Buscar

Vigilância Sanitária

Prévia do material em texto

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM 
VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
Origem da Palavra 
• VIGILÂNCIA (do latim) = ato de velar, atenção, 
cuidado; 
• SANITÁRIA (do latim) = saúde do corpo e do 
espírito. 
• VIGILÂNCIA SANITÁRIA = ato de velar a saúde. 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
Definição segundo a Lei Orgânica da 
Saúde (Lei Federal n. 8.080 de 1990) 
• “Um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir 
ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos 
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, 
da produção e circulação de bens e prestação de 
serviços de interesse da saúde”. 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
Podendo então, ser conceituada 
como: 
• “Sistema permanente de ações articuladas, instituído e 
mantido pelo Poder Público, orientado à redução, e se 
possível ,eliminação dos riscos à saúde produzidos no meio 
ambiente e nos ambientes de trabalho, decorrentes dos 
processos de produção, distribuição e consumo de bens e 
serviços de qualquer natureza”. 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
Abrange, portanto: 
• I - o controle de bens de consumo que, direta ou 
indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas 
todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e 
 
• II - o controle da prestação de serviços que se relacionam 
direta ou indiretamente com a saúde 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
Lei 8.080 de 19 de setembro de 
1990 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
São bens e produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária: 
• medicamentos de uso humano, suas substâncias ativas e 
demais insumos, processos e tecnologias; 
• alimentos, inclusive bebidas, águas envasadas, seus insumos, 
suas embalagens, aditivos alimentares, limites de 
contaminantes orgânicos, resíduos de agrotóxicos e de 
medicamentos veterinários; 
• cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes; 
• saneantes destinados à higienização, desinfecção ou 
desinfestação em ambientes domiciliares, hospitalares e 
coletivos; 
• conjuntos, reagentes e insumos destinados a diagnóstico; P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
• equipamentos e materiais médico-hospitalares, 
odontológicos, hemoterápicos e de diagnóstico 
laboratorial e por imagem; 
• imunobiológicos e suas substâncias ativas, sangue e 
hemoderivados; 
• órgãos, tecidos humanos e veterinários para uso em 
transplantes ou reconstituições; 
• radioisótopos para uso diagnóstico in vivo, radiofármacos 
e produtos radioativos utilizados em diagnóstico e 
terapia; 
• cigarros, cigarrilhas, charutos e qualquer outro produto 
fumígero, derivado ou não do tabaco; 
• quaisquer produtos que envolvam a possibilidade de 
risco à saúde, obtidos por engenharia genética, por outro 
procedimento ou ainda submetidos a fontes de radiação; 
 
 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
São serviços submetidos ao controle e 
fiscalização sanitária: 
• aqueles voltados para a atenção ambulatorial, seja de 
rotina ou de emergência, os realizados em regime de 
internação, os serviços de apoio diagnóstico e 
terapêutico, bem como aqueles que impliquem a 
incorporação de novas tecnologias; 
 
• as instalações físicas, equipamentos, tecnologias, 
ambientes e procedimentos envolvidos em todas as 
fases de seus processos de produção dos bens e 
produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária, 
incluindo a destinação dos respectivos resíduos. 
 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
SNVS e ANVISA 
O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária compreende o 
conjunto de ações definido pelo § 1º do art. 6º e pelos arts. 15 
a 18 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, executado 
por instituições da Administração Pública direta e indireta da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que 
exerçam atividades de regulação, normatização, controle e 
fiscalização na área de vigilância sanitária. 
 
De acordo com a LEI Nº 9.782, DE 26 DE JANEIRO DE 1999 que 
define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, compete a 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA, do Ministério 
da Saúde o papel de coordenar, com o objetivo de 
regulamentar e executar as ações com abrangência nacional. 
 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
Papel centralizador e nuclear do 
Estado 
•A Constituição da República (1988) 
confere ao Sistema Único de Saúde, 
executar as ações de vigilância 
sanitária (* reafirmação do papel 
centralizador e nuclear do Estado). 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
“SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO 
ESTADO” 
• Nesse conceito inserem-se as ações de vigilância sanitária, 
voltadas para a prevenção e tendo em vista sempre o grau de risco 
sanitário a ser investigado ,na defesa da população. 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária – competências 
 ANVISA : 
• Participar na formulação e na 
• implementação das políticas de ações em 
• Vigilância Sanitária; 
• Participar da definição de normas e 
• mecanismos de controle; 
• Prestar cooperação técnica e financeira aos 
• Estados, DF e municípios; 
• Capacitação de recursos humanos. P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária – competências 
 Estado: 
• Promover a descentralização para os municípios; 
• Prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios; 
• Coordenar e em caráter complementar e ou 
• suplementar, executar ações de Vigilância 
• Sanitária; 
• Normatizar; 
• Capacitar. 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária – competências 
 Município: 
• Planejar, organizar, controlar e avaliar 
• ações; 
• Executar serviços de vigilância sanitária; 
• Normatizar complementarmente no seu 
• âmbito de atuação. 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
O PODER DE POLÍCIA 
 PODER DE POLÍCIA: Conjunto de atribuições concedidas a 
administração para disciplinar e restringir, em favor do interesse 
publico, adequando direitos e liberdades individuais, tendo como 
principal característica a coercitividade e admitindo até o emprego 
da força para o seu cumprimento 
 
 PODER DE POLÍCIA SANITÁRIO: Caracteriza-se pela natureza do 
objetivo pretendido , que é o de evitar o fato danoso à saúde da 
população . é precedido de ações educativas, de informações amplas 
sobre as restrições que a lei sanitária impõe às atividades pública e 
privada , e da notificação no sentido de alertar para a irregularidade 
constatada 
 
 O PODER DE POLÍCIA SANITÁRIO É UM INSTRUMENTO DE DEFESA 
COLETIVO 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
“ A municipalização da vigilância sanitária, como 
uma etapa do processo da descentralização das 
ações de saúde, representa a concretização da 
municipalização da saúde e constitui subsídioimportante para o planejamento, gerenciamento 
e qualidade dos serviços de assistência médica, 
para a garantia da saúde ambiental e ocupacional 
e para o controle de qualidade de produtos e 
serviços de saúde e da vida da população” 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
FINANCIAMENTO 
• NOB/SUS 01/96: regulamentou o repasse de recursos 
federais para os estados, distrito federal e municípios 
 
• PAB-VISA (PORTARIA GM/MS nº1885/97): R$ 
0,25/HAB/ANO, Repassados fundo a fundo para 
municípios habilitados em gestão plena de atenção 
básica 
 
• Termo de ajuste e metas: regulamentação do 
financiamento das ações de média e alta complexidade 
(valor per capta r$0,15 hab/ano; valor proporcional à 
arrecadação da taxas de fiscalização de visa por fator 
gerador (medicamentos, alimentos, tecnologia em 
saúde) 
 
 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
• Do valor que cada unidade federada recebe, no mínimo 
R$0,06/hab/ano será utilizado como incentivo à municipalização 
das ações de vigilância sanitária. 
 
• Requisitos para a municipalização: estar habilitado em uma das 
condições de gestão estabelecidas na NOB/SUS/01/96; 
comprovar capacidade técnica de execução das ações por nível 
de complexidade; possuir equipe técnica cuja composição 
corresponda às necessidades de cobertura local; comprovar 
existência de estrutura administrativa responsável pelas ações 
de vigilância sanitária; comprovar abertura de conta específica 
vinculada ao fundo municipal de saúde 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
NORMAS PARA A APLICAÇÃO E CONTROLE DOS 
RECURSOS 
RDC Nº200/2002: Regulamenta a aplicação dos 
recursos para financiamento das ações de média 
e alta complexidade de vigilância sanitária: 
 
 Custeio das ações de média e alta complexidade de 
vigilância sanitária, aquisição de equipamentos e material 
permanente e adequação de infra-estrutura física; 
 
 Remuneração de pessoal e incentivo à produtividade do 
pessoal em efetivo exercício nas vigilâncias sanitárias 
estaduais e municipais, respeitadas as suas legislações 
próprias 
 
 
 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
“A taxa de retorno para um país que investe 
solidamente em educação e saúde é 
especialmente alta e cientificamente 
comprovada”. 
 
“A ignorância e a doença andam juntas; são 
companheiras inseparáveis na marcha fúnebre 
para o caos”. 
 
“Promover a saúde, sem proporcionar à população 
assistida as defesas sanitárias básicas e 
elementares, é dispersar recursos e vidas.” P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
P
ro
fª
 E
s
p
. 
D
a
rl
e
n
e
 M
a
c
h
a
d
o
 
A verdadeira medida de um homem não é 
como ele se comporta em momentos de 
conforto e conveniência, mas como ele se 
mantém em tempos de controvérsia e desafio. 
(Martin Luther King)

Continue navegando