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Um quadrado cujo lado mede 1 m. Unindo o conjunto dos números racionais ao conjunto dos números irracionais, obtemos o conjunto dos números reais. O conjunto dos números reais é representado pelo símbolo R. A Figura 1.3 mostra os números reais e os conjuntos que o formam (que são chamados subconjuntos de R). Figura 1.3: O conjunto dos núme- ros reais e seus subconjuntos. É possível realizar qualquer operação de adição, subtração e multiplicação entre números reais. Também é possível realizar a divisão de qualquer número real por outro número diferente do zero. A seguir, revisaremos as propriedades dessas operações. 4 Capítulo 1. Números reais Exercícios 1.1 1. Indique quais frases abaixo são verdadeiras. a) Todo número real é racional. b) Todo número natural é real. c) Todo número inteiro é natural. d) Todo número racional pode ser escrito como uma fração na qual o numerador e o denominador são naturais. e) Todo número irracional é real. f) Todo número natural é racional. 2. Forneça dois exemplos de a) números naturais; b) números inteiros; c) números racionais negativos; d) números irracionais; e) números reais que não são naturais. 3. Dentre os números reais 5,3 −2 10000000√ 5 632 75 √ 2 3−8,75 √4 125,666... indique quais são a) naturais; b) inteiros; c) racionais; d) irracionais. Respostas dos Exercícios 1.1 1. a) F b) V c) F d) F e) V f) V 2. a) Por exemplo, 123 e 13489. b) Por exemplo, -3 e 250. c) Por exemplo, −4/3 e −0,255. d) Por exemplo, 3 √ 2 e 4pi. e) Por exemplo, −1 e 0,5. 3. a) Naturais: 10000000 e √ 4. b) Inteiros: −2, 10000000 e √4. c) Racionais: 5,3, −2, 10000000, 63275 ,−8,75, √4 e 125,666... d) Irracionais: √ 5 e √ 2 3 . 1.2 Soma, subtração e multiplicação de números reais Uma das características mais importantes dos serem humanos é a capacidade de abs- tração. Exercitamos essa capacidade o tempo inteiro, sem nos darmos conta disso. Quando alguém diz “flor”, imediatamente reconhecemos do que se trata. Compreen- demos o significado desse termo porque já vimos muitas flores, e somos capazes de associar palavras aos objetos que conhecemos, sem dar importância, por exemplo, à espécie da planta (begônia, rosa, antúrio, calanchoe, orquídea, cravo, hortênsia, ge- rânio, margarida, violeta etc). Se não empregássemos essa generalização, escolhendo uma única palavra para representar a estrutura reprodutora de várias plantas, sería- mos incapazes de dizer frases como “darei flores no dia das mães”. Na matemática, e na linguagem matemática, a abstração ocorre em vários níveis, e em várias situações. O uso de números naturais para contar objetos diferentes é a forma mais simples e antiga de abstração. Outra abstração corriqueira consiste no uso de letras, como a, b, x e y para representar números. Nesse caso, a letra serve apenas para indicar que aquilo a que ela se refere pode ser qualquer número. Assim, ao escrevermos a + b para representar uma soma, indicamos que essa operação é válida para dois números a e b quaisquer, que suporemos reais. Além disso, a própria escolha das letras a e b é arbitrária, de modo que, a mesma soma genérica poderia ter sido escrita na forma w + v. O leitor deve ter sempre em mente que, ao trabalhar com letras, está trabalhando com os números que elas representam, mesmo que, no momento, esses números não te- Seção 1.2. Soma, subtração e multiplicação de números reais 5 nham sido especificados. Vejamos um exemplo no qual definimos a área e o perímetro de um retângulo mesmo sem conhecer seus lados. Exemplo 1. Perímetro e área de um retângulo Suponha que um retângulo tenha arestas (lados) de comprimento b e h. Nesse caso, definimos o perímetro, P , do retângulo como a soma dos comprimentos das arestas, ou seja P = b + b + h + h = 2b + 2h. Observe que usamos o sinal = para definir o termo P que aparece à sua esquerda. Definimos também a área, A, do retângulo como o produto A = b ⋅ h. Dadas essas fórmulas para o perímetro e a área, podemos usá-las para qualquer retângulo, quer ele represente um terreno cercado, como o da Figura 1.4, quer um quadro pendurado na parede. No caso do terreno, o perímetro corresponde ao compri- mento da cerca, enquanto o perímetro do quadro fornece o comprimento da moldura. Figura 1.4: Um terreno retangu- lar. Embora não tenhamos dito explicitamente, fica subentendido que as medidas b e h devem ser números reais maiores que zero. ∎ A precedência das operações e o uso de parênteses Para calcular uma expressão aritmética envolvendo as quatro operações elementares, é preciso seguir algumas regras básicas. Em primeiro lugar, deve-se efetuar as multi- plicações e divisões, da esquerda para a direita. Em seguida, são efetuadas as somas e subtrações, também da esquerda para a direita. Como exemplo, vamos calcular a expressão 25 − 8 × 2 + 15 ÷ 5. 25 − 8 × 2 + 15 ÷ 5´udcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymod¸udcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymod¶ 25 − 16 + 15 ÷ 3´udcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymod¸udcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymod¶ 25 − 16 + 5´udcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymod¸udcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymod¶ 9 + 5´udcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymod¸udcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymod¶ 14 Quando desejamos efetuar as operações em outra ordem, somos obrigados a usar parênteses. Nesse caso, a expressão que está entre parênteses é calculada em primeiro lugar, como mostra o exemplo a seguir. 5 × (10 − 3)´udcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymod¸udcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymodudcurlymod¶