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Resumo "O Espírito das Leis" livro I e II

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· LIVRO I "DAS LEIS EM GERAL"
Capítulo I: Das Leis Em Suas Relações Com Os diversos Seres:
Neste capítulo Montesquieu fala sobre as leis e relação entre os seres e já diferencia as leis naturais das leis positivas. Sobre o significado das leis, encontramos: "As leis, no seu sentido mais amplo, são relações necessárias que derivam da natureza das coisas.”.
Para Montesquieu todos os seres têm as suas leis, inclusive Deus e seres superiores ao homem. Deus, que tem relação com o universo, age segundo as leis que ele próprio criou, e elas têm relação com a sua sabedoria e poder.
Seres particulares inteligentes criam suas leis, mas existem também outras leis, as quais eles não fizeram. Tais leis são as leis de Deus e são violadas pelo homem, que apesar de possuir inteligência, também é susceptível e se torna um escravo de suas próprias paixões.
Capítulo II: Das Leis Da Natureza
Antes de o homem criar suas próprias leis, quando ele se encontrava em seu estado natural, no qual ele “teria a faculdade de conhecer, e não conhecimentos (...). Ele pensaria na conservação do seu ser antes de procurar a origem de seu ser. (...)” o homem era regido pelas leis da natureza.
A lei da natureza que é mais importante ao homem é a ideia de um criador, porém ela não é a primeira. A primeira lei seria a paz, pois o homem em seu estado original teria uma extrema timidez, e se sentiria fraco, então ainda não existia a ideia de dominação. O sentimento de fraqueza se junta no homem, ao sentimento de suas necessidades, daí então a segunda lei natural seria a que o faz procurar alimentar-se. O fascínio que os dois sexos sentem um pelo outro e o prazer que traz a um animal terem outro de sua própria espécie próximo, criaria uma procura natural de um pelo outro, sendo essa a terceira lei. Os homens, como seres que são capazes de adquirir conhecimentos tem um motivo para unir-se, e assim o desejo de viver em sociedade surge junto com a quarta lei.
Capítulo III: Das Leis Positivas
Com o homem vivendo em sociedade, perde o sentimento de suas fraquezas; a igualdade que existia entre eles desaparece e se iniciam as guerras. Guerras entre nações, e guerras entre os homens em uma mesma sociedade, que tentam colocar a seu favor as vantagens da sociedade em que vivem.
Surgem então as leis que regulam os relacionamentos dos povos entre si, que são chamadas de Direito das Gentes, que se fundamenta no principio de que quando nações entram em guerra devem fazer o mínimo possível de mal, e em tempo paz, o máximo possível de bem, sem que isso prejudique os seus próprios interesses.
Considerando o relacionamento dos governantes e governados surge o Direito Político, já que uma sociedade não poderia existir sem um governo.
Finalmente, as leis que regulam o relacionamento dos cidadãos entre si é o Direito Civil.
As leis seguem a razão humana, tanto as leis políticas quanto civis de todas as Nações são casos particulares em que se aplica a razão humana. As leis são feitas para o povo, e devem ser apropriadas a ele, assim como também aos elementos físicos do país, como o terreno, o clima e o gênero de vida dos povos (como agricultores, caçadores ou pastores). Também devem se relacionar com religião do povo, seu numero, costumes, inclinações, etc.
· LIVRO II "DAS LEIS QUE DERIVAM DIRETAMENTE DA NATUREZA DO GOVERNO"
Capítulo I: Da Natureza Dos Três Diferentes Governos:
Existem três espécies de governo: o Republicano, onde o povo todo, ou uma parte dele tem o poder soberano; o Monárquico, onde só um governa por leis fixas e estabelecidas e o Despotismo, uma só pessoa, sem obedecer a leis e regras, realiza tudo por sua vontade e seus caprichos.
Capítulo II: Do Governo Republicano e Das Leis Relativas à Democracia:
Quando todo o povo, em uma república tem poder, é chamada democracia, nela o povo e suas vontades (sufrágio) prevalecem por isso às vontades são tão importantes neste tipo de Governo. Quando apenas uma parte do povo tem o poder, é chamado Aristocracia.
Na Democracia, o povo é sob muitos aspectos o Monarca, já que com os sufrágios, o povo expressa suas vontades, portanto, é importante estabelecer quem tem o direito de sufrágio.
Nas assembleias é essencial que exista um numero fixo de cidadãos, assim quando houver uma votação pode-se saber se quem falou foi o povo, ou apenas uma parcela dele. Montesquieu da ênfase nessa questão no ponto em que diz que o Império Romano, em toda sua extensão, população e poder, não especificaram o numero de cidadãos fixo para compor a assembleia, sendo essa, segundo ele, uma das principais causas de sua ruína.
O povo que possui o poder soberano deve fazer por si mesmo tudo o que for capaz, e para o que não for deve fazer por intermédio de seus ministros. É uma máxima fundamental da democracia que o povo nomeie seus ministros, isto é, seus magistrados.
Assim como na monarquia, povo tem a necessidade de ser guiado, ou conduzido, no caso da espécie de governo tratado, por um conselho ou senado, que para ter uma relação de confiança com ele, deve ser eleito pelo povo ou pelo magistrado.
O povo sabe bem escolher a quem confiar autoridade, sabendo dos feitos daquele em quem confia, porém ele não sabe como realizar tais feitos, como conduzir um negócio, conhecer lugares, oportunidades e momentos. - “A maioria dos cidadãos tem bastante competência para eleger, mas não para ser eleita. Pois assim também o povo, que tem bastante capacidade para fazer lhe prestem contas da gestão dos outros, não é capaz de gerir ele próprio.” Ou seja, muitos podem não ter capacidade para serem eleitos, mas podem julgar se uma gestão foi boa, ou não.
O povo é dividido em certas classes no Estado popular, e os grandes legisladores se distinguem no modo em que fazem essa divisão, e é dela que sempre dependeu a duração da democracia e sua prosperidade.
Assim como decidir quem tem direito ao voto é importante, a maneira de dá-lo, também é. Com o sorteio todo cidadão tem a esperança de ser eleito. Sendo o sufrágio pelo sorteio de natureza democrática e o sufrágio pela escolha, aristocrático..
Uma das leis fundamentais na democracia é o modo em que o voto é feito, se ele é público ou secreto. Montesquieu acredita que os votos devem ser públicos. Outra lei fundamental na democracia, é que o povo faça as leis, mesmo que em muitas vezes ele precise que o Senado legisle.
Capítulo III: Das Leis Relativas à Natureza da Aristocracia:
Na aristocracia o poder esta nas mãos de certo número de pessoas, que fazem as leis e as executam, enquanto o resto do povo fica em relação a elas como súditos em relação a um monarca.
Quando existe um grande numero de nobres, é preciso a existência de um senado, no qual está a aristocracia, e a democracia esta no corpo de nobres, enquanto o povo não tem valor algum.
Seria bom, se em uma aristocracia, fizessem o povo sair de sua inércia. O senado não deve se renovar por si mesmo. Em Roma, que foi nos primeiros tempos um tipo de Aristocracia os novos senadores eram nomeados pelos censores.
Em toda magistratura quanto maior o grau de poder, mais breve é a sua duração. A Aristocracia deve se aproximar da democracia o máximo possível, enquanto se afastar mais da monarquia, para que ela seja perfeita.
Capítulo IV: Das Leis Em Sua Relação Com A Natureza Do Governo Monárquico:
O governo Monárquico se constitui de poderes intermediários, subordinados e dependentes, no qual um sozinho governa por leis fundamentais, sendo que o poder intermediário subordinado mais natural é o da nobreza. Nesse Estado, existe apenas a vontade momentânea e de uma única pessoa, consequentemente nada é fixo, e nenhuma lei poderá ser natural.
O poder do clero em uma república é muito perigoso, enquanto em uma monarquia é conveniente, principalmente se tal monarquia segue o rumo do despotismo.
Capítulo V: Das Leis Relativas Ao Governo Despótico:
No governo despótico, apenas um homem exerce o poder. Este homem acredita que é tudo, enquanto os outros nada são. Também é ignorante e preguiçoso. Ele abandona os negóciospúblicos e confia ele a um homem, que teria os mesmos poderes que ele, pois se confiasse a vários homens, haveria disputas entre eles. Quando o poder é entregue ao outro homem, o déspota passa a achar tudo muito fácil e simples, e se entrega às suas paixões. Portanto, quanto mais se tem para governar, menos se pensa no governo.

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