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FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 1 Efetividade do Balanceamento e da Padronização em Células Produtivas Thiago Henrique de Melo – thiagohenrimelo1985@hotmail.com Leandro Guedes – faj81@yahoo.com.br Professor Orientador - Rosangela Scipioni – rosangela.scipioni@superig.com.br Resumo Com a grande competitividade do mercado, empresas de qualquer tamanho, brigam por seu espaço buscando maior número de clientes e parceiros. Com esse objetivo, as organizações procuram, através da melhoria continua de seus processos, a otimização de seus projetos de redução de custos de produção. O balanceamento e a padronização dos processos produtivos são muito importantes, pois essas técnicas deixam a empresa em um nível de competição mais elevado. O foco desse artigo é mostrar o quanto estas duas técnicas podem melhorar a produtividade e a qualidade do produto final. Essas ferramentas foram implantadas em uma célula produtiva de uma empresa do ramo automotivo, situada em Jaguariúna (SP), que produz radiadores, compressores e condensadores. Palavras chaves: Padronização, Qualidade, Produtividade, Balanceamento. Abstract The very competitive market leads companies of different sizes to fight for their space and searching for more and more clients and partners. Based on that, the organizations aim to optimize their projects and production costs through the continuous improvement of their processes. The production process standardization and work balancing are important steps once these actions take the company to a next level of competition. The main focus of this paper is to demonstrate how powerful these two techniques to improve quality and productivity are. These tools were implemented in a production cell which assembles heat exchangers, air compressing systems and condensers in an automotive company located in Jaguariuna – SP. FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 2 Keywords: Standardization, Quality, Productivity, Balancing. 1 Introdução Atualmente, com o capitalismo em seu auge, nota-se o ambiente acirrado e competitivo em que vive o mundo dos negócios. A fim de sobreviver nesse mercado tão competitivo, faz-se óbvia a procura por ferramentas que visem a melhoria dos processos e controles internos que garantam a continuidade e o sucesso das empresas, diferenciando-as dos concorrentes. Neste cenário, um gerenciamento que vise uma maior qualidade e produtividade através do balanceamento e da padronização dos processos de grande importância. Para Cury (2000), um processo é uma série de tarefas ou etapas que recebem insumos tais como, materiais, informações, pessoas, métodos e máquinas que geram, produto físico ou serviço. Quanto ao balanceamento, Womack (2007) diz que “balancear" é uma ferramenta gráfica a qual auxilia e cria fluxo contínuo em um processo com múltiplas etapas e múltiplos operadores, distribuindo os elementos de trabalho do operador em relação ao takt-time ou tempo de ciclo. Campos (1992) relata que a padronização nas empresas modernas é considerada a mais fundamental das ferramentas gerenciais. Como dizem Gaither e Frazier (2006), a padronização de um processo é um fator crítico de sucesso. Acredita-se que o balanceamento e a padronização têm influência direta na qualidade e no aumento da produtividade de um produto final. Com estas ferramentas se reduz custos e desperdícios, diminuindo as variações e as não conformidades ao longo do processo. Com isso, as operações se tornam mais enxutas. Este estudo irá abordar uma situação real, onde serão apresentados dados coletados antes e após a implementação do balanceamento e da padronização em uma célula produtiva, buscando uma melhoria na produtividade e na qualidade dos produtos da empresa estudada. FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 3 2 Revisão Bibliográfica 2.1 Balanceamento Para (FESTUGATTO (2006) apud ROCHA (2005), balancear uma linha de produção é ajustá-la às necessidades da demanda, maximizando a utilização de seus postos ou estações de trabalho e buscando unificar o tempo unitário de execução do produto em suas sucessivas operações. A aplicação do balanceamento visa proceder de forma que cada operador realize movimentos precisos e, em uma célula de dois ou mais operadores onde todos trabalhem sequencialmente, ao mesmo tempo, ninguém trabalhe demais, nem fique algum tempo ocioso, esperando. Outra ideia do balanceamento é diminuir atividades que não agregam valor em um processo. Muitas vezes, um operador faz movimentos desnecessários ocorrendo um desperdício de tempo, sendo este fato uma oportunidade de ganhos e diminuição do tempo de ciclo de um produto. Para balancear uma linha de produção segundo Renó, Diniz, Berkenbrock e Sevegnani (2010) deve–se: - Medir os tempos, com uso de um cronômetro, de cada elemento em cada posto de trabalho; - Evitar usar dados de tempos padrões ou tabelas pré-existentes; - Cronometrar sempre o tempo separadamente e não o tempo total do ciclo; - Depois de cronometrar o tempo separadamente, cronometrar o tempo total do operador (esse tempo sempre deverá ser maior que o tempo somado por elemento, essa diferença é o tempo de espera e o tempo desperdiçado) - Com os elementos de trabalho e os tempos em mãos, usa–se o Gráfico de Balanceamento do Operador (GBO) A figura 1, abaixo, apresenta um exemplo com dois gráficos de balanceamento. O primeiro mostra um fluxo de trabalho mal balanceado. O segundo mostra um fluxo com balanceamento adequado. FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 4 Observam-se, no gráfico da figura 1, colunas que representam seis operadores. Quanto maior a coluna, maior o tempo de operação. Vê-se, também, a linha do Takt Time, que representa o tempo em que deve ser produzido para atender a demanda do cliente, e as linhas do tempo de ciclo. É visível a diferença da posição desta última linha antes e após a implementação de um balanceamento adequado. Antes, o tempo não atende a demanda. Após, o tempo de ciclo atende a demanda. 2.2 Padronização Lucena, Araújo e Souto (2006) consideram o padrão como um compromisso documentado e utilizado por todos os envolvidos no processo. É um compromisso, pois não deve ser determinado pelos níveis hierárquicos mais altos, mas em conjunto com todos os envolvidos com o padrão. A padronização busca criar um processo repetitivo. Por meio dela, problemas podem ser facilmente identificados e ações podem ser endereçadas. É primordial se criar um sistema de produção confiável. A figura 2, abaixo, demonstra a diferença entre uma ação totalmente sem padrão e uma padronizada. Figura 1- Gráfico de balanceamento antes / depois FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 5 Fonte: DELPHI Fica claro que no primeiro desenho não há qualquer tipo de padrão, enquanto no segundo há um padrão a ser seguido, sendo facilitada a identificação de um remador que não está seguindo o padrão. Lucena, Araújo e Souto (2006) dizem que um sistema de padronização cria, utiliza e controla padrões. Os autores acima descrevem algumas características básicas para que se tenha eficácia na realização da padronização: deverá ser direcionado ao usuário; ser o mais simples possível; deve ser possível de ser cumprido; deve ser baseado na prática e atender todas as necessidades do trabalho. Os mesmos autores apresentam uma sistemática de como padronizar os passos de uma padronização. Os passos são os seguintes: 1- Identificação da melhoria: Todo processo é iniciado com identificação de algum ponto passível de melhoria; 2– Elaboração do novo padrão: O responsável pelo setor, juntamente com o Grupo que identificou a melhoria realizam uma análise de possível mudança, levando em consideração as metas pré estabelecidas pela empresa no processo. 3 – Aprovação do novo padrão: Esta nova proposta deverá ser aprovada pelos responsáveis do processo, passando a ser efetivamente o novo padrão. 4 – Treinamento dos envolvidos: Após a aprovação do novo padrão, deverá ser realizado um treinamento com todos os envolvidos para a incorporação deste novo padrão à prática diária. Figura 2 – Ação sem padrão e ação padronizada FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 6 3 Objetivo O presente trabalho tem como objetivo estudar as técnicas de balanceamento e da padronização e implementá-las em uma célula produtiva de uma empresa do ramo automotivo. Esta empresa está situada em Jaguariúna (SP) e produz radiadores, compressores e condensadores. Serão demonstrados os resultados obtidos antes e depois da implementação buscando-se evidenciar as vantagens e melhorias alcançadas com a utilização destas ferramentas. 4 Metodologia Será avaliada uma célula produtiva que produz módulos de ar quente e ar condicionado com 5 operadores trabalhando em atividades distintas. Será implementado o balanceamento conforme os passos a seguir: 1- Observar os processos analisando máquinas e operadores; 2- Medir todos os Tempos de Ciclo – operador e máquina; 3- Calcular a utilização do operador e da máquina por meio do Gráfico de Utilização/Balanceamento e determinar os dados da Tabela de Eficiência e Produtividade para os dados da situação inicial da célula; 4- Analisar os dados da tabela e definir uma condição mais adequada; 5- Repetir i item 3 para os dados da situação final da célula; Se os processos e os recursos estiverem com um balanceamento correto, será iniciado o procedimento de padronização conforme os seguintes passos: 1- Identificação da melhoria; 2- Elaboração do novo padrão; 3- Aprovação do novo padrão; 4- Treinamento dos envolvidos. Os resultados da padronização serão avaliados com nova coleta de dados. 5 Desenvolvimento O processo envolvido neste estudo de balanceamento e padronização refere-se a uma célula de montagem de módulos de ar condicionado de automóveis e caminhões. Abaixo, pode-se observar uma foto do Módulo Atego; FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 7 Foto 1 :módulo Atego A célula possui formato de “U” com um trilho dispositivo de encaixe da peça, onde a mesma passa de operador para operador, em cada posto de trabalho. Sendo assim, é necessário que o processo seja balanceado para que não ocorra ociosidade de alguns operadores e sobrecarga de outros. Para que um operador comece a montar a partir de seu posto, o operador do posto anterior tem que terminar sua montagem. A figura 3 apresenta uma vista superior do layout da célula com a configuração para 8 operadores. Como pode ser observado, na célula existem 11 postos de trabalho, onde 7 são de montagem (posto 05 ao 70), 1 da cabine de teste (posto 80), uma mesa de inspeção final (posto 90) e o painel com o código de barra (posto 100). Durante o ano de 2011, a célula trabalhou em 2 turnos de 7,15 horas disponíveis cada, com configuração para 8 e 9 operadores. Existiam 6 modelos de módulos diferentes: Vectra Heater (só ar quente) e AC (com ar condicionado quente e frio), Astra Heater e AC e Atego Heater e AC. Figura 3 – Layout da célula inicial FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 8 Com a competitividade do mercado automobilístico, as montadoras renovam suas frotas de veículos de tempos em tempos. No ano de 2011, os modelos Astra e Vectra saíram de linha. Em conseqüência disso, a célula ficou apenas com os dois modelos do caminhão Atego e, consequentemente, não era mais necessário aquela quantidade de operadores para 2 turnos de trabalho. Assim, foram retiradas 3 pessoas e realocadas em outras células. Surgiu, então, uma situação nova onde a célula passava a ter uma configuração para 5 operadores. A empresa não possuía nenhuma informação sobre esta configuração; não havia balanceamento, não havia padronização, não se sabia qual era o Takt Time, qual o tempo de ciclo, ou seja, nada que pudesse ser consultado para entender a real capacidade da célula. 5.1 Estudo da situação inicial da célula Após alguns meses trabalhando com 5 operadores, foi realizado o estudo da verdadeira capacidade e necessidade da célula, diante da demanda atual. Os dados serão descritos a seguir. TAKT TIME = (tempo disponível em horas / turno) x (número de turnos/ dia) x (3600 segundos / hora) / (número de peças/dia) = segundos / peça Tempo disponível: 7,15 horas / turno A célula trabalhava em apenas em 1 turno por dia. Demanda: 56 peças / dia: 32 peças / dia para o Atego A/C e 24 peças / dia para o Atego Heater. 1 hora = 3600 segundos Takt Time = 7,15x1x 3600 / 56 = 459 segundos / peça Após o calculo do takt time, a célula foi analisada: filmou-se 10 ciclos de cada um dos 5 operadores e realizou-se a crono-análise. A crono-análise dá a informação do tempo de ciclo e é a média dos 3 menores tempos, que mais se repetem, entre os 10 tempos observados. Abaixo, a figura 4, mostra o balanceamento da realidade inicial da célula. FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 9 Figura 4: Gráfico de balanceamento para a situação inicial da célula As figuras 5 e 6 apresentam os resultados do estudo da situação inicial para os dois modelos: Atego AC e Heater, respectivamente. Para melhor entendimento, algumas siglas que devem ser traduzidas: CT = Ciclo total; ATT= Takt Time (gargalo da célula); TT = Takt Time (demanda do cliente); DR = Velocidade de produção demonstrada; TCO = N° d e operadores necessários. Figura 5: Tabela de Eficiência e Produtividade com resultados do estudo da situação inicial – Atego AC Figura 6: Tabela de Eficiência e Produtividade com resultados do estudo da situação inicial – Atego Heater FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 10 O estudo da situação inicial da célula demonstrou principalmente que o desempenho da célula, em relação ao Takt Time (ATT/TT), estava baixo (média = 52,5%), no que a empresa admite como o ideal 80%. A utilização média dos operadores estava em 85%, sendo que, o ideal seria estar mais próximo de 100%. Resumindo, ficou claro que a célula estava trabalhando com recursos (pessoas) a mais do que o necessário para a demanda corrente. Isto é observado no cálculo do TCO demonstrando que apenas 3 operadores seriam necessários para alcançar aquela demanda. Fator interessante também foi a soma das horas necessárias para atingir a demanda dos dois modelos. Trabalhando com uma eficiência de 80%, produz-se 12 peças por hora, assim são necessários apenas 4,7 horas para que se atinja a demanda diária. Conclui-se que os operadores trabalhavam apenas o necessário para cumprir a demanda. Observou-se também que: (a) havia uma indefinição sobre o que cada operador deveria fazer nos seu posto, havendo até certa discussão quando trabalhavam; (b) não havia como medir eficiência da célula, pois sem padrão, não se sabia qual era sua real capacidade; (c) havia estoque de peças após o primeiro posto; (d) havia muita espera entre os operadores 3 e 2; (e) o trabalho não cíclico (abastecer a linha e levar Rack de produto acabado para expedição) era feito pelos próprios operadores da célula. 5.2 Balanceamento para 3 operadores Após os estudos acima, definiu-se balancear e padronizar a célula com 3 operadores.O balanceamento foi realizado distribuindo elementos de trabalho para que os operadores ficassem com o tempo mais perto possível um do outro, evitando esperas ou ociosidades. O operador 1 ficou com elementos do Posto 10, 20 e 30 e parte do posto 40, o operador 2 ficou com alguns elementos do posto 40, 50, 60 e 70 e o operador 3 ficou com o posto 80, 90 e com a responsabiliadade de colocar a peça no Rack, fazer o trabalho não cíclico e também realizar a troca do trilho do posto 90 para o posto 10. Pode ser observado nas figuras 7 e 8, o layout da célula com três operadores e o gráfico de balanceamento. FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 11 Figura 7: Layout da célula final Figura 8: Gráfico de balanceamento para a situação final da célula Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios. Observa-se nas figuras 9 e 10, os dados da situação final da célula com as devidas mudanças. Figura 9: Tabela de Eficiência e Produtividade - situação final da célula – Atego A/C FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 12 Figura 10: Tabela de Eficiência e Produtividade - situação final da célula – Atego Heater 5.3 Situação inicial x situação após balanceamento A tabela abaixo apresenta as diferenças entre o antes e o depois do balanceamento. Figura 11: Tabela com os resultados das melhorias FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 13 Estudando a tabela a cima, conclui-se que: - O número de operadores foi reduzido em relação a configuração inicial; - O Ciclo total, mesmo com um número menor de operadores, foi reduzido em 25 segundos, eliminando alguns desperdícios que ocorriam na manufatura do produto; - O TaKt Time medido no gargalo da célula foi aumentado em 98 segundos. Neste caso, pode-se pensar que houve uma perda de tempo, porém, antes a célula trabalhava com “gorduras” e apenas 56 peças eram produzidas por dia. Acredita-se, então, que os operadores desaceleravam para produzir apenas o necessário, gerando um custo maior ao produto; - A Eficiência da Operação é uma métrica utilizada pela empresa que, dependendo do histórico da célula, gera um novo padrão. O padrão geral é de 80% e se considera essa folga por paradas não programadas a não ser que o histórico diga que a célula trabalha sempre acima disso. Esta métrica melhorou em 21%, chegando aos 74%, o que é bastante satisfatório; - O CT / ATT mede o quanto se utiliza dos operadores na montagem em relação ao ATT (gargalo da linha). Após o balanceamento, esta métrica aumentou em 11 pontos percentuais chegando aos 96%, muito próximo do valor ideal: 100%; - Foi alcançado um aumento de 0,6 peças por homem hora na produtividade passando de 3 para 3,6. Quanto às horas necessárias, conseguiu-se que com 3 operadores fosse atendida a demanda necessária e em 6,6 horas, muito próximo das 7,15 horas disponíveis de um turno. Assim, a demanda será atendida com 2 pessoas a menos na célula em relação a condição inicial. 5.4 Padronização Através dos resultados obtidos no balanceamento da célula em questão, foram identificadas as melhorias a serem realizadas. Então, um novo padrão de procedimento foi elaborado utilizando-se 3 operadores na célula. Os lideres, o coordenador e o supervisor geral avaliaram os novos procedimentos e aprovaram a FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 14 sua padronização. Fez-se necessário treinar novamente os operadores na própria célula para que os resultados desejados fossem atingidos. Os operadores trabalharam da maneira padronizada e os resultados desejados foram alcançados já na segunda hora após o treinamento, sendo produzidas 9 peças / hora, o que foi considerado um resultado muito bom. Foi montada uma pasta de trabalho padronizado da célula e, nesta pasta, foi anexada a lista de presença de treinamento dos operadores. 6 Conclusão O presente trabalho avaliou a aplicação do balanceamento e da padronização em um processo de produção do ramo de autopeças. Através de um estudo preliminar foi possível entender o estado inicial de uma célula produtiva e definir uma nova condição de trabalho com redução de recursos e aumento da produtividade. O balanceamento da célula trouxe melhorias importantes como: � A redução do número de operadores de 5 para 3; � A eficiência da operação, ATT/TT, melhorou em 21%, chegando aos 74%, o que é bastante satisfatório; � Foi alcançado um aumento de 0,6 peças por homem hora na produtividade passando de 3 para 3,6. A padronização, com a elaboração e aprovação dos novos procedimentos e com o treinamento dos associados, veio fechar com “chave de ouro” o sucesso do balanceamento da célula alcançando rapidamente um resultado muito bom. O balanceamento visou uma melhor utilização de recursos humanos e a padronização, em seguida, documentou o trabalho realizado e fez com que o procedimento fosse cumprido. Cabe salientar que auditorias devem ser realizadas, a fim de assegurar que trabalho vem sendo feito como planejado. O balanceamento e a padronização são ferramentas que contribuem para a análise de um processo, onde se podem criar vários cenários, perspectivas e tomar as ações para melhorá-lo. O uso dessas ferramentas se mostrou eficaz na melhoria do processo e na utilização dos recursos. FACULDADE DE JAGUARIÚNA Engenharia de Produção 15 7 Referência Bibliográfica ARAUJO, C.A.C.; RENTES, A. F; A Metodologia KAIZEN na Condução de Processos de Mudança em Sistemas de Produção Enxuta: São Paulo, Revista Gestão Industrial, 2006 BERKENBROCK, T.; RENÓ, G. W. S.; MARTINS, A. A.;SEVEGNANI, G.; FISCHER, D. 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