1 Seminário V Resenha do texto João Lucas Moraes Pavão

U NI R I O \u2013 U n i ve rs i da d e F ed era l d o Estad o d o Ri o d e Ja ne iro A lu n o : J oão L uc a s M o rae s Pa v ão M atr í c ul a : 20 15 .1. 36 1.0 09 Se m i ná rio V - Dire i to Ec on ôm i c o Pro f.: Ri c a rdo Si c h el TR A B A LH O S EMES TR A L \u2013 R ES EN H A DO TE X TO \u201cA n ál i s e dos a t o s de con cen t raçã o no B rasi l F orma, fun ção e o incrementa l ismo ref o rm i sta d o C A D E \u201d 1ª Part e da Res enh a ( pág i n as 1 a 7) I ntr od ução O te xt o tra ta, i n ic i a l m e n te , d as in o v a ç õ e s trazid as pe l a Le i n º 12 . 52 9 /1 1 , q u e v ei o s u b s ti tui r a a n ti ga L e i Co n c o rre ncia l n º 8 .8 8 4 /9 4. Es ta n o v a le i sim p li fi c ou , do p o n to d e v ista in s ti tu c io n a l , a org an i z a ç ã o do Sis te m a Bra s i le iro d e D e fe s a da Co n c o rrê n c i a (SBD C), cria nd o um c on sel h o c om fu n ç ã o ju di c an te , u m a s u pe ri n te n d ê n c i a g era l c o m fu nç ã o in s tru tó ria e p roc e s s an te e u m d ep art a m e n to e c o n ô m i c o c o m fu nç ã o de as s es s ora m en to . Tai s rep a rti ç õe s v ie ram a s u b s ti tui r o an tig o de s en ho , qu e e ra com p o s to p e la Sec re ta ria de A c o m p a n h amen to Ec o n ô m i co (SEA E), Se c re tari a de D i re i to Ec o n ô m i c o (S DE) e p e l o Con sel h o A dmin istra ti v o d e Defe s a Econ ôm i c a ( CA D E). Do p on to d e v ista s u b s ta nti vo , a n o v a L e i t ro u x e a n ec e s sid a de d a s e m pre s a s com u m d et erm i n a do p ata m ar d e fa tu ram e nto c o m u n i c a re m a o CA DE a nte s d e rea li z a rem qualquer op er aç ão que alt er e a e s trut u ra do s m erc a do s , c o m o u m a fu s ã o ou um a in c orp ora ç ã o , p o r e xe m pl o . N este c a s o, o n eg ócio s ó p o d erá s e r con c l u í do s e o C A DE a pro va r a o p e ração . Es te a rti go s e pro p õ e a re s po n d e r qu ai s s ã o as rep e rc u s sõe s de s ta e x ig ê n c i a de p rév ia c o m u n i c a ç ã o a o CA DE qua nd o tra tamos de s s a s o pe ra ç õ e s , ta m bé m c ha m ad as d e \u201cat os de c o ncen tração \u201d . Q ua l é a fu nção d e ss e con tro le ? Q ua l o for m a to de sse c o n tro le sob a ég id e d a n ov a L ei ? Po s te rio rm e n te o A rtig o fa rá u m a c om p ara ç ã o ju ri s p ru d e n c i a l en tre a Le i bra s i le ira nº 1 2. 52 9 /1 1 e as p ri ncip ai s ju ris d iç õ e s c o n c o rre n c i ai s do m un d o , q u a is s ej a m , a no rte a m e rican a e a da U ni ã o Euro p e ia . T a l compa ração s e ju s ti fica, po is b u sc ar - se -á o m o ti vo qu e pre s i d i u es t a a l te raç ã o , qu e ta n to ap rox im o u o m od o de fu ncio na m e n to do a rran jo bra s il ei ro ao d as já c i ta da s j uri s d i ç õ e s con c orre n c i a i s . O A rtig o d ef en d e rá a t e s e d e q ue t a is m u d a nças fo ra m fru to s de u m l on g o p roc e s s o de s u c e ss iv as ref o r m as in c re m en ta is qu e te m oc o rri d o n o SBD C de fo rm a s in c ron i z a d a c o m o ambi e n te lo c al , o u s e ja , tra ta-s e de um amad u re c i men to gra du a l e pa u l a ti no do SBDC. A fun çã o d o c ontrol e d os ato s de co nc e nt r a ç ã o: pre s e r v ar a s e strutu ras d e m e rca do O ob je ti vo pri n c i p a l do c on tro l e do s at o s de c on c en tra ç ão da s empre s a s é ev it a r qu e a s op era ç õe s d e m ud an ç a s na s e s trut u ra s e m p re sari a i s s e j a m pre ju d i c i a i s à c o m p e ti tiv id ad e, d e t a l fo rm a q u e s ua s no va s c o n fi gu ra ç õ e s , s e fo re m d esarra z oa d a m e n te c on c en trad a s, g e re m u m e s fria m en to do m e rc a d o . Pa ra en te n de rm os m e l ho r o te m a a bo rd a d o, é pre c i s o s a b er, pre v ia m e n te , q ue , no m e rc a d o , o pro d u to r bu s c a s e m p re a pro d u ç ã o máx im a m ai s ren táv el pa ra s i, di ta nd o a s s i m a of e rta do s p rod u tos. Po r ou tro l ad o, o c on s um i d o r b us c a pa ra s i os pro du to s c o m m á x im a u til id a d e e m en or p reço d e merc a d o , d i ta nd o , a s s im, a d em a n d a . Dit o i s s o, imag i n e m o s q u e qu an d o há u m e q u i l í bri o e ntre o fe rta e d e m a n d a, h á ta m bé m um m e rc a d o aq u e c i d o . E p ara man te r e s te e q ui l í br io , é pre c i s o qu e ha ja co m p e ti ç ã o de pre ç o s , pa ra qu e o c on s u m id o r po s s a en c o n tra r o m en o r pre ç o de m e rc a d o e recu s ar q u a l qu er o fe rta a p re ç o sup e ri o r a o d e e q ui l í bri o . Do c o n trá rio , o u s e ja , ha ve n d o uma fi rm a m on op ol ista , a s c u rv a s d e de m an d a e d e o fe rta, qu e s e ri a m d o con ju nt o do m e rc a d o , p as s a m a s e r a s c u rv as d e o fe rta e d eman da d a p róp ri a f i rm a m o n o p o l ista . Dess a f o rm a , h á u m a id en tif icaç ã o d o c o m p o rta m en to do m er cad o c o m o c o m p o rta m e nto da fi rm a , o q ue s e ri a um po de r de d isc ricio n a ri ed ad e sob re o m ercad o a m ea ç ad o r. Dit an do o p r e ç o de s s a forma, a e m p resa m on op o l i s ta a c a b a ve nd e n d o em m e n o r q ua nt id ad e o s eu pro du t o, p oi s o c o n s u m i d o r, po r f al ta de c ompa ra ç ã o de pre ç os no m e rc a d o , a c a b a pagando um valor s uper ior ao ne c ess ário para a utilidade daquele p rod ut o o fe rta do . Em s u m a , a E m p re sa M o n o poli s ta , p od e ri a l uc ra r m u i to m a i s e m q ua nt id ad e , di m in ui n do u m po u c o o pre ç o po r m er c a do ri a, s e e s t iv e s s e in s ert a e m u m c o n te xt o con c o rre n c i a l. N e s s e c en ári o qu e estamos d i sc uti nd o , o b s e rv a -s e u m a pe rda na al ocação do s recurso s s o c i a i s . H á, ain d a , a ex c lu s ão de um s e g m e n to do s c on s u m id o res, qu e s e recusarã o a ad q u iri r d e te rm in ad o b em, q ue po s s i v el m e n te a p re s e n ta v al o r sup eri or a os respe c tiv os pre ç o s de reserv a (ou sej a , o qu a n to o c o n s u mid or s e di s põ e a pa ga r p or u m be m.). N es ta úl ti m a hi p ó te s e , o s re c ur s os acab a m de i x an d o d e s e r e m p reg ad os na qu il o qu e o c o n s u m id o r rep uta c o m o pri m ei ra ut i li da de , é o qu e c h a m a mos d e \u201cd e a d w ei gh t lo s s \u201d ou \u201cpe s o m ort o \u201d . A econ o m i a ne oclá s s i c a t ra z , a in d a , mai s u m a c on s eq uê n c i a do m on op ó l io de m e rc a d o , qu a l s ej a, o c o m p o rta m en to de fe n s i v o da e m p resa m on o p o l ista. Ela u s a rá d os rec u rs o s ob ti do s pe lo p reço pra t ic a d o acim a d o pre ç o de res e rv a, pa ra a dq u i rir fa c il i d ad es le ga is, a cap tura de ag e n te s go v ern am e n ta is , um a p red a tó ri a d i f ere nc i a ç ã o d e p ro d ut os vi a P&D ( Pes q u i s a e De s e n v ol v im e n to ), e tc. To da s e s ta s c o n d ut as co m o in tu it o de pro te ge r o mon o p ó l io in v ia bi li z a m a a s c e n s ã o d e no v as e m p re s a s c o m p e ti do ra s . N ã o o bs t an te estas c on s eq u ê n c i a s d o m on op ól i o el uc i d a da s , m u it a s v ez e s o m o n o pó li o é a ú n ica e s tru tu ra v iá v el pa ra se org an iz a r um seto r. M e s m o a s s i m, e nt en d er e s ta s c o n s e q u ê ncia s faz - se n e c e ss ári o p a ra a an á li s e d o s a to s de c o n c e n tra ç ão . O q ue no rte ia o formul a d o r da p o l í t i c a c on c orre nc i a l é, em u ma da da rea li da d e e c on ôm i c a , o bte r o arra n jo q ue m a i s s e a p rox ime d e u m a m bi en te d e c o n c o rrê n c i a , em qu e a e ficiê n c i a é máx im a . Em ou tra s p al av ras, o pa p e l do di re i to da c on c orrê nc i a é ev ita r, tan to q ua nt o po s s í v el , q ue os at o s de con c e n tra ç ão i m p on h a m u m a de forma ç ã o es tru tura l, i s to é, q u e p rod uzam a rran j o s cap a z e s de , se m j u s ti ficati va razoá ve l, a f as ta r os m e r c ad os de u m a e s tru tura c on c orre nc i a l e ap rox im á-l o s d e u m a e s tru tu ra mon o p o li s ta . Pe lo e xp os to , c on c lu i-s e q u e o Dire i to Con c orre nc i a l bu s c a ev it a r q ue o s a to s d e c o n c e n tra ç ão m it ig ue m a l i v re c on c o rrên c i a e, c on seq u e n te m en te, di m i n u a m o be m e s ta r do c on s u m i d o r, v i s to qu e, as e m p res a s c o m el ev ad o po d e r ec o n ô m i c o te nd e m a a bu s ar d e s te po de r. M as o Dire i to Co n c o rre n c i a l n ão p od e p e rd e r d e vi s ta a s ne c ess id a d e s e a n a tu rez a d e c a d a fat i a de m erc a do , v i s to qu e, m u i ta s v e z e s , a c o nc e n tra ç ão da s empre sas po de m tra z er b en e f í c io s c omo mai or e fi c iê nc i a p rod u ti v a, n ov os pro du tos, n o v a s t e c n o l o g ia s e e tc. D e v e, en tã o, o Dire ito Con c o rren c i a l, s er di n â m i c o , ad a p tá ve l e m od ul á v el , pa ra reg ul am e n ta r os m ai s v ari a d os m e r c ad os , g a ra n ti n d o s e m pre a li vre c on c orrê nc i a . Pa ra iss o, o c on tro le de e s tru tura s c o s tu m a atu ar em do is p a s s o s : id en tif icação e s a n c i o n a m e n to . A id e nti ficaç ã o o c orre com a n o ti fi c ação d e a tos qu e, e m ra z ão d e sua c o n c e n tra ç ão , po de m te r rep e rc u s s ão na estrut u ra do m erc a d o. Dos at o s no tif icad os , s o m e n te a q u el es q u e s e m o s tra re m ex c e s s i v os , i s to é , c u j o s c u stos a o m o d e lo c o n c o rre n c i a l fo rem s u p e ri o re s a o s b e n e fí cio s a d v in do s da op era ç ã o , s erã o rep rov ad os .

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