Aula 02 ABERTURA CORONÁRIA 1

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ABERTURA CORONÁRIA
DE DENTES ANTERIORES E 
POSTERIORES
Natália Gomes de Oliveira
2018
O sucesso do tratamento endodôntico depende da soma
de vários fatores, desde um diagnóstico correto até uma
obturação e um procedimento restaurador adequados.
Uma das etapas mais importantes é a abertura coronária
que, quando bem realizada, propiciará condições
favoráveis a todos os passos que a sucedem.
Lopes e Siqueira, 2015
QUAL O 
OBJETIVO?
Permitir que o instrumento endodôntico penetre no canal
de maneira livre e direta, atuando em toda a extensão do
comprimento de trabalho.
Persistência de lesão apical
FADIGA DO 
INSTRUMENTO
AVALIAÇÃO PRELIMINAR
• Exame clínico
• Tomadas radiográficas (calcificações, número de canais, curvaturas, 
lesões)
• Remoção de tecido cariado e restaurações
CUIDADO
• Cárie, Abrasão, 
Atrição 
• Calcificações 
pulpares
Modificam a 
anatomia interna da 
cavidade pulpar
Dificultam o acesso 
aos canais radiculares
ROSTRUM CANALI
MEDIDAS PRELIMINARES
• Verificar a inclinação do dente e das raízes no arco
dentário;
• Remoção de toda dentina cariada e das restaurações
que impeçam o adequado acesso aos canais radiculares;
MEDIDAS PRELIMINARES
• Alisar as superfícies pontiagudas dos dentes, que
possam interferir na colocação do lençol de borracha e
facilitar a realização do isolamento absoluto;
• Estabelecer a área de eleição adequada de acordo com
as características anatômicas do elemento dentário.
ETAPAS 
OPERATÓRIAS
1. PONTO DE ELEIÇÃO
2. DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO
3. REMOÇÃO DO TETO DA CÂMARA
PULPAR
4. FORMA DE CONVENIÊNCIA
5. FORMA DE CONTORNO
PONTO DE ELEIÇÃO
• É o ponto escolhido para ser iniciado o desgaste do
dente
• Utiliza-se broca com tamanho compatível com o volume
da câmara pulpar avaliado através da radiografia inicial.
PONTO DE ELEIÇÃO
• Dentes ANTERIORES (ICS, ICI, ILS, ILI, CS, CI)
Está situado na face palatina, 2mm ABAIXO/ACIMA DO 
CÍNGULO 
CÍNGULO
PONTO DE ELEIÇÃO
ICI ICS
• Dentes POSTERIORES
PONTO DE ELEIÇÃO
Porção CENTRAL do sulco principal localizado na face oclusal. 
1º PMS
2º PMS
PONTO DE ELEIÇÃO
• Dentes POSTERIORES
Na FOSSA MEDIAL da superfície oclusal Porção CENTRAL do sulco principal 
1º PMI 2º PMI
PONTO DE ELEIÇÃO
• Dentes POSTERIORES
Localiza-se na fossa CENTRAL
MS
Ponte de esmalte poupada 
Localiza-se na fossa CENTRAL
MI
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO
• É a inclinação dada à ponta diamantada com a finalidade 
de alcançar a câmara pulpar, permitindo, assim, o acesso 
ao canal radicular 
(“CAIR NO VAZIO”)
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO
• Dentes ANTERIORES
Perpendicular ao longo eixo do dente 
até ultrapassar a espessura do 
esmalte
Paralela ao longo eixo, 
até atingir a câmara 
pulpar 
1º 2º 
ICS, ICI, ILS, ILI, CS, CI
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO
• Dentes POSTERIORES
Paralela ao longo eixo do 
dente até ultrapassar a 
espessura do esmalte
Inclinar levemente para 
a raiz palatina
PRÉ- MOLARES SUPERIORES
1º 2º 
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO
• Dentes POSTERIORES
1º PRÉ- MOLARES INFERIORES
Perpendicular à 
superfície
oclusal
1º Paralela ao longo eixo do dente,
fazendo uma leve inclinação em 
direção distal e vestibular
2º 
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO
• Dentes POSTERIORES
2º PRÉ- MOLARES INFERIORES
Paralela ao longo eixo do dente até alcançar a câmara pulpar 
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO
MOLARES SUPERIORES
Paralela ao longo eixo do dente1º Inclina-se a broca ou ponta diamantada 
na direção do canal palatino.
2º 
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO
MOLARES INFERIORES
Paralela ao longo eixo do dente1º Inclina-se a broca ou ponta 
diamantada na direção do canal distal.
2º 
VERIFICAÇÃO DO ACESSO A CÂMARA 
PULPAR
É feita com uma sonda exploradora RETA.
ANTERIORES E POSTERIORES
REMOÇÃO DO TETO DA CÂMARA 
PULPAR
Mesma broca esférica com 
movimentos de 
PINCELMENTO do interior 
para o exterior.
Verificação do remanescente da 
câmara pulpar
Deve ser realizado com a 
extremidade angulada da sonda 
exploradora, para verificar se ainda 
existe a presença de teto na 
câmara pulpar.
FORMA DE CONVENIÊNCIA
• Visa a remoção das convexidades nas paredes mesiais (e
demais paredes, se necessário) dos dentes posteriores e
desgaste do ombro lingual/palatino dos dentes
anteriores.
FORMA DE CONVENIÊNCIA
OMBRO 
PALATINO/LINGUAL
É representada pela 
projeção da dentina da 
parede lingual/palatina 
na entrada do canal 
radicular.
FORMA DE CONVENIÊNCIA
OBJETIVOS:
• Facilitar o acesso dos instrumentos endodônticos 
• Acesso direto e reto aos canais radiculares
• Permitir que a cavidade adquira paredes lisas e 
planas
FORMA DE CONVENIÊNCIA
• Deve ser realizado 
com a broca Endo Z;
• No ICI utilizamos 
pontas diamantadas 
tronco-cônicas com 
ponta inativa
FORMA DE CONTORNO
• É o formato obtido após o término da abertura coronária, variando
de acordo com a anatomia dos diversos grupos de dentes. É a
projeção externa da anatomia interna da câmara pulpar.
FORMA DE CONTORNO
DENTES ANTERIORES
Triangular Elíptica, em formato de chama de vela 
ou ponta de lança
INCISIVOS CANINOS
FORMA DE CONTORNO
DENTES POSTERIORES
PMS PMI
Ovóide ou elipsoide Ovóide ou circular
FORMA DE CONTORNO
DENTES POSTERIORES
MS
Triangular (3 canais) 
Trapezoidal (4 canais) 
MI
Triangular (3 canais) 
Trapezoidal ou quadrangular (4 canais) 
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES
• Abertura insuficiente
• Desgaste acentuado
• Queda de material restaurador na câmara pulpar
• Perfurações
• Calcificações
• Variações anatômicas
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES
TETO
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES
ACESSOS 
CONSERVADORES
Acesso 
tradicional
ACESSO NINJA
Acesso 
tradicional
Acesso 
conservador
Acesso ninja
O acesso à câmara pulpar deve ser amplo o
bastante para permitir uma boa instrumentação,
porém conservador o suficiente para garantir a
resistência e longevidade do dente, quando
restaurado.
Berger CR, 2018
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