladores) 
Cognição 
- Preferência por raciocínios repetitivos e sequências em 
detrimento de raciocínio e integração: assim, os autistas 
exibem um estilo de aprendizado fragmentado, não 
completam partes de algumas tarefas, comunicação ou 
situações em conjunto de forma coerente 
- Predileção a rotinas - pode estar relacionado ao prejuízo das 
funções executivas: possíveis disfunçõess pré frontais o que 
gera disturbios no controle atencional e perseverações 
- preferem as tarefas repetitivas, memória verbal e testes de 
reconstrução visual das partes para o todo 
Cognição 
- Funções executivas: qdo prejudicadas podem resultar em 
dificuldades de planejamento e manutenção de um objetivo 
em mente quando sao executados os passos para fazê-lo
- do aprendizado por meio de feedback e da inibição de 
respostas irrelevantes e ineficientes
- Estudos documentaram diversos deficit cognitivos-sociais 
em todo espectro autista: 
• dificuldades em reconhecer e expressar emoções, 
apreender pensamentos e recrutar informações para 
predizer e explicar comportamento. 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
- Existem atualmente vários instrumentos que auxiliam na 
determinação de sintomas de autismo durante o processo de 
avaliação diagnóstica. 
- Profissionais em vários países têm se utilizado de uma 
combinação de diferentes instrumentos, analisando todas as 
informações obtidas através destes, juntamente às informações 
obtidas através da entrevista inicial com os pais bem como da 
observação direta da criança em diferentes contextos. 
- Dessa forma, é realizada uma determinação acerca do 
diagnóstico.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
-Para os pais/professores:
PDDBI (Inventário Comportamental dos Transtornos Invasivos do 
Desenvolvimento);
GARS-2 (Escala de Avaliação de Autismo de Gilliam);
CARS (Escala de Avaliação de Autismo na Infância);
ICA (Inventário de Comportamentos Autísticos);
ADI-R (Entrevista Diagnóstica para Autismo);
ADOS (Observação Diagnóstica Programática para Autismo).
ABC (Lista de checagem de comportamento autístico),
OBS: esses instrumentos são relacionados a
avaliação do comportamento autista.
Childhood Autism Rating Scale_ CARS (Escala de avaliação para autismo 
infantil), desenvolvida por Schopler et al., 1980.
A CARS é baseada nas definições de autismo apresentadas por Rutter, Ritvo 
e Freeman.
Os aspectos comuns entre essas definições são: 
i) desenvolvimento social comprometido em relação às pessoas, objetos e 
acontecimentos; 
ii) distúrbio da linguagem e habilidades cognitivas; 
iii) início precoce do transtorno, antes dos 30 meses de idade.
A escala é um instrumento para observações comportamentais, sendo 
administrada na primeira sessão de diagnóstico. 
É composta por 15 itens, sendo que cada um deles é pontuado num 
continuum, variando do normal para gravemente anormal, todos contribuindo 
igualmente para a pontuação total.
Autism Behavior Checklist -ABC (Lista de checagem de comportamento autístico), 
desenvolvida por Krug et al., 1980. O ABC é um questionário constituído por 57 itens, 
elaborados para avaliação de comportamentos autistas em população com retardo mental, que 
tem ajudado na elaboração de diagnóstico diferencial de autismo.
Esta lista de verificação foi desenvolvida a partir do registro de comportamentos, selecionados 
de nove instrumentos utilizados para se identificar o autismo.
Os itens desta escala, na forma de descrições comportamentais, foram agrupados em 5 áreas 
de sintomas: sensorial, relacionamentos, uso do corpo e de objetos, linguagem, e habilidades 
sociais e de auto-ajuda.
A análise da escala propõe 17 itens comportamentais pontuados com nota 4, que são 
considerados altamente indicadores de autismo, 17 itens pontuados com nota 3, 16 itens 
pontuados com nota 2, e 7 itens comportamentais com nota 1, considerados pouco indicadores 
de autismo.
O resultado médio dos estudos de validação do instrumento é 78 pontos para o autismo e 44 
pontos para o retardo mental grave. O ABC, aparentemente, é capaz de identificar sujeitos com 
altos níveis de comportamento autista .
Autism Diagnostic Interview – ADI (Entrevista diagnóstica para autismo), (Le Couteur et al.,
1989). É uma entrevista planejada para ser utilizada junto aos pais, com o objetivo de fornecer 
um diagnóstico diferencial dos transtornos globais do desenvolvimento.
O foco de atenção dela é baseado em três áreas principais do desenvolvimento:
a) as qualidades da interação social recíproca;
b) comunicação e linguagem;
c) comportamentos repetitivos, restritivos e estereotipados.
Além destes aspectos, são abordados outros fatores considerados importantes para o 
planejamento do tratamento do indivíduo, tais como hiperatividade e auto-lesão.
O entrevistador busca investigar os primeiros cinco anos de vida dele, pois é o período em que 
certos aspectos são mais evidentes para o diagnóstico.
Foca também os últimos 12 meses anteriores à entrevista. A pontuação das questões varia de 
0 a 3, em uma gradação onde o valor “0” significa a ausência do comportamento investigado 
na questão, “1” que ele está presente mas não de modo grave, e “2” ou “3” informam que está 
presente de modo acentuado ou grave.
Esta entrevista mostra-se eficaz em discriminar sujeitos com autismo e sujeitos não autistas 
com retardo mental.
Autism Diagnostic Interview-Revised – ADI-R (Entrevista diagnóstica para autismo 
revisada), desenvolvida por Lord, Rutter, & Le Couteur, 1994, é uma revisão da ADI, 
que deve ser administrada junto aos pais, com o objetivo de obter descrições 
detalhadas dos comportamentos que são necessários para o diagnóstico diferencial 
dos Transtornos globais do desenvolvimento (TGD), e especialmente para o 
diagnóstico de autismo.
A versão revisada, foi resumida e modificada para adequar-se a crianças com idade 
mental de aproximadamente 18 meses até a vida adulta, e está vinculada aos 
critérios do DSM-IV e da CID-10.
A entrevista é aplicada em aproximadamente 1 hora e meia para crianças de até 
quatro anos, e torna-se um pouco mais demorada quando se trata de crianças mais 
velhas.
A pontuação é feita baseando-se no julgamento do entrevistador com relação aos 
códigos que melhor representam os comportamentos descritos pelo entrevistado.7” 
para sujeitos não-verbais (não-verbal significa pontuação ”0” em “nível de 
linguagem”).
Autism Diagnostic Observation Schedule – ADOS 
(Protocolo de observação para diagnóstico de autismo), desenvolvido por Lord et al., 1989.
O ADOS é um protocolo padronizado de observação e avaliação dos comportamentos sociais 
e da comunicação da criança e do adulto autista, originalmente planejado para pessoas com 
idade mental de 3 anos ou mais.
O propósito deste roteiro é fornecer uma série de contextos padronizados, visando a 
observação do comportamento social e comunicativo de indivíduos com autismo e transtornos 
relacionados.A observação comportamental visa satisfazer duas finalidades.
A primeira delas, diagnóstica, distingue autismo de outros portadores de deficiência e de 
funcionamento normal.
ICA (Inventário de Comportamentos Autísticos):
Questionário em forma de entrevista , aplicado em pais, cuidadores e 
professores;
É uma lista contendo 57 comportamentos atípicos, organizados em cinco 
áreas: sensoriais, relacionais, imagem corporal, linguagem, interação social 
e autocuidado;
Tem como objetivo ajudar no diagnóstico diferencial das crianças suspeitas 
de autismo;
No Brasil, a lista foi traduzida em 2005 por Marteleto & Pedromônico;
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Para crianças mais novas:
Escalas de Aprendizado no Início da Vida, de Mullen e o Bayley-III (Escalas 
do Desenvolvimento Infantil de Bayley ;
M-CHAT (Lista Modificada de Verificação de Autismo em Crianças 
Pequenas);
ATA (Escala de Avaliação de Traços Autistas).
Para crianças mais velhas:
Stanford-Binet e o WISC-IV (Escala de Inteligência para Crianças de 
Wechsler);
Leiter-R;
SIB-R (Escalas de Comportamento Independente) e o Vineland (Escalas de 
Comportamento Adaptativo de Vineland).
Checklist for Autism in Toddlers, CHAT (Escala para rastreamento de 
autismo em crianças com até 3 anos) , desenvolvida por Baron-Cohen, 
Allen & Gillberg, 1992.
É uma escala diagnóstica desenvolvida para o estudo de indicadores 
precoces de autismo.
Ela é composta de um questionário que pode ser preenchido pelos pais 
e complementado por uma observação comportamental da criança.
Modified Checklist for Autism in Toddlers – M-CHAT (Escala para 
rastreamento de autismo modificada) desenvolvida por Robins DL, Fein D, 
Barton ML, Green JA, 2001.
A resposta aos itens da escala leva em conta as observações dos pais com 
relação ao comportamento da criança.
Essa escala é uma extensão da CHAT, consistindo em 23 questões do tipo sim/
não, que deve ser autopreenchida por pais de crianças de 18 a 24 meses de 
idade, que sejam ao menos alfabetizados e estejam acompanhando o filho em 
consulta pediátrica.
O formato e os primeiros nove itens do CHAT foram mantidos. As outras 14 
questões foram desenvolvidas com base em lista de sintomas freqüentemente 
presentes em crianças com autismo.
Resultados superiores a “3” (falha em 3 itens no total) ou em “2” dos itens 
considerados críticos (2,7,9,13,14,15), após confirmação, justificam uma 
avaliação formal. Foi traduzida e adaptada para português no Brasil por Mirella 
Fiuza Losapio e Milena Pereira Pondé, 2008.
Escalas validadas no Brasil
Escala d´Avaluació dels Trests Autistes, ATA (Escala de avaliação de traços autistas), 
desenvolvida por Ballabriga et al., 1994.
Esta escala foi traduzida e adaptada para o Brasil por Assumpção Jr. et al em 1999.
A ATA é uma escala de avaliação de traços autistas baseada nos critérios do DSM-III-R.O 
trabalho de adaptação desta escala para a língua portuguesa envolveu o estudo de sua 
aplicabilidade em nosso meio, além de validá-la e adaptá-la aos atuais critérios do DSM-
IV.ndamenta-se na observação.
Esta escala fornece o perfil de conduta da criança, e permite acompanhar a evolução dos 
casos, sendo administrada após obtenção de informação detalhada e com duração média de 20 
a 30 minutos. 
Esta escala é composta por 23 sub-escalas, que pode ser aplicada em crianças acima de 2 
anos;
Tem como finalidade detectar casos suspeitos de autismo e acompanhar a evolução dos casos.
A pontuação varia de “0” a “2” para cada sub-escala, pontuando-se a escala no momento em 
que um dos itens for positivo, e totalizando-se através da soma de todos os valores positivos da 
escala. Cada subescala tem no mínimo 3 itens e no máximo 8.
Autism Screening Questionnaire -ASQ (Questionário de triagem para 
autismo), desenvolvido por Rutter et al., 1999.
O ASQ foi planejado por Michael Rutter e Catherine Lord, para ser 
completado pelos pais ou cuidadores de indivíduos com suspeita de 
diagnóstico de TGD. O ASQ consiste em 40 questões extraídas da ADI-
R, que foram modificadas para tornarem-se mais compreensíveis aos 
pais.
Psicóloga especialista em Neuropsicologia pelo IPqHCFMUSP; Mestre em Ciências pelo 
programa de Neurociências e Comportamento - NEC - IPQ HCFMUSP, Psicóloga 
colaboradora no Serviço de Psicologia e Neuropsicologia do IPqHCFMUSP; Responsável pelo 
Grupo de Memória no Hospital-Dia Infantil do IPq HC FMUSP.
marianaassed@gmail.com
mariana@neuracademy.com
Mariana Medeiros Assed 
OBRIGADA
Profa. Mariana Medeiros Assed

Continue navegando