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1 2 PRESIDENTE DA REPÚBLICA Luiz Inácio Lula da Silva MINISTRO DA EDUCAÇÃO Fernando Haddad GOVERNADOR DO ESTADO Wellington Dias UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ Luiz de Sousa Santos Júnior SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO MEC Carlos Eduardo Bielschowsky COORDENADORIA GERAL DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL Celso Costa SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ Antônio José Medeiro COORDENADOR GERAL DO CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA A DISTÂNCIA DA UFPI Gildásio Guedes Fernandes SUPERITENDENTE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NO ESTADO Eliane Mendonça CENTRO DE CIENCIAS DA NATUREZA Helder Nunes da Cunha COORDENADORA DO CURSO DE QUÍMICA NA MODALIADE DE EAD Rosa Lina Gomes do Nascimento Pereira da Silva COORDENADORA DE MATERIAL DE DIDÁTICO DO CEAD/UFPI Cleidinalva Maria Barbosa Oliveira DIAGRAMAÇÃO Joaquim Carvalho de Aguiar Neto Josimária da Silva Macêdo C837C Costa Filho, Otávio de Oliveira. Cálculo de uma variável para aplicação: módulo II/Otávio de Oliveira Costa - Teresina: UFPI/ CEAD, 2008. 165 p. 1. Cálculo Numérico. 2. Cálculo de variável. 3. Universidade Aberta do Piauí I. Título. 3 Esta é uma parte do Curso de Cálculo, voltado para Aplicações em ciências não-exatas. Veremos que a teoria é apresentada de modo quase completo, faltando para completá-la as demonstrações das proposições enunciadas. Apesar disso, é conveniente que os leitores deste livro possuam conhecimento de matemática equivalente ao ensino médio, nos tópicos como noções de conjuntos, funções, seqüências e suas convergências. Mesmo sem estes conhecimentos de maneira formal, acreditamos que uma rápida consulta á bibliografia, elucidará as questões. Este livro contém oito unidades, onde cada uma contém listagens de exercícios, que devem ser resolvidos. Os assuntos tratados e dispostos de forma lógica, estão nas seguintes: Unidade 1 - onde tratamos das idéias básicas sobre função, e o que é necessário para um entendimento da linguagem que será utilizada no texto. Esta unidade contém sete subunidades; A unidade 2 - trata de limites e continuidade, contendo seis subunidades, com exercícios que devem ser resolvidos, pois completam o texto, além dos exemplos que são elucidativos; A Unidade 3 - contém dez subunidades, com exercícios em cada uma, ela trata de derivação e diferenciação; Na Unidade 4 - é feita aplicações das derivadas e diferenciais, em APRESENTAÇÃO 4 sete subunidades que vão obter os procedimentos de construção de gráficos, curvaturas, assíntotas, etc. Na Unidade 5 - tratamos da integração, onde procuramos mostra principalmente os métodos de integração, e em particular a integração por parte. Na Unidade 6 - damos continuidade ao estudo de integração fazendo a integral definida em 4 subunidades; em continuação, fazemos a. Unidade 7 - onde é tratada algumas importantes aplicações das integrais em 4 subunidades. Na Unidade 8 - tratamos das integrais impróprias; Na Unidade 9 - examinamos as seqüências e séries em 8 subunidades, inclusive as séries de Taylor. 5 1 - NOÇÕES SUCINTAS DE FUNÇÕES 1.1 - Determinação de função ...................................................... 10 1.2 - Campo de definição de uma Função ................................... 10 1.3 - Função inversa ..................................................................... 10 1.4 - Função composta ................................................................. 11 1.5 - Função implícita ................................................................... 12 1.6 - Gráfico de uma função ......................................................... 12 1.7 - Gráficos de uma função elementar ...................................... 15 2 – LIMITES E CONTINUIDADE 2.1 - Limite de uma função ........................................................... 19 2.2 - Limites laterais ..................................................................... 20 2.3 - Infinitésimos e infinitos ......................................................... 23 1.4 – Continuidade ....................................................................... 26 2.5 – Descontinuidade .................................................................. 27 3 - DIFERENCIAÇÃO DAS FUNÇÕES 3.1 - Cálculo das derivadas(processo direto) ............................... 34 3.2 - Derivada ............................................................................... 35 3.3 - Derivadas laterais ................................................................ 36 3.4 - Derivada infinita ................................................................... 37 3.5 - Derivação por tabelas .......................................................... 40 3.6 - Derivadas de funções não dadas explicitamente ................. 44 3.7 - Derivadas de ordem superior ............................................... 47 3.8 - Diferenciais de primeira ordem e de ordem superior ........... 50 3.9 - Aplicação da diferencial para cálculo aproximado ............... 52 3.10 - Teorema do valor médio .................................................... 56 4 - APLICAÇÕES DA DERIVADA 4.1 - Crescimento e decrescimento das funções .......................... 66 4.2 - Extremos das funções .......................................................... 68 4.3 - Valores mínimos e máximos absolutos ................................ 71 4.4 - Concavidade e pontos de inflexão ....................................... 73 4.5 - Assíntotas ............................................................................ 76 4.6 - Construção de gráficos das funções pelos pontos característicos .............................................................................. 80 4.7 - Diferencial de arco e curvatura ............................................ 83 SUMÁRIO 6 5 - INTEGRAIS 5.1 - Regras principais para integração direta ............................. 91 5.2 - Método de substituição ........................................................ 95 5.3 - Integração por partes ........................................................... 99 6 - INTEGRAL DEFINIDA .......................................................... 103 6.1 - A integral definida .............................................................. 104 6.2 - Cálculo de integrais definidas usando as indefinidas ......... 107 6.3 - Teorema do valor médio para integrais ............................. 110 6.4 - O Teorema fundamental do cálculo ................................... 112 7.1 - Coordenadas polares ......................................................... 117 7.2 - Área de figuras planas ....................................................... 120 8 - INTEGRAIS IMPRÓPRIAS ................................................... 139 9 - SEQÜÊNCIAS E SÉRIES ..................................................... 145 9.1 - Séries numéricas ............................................................... 146 9.2 - Critérios de convergência de séries de termos positivos ... 147 9.3 - Critério da convergência de séries de termos positivos e negativos .................................................................................... 151 9.4 - Operações com as séries .................................................. 152 9.5 - Séries de funções .............................................................. 161 9.6 - Séries de potências ........................................................... 156 9.7 - Série de Taylor ................................................................... 166Nesta unidade procuramos fazer uma recapitulação dos pontos principais e que são de importância, no que vamos desenvolver nas demais unidades. 8 1 - NOÇÕES SUCINTAS DE FUNÇÕES ....................................... 9 1.1 - Determinação de função ........................................................ 10 1.2 - Campo de definição de uma Função .................................. 10 1.3 - Função inversa .......................................................................... 10 1.4 - Função composta ................................................................ 11 1.5 - Função implícita ................................................................... 12 1.6 - Gráfico de uma função ......................................................... 12 1.7 - Gráficos de uma função elementar ...................................... 15 SUMÁRIO 9 1 - NOÇÕES SUCINTAS DE FUNÇÕES (a) Números Racionais: O conjunto dos números racionais, denotado por Q , é o conjunto dos números que podem ser expressos na forma a b com a e b números inteiros e b 0 . Por exemplo: 23 ; 0 ; 0,36 ; 2,333. . . . (b) Números irracionais: Os elementos deste conjunto sao aqueles que não podem ser postos na forma de fração, que denotaremos por Q C , lemos o complementar de Q em R . Por exemplo: ; e ; 0,3323223222. . . . (c) Números reais: são aqueles formados pela reunião dos números racionais e dos irracionais, isto é. CQQR U= . exemplo: qualquer dos números acima. Representamos os números reais como uma reta orientada, isto é, marcamos sobre a reta uma origem, uma unidade de comprimento e uma direção (veja fig.1). O valor absoluto ou "módulo" de um número real é a quantidade denotada por |a| com a R e que definimos por |a| a a 0 |a| a a 0. 10 1.1 - Determinação de função Seja A R . Diz-se que f : A R é uma função real se, qualquer que seja x A , existe um número y R tal que y fx . Daqui em diante todos os valores serão estimados em grandezas reais e serão tidos como números reais, a não ser que especifiquemos em contrário. Além disso, como não deve ocorrer dúvidas, denotaremos a função f simplesmente por y fx , significando que y é uma função de x . Em geral necessitamos indicar o campo de definição ou domínio da função. 1.2 - Campo de definição de uma Função Denominamos "Campo de existência" ou "campo de definição" ou "domínio" de uma função y fx ao conjunto de valores de x para os quais a função dada está determinada. Por exemplo: y 1 1x2 , tem para campo de definição o conjunto dos números reais do intervalo 1 x 1 ou equivalentemente x R : |x| 1 . 1.3 - Função inversa Se cada y que são valores da função fx , e a equação y fx tem solução única com respeito a x , então existe uma função x gy tal que y fgy . Neste caso diz-se que a função y gx é a inversa de y fx pois gfx x e fx e gx são reciprocamente inversas, valendo as relações y fgy e x gfx . 11 Nota: Em geral, y fx determina uma função múltipla se x f1y de modo que y ff1y , para todos os y tais que y fx . Exemplo: Tome y 1 2x . Então x ln1y ln 2 . Note que o campo de definição da função y fx é x R e o campo de definição de x gy é y 1 . 1.4 - Função composta Uma função y de x pode ser dada por uma cadeia de funções ou equação como y fu , sendo u gx . Exige-se, é claro. que fu seja determinada para todos os valores de u que são valores de gx (veja fig.2). Figura 02 – [Scale=40] 12 1.5 - Função implícita Quando uma função é dada por meio de uma equação que não pode ser resolvida em relação à variável escolhida como independente, denominamos de função implícita. Assim: x 2 y2 1 define uma função y como implícita de x . 1.6 - Gráfico de uma função O conjunto dos pontos x,y R2 , ou melhor, do plano coordenado XOY, cujas coordenadas estão vinculadas pela equação y fx é dito gráfico da função f . 1) Demonstre as relações com a,b R . a) ||a||b|| |a b| b) |a.b| |a|. |b| e ab |a| |b| com b 0 c) |a|2 a2 d) a2 |a| EXERCÍCIOS 13 2) Resolva a) |2x 1| 1 b) |2x 1| 3 c) |3x 1| 7 d) |x 1| |x 1| 3) Sendo fx x 3 5x 2 10x 1 , determine: f1 , f0 , f1 , f2 , f2 , f3 , f4 . 4) Se fx 1 x 2 , quanto vale: f0 , f 1x , 1 fx 5) Determine a função linear tal que f1 2 e f2 3 6) Determine uma função racional inteira fx de grau 2 tal que f0 1 , f1 0 e f3 5 . 7) Determine o campo de existência (ou domínio) de: a) y x 1 b) y 14x2 c) y x x 2 2 d) y 2 x x 2 e) y log x 23x2 x1 f) y cos2x . 8) Dada a função fx 2x 4 3x 3 5x 2 6x 10 , descreva 14 x 12 fx fx e x 12 fx fx . 9) Uma função f é dita PAR se fx fx e IMPAR se fx fx . Verifique quais das funções abaixo são pares e quais são impares: afx ax ax bfx 3 x 12 3 x 12 cfx ln 1x1x dfx cos3x 10) Seja fx uma função PERIÓDICA. Isto é, Diz-se que fx é periódica de PERÍODO T se, fx fx T para todos os valores de x do Domínio da função. Qual das funções abaixo são periódicas? afx 5sen3x bfx senax cosbx; cfx sen 2x dfx cos x 11) Sendo fx x 2 e gx 2x , determine fgx e gfx 12) Encontre fffx se fx 11x . 13) Se fx 1 x 2 , determine fx 1 14) Determine as inversas das funções y se: ay 2x 3 by x 2 1 cy lnx/2 dy arc tg3x ey 3 1 x 3 fy senx RESPOSTAS: 15 1.7 - Gráficos de uma função elementar O gráfico de uma função fx é feito, de forma natural, por meio da marcação de pontos M jx j,yj , com yj fx j e j 1,2,3, . . . ,n com n suficientemente grande, de modo a deixar os pontos distribuídos de forma o mais denso possível, e unindo estes pontos por uma linha que procure contemplar os pontos intermediários. è aconselhável usar uma máquina para determinar estes pontos. A construção de gráficos vem facilitar o estudo das curvas elementares. Suponhamos y fx uma função a vamos dar algumas noções de como construir os gráficos. 1) y1 fx representa simetricamente o gráfico de fx em relação ao eixo dos x 2) y2 fx representa o gráfico simetricamente em relação ao eixo y 3) y3 fx a desloca o gráfico de fx ao longo do eixo OX , com valor de a 4) y4 b fx desloca o gráfico de fx ao longo do eixo OY com valor b . Veja os gráficos (fig.3 e fig.4) Figura 04 - veja uma aplicação do item (3) acima (em p lê-se ). 16 1) Construa o gráfico das funções racionais: ay x 3 by 2x 2 x 4 y x 3 3x 2 2) Construa o gráfico das funções fracionárias ou hipérboles: ay x 1x by x2x1 cy 1x3 dy 2x x21 3) Construa o gráfico dasfunções irracionais: ay x by 3 x cy 35 25 x 2 4) Construa o gráfico de funções trigonométricas: y senx ; y cosx ; y tgx ; y co tgx ; y secx ; y co secx 5) Construa os gráficos das funções exponenciais: iy a3 a 2,1/2,e iiy logax a 10,2,1/2,e RESPOSTAS: EXERCÍCIOS Aqui será tratado do limite das funções em geral, e em particular das seqüências. Procuramos tornar o estudo agradável, pois conduzimos de modo natural as questões de limites para chegarmos à noção de continuidade, cuja importância é marcante em matemática, pois veremos que tanto a derivação como a integração tem uma dependência muito grande deste conceito. 18 2 – LIMITES E CONTINUIDADE 2.1 - Limite de uma função ........................................................... 19 2.2 - Limites laterais ..................................................................... 20 2.3 - Infinitésimos e infinitos ......................................................... 23 1.4 – Continuidade ....................................................................... 26 2.5 – Descontinuidade ................................................................. 27 SUMÁRIO 19 2 - LIMITES E CONTINUIDADE Consideremos uma sucessão de números (ou pontos) x 1 ,x 2 , e um número (ou ponto) a . Diz-se que a é o limite da sucessão, e simbolizamos por limn xn a, se, para todo 0 , existe um número natural N N (número que depende da escolha de ) tal que, |xn a| n N . Por exemplo: Diz-se que limn 2n 1 n 1 2 porque 2n1 n1 2 1n1 1n1 se n 1 1 N , logo, podemos afirmar: para qualquer 0 (escolhido), existe um número N 1 1 tal que, vale a desigualdade n 1 1 . Logo, o número 2 é o limite da sucessão xn dada. Note que podemos indicar uma sucessão na forma xn x 1 ,x 2 , . . . ,xn , . . . . 2.1 - Limite de uma função Diz-se que uma função fx converge para A , quando x tende a (ou em símbolos: fx A quando x a ) ou mais precisamente, limxa fx A, se, qualquer que seja 0 , existe um número 0 ( ) tal que, |fx A| , sempre que 0 |x a| . Por analogia com as sucessões podemos por, lim x fx A, 0, 0 tal que, |fx A| |x| N. 20 Também, uma notação convencional seguinte: lim xa fx , que significa |fx| 0 , quando 0 |x a| 0 . 2.2 - Limites laterais Suponhamos que x a e x a . Então, por convenção, pomos x a 0 . Analogamente, se x a e x a , pomos na x a 0 . Denominamos de limite lateral à esquerda, no ponto a , ao número fa 0 limxa0 fx e limite lateral à direita no ponto a , ao número fa 0 limxa0 fx. OBS.: (1) Note que os termos à direita ou à esquerda se referem ao deslocamento de x , "rumo" ao ponto a , pela direita ou pela esquerda, sobre uma reta horizontal (veja fig. 5). (2) Dizemos que existe limite para a função fx quando x a , se é satisfeita a condição necessária e suficiente para a igualdade fa 0 fa 0 . 21 (3) Supondo que existam os limites limxa f1x e limxa f2x , então são válidas as propriedades: a. limxa0f1x f2x limxa0 f1x limxa0 f2x ; b. limxa0f1x. f2x limxa0 f1x. limxa0 f2x ; c. limxa0 f1x f2x lim xa0 f1x lim xa0 f2x com limxa0 f2x 0 . (4) Limites de uso freqüente: a. limx1 1x x limy01 y 1 y e com e = Número de Napier. b. limx0 sen xx 1 . Exemplo: Determinar os limites laterais da função y fx arc tg 1x quando x 0 . resolução: Sabemos que f0 f0 limx0arc tg 1x 2 e f0 f0 limx0arc tg 1x 2 . Logo, o limite da função dada quando x 0 , não existe. 22 1. Mostre que o limite da sucessão xn nn1 é 1 . 2. Calcule limn 1 n 2 2 n 2 n1 n 2 . 3. Calcule limn 1 2 14 12 n . 4. Calcule limn 1 22 23 2n 2 n 3 5. Calcule o limite quando x , das funções:(é usual dividir ambos os membros da função por xn onde n é a potência máxima dos polinômios) i 2x33x54x6 3x3x1 ii x 3 x310 iii x x x x 6. Se Px e Qx são polinômios inteiros e Px 0 então o limite da função Px Qx quando x a é encontrado diretamente substituindo x por a . Agora, se Px 0 Qx é recomendável simplificar a fração em uma ou mais vezes por x a . 7. Calcule os seguintes limites: i limx1 x31x21 ii limx5 x25x10 x225 iii limx2 x32xx24x4 iv limx1 1 1x 31x3 EXERCÍCIOS 23 8. Em um processo químico aumento da quantidade da substância em cada intervalo de tempo t , da sucessão infinita de intervalos jt, j 1t com j 0,1,2, . . . é proporcional à quantidade disponível da substância, que se tem no início deste intervalo e proporcional à grandeza do intervalo. Supondo que no início de tempo a quantidade da substância seja Q0 , Determine a quantidade da substância Qn no intervalo de tempo t . Se o aumento da quantidade da substância ocorre a cada n - parte do intervalo de tempo t 1n . Determine 9. Qt limnQt n 10. Sugestão: 11. Qt n Q0 1 ktn n 12. onde k é a constante de proporcionalidade.Veja que Qt Q0ekt . 2.3 - Infinitésimos e infinitos Definição: Denominamos de infinitésimos, a uma quantidade que é infinitamente pequena, isto é, simbolicamente x é um infinitésimo se |x| quando x a , ou seja, |x| quando 0 |x a| , 0 para x a . De modo análogo, determina-se a função infinitamente pequena x quando x . A soma e o produto de um número limitado de infinitésimos, quando x a , são, também, infinitamente pequenos quando 24 x a . NOTA: Se x e x são infinitésimos quando x a e limxa xx C , onde C é um número dado, não-nulo, então as funções x e x são denominadas de infinitamente pequenas de uma mesma ordem; se C 0 , então a função x é um infinitésimo de ordem superior em comparação com x . Também, denominamos de infinitamente pequena de ordem n a função x em comparação com a função x , se, lim xa x xn C, onde 0 C . Se limxa x x 1 diz-se que as funções x e x são equivalentes ou assintoticamente iguais quando x a , Simbolicamente x x . Por exemplo: Quando x 0 , senx x , tgx x , ln1 x x . OBS.: A soma de dois infinitésimos de ordens diferentes, é igual aos termos cuja ordem é inferior. Proposição:O limite da razão de dois infinitésimos não se altera, se os membros da razão forem substituídos por grandezas equivalentes. Prova: Óbvio. 25 Conseqüência: Para calcular o limite limxa x x quando x 0 e x 0 quando x a , pode-se somar ou subtrair ao numerador e denominador infinitésimos de ordem superior, escolhidos de tal modo que as grandezas resultantessejam equivalentes às subtraídas ou somadas. Por exemplo: lim x0 3 x 3 2x 4 ln1 2x limx0 3 x 3 2x 1 2 . Definição: Diz-se que uma função é infinita ou infinitamente grande quando x a , se dado qualquer número N (grande) existe um N , tal que quando |0 |x a| N , obtem-se |fx| N . Analogamente ao que foi feito para infinitésimos, pode-se fazer para os infinitos de diferentes ordens. 1. Mostre que a função fx sen xx é infinitamente pequena quando x . Para que valores de x é válida |fx| , para um número arbitrário? 2. Mostre que fx 1 x 2 é infinitamente pequena para x 1 . Para que valores de x é válido |fx| para todo 0 ? EXERCÍCIOS 26 3. Mostre que a função fx 1x2 é infinitamente grande quando x 2 . Em que entornos de |x 2| verifica-se que |fx N para N 0 ? 4. Use a teoria e encontre os limites: a limx0 sen 23xxx32 b limx0 ln x 1x c limx0 cosxcos2x1cosx 5. Mostre que, quando x 0 , as grandezas x2 e 1 x 1 são equivalentes. Use este resultado e mostre que para |x| pequeno, 1 x 1 x2 . 1.4 – Continuidade Definição: Diz-se que uma função fx é contínua em x (ou no ponto ), se satisfaz às seguintes condições: 1) A função está definida no ponto , isto é, existe f ; 2) Existe o limite de fx quando x , isto é, existe limx fx ;e 3) O limite acima é igual ao valor da função no ponto, ou seja limx fx f . Algumas vezes, tomando x , onde 0 , é cômodo descrever as condições acima como segue: lim 0 f lim 0 f f 0 isto é, a função fx é 27 contínua no ponto , se e somente se, neste ponto x a um incremento infinitésimo da função. O modo tradicional de fazer a definição acima é fx é contínua em x , se , x, 0, |x | |fx f| Note que os três itens acima estão todos contemplados. Definição: Diz-se que uma função é contínua em seu domínio, se ela é contínua em cada ponto deste domínio. Por exemplo: A função y senx é contínua em todos os pontos de seu domínio, que é R . De fato, tome y senx x senx 2sen x2 cos x x2 sen x 2 x 2 . cos x x2 .x. Sabendo que m 0 sen x2 x 2 1 cos x x2 1, temos que limx0 y 0 , qualquer que seja o ponto x R , logo a função senx é contínua para x . 2.5 – Descontinuidade Definição: Diz-se que uma função é descontínua em certo ponto x a do domínio da função, ou no limite deste domínio, se neste ponto violar alguma das condições de continuidade. Por exemplo: fx 1 1x2 (veja a fig.6) é uma função descontínua em x 1 . Note que esta função não está definida em x 1 , mas qualquer número que escolhamos para f1 a função completada é 28 contínua para x 1 . Se, para a função fx existem limites finitos limxa0 fx fa 0 e limxa0 fx fa 0 , mas os números fa , fa 0 e fa 0 forem diferentes entre si, então x a denomina-se ponto de descontinuidade de primeira espécie. Mas se fa 0 fa 0 diz-se que x a é ponto de descontinuidade evitável. Para que a função seja contínua no ponto x a é necessário e suficiente que fa fa 0 fa 0 . Por exemplo: fx sen x |x| tem descontinuidade de primeira espécie em x 0 , pois f0 limx0 sen xx 1 f0 limx0 sen xx 1 . Outro exemplo: Sendo y Ex que representa a parte inteira do número x (ou seja, Ex é o número inteiro que satisfaz a igualdade x Ex q , sendo 0 q 1 é descontínua em cada ponto x 0,1,2, . . . (fig.7). Estes pontos são de descontinuidade de primeira espécie. Com efeito, tomando n número inteiro então En 0 n 1 e En 0 n são pontos de descontinuidade e nos demais pontos a função é contínua. Figura 06 - [scale=.50] Figura 07 [scale 50] 29 Quando os pontos de descontinuidade, não são de primeira espécie diz-se que são de segunda espécie. Como, por exemplo, os pontos de descontinuidade infinita, isto é, os pontos x 0 nos quais os limites laterais (pelo menos um), fx 0 0 ou fx 0 0 é , por exemplo, a função fx 1 x12 , que é descontínua em x 1 . Esta função, além de não está definida em x 1 , qualquer que seja f1 escolhido, a função completa não será contínua em x 1 . Também a função y cos x (fig. 8) tem descontinuidade de segunda espécie no ponto x 0 , devido não existirem os limites laterais limx0 cos x e limx0 cos x . 1.6 - PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES CONTÍNUAS Agora consideraremos algumas proposições importantes sobre continuidade. Proposição 1: A soma e o produto de quantidade limitada de funções contínuas com o mesmo domínio é uma função contínua neste domínio. Proposição 2: O quociente da divisão de duas funções contínuas, no mesmo domínio é uma função contínua para os argumentos que não anulam o denominador neste domínio. Proposição 3: Se fx é contínua em um intervalo aberto a,b e a,b A,B , sendo a função x definida e contínua em A,B , então a função composta fx também é contínua no Figura 08 - [scale=.50] 30 intervalo a,b . Quando a função fx é definida e contínua no intervalo fechado (segmento) a,b podemos considerar as seguintes propriedades: 1) Se a função fx está definida em a,b , então existe um número M tal que |fx M , qualquer que seja x a,b . 2) A função fx atinge seu máximo e seu mínimo em a,b . 3) A função fx assume todos os valores intermediários no intervalo a,b , ou seja, se f A e f B com a b e A B então, C A,B , existe, pelo menos um valor x com tal que f C . Em particular, se falpha. f 0 a equação fx 0 tem, no intervalo , pelo menos, uma raiz. Mostre que a função y x 2 é contínua em todo x R ; 1) Mostre que toda função racional inteira 2) Px anxn an1xn1 a1x a0 3) é contínua x R; 4) Mostre que a função racional fracionária Rx anxn an1xn1 a1x a0 bnxn bn1xn1 b1x b0 EXERCÍCIOS 31 5) é contínua x R exceto para quando x é raiz do denominador; 6) Mostre que: a) y x é contínua x 0 ; b) Se fx é contínua e não-negativa em dado intervalo a,b , então a função Fx fx também é; c) fx cosx é contínua x R ; d) Para que valores de x serão contínuas as funções : tgx e cotx ? e) Mostre que |x| é uma função contínua x R 7) Determine A para que a função fx x24 x2 se x 2 A se x 2 seja contínua. 32 33 3 - DIFERENCIAÇÃO DAS FUNÇÕES 3.1 - Cálculo das derivadas(processo direto) ............................... 34 3.2 - Derivada ............................................................................... 35 3.3 - Derivadas laterais ................................................................ 363.4 - Derivada infinita ................................................................... 37 3.5 - Derivação por tabelas .......................................................... 40 3.6 - Derivadas de funções não dadas explicitamente ................. 44 3.7 - Derivadas de ordem superior ............................................... 47 3.8 - Diferenciais de primeira ordem e de ordem superior ........... 50 3.9 - Aplicação da diferencial para cálculo aproximado ............... 52 3.10 - Teorema do valor médio .................................................... 56 SUMÁRIO 34 3 - DIFERENCIAÇÃO DAS FUNÇÕES 3.1 - Cálculo das derivadas(processo direto) Definição: (acréscimo do argumento e acréscimo da função) Denominamos de acréscimo do argumento, à diferença, denotada por x x 1 x , entre os extremos do intervalo x,x 1 . Também denominamos de acréscimo da função y , neste intervalo x,x 1 , à diferença, denotada por y y1 y , ou mais explicitamente y fx 1 fx fx x fx (veja fig.9). A razão y x tg representa o coeficiente angular da secante MN do gráfico da função y fx (fig.9) que denominamos "velocidade Média" da variação da função y no intervalo x,x x . Figura 09 – onde está D, A e B lê-se , e respectivamente. 35 Exemplo: Determinar x e y para a função y x 2 3x 2 que corresponde às seguintes variações do argumento: (a) de x 1 a x 1,1 ; (b) no segmento 3,2 . Resolução: (a) x 1,1 1 0,1 e Deltay 1,12 3, 1,1 2 12 3.1 2 o, 09 (b) x 2 3 1 e y 22 3. 2 2 32 3. 3 2 4 6 2 9 9 2 8 (2) Determine o coeficiente angular da secante à hipérbole y 1x , que passa nos pontos de abscissa x 3 e x 1 10 . Resolução: x 10 3 7 , y 13 e y1 110 , logo y 110 13 730 , e consequentemente o coeficiente angular é y x 130 3.2 - Derivada Definição 2.2: Denominamos de Derivada da função y fx no ponto x do domínio da função, ao limite da razão y x , quando x 36 tende a zero, se este limite existe e denotamos por y dy dx , ou seja y lim x0 y x . O valor da derivada dá o coeficiente angular da tangente MT (fig.9), isto é, y tg . Para determinar a derivada y da função y fx , realizamos uma operação denominada de derivação da função no ponto x . Exemplo: Determine a derivada da função y x 2 . Então, calculamosy x x2 x 2 2xx x2 . Logo a razão y x 2x x e assim, y limx0 yx limx02x x 2x . 3.3 - Derivadas laterais Para que exista a derivada y da função y fx no ponto x é necessário e suficiente que existam f x e f x com f x f xdenominados de derivadas laterais. Definição: Denominamos de derivadas laterais da função y fx aos limites f x limx0 fx x fx x f x lim x0 fx x fx x . Exemplo: Vamos determinar f 0 e f 0 para fx |x| . Por definição, y x x e em x 0 , y x , logo temos que 37 f 0 limx0 |x| x 1 f 0 lim x0 |x| x 1. Veja que esta função não tem derivada em x 0 . 3.4 - Derivada infinita Se em um determinado ponto de uma função y fx temos que limx0 fx x fx x , diz-se que a função contínua fx tem derivada infinita no ponto x e neste caso o gráfico da tangente neste ponto é uma perpendicular ao eixo OX , ou seja , ao X -eixo. Por exemplo, tome a função y 3 x . Note que em x 0 , y 3 x , e portanto, y 0 lim x0 3 x x limx0 1 3 x 2 . 1) Determine o acréscimo da função y x 2 , para a mudança do argumento de: a) x 1 para x 1 2 ; b) x 1 para x 1 1 h EXERCÍCIOS 38 2) Calcule y para a função y 3 x , se: a) x 0 e x 0,001 ; b) x 8 e x 9 3) Justifique porque para a função y 2x 3 podemos determinar e acréscimo y , conhecendo apenas que o acréscimo correspondente é x 5 , enquanto que para a função y x 2 não podemos fazê-lo? 4) Determinar o acréscimo y e a razão yx para as funções: ay 1x222 , x 1 x 0,4; by x , x 0 x 0,0001; cy tgx, x 100000 x 90000. 5) Encontre y e yx correspondente à variação do argumento de x até x x para as funções: ay ax b by x cy 2x dy lnx. 6) Determine o coeficiente angular da secante à parábola y 2x x 2 se as abscissas dos pontos de interseção são: ax 1 1 x 2 2; bx 1 1 x 2 0,9; cx 1 1 x 2 1 h. 7) Para qual limite tende o coeficiente angular da secante acima quando h 0 ? No Exemplo 3, lembre-se dos conceitos de linearidade No Exemplo 8, velocidade média é a razão de acréscimos da função para a da iá l li 39 8) Qual a velocidade média de variação da função y x 3 no intervalo 1,4 ? 9) Achar a pendente média da curva y 2x no segmento 1 x 5 . 10) Que se entende por pendente da curva y fx no segmento x,x x ? 11) Um corpo aquecido resfria-se quando colocado em meio cuja temperatura é menor que a do corpo. Que se entende por velocidade média de resfriamento? e it velocidade de resfriamento num instante dado? 12) Que se entende por velocidade de reação de uma substância em uma química? 13) Achar a derivada da função y tgx . 14) Achar a derivada de y 1x no ponto x 2 15) Achar a derivada de cada uma das seguintes funções: ay x 2 ; by x , cy 1 x2 ; y cotx. 16) Achar o valor do coeficiente angular da tangente à curva No Exemplo 13, usa a fórmula da tangente da soma de arcos y senx no ponto , 0 17) Mostre que as seguintes funções não têm derivadas no ponto indicado: ay 3 x 2 x 0; by 5 x 1 x 1; cy |cosx| x 2k12 k 0,1,2, . . . . RESPOSTAS: 41 Vamos, de modo sucinto, indicar as regras principais para a obtenção de derivadas de algumas funções elementares: Regras principais para a determinação de derivadas Suponhamos que c seja uma constante, e u x , v x sejam duas funções que admitem derivadas. Valem as seguintes regras: 1c 0 2x 1 3u v u v 4cv cv 5uv uv uv 6 uv u vuv v2 :v 0 7 cv cv v2 v 0 Tabelas das derivadas de algumas funções elementares 1xnn1 2 x 1 2 x x 0 3sen cosx 4cosx senx 5 tgx2x 6ctg2x 7arcsenx 1 1x2 |x| 1. Mais algumas derivadas de funções elementares iarccosx 1 1x2 |x| 1 iiarctanx 1 1x2 iiiarcctgx 1 x21 ivaxx lnaa 0 vexx vilnx 1x x 0 viilgax 1x ln a lgax x x 0;a 0. Regra de derivação de uma função composta Todas as formulas das tabelas são demonstráveis, veja a obrigatoriedade 40 3.5 - Derivação por tabelas 42 Consideremos as funções deriváveis y fue u gx , com domínio de f contendo a imagem de g, então a função composta será y fgx . Assim podemos definir a derivada da função composta pos dy dx dy du . du dx e também podemos utilizar a seguinte notação: yx yu .ux Essa regra pode ser usada sempre que o número de funções deriváveis for finito e estejam em uma cadeia de domínios coerentes. Exemplos: 1) Veja a função y x 2 3x 24 . Note que esta função é uma composição das funções y u4 e da função u x 2 3x 2 . Pelas fórmulas acima, podemos determinas: du dx ux 2x 3 dydu yu 4u3 dydx y 2 3x 23 . 2x 3 que é a derivada procurada. 2) Se y sen 34x vê-se facilmente que y u3 , u senv v 4x, logo obtemos y2 . cosv. . 4 12sen 24x. cos4x que é a derivada de y com respeito a x . 43 Achar as derivadas das funções abaixo: 1y x 4 4x 3 2x 2 2y ax 2 bx c 3y 5x3a 4y atm btmn 5y x ln2 6y x 2 3 x 2 7y 1 t 1 t 8y 3senx 5cosx 9y tgz cotz 10y sen xcosxsen xcosx 11y 2t sent t3 2cos t 12y x arcsenx 13y x 7 .ex 14y x 1ex 15y ex cosx 16y lnx lgx lna logax 17y x2 ln x 18y 1x 2 lnx ln xx 19y x 2ex x 20y 1 3 cos3x 1cosx 21y 3 2ex 2x 1 ln53x 22y arcsen2x 3 RESPOSTAS: EXERCÍCIOS Nestes exercícios use cuidadosamente as definições e regras, cujos demonstrações devem ser vistas na bibli fi 44 3.6 - Derivadas de funções não dadas explicitamente Nesta seção veremos as derivadas das funções inversa, explícita e as dadas de modo paramétricas. Derivadas das funções inversas Consideremos a função y fx e suponhamos que sua derivada é não-nula, isto é dy dx yx 0 . Então a derivada da função inversa x f1y é dada por dx dy x y 1 yx 1 dy dx . Exemplo: A derivada da função inversa da função y x lnx , é calculada através da derivada desta função como segue. Sabemos que yx 1 1x x1x , logo dx dy x y x1 x . Derivada da função implícita Suponha que a função seja dada na forma Fx,y 0 e que não podemos colocar y como função de x ou vice-versa. A esta função denominamos de função implícita, por exemplo, x 3 y2 5xy 0 a qual é muito difícil explicitar x ou y , isto é, escrever y como função de x ou o contrário. Para encontrarmos a derivada da função na forma implícita Fx,y 0 , nos casos simples, ou seja, determinar yx y , estudaremos os seguintes passos: 45 (i) calcular a derivada de Fx,y 0 com respeito a x ( no primeiro membro da equação), onde considera-se y como função de x . (ii) igualar esta derivada a zero, ou seja, supor que d dx Fx,y 0.. (iii) resolver a equação obtida com respeito a y . Exemplo: Vamos determinar a derivada y de x 3 y3 3xy 0 . Calculamos a derivada do primeiro membro com respeito a x , obtendo 3x 2 3y2y 3y 3xy 0 e resolvendo algebricamente com respeito a y temos: y x 2 y x y2 . Derivada de funções na forma paramétrica Uma função pode ser apresentada em função de um parâmetro, isto é, a dependência entre as variáveis x e y é feita através de um parâmetro t , a saber: x t y t e neste caso, podemos colocar a derivada na forma dy dx dy dt dx dt ou equivalentemente y yx yt x t . 46 Exemplo: Dada a função na forma paramétrica x acos t, y a sent, determinar a derivada y . Sabemos que dy dt acos t dx dt a senx logo, y dy dx acos t asent cot t Outro exemplo: Vamos determinar a derivada yx da função y 0,1x e x2 . Note que, y 0,1 x2 x 2 (tente justificar) segue- se, então que, y yx 0,1 12 e x 2 . 1) Calcular as derivadas das funções dadas na forma implícita, a seguir: a3y y2 x by 2seny x cx 0,1y e y2 d2x 5y 10 0 ex 2 y2 a2 fx 3 x 2y y2 0 garctanx y x hey x y i tgy xy 2) Calcular as derivadas das funções y dadas na forma paramétrica: (i) x 3t 5 y t4 (ii) x t y 3 t iii x e t y e2 t (iv) x at sent y a1 cos t (v) x acos2 t y a sen 2 t EXERCÍCIOS 47 3.7 - Derivadas de ordem superior Definição: Denominamos de derivada de segunda ordem da função y fx à derivada de sua derivada, isto é,y . Também designamos a segunda derivada de uma função y fx , com a simbologia descrita a seguir: y, : d 2y dx 2 , f x. Se repintamos um movimento por y ft , então y representa a sua velocidade e y a sua aceleração. Em geral a Derivada de ordem n ou a n -ésima derivada de uma função y fx é denotada por um dos seguintes símbolos: yn; :ou d ny dxn ; ou f nx. Exemplo: A derivada de segunda ordem da função y ln1 x é dada por y 11 x e y 11 x 11 x2 . Sejam u ux e v vx duas funções da variável livre x , que são contínuas é suas derivadas existem, pelo menos até a ordem n . O matemático Leibniz, desenvolveu uma fórmula para calcular a n- ésima derivada do produto uv ux.vx , conhecida por Fórmula de Leibniz que descrevemos a seguir: uvn unv nun1v nn 11.2 u n2v n Derivada de ordem superior de funções dadas na forma paramétrica. Seja dado o sistema 48 x t y t de funções contínuas e deriváveis até a segunda ordem. Então as derivadas yx dydx , yxx d 2y dx 2 podem ser determinadas sucessivamente pelas fórmulas: yx yt x t , yxx yx x yx t x t . Para ordens superiores basta continuar o procedimento. Explicitamente podemos expressar a derivada de segunda ordem da seguinte forma: yxx x t ytt x ttyt x t2 . Por exemplo: Se x acos t y b sent então podemos determinar a derivada segunda desta função que é y bsentt acos tt bcos ta sent b a cot t e 49 y b a cott t acos tt ba 1sen 2t a sent b a2 sen 2 t 1) Determinar as derivadas de segunda ordem das seguintes funções: iy x 8 7x 6 5x 3 x 2 x 1 iiyx2 iiiy sen 2x ivy lnx a2 x 2 vy cos x4 viy arcsenx2 2) Calcular f0, f 0, f 0, f 0 fx ex senx. 3) Achar as segundas derivadas, isto é d 2y dx2 das seguintes funções: i x lnt y t4 ii x acos t y a sent iii x arcsent y 1 t2 4) Determine y d 3y dx3 para as seguintes funções: ay2 2px b x 2 a2 y 2 b2 1 cx 2 2xy y2 3x 4y 2 0. RESPOSTAS: EXERCÍCIOS No 2, Primeiro derive e depois substitua x por 0. 50 3.8 - Diferenciais de primeira ordem e de ordem superior Vamos procurar definir o que vem a ser "diferencial" a fim de que saibamos qual a diferença entre isto e derivada. Definição Denominamos de diferencial (de primeira ordem) de uma função y fx em um determinado ponto x , a parte principal de seu acréscimo y fx x fx , quando x 0 . Isto é linearquando x dx da variável independente x . Além disso, a diferencial de uma função é igual ao produto de sua derivada pela diferencial da variável independente, a saber: dy ydx, e com isso podemos usar (ou melhor abusar) da notação e por y dydx . Vejamos um gráfico. Denotando por MN o arco do gráco da função y fx (fig. 10), MT a tangente no ponto Mx,y e PQ x dx , obteremos o acréscimo da ordenada da tangente AT dy eo segmento AN y . Figura 10 - ... 51 Obs.: Na figura 10 onde pomos Dy devemos ler y Exemplos: (i) O acréscimo da função y 3x 2 x é dado por y 3x x2 x x 3x 2 x ou simplificando y 6x 1x 3x2 . Logo, dy 6x 1x 6x 1dx. De outro modo podemos, também, efetuar o cálculo acima assim: y 6x 1, dy ydx 6x 1dx . (ii) Se desejamos calcular y e dy da função acima para x 1 e x 0,01 , temos: y 6x 1x 3x2 5.0,01 3. 0,012 0,0503 e dy 6x 1x 5.0,01 0,0500 Propriedades Fundamentam das Diferenciais As propriedades das diferenciais são muito similares às das derivas. Isto é óbvio pela própria definição de diferencial. Vamos apenas descrever as sete principais propriedades, a saber: sejam u ux e v x funções de x 52 (1)d 0 onde é uma constante. (2) dx x onde x é a variável independente. (3) du du (4) du v du dv. (5) du.v u.dv v.du. (6) d uv vduudvv2 com v 0 . (7) dfu f u.du . 3.9 - Aplicação da diferencial para cálculo aproximado Consideremos que o acréscimo x do argumento x por sua grandeza absoluta, que deve ser pequena. Então, a diferencial dy da função y fx e o acréscimo y desta função, são aproximadamente iguais, isto é : y dy, ou fx x fx f x.x, onde podemos colocar fx x fx f x.x 53 Exemplo: Vamos calcular em quanto devemos aumentar o lado do quadrado se sua área aumenta de 9m2 para 9,1m2 . Ora, sendo x a área do quadrado e y seu lado, temos: y x e pelas condições dadas, x 9 e x 0,1 , então o acréscimo y de modo aproximado, do lado do quadrado é: y dy yx 1 2 9 .0,1 0,016m. Diferenciais de Ordem Superior Definição: Denominamos Diferencial de Segunda Ordem quando fixado o acréscimo da variável independente x , x dx , obtemos a diferencial da diferencial de primeira ordem, a saber: d2y ddy. De forma análoga definimos diferenciais de terceira, quarta e sucessivas ordens. Se y fx e x é variável independente, então podemos calcular as sucessivas ordens de diferenciais da função dada, como segue: 54 d y ydx d2y y2 d3y y3 dny yndxn 1) Determinar y e a diferencial dy de y 3x x 2 x 2 e x 0,001. 2) Determine a diferencial d1 x 3 para x 1 e x 13 sem calcular a derivada. 3) Dê a diferencial das seguintes funções: iy 2 x , quando x 2 e x 0,001 iiy tgx quando x 3 e x 180 4) Calcular, as diferenciais das funções abaixo, para quaisquer valores do ponto e do acréscimo: iy 1xm iiy x1x iiiy ex 2 ivy ln 1x1x vy x lnx x viy arctan xa 5) Determinar as diferenciais das seguintes funções dadas na forma implícita: EXERCÍCIOS 55 ix y22x y3 1 iiy e xy iii ln x 2 y2 arctan yx 6) Determine os valores aproximados das funções indicadas abaixo: iy x 3 5x 2 4x 3, quando x 1,03 iifx 1 x , quando x 0,2 iiifx 3 1x1x , quando x 0,1 . 7) Determine d2y das seguintes funções: iy 1 x 2 iiy x 2ex iiiy 3sen2x 3 ivy ln xx RESPOSTAS: 56 3.10 - Teorema do valor médio Um dos mais importantes teoremas do cálculo é este que vamos escrever, bem como outros de grande importancia , a iniciar com o teorema de Rolle bem como os teoremas de Lagrange e de Cauchy. Teorema de Rolle: Considere a função fx definida e contínua no intervalo a,b e tendo derivada em todo o interior deste intervalo, com fa fb . Então, sendo x a,b a variável independente, existe, pelo menos um valor c com a c b tal que f c 0 . (veja fig.11) Teorema de Lagrange Considere uma função contínua no segmento a x b e tendo derivadas em todos os pontos do intervalo (a,b); então vale a igualdade fb fa f cb a Figura 11- ... Procure vê na bibliografia a demonstração desse teorema de Lagrouge 57 paraa c b . obs.: Este teorema é uma generalização do teorema de Rolle. (veja fig.12) Nota: nas fig. 11 e fig. 12, onde indicamos com f c , queremos indicar a inclinação da reta alí representada. Citqaremos, a seguir, o Teorema de Cauchy: Teorema de Cauchy; Sejam fx e gx funções contínuas definidas no intervalo a x b e tendo derivadas que não se anulam simultaneamente no intervalo a x b , sendo gb ga , então: Figura 12- ... 58 fb fa gb ga f c g c , :a c b. 1) Mostre que a função fx x x 3 satisfaz as condições do teorema de Rolle nos segmentos 1 x 0 e 0 x 1 e encontre os valores de c que satisfazem o Teorema de Rolle 2) A função fx 3 x 22 nos extremos do segmento 0 x 4 toma valores f0 f4 3 4 . No Intervalo 0,4 , será válido o Teorema de Rolle? Por que? 3) Verifique as condições do teorema de Lagrange para a função fx x x 3 no intervalo 2,1 4) Aplicando o teorema de Lagrange demonstre que 5) senx h senx hcos 6) onde x x h . 7) Verifique a validade do teorema de Cauchy para as funções fx x 2 2 e gx x 3 1 no intervalo 1,2 e ache o ponto c 1,2 EXERCÍCIOS Todos os exercícios são aplicações diretas dos teoremas 59 Fórmula de Taylor Seja fx uma função contínua tendo derivada contínua até a ordem n 1 no intervalo a,b e que para cada ponto interior do mesmo existe uma derivada finita f nx . Neste intervalo é válida a fórmula: fx fa x af a x a 2 2! f a x a 3 3! f a x a n1 n 1! f n1a x a n n! f n Em particular, quando a 0 esta forma assume a forma da Fórmula de Maclaurin, a saber: fx f0 xf 0 x 22! f 0 x 33! f 0 xn1n 1! f n10 x nn! f n onde x , 0 1. 1) Desenvolva o polinômio fx x 3 2x 2 3x 5 em potências inteiras e não-negativas de x 2 . 2) Desenvolver a função y ex em potências do binômio x 1 , até o termo que contenha x 13 . EXERCÍCIOS Para resolver 1. Derive até uma ordem desejada e substitua x por 2, e use formula de T l 60 3) Desenvolver a função y lnx em potências de x 1 até o termo que tenha x 12 . 4)Avalie a fórmula e 2 12! 1 3! 1 4! . Regra de L'Hospital-Bernoulli Vamos apresentar fórmulas para resolver os problemas de limites indeterminados. Primeiro trataremos das formas 0 0 e e depois de outras formas indeterminadas. Cálculo de limites das formas 0 0 e Consideremos as funções fx e gx , deriváveis em 0 |x a| h desde que a derivada de gx , ou seja, gx , não se reduza a zero. Se fx e gx são infinitamente pequenos, ou infinitamente grades, quando x a , isto é, se a razão fx gx representa paposição x a uma expressão indeterminada, das formas 0 0 ou podemos afirmar que lim xa fx gx limxa f x gx desde que exista o limite desta razão das derivadas (regra de L'Hospital-Bernoulli). Esta regra também, é aplicável quando a . Quando a razão f x g x torna a dar uma expressão indeterminada no ponto x a de uma das formas citadas acima, podemos aplicar novamente a regra, desde que sejam satisfeitas as mesmas condições que usamos para fx e gx . O resultado das segundas derivadas, se ainda perdura a indeterminação, podemos continuar aplicando a regra sucessivamente, até obter um resultado. Vale ressaltar que pode existir o limite da razão fx gx , sem que exista o limite da razão das derivadas, como por exemplo 61 lim x x senx x senx 1. Mais formas indeterminadas Suponhamos que temos a forma indeterminada 0. , oriunda da multiplicação das funções fx e gx , isto é, fx.gx , onde limxa fx 0 e limxa gx . devemos utilizar uma das seguintes transformações : fx 1 gx forma 00 gx 1 fx forma Em casos de expressões indeterminadas do tipo podemos transformar a diferença fx gx no produto fx 1 gx fx e calcular, primeiramente, a fração indeterminada gx fx e se o limite deste caso quando x a for 1 , ista é, limx gx fx 1, então podemos reduzir esta expressão à forma 1 gx fx 1 fx forma 00 . Outras formas indeterminadas como 1 , 00 e 0 , podem ser calculados, desde que consigamos estudar antes os logaritmos. Uma vez encontrado o logaritmo e seu limite de grau correspondente fxgx , devemos talvez antes ter necessidade de calcular as expressões indeterminadas da forma 0. . Em vários casos é importantante e útil, combinar os métodos elementares com a Regra de L'Hospital-Bernoulli. Vejamos exemplos: (1) Seja limx0 ln x cot x , que é uma forma do tipo 0 0 . Pela regra de L'Hospital-Bernoulli, pomos As formas indeterminadas devem ser estudadas, pois suas aplicações são vastíssimas, em quaisquer ramos do conhecimento, principalmente quando surgem as 62 lim x0 lnx cotx limx0 lnx cotx limx0 sen 2x x . Note que, a expressão continua na forma 0 0 mas não é necessário aplicarmos a regra acima, senão vejamos: lim x sen 2x x lim senxx . senx 1.0 0 e pomos em definitivo que lim x0 lnx cotx 0. (2) Agora consideremos o seguinte lim x0 1 sen 2x 1 x 2 que está na forma indeterminada . Vamos reduzir as frações ao mesmo denominador, a saber: lim x0 1 sen 2x 1 x 2 lim x0 x 2 sen 2x x 2 sen 2x que continua na forma indeterminada 0 0 , mas lembrando que podemos substituir o último denominador por infinitésimo equivalente (veja Cap. 3, item 1.3, que senx x ), pomos x 2 sen 2x x 4 . e assim pela Regra de L'Hospital-Bernoulli, pomos lim x0 1 sen 2x 1 x 2 lim x0 x 2 sen 2x x 2 sen 2x lim x0 x 2 sen 2x x 4 lim x0 2x sen2x 4x 3 aplicando novamente a regra de L'Hospital-Bernoulli e depois utilizando procedimentos elementares como a identidade trigonométrica 1 cos2x 2sen 2x pomos lim x0 1 sen 2x 1 x 2 lim x0 2 2cosx 12x 2 lim x0 1 cos2x 6x 2 lim x0 2sen 2x 6x 2 13 (3)Agora vejamos um exemplo, cuja forma indeterminada é 1 , na 63 qual antes de qualquer estudo, aplicamos logaritmo, como segue; lim x0 cos2x 3x2 lim x0 3 ln cos2x x 2 6 lim x0 tan2x 2x 6 e assim podemos determinar o limite procurado, que é: lim x0 cos2x 3x2 e6 1) Calcular os limites indicados abaixo: a limx0 x cosx sen xx3 b limx1 1x 1 sen x 2 c limx0 tan x sen xx sen x d limx exx5 e limx ln x 3 x f limx/2 tan xtan 5x g limx x 1x h limx0 x sen x i limx1 x 1 1x EXERCÍCIOS 64 65 4 - APLICAÇÕES DA DERIVADA 4.1 - Crescimento e decrescimento das funções .......................... 66 4.2 - Extremos das funções .......................................................... 68 4.3 - Valores mínimos e máximos absolutos ................................ 71 4.4 - Concavidade e pontos de inflexão ....................................... 73 4.5 - Assíntotas ............................................................................ 76 4.6 - Construção de gráficos das funções pelos pontos característicos .............................................................................. 80 4.7 - Diferencial de arco e curvatura ............................................ 83 SUMÁRIO 66 4 - APLICAÇÕES DA DERIVADA Uma das primeiras e de grande importância das aplicações das derivadas é o estudo dos extremos das funções. Iniciaremos este capítulo com o estudo do crescimento e decrescimento das funções reais, com uma variável livre. 4.1 - Crescimento e decrescimento das funções Seja fx uma função real de variável real, definida em um intervalo a,b . Definição: Diz-se que uma função fx é crescente no intervalo de definição a,b , quando para quaisquer dois pontos, x 1 ,x 2 a,b , distintos, com x 1 x 2 , tem-se fx 1 fx 2 (fig. 13a), também, diz-se que fx é decrescente no intervalo de definição da função, se x 1 x 2 implica em fx 1 fx 2 (fig. 13b). Proposição: Se a função fx é contínua e derivável no intervalo a,b e f x 0 então a função é crescente neste intervalo.e se a Observa-se que, podemos definir os máximos das funções com o uso do seu crescimento e 67 derivada f x 0 ela é decrescente no intervalo considerado. Em alguns casos, o domínio da função fx , pode ser dividido em um número finito de intervalos, para o estudo do crescimento e decrescimento da função, chamados de intervalos de monotonia da função. Estes intervalos são limitados pelos pontos críticos de x , isto é, f x 0 ou f1x não existe. Exemplos: (1) Vejamos um caso muito interessante, a saber: Considere a função y x 2 2x 5 , cuja derivada é dada por y 2x 2 2x 1 . Veja que y 0 se x 1 . Aí obtemos dois intervalos de monotonia, que são: infty x 1 e neste caso y 0 , logo a função decresce no intervalo x 1 e no intervalo 1 x temos y 0 e portanto a função cresce neste intervalo.(veja fig. 14) (2) vamos estudar o crescimento ou decrescimento da função y 1x 2 Note que no ponto x 2 a função é descontínua, e além disso,a derivada y 1x22 é sempre Note que o ponto x= -2 não está no domínio da função 68 negativa para todos valor de x 2 portanto a função y decresce nos intervalos ,2 e 1, . (3) Vamos observar a seguir, que a função y 1 5 x 5 13 x 3 tem derivada y4 x 2 cujas raízes são: 1, 0, 1 , ou seja os pontos onde a derivada se anula. Como a derivada pode mudar de sinal apenas quando se anula ou é descontinua no ponto, e em nosso caso não ocorre descontinuidade, vemos facilmente, que em cada um dos seguintes intervalos ,1 , 1,0 , 0,1 , 1, a derivada conserva um mesmo sinal. Donde em cada um desses intervalos a função investigada é monótona. Para determinarmos o crescimento e decrescimento em cada um desses intervalos precisamos saber qual o sinal da derivada em cada intervalo. Para sabermos qual o sinal da derivada no intervalo ,1 , basta determinarmos o valor de y em qual quer ponto deste intervalo. Por exemplo, em 2 , a derivada vale y 12 0 , logo a função, neste intervalo é crescente.de modo análogo vemos que y 0 no intervalo 1,0 , logo a função y é aí decrescente (veja em x 0,5 . Também y 0 no intervalo 0,1 (experimente com x 0,5 , logo a função y é decrescente neste intervalo. E no intervalo 1, ela é crescente pois y 0 . Desta forma a função y cesce no intervalo ,1 , decresce no intervalo 1,1 e volta a crescer em 1, . 4.2 - Extremos das funções Ao estudarmos o problema dos extremos de uma função, ou seja. os pontos de máximos e mínimos de uma função, devemos ver que este fato é um problema local, isto é, depende do ponto e de 69 uma pequena vizinhança deste ponto. Definição:Seja dada uma função definida em certo intervalo a,b . Consideremos os pontos x 1 e x 2 pertencentes ao intervalo a,b , e suponhamos que existam vizinhanças Vx 1 de x 1 e Vx 2 de x 2 , ambas contidas em a,b . Diz-se que x 1 é um ponto de máximo da função fx e fx 1 seu máximo, se qualquer que seja x x 1 , x Vx 1 , tem-se fx fx 1 . De modo análogo, diz- se que x 2 é ponto de mínimo, e fx 2 e o valor mínimo da função fx , se qualquer que seja x Vx 2 , x x 2 , tem-se fx fx 2 (veja fig.15). Proposição; Um ponto de máximo ou de mínimo de uma função, é denominado de ponto extremo e o valor da função neste ponto é denominado extremo. Se x 0 é ponto extremo de uma função fx então f x 0 0 ( x 0 é um ponto estacionário), ou não existe f x 0 . Essa é a condição necessária para a existência de extremo. A condição recíproca não é válida, visto que os pontos nos quais f x 0 ou não existe a derivada (denominados de pontos críticos), não são obrigatoriamente pontos extremos da função fx A seguir veremos as condições suficientes para existência, ou ausência, de extremos de uma função contínua. Note que pelo ponto de f’(x0) = 0 não significa que x0 seja extremo Como 70 Vejamos as condições: (1) Se existe um número positivo tal que, numa vizinhança x 0 ,x 0 , do ponto crítico x 0 , obtém-se f x 0 para x 0 x x 0 e f x 0 em x 0 x x 0 , o ponto x 0 será de máximo da função fx ; e se f x 0 para x 0 x x 0 e f x 0 para x 0 x x 0 , o ponto x 0 será um ponto de mínimo da função fx . Finalmente se encontramos um ponto x 0 e um número positivo , tal que 0 |x x 0 | , então o ponto x 0 não será um ponto de extremo da função fx . (2) Se f x 0 0 e f x 0 0 , x 0 é um ponto de máximo da função fx ; se, f x 0 0 e f x 0 0 tem-se que x 0 é ponto de mínimo da função fx e finalmente se f x 0 0 , f x 0 0 e f x 0 0 o ponto x 0 não é ponto extremo da função fx . Segue uma regra: Vamos supor que a primeira das derivadas da função fx que não se anula seja de ordem k . Neste caso, se k é um número par, o ponto x 0 será ponto extremo que será de máximo se f kx 0 0 e de mínimo se f kx 0 0 . Agora, se o número k é impar, o ponto x 0 não é extremo. Exemplo: Seja y 2x 3 3 x 2 cuja derivada é y 2 2 3 x 2 3 x 3 x 1. Fazendoy 0 , obtemos 3 x 1 0 . Obtemos o ponto estacionário que é x 1 1 . Podemos ver que x 1 1 é ponto de máximo. De fato, tome a expressão da derivada acima e veja que, se x 1 k para k 0 suficientemente 71 pequeno, então y 0 e, ao contrário, se x 1 k , tem-se que y 0 e portanto, x 1 1 é um ponto de máximo e ymax 1 . Agora, consideremos a não existência de derivada. Para isso tomemos o denominador da derivada igual a zero, isto é, 3 x 0 . onde x 2 0 , é o segundo ponto crítico da função y para o qual não existe derivada. Tomando x k , com k 0 , obtemos y 0 e quando x k teremos y 0 . Logo o ponto x 0 é um ponto de mínimo da função y , sendo ymin 0 (veja fig.16). Note que o estudo do comportamento da função no ponto x 1 , também pode ser efetuado pela segunda derivada y 2 3x 3 x , e quando x 1 1 temos que y 0 e, portanto, x 1 1 é um ponto de máximo da função. [scale=.60] 4.3 - Valores mínimos e máximos absolutos Pelo que estudamos acima podemos dizer que para obtermos os valores máximos ou mínimos absolutos de uma função continua fx em certo intervalo a,b pode ser obtido pelos pontos críticos ou A construção desse gráfico poderia ser mais precisa usando um programa chamado SWP3D, que trabalha com o 72 simplesmente nos pontos extremos do intervalo dado. Por exemplo: Dada a função y x 3 3x 3 possua valores máximos e mínimos no intervalo 1,5 x 2,5 . De fato, a derivada desta função é y2 3 , cujos pontos críticos função y são os pontos x 1 1 e x 2 1 . Comparando os valores da função nestes pontos, com os valores da função nos extremos do intervalo dado, vemos que y1 5 , y1 1 , y1,5 4,125 e y2,5 11,125 . Portanto, o valor mínimo absoluto da função é ymin 1 no ponto x 1 e o valor máximo absoluto é ymax 11,125 obtido no ponto x 2,5 (extremo direito do intervalo dado. (veja fig. 17). 1) Determine os intervalos de crescimento e decrescimento das seguintes funções: EXERCÍCIOS 73 ay x 43 by x 22 cy x 2x 3 dy xx2 ey 1x12 fy x x26x16 2) Estudar os extremos das seguintes funções: ay x 2 x 2 by x3 x23 cy x 2x 22 d x22x2x1 ey 3 x 2 12 fy x 2ex 3) Determine os coeficientes p e q no polinômio y x 2 px q de modo que y 3 seja um mínimo deste polinômio, quando x 1 4) Dividir um número positivo dado a em dois termos, de modo que o produto desses termos seja o maior possível. 5) Qual dos triângulos retângulos de perímetro 2p , tem maior área? 4.4 - Concavidade e pontos de inflexão Vimos que a derivada de uma função num ponto, dá a inclinação da curva que representa a função, neste ponto. Agora queremos estudar como se comporta a curva com respeito a sua "curvatura", se está voltada para cima ou para baixo. Veremos que este fato está ligado à derivada de ordem dois. Concavidade do gráficode uma função No exercício 4, escreva a = m.n e imponha as condições de mínimo ou máximo No exercício 5, lembre-se da relação de 74 Definição: Seja dada uma função y fx . Diz-se que seu gráfico é côncavo para baixo no intervalo a,b , se o arco da curva está situado abaixo da tangente traçada em qualquer ponto no intervalo a,b . Diz-se que o gráfico de y fx é côncavo para cima, se o arco da curva, no intervalo a1 ,b1 , está situado acima da tangente traçada em qualquer ponto do intervalo considerado (fig.18). Proposição: Uma condição suficiente para que no gráfico da função fx estudada no intervalo a,b , tenha concavidade voltada para baixo ou para cima, é que seja verificada respectivamente a desigualdade f x 0 f x 0 no intervalo considerado. Definição: Denominamos ponto de inflexão ao ponto x 0 , fx 0 no qual a concavidade do gráfico muda de sentido (veja fig.18). No ponto, de abscissa x 0 , de inflexão, a derivada f x 0 0 ou não existe e denominamos estes pontos de pontos críticos de segunda espécie. Exemplo: Consideremos a curva de Gauss, a saber: y ex2 , vamos procurar os intervalos onde a curva tem concavidade e o ponto de inflexão, se houver. Veja que yx 2 e y2 2ex2 . Nesta aplicação do crescimento e decrescimento da função, torna mais fácil estudar os t d i fl ã 75 Tomando y 0 encontramos os pontos críticos de segunda espécie, a saber: x 1 1 2 x 2 1 2 . Como a função dada é contínua no intervalo , , temos que os pontos críticos dividem este intervalo em três subintervalos, a saber: x x 1 , x 1 x x 2 e x 2 x e nestes intervalos veja que os sinais de y são respectivamente , , . Assim podemos afirmar que a curva será côncava para cima nos intervalos infty x x 1 e x 2 x e côncava para baixo no intervalo x 1 x x 2 . Observe que os pontos 1 2 ; 1e e 1 2 ; 1e , são,pontos de inflexão (veja fig. 19). Outro exemplo: Seja a função cuja derivada segunda é: y 29 x 2 5 3 2 9 3 x 25 . É claro que y não se anula em parte alguma. Então vamos fazer um estudo, baseado no que temos visto de modo teórico. Tomemos o denominador de y e igualemos a zero , isto é, 76 3 x 25 0 , segue-se que y não existe para x 2 e como y 0 para x 2 e y 0 para x 2 , temos, obviamente que, o ponto 2, é um ponto de inflexão (veja fig.20). Segue-se que neste ponto a tangente é paralela ao eixo OY , já que a derivada primeira , y , é infinita para x 2 01. Determine os intervalos de concavidade das funções abaixo, bem como os pontos de inflexão: ay 1x3 by x senx cy x 14 dy 3 4x 3 12x ey y arctanx x fy x 2 lnx gy cosx hy x3 x312 iy 1 x 2ex 4.5 - Assíntotas Vamos considerar uma função y fx , e tomar um ponto EXERCÍCIOS Procure explicar o porquê da variável no ponto -2 ser infinita. 77 variável x,y que se move continuamente pela curva que representa y fx de modo que, pelo menos uma de suas coordenadas tenda ao infinito. Definição: Considere uma curva y fx nas condições acima, e uma determinada reta cuja distância entre ela e a curva tenda a zero. Esta reta é denominada de Assíntota da curva. Definição: de assíntota vertical: Diz-se que uma assíntota é vertical ou paralela ao eixo OY se existe um número tal que lim x fx e a reta x é a assíntota vertical Definição de assíntota oblíqua: Se existem os limites lim x fx x h e limxfx hx b, a reta y hx b será assíntota, oblíqua à direita ou se h 0 será horizontal direita, paralela ao eixo OX . Se existem os limites limx fx x h e lim xfx hx b, a reta y hx b é assíntota oblíqua à esquerda, ou se h 0 , horizontal à esquerda, paralela ao eixo OX . O gráfico da função, suposta uniforme, y fx não pode ter mais de uma assíntota direita (oblíqua ou horizontal) nem mais de uma assíntota esquerda (oblíqua ou horizontal). Exemplos: (1) Considere a curva y x 2 x 2 1 , e iguale a zero seu denominador, determinando assim, as possíveis singularidades, das raízes deste denominador. Vê-se que as duas assíntotas são 78 x 1 e x 1 . A seguir vamos determinar, se existem, as assíntotas oblíquas. Para isso, calculemos os limites quando x seguintes: h lim x y x limx xx 2 1 1 e b lim xy x limx x 2 x x 2 1 x 2 1 0. Portanto, a assíntota direita será a reta y x (Veja fig.21). Obtem-se a assíntota esquerda por analogia, notando, também , que o gráfico é simétrico. Vejamos o cálculo da assíntota proposta: h lim x y x limx xx 2 1 1 e b lim xy x limx x 2 x x 2 1 x 2 1 0. e desta forma a assíntota esquerda é a reta y x (fig.21) Outro exemplo: Consideremos agora, a função y x lnx, cujo 79 limx0 y . Então a reta x 0 é uma assíntota vertical. Devido o domínio da função ser o intervalo 0, , podemos procurar a assíntota oblíqua. Notemos que y lim x y x 1 limx lnxx 1 e b lim xy x limx lnx , logo, esta curva não tem assíntota oblíqua. Uma função pode ser dada por suas equações paramétricas x t e y t . Neste caso, podemos estudar a existência de pontos críticos. Primeiramente, deve ser verificado se o parâmetro t tem valores para os quais uma das funções ou se torne infinita, enquanto a outra se mantenha finita. Ou seja, se limtt0 t A e limtt0 t B e se A e B , então a curva tem uma assíntota horizontal y B ; e se A e B , a curva tem assíntota vertical x A . E no caso de A B , bem como lim tt0 t t h; limtt0t t b, a curva terá uma assíntota oblíqua y hx b. No caso da curva ser dada na forma polar r f , onde r é o raio e o argumento angular, suas assíntotas podem ser encontradas pela regra anterior, bastando reduzir a equação da curva à forma paramétrica pelas fórmulas: x rcos fcos; y rsen fsen . 80 01. Encontre as assíntotas das seguintes funções: 1y 1x22 ; 2y x x24x3 ; 3y x2 x24 ; 4y x3 x39 ; 5y e 1 x ; 6y x 2 x2 x29 ; 7y sen xx ; 8y ln1 x; 9y 11ex . 4.6 - Construção de gráficos das funções pelos pontos característicos Para que possamos construir o gráfico de uma função, faz-se necessário definir o domínio (campo de definição) e estudar o comportamento da função nos limites tesse domínio. É conveniente, embora nem sempre necessário, a determinação dos pontos peculiares (se existirem) como:se é monótona, se possue simetria, periodicidade, variação de sinal, etc. Devemos determinar os pontos de descontinuidade, os pontos extremos e os de inflexão, bem como as assíntotas. Com estes elementos determinados, poderemos estabelecer a característica geral do gráfico da função e obter o desenho matemático. EXERCÍCIOS A construção de gráficos agora, se torna mais simples que usando as tabelas,
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