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Aluna: Emanoelle Louzada Leme RA:1087708 Polo : Queluz-SP Curso: Pedagogia Disciplina : Políticas Educacionais (semana 04) Tecnologias assistivas, legislação e minorias sociais: Destacando algumas leis que definem a educação especial como modalidade:A educação especial é uma modalidade de ensino destinada a educandos portadores de necessidades educativas especiais no campo da aprendizagem, originadas quer de deficiência física, sensorial, mental ou múltipla, quer de características como altas habilidades, superdotação ou talentos. O atendimento educacional especializado deve estar disponível em todos os níveis de ensino escolar, de preferência nas escolas comuns da rede regular. Este é o ambiente escolar mais adequado para se garantir o relacionamento dos alunos com seus pares de mesma idade cronológica e para a estimulação de todo o tipo de interação que possa beneficiar seu desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo. O artigo 2º do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) considera: “Pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. É nosso dever fornecer mecanismos para todas as pessoas que estejam incluídas na sociedade. Para que isso ocorra, são criadas leis que garantam a inclusão da pessoa na sociedade efetivando-a como cidadão. No nosso caso, a inclusão do portador de deficiência física pela Lei n° 7.853/89, é assim disposto: Artigo 2º - Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico. <Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/portaria1793.pdf>. Acessado em 16 set. 2018. Segundo o art. 58 da Lei de diretrizes e bases da educação nacional, nº 9394 de 20 de dezembro de 1996: “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de Educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.” <Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm>. Acessado em 16 set. 2018. Temos no Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999 - Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989: Art. 1º A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência compreende o conjunto de orientações normativas que objetiva assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência. Art. 2º Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa portadora de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à edificação pública, à habitação, à cultura, ao amparo à infância e à maternidade, e dos outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico. <Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/portaria1793.pdf>. Acessado em 16 set. 2018. E a Portaria n° 1.793, de dezembro de 1994: Art.1.º Recomendar a inclusão da disciplina “ASPECTOS ÉTICOPOLITICOEDUCACIONAIS DA NORMALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA PESSOA PORTADORA DE NECESSIDADES ESPECIAIS”, prioritariamente, nos cursos de Pedagogia, Psicologia e em todas as Licenciaturas. Art. 2.º Recomendar a inclusão de conteúdos relativos aos aspectos–Ético–Políticos– Educacionais da Normalização e Integração da Pessoa Portadora de Necessidades Especiais nos cursos do grupo de Ciência da Saúde( Educação Física, Enfermagem , Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição, Odontologia, Terapia Ocupacional), no Curso de Serviço Social e nos demais cursos superiores, de acordo com as suas especificidades. Art. 3º Recomendar a manutenção expansão de estudos adicionais, cursos de graduação e de especialização já organizados para as diversas áreas da Educação Especial. Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. <Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/portaria1793.pdf>. Acessado em 16 set. 2018. Destacando algumas leis que definem e prescrevem o uso de tecnologias nos processos educacionais:Tecnologia Assistiva é utilizada para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão. Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade. É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey • Assistive Technologies: Principles and Practices • Mosby – Year Book, Inc., 1995). < Disponível em: http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html>. Acessado em 16 set. 2018. No Decreto Nº 7.612, de 17 de novembro de 2011, institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Plano Viver sem Limite, no Art. 3 o § VIII prevê a promoção do acesso, do desenvolvimento e da inovação em tecnologia assistiva. <Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7612.htm>. Acessado em 16 set. de 2018. No Decreto Nº 6.949, de 25 de Agosto de 2009.Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007, no Artigo 20 diz: Liberdade de expressão e de opinião e acesso à informação . Os Estados Partes tomarão todas as medidas apropriadas para assegurar que as pessoas com deficiência possam exercer seu direito à liberdade de expressão e opinião, inclusive à liberdade de buscar, receber e compartilhar informações e ideias, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas e por intermédio de todas as formas de comunicação de sua escolha, conforme o disposto no Artigo 2 da presente Convenção, entre as quais: a) Fornecer, prontamente e sem custo adicional, às pessoas com deficiência, todas as informações destinadas ao público em geral, em formatos acessíveis e tecnologias apropriadas aos diferentes tipos de deficiência; b) Aceitar e facilitar, em trâmites oficiais, o uso de línguas de sinais, braille, comunicação aumentativa e alternativa, e de todos os demais meios, modos e formatos acessíveis de comunicação, à escolha das pessoas com deficiência; c) Urgir as entidades privadas que oferecem serviços ao público em geral, inclusive por meio da Internet, a fornecer informações e serviços em formatos acessíveis, que possam ser usados por pessoas com deficiência; d) Incentivar a mídia, inclusive os provedores de informação pela Internet, a tornar seus serviços acessíveis a pessoas com deficiência; e) Reconhecer e promover o uso de línguas de sinais. <Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm–>. Acessado em 16 set. 2018. Na Política Nacional de EducaçãoEspecial de 1994 diz: CAPÍTULOII: Dos Princípios do Art. 5º A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, em consonância com Programa Nacional de Direitos Humanos, obedecerá aos seguintes princípios; I - desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo a assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto socioeconômico e cultural; II - estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais que assegurem às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem-estar pessoal, social e econômico. < Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/18299/000728187.pdf.>. Acessado em 16 set.2018. No art. 6º da LDB prevê que: São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência: I - estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa portadora de deficiência. No art. 59 da LDB nos diz que: Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades. < Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acessado em 16 set. 2018. Fazer TA na escola é buscar, com conectividade, uma alternativa para que o aluno realize o que deseja ou precisa. É encontrar uma estratégia para que ele possa ´´fazer´´ de outro jeito. É valorizar o seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e interação, a partir de suas habilidades. É conhecer e criar novas alternativas para a comunicação, mobilidade, escrita, leitura, brincadeiras, artes, utilização de materiais escolares e pedagógicos, exploração e produção de temas através do computador etc. É envolver o aluno ativamente, desafiando-o a experimentar e conhecer, permitindo assim que construa individual e coletivamente novos conhecimentos. É retirar do aluno o papel de espectador e atribuir-lhe a função de ator. < Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/rec_adaptados.pdf>. Acessado em 16 set.2018. Para que o direito à educação dos alunos com deficiência se realize de fato com o atendimento de suas necessidades especificas, garantindo-lhes igualdade de oportunidade e possibilidades de aprendizado, é que se fazem necessários na escola o conhecimento e a prática da tecnologia assistiva. O conhecimento e a aplicação da tecnologia assistiva no contexto educacional é um dos fatores que contribuem para a inclusão escolar. Relacionando os dois conjuntos de leis, percebendo seus pontos de intersecção: É nosso dever fornecer mecanismos para todas as pessoas que estejam incluídas na sociedade. Para que isso ocorra, são criadas leis que garantam a inclusão da pessoa na sociedade efetivando-a como cidadão. No nosso caso, a inclusão do portador de deficiência física. As leis para incluir a educação especial como modalidade e as leis que definem e prescrevem o uso de tecnologias nos processo de uso educacionais tem como ponto em comum a inclusão social e educacional, como direitos humanos básicos na vida de qualquer cidadão de qualquer espécie, e possuem leis que definem e apontam as diretrizes para suas efetivações, visando atender as inúmeras particularidades de algumas minorias inclusive das crianças com necessidades especiais, garantindo a participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, utilizando-se de meios como as tecnologias assistivas, que são ferramentas importantes para uma educação que seja inclusiva de verdade. Destacando as principais tecnologias assistivas possíveis: Apesar de a legislação brasileira apontar para o direito do cidadão com deficiência a dispor dos recursos de tecnologia assistiva de que necessita, estamos ainda no início de um trabalho para o reconhecimento e estruturação desta área de conhecimento em nosso país. Inicial também é o estágio de incentivos à pesquisa e a produção nacional de recursos de tecnologia assistiva que venham a atender a grande demanda reprimida existente. No entanto, passos importantes aconteceram nesse últimos anos. Entre eles, podemos mencionar a promulgação do decreto 3.298 de 1999, que no artigo 19, fala do direito do cidadão brasileiro com deficiência á ajudas técnicas. Nele consta que serão consideradas ajudas técnicas todos os elementos que permitam compensar uma ou mais limitações funcionais, motoras, sensoriais ou mentais para superar barreiras de comunicação e mobilidade visando á inclusão social da pessoa com deficiência. O texto relaciona, de forma clara, a seguinte lista de ajudas técnicas apresentadas como intens de direito: Parágrafo único: I- próteses auditivas, visuais e físicas; II- órteses que favoreçam a adequação funcional; III- equipamentos e elementos necessário à terapia e reabilitação da pessoa portadora de deficiência; • IV- equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente desenhados ou adaptados para o uso por pessoa portadora de deficiência; • V- elementos de mobilidade, cuidado e higiene pessoal necessários para facilitar a autonomia e a segurança da pessoa portadora de deficiência.; • VI- elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização para pessoa portadora de deficiência física; • VII- equipamentos e material pedagógico especial para educação, capacitação e recreação da pessoa portadora de deficiência; • VIII- adaptações ambientais e outras que garantam o acesso, a melhoria funcional e a autonomia pessoal; e • IX- bolsas coletoras para os portadores de ostomia. (BRASIL, 1999). Utilizando os pontos de intersecção entre as leis da educação especial e da tecnologia na educação, relatando as possibilidades de uso das tecnologias assistivas para garantir o direito à educação de várias minorias sociais. Os objetivos da educação especial são os mesmos da educação em geral, o que difere é o atendimento, que passa ser de acordo com as diferenças individuais do educando. A inclusão social e educacional de alunos com necessidades educacionais especiais como já citadas nessa atividade, tem como ponto de intersecção entres a inclusão social e a educação, as leis da educação especial e da tecnologia na educação, em classes comuns, exige que a escola regular se organize de forma a oferecer possibilidades objetivas de aprendizagem a todos os alunos, especialmente àqueles com deficiências. A inclusão dos deficientes, de uma minoria, que são considerados diferentes da maioria determinada como normal, em uma sociedade, não significa que a minoria é quem está mudando de atitude, mas a maioria é quem está mudando tanto a forma de pensar quanto de agir. A sociedade inclusiva tem como principal objetivo o oferecimento igual de oportunidades para que cada pessoa seja autônoma e autodeterminada. É uma sociedade aberta a todos, onde ocorre o estímulo à participação de cada um, apreciando as diferentes experiências humanas e reconhecendo o potencial de cada cidadão.Tudo que vimos de acordo com a nossa legislação, em tese, é muito justo. A teoria é sempre mais perfeita. Mas precisamos efetivar o cumprimento das leis. Isso pode ser feito através da cobrança dos órgãos competentes que façam com que a Lei seja aplicada. Fazemos uso constante de ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar nossas atividades cotidianas, como os talheres,canetas, computadores, controle remoto, automóveis, telefones celulares, relógio, enfim, uma interminável lista de recursos, que já estão assimilados a nossa rotina e, “são instrumentos que facilitam nosso desempenho em funções pretendidas”. De igual forma, também pessoas deficientes, utilizam tais ferramentas, só que especialmente adaptadas para elas a fim de ampliar sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado e trabalho, proporcionando qualidade de vida e inclusão. Para as pessoas, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis. As normas gerais e critérios estabelecidos nas Leis nacionais de Tecnologia Assistiva podem e devem trazer melhores condições de vida e independência aos estudantes público-alvo da Educação Especial. Elas garantem direitos importantes, e o conhecimento deste processo por parte dos professores se faz essencial para melhorar a inclusão escolar brasileiras Possibilidades de execução do que está previsto, como tecnologias assistivas e práticas docentes .Apesar do crescimento do número de matriculas da educação especial em classes comuns do ensino regular a realidade de exclusão dos jovens e crianças brasileiros com deficiência é ainda gritante e representa um enorme desafio ao governo e aos sistemas educacionais gerais. Para que se resgate esta dívida social será fundamental incrementar ainda mais o investimento em pesquisa, formação de professores e implementação de práticas educacionais que possibilitem não só o ingresso do aluno com deficiência no sistema educacional comum, mas a sua efetiva participação com condições de aprendizado. Conhecimentos de várias áreas serão necessários e bem vindos na construção de uma escola inclusiva e estes, vão desde a concepção de espaço físico, projetado e construído para receber a todos, até o desenvolvimento de produtos que venham atender as necessidades especificas de alguns alunos com deficiência. Cabe ao professor Aprofundar o conceito de Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa e sua aplicação no contexto educacional inclusivo para inclui-las em suas aulas, afim de possibilitar a interação de alunos especiais, buscando metodologias adaptadas para particularidade do aluno. Todo o empenho do professor devera voltar- se a promover as condições necessária para que este aluno atinja os objetivos educacionais, conforme foram propostos a toda sua turma, em igualdade de condições de participação e desenvolvimento que seus colegas. Isto não significa que todos os alunos deverão concluir determinada atividade proposta executando-a exatamente da mesma forma ou, que ao final das atividades todos tenham que saber exatamente as mesmas coisas. O que se considera importante que todos possam ter as mesmas oportunidades de vivenciar experiências e acessar informações para então, individualmente, construir conhecimentos no tema abordado, de acordo com suas experiências pessoais e que façam isto juntos, como é próprio do ambiente escolar inclusivo . • Referencias: • http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm • http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/portaria1793.pd • http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html • http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7612.htm • http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm • https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/18299/000728187.pdf • http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm • http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/rec_adaptados.pdf • http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3298.htm
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