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Orçamento Público Resumo

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1
Orçamento Atualizado – Introdução
ORÇAMENTO PÚBLICO
www.grancursosonline.com.br
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ES
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
ORÇAMENTO ATUALIZADO – INTRODUÇÃO
MATERIAL RECOMENDADO PARA CONSULTA:
• Constituição Federal de 1988 – Arts. 165 a 169
• Lei n. 4.320/1964
• Decreto n. 93.872/1986
• Manual Técnico de Orçamento – 2016 (2ª versão)
• Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público – Portaria n. 01/2014 
(1ª parte)
1. CONTEXTUALIZANDO
O estudo de Administração Financeira e Orçamentária (AFO) / Orçamento 
Público está relacionado ao estudo do Direito Financeiro.
O Direito Financeiro é um ramo do Direito Público que disciplina a atividade 
financeira do Estado. Abrange, desta forma, a receita pública (obtenção de recur-
sos); o crédito público (criação de recursos); o orçamento público (gestão de 
recursos); e a despesa pública (dispêndio de recursos).
O estudo de Administração Financeira e Orçamentária engloba o Direito 
Financeiro com um enfoque administrativo. A Administração Financeira e Orça-
mentária é a disciplina que estuda a atividade financeira do Estado e sua aplica-
ção na Administração Pública.
Vale ressaltar que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente acerca do Direito Financeiro. 
Compete aos Municípios, por sua vez, legislar sobre assuntos de interesse 
local e suplementar à legislação federal e à estadual no que couber. Assim, 
apesar de não concorrerem com a União e os Estados, os Municípios legislam 
naquilo que for de interesse local e suplementam a legislação federal e a esta-
dual, sem contrariá-las.
2
Orçamento Atualizado – Introdução
ORÇAMENTO PÚBLICO
www.grancursosonline.com.br
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
De acordo com a Constituição Federal:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concor-
rentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
(...).
Atenção!
Atualmente, ainda é a Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964, que estatui normas 
gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e 
balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
A Lei n. 4.320/1964 possui o status de lei complementar, pois trata de normas 
gerais de Direito Financeiro. Houve a novação de sua natureza normativa pelo 
art. 165, § 9º, I e II, da CF/1988, atribuindo-lhe a natureza de lei ordinária, em 
sentido formal, e de lei complementar, em sentido material.
Direto do concurso
(CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-CE/2014) O direito financeiro tem por 
objeto a disciplina jurídica da atividade financeira do Estado e abrange receitas, 
despesas e créditos públicos.
Comentário
O Direito Financeiro é a disciplina jurídica da atividade financeira do Estado.
OOs..:� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, 
de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Flávio José 
de Assis. 
 
 1 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
1. CONTEXTUALIZANDO 
 
O estudo de AFO/Orçamento Público está relacionado ao estudo do Direito Financeiro. 
 
Mas o que é o Direito Financeiro? 
O Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a atividade financeira do estado. 
Abrange, dessa forma a receita pública (obtenção de recursos), o crédito público (criação de 
recursos), o orçamento público (gestão de recursos) e a despesa pública (dispêndio de 
recursos). 
 
O estudo de AFO engloba o Direito Financeiro com um enfoque administrativo. A 
Administração Financeira e Orçamentária é a disciplina que estuda a atividade financeira do 
estado e sua aplicação na Administração Pública. 
 
Vale ressaltar que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre Direito Financeiro. E aí alguém no fundo da sala pergunta: professor, 
e os Municípios? 
 
Compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar à legislação 
federal e à estadual no que couber. Assim, apesar de não concorrerem com a União e os 
estados, os municípios legislam naquilo que for de interesse local e suplementam a legislação 
federal e a estadual, sem contrariá-las. 
 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre: 
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
II – orçamento; 
(...).” 
 
ATENÇÃO: Atualmente, ainda é a Lei n.°4.320, de 17 de março de 1964, que estatui normas 
gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, 
dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. 
A Lei 4.320/1964 possui o status de lei complementar, já que trata de normas gerais de Direito 
Financeiro. Houve a novação de sua natureza normativa pelo art. 165, § 9º, I e II, da 
CF/1988,atribuiu-lhe a natureza de lei ordinária em sentido formal e lei complementar em 
sentido material. 
 
2.ALGUNS CONCEITOS CLÁSSICOS: 
 Conforme nos ensina Abrúcio, “o orçamento é um instrumento fundamental de governo, seu 
principal documento de políticas públicas. Através dele os governantes selecionam prioridades, 
decidindo como gastar os recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes 
grupos sociais, conforme seu peso ou força política. Portanto, nas decisões orçamentárias os 
problemas centrais de uma ordem democrática como representação e accountability estão 
presentes”. 
 
Para Aliomar Baleeiro, o orçamento público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o 
Poder Legislativo autoriza, por certo período de tempo, a execução das despesas destinadas 
ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral 
do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei. 
 
 Giacomoni entende que, de acordo com o modelo de integração entre planejamento e 
orçamento, o orçamento anual constitui-se em instrumento, de curto prazo, que operacionaliza 
os programas setoriais e regionais de médio prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco 
fixado pelos planos nacionais em que estão definidos os grandes objetivos e metas, os projetos 
estratégicos e as políticas básicas. 
 
3. HISTÓRICO DO ORÇAMENTO 
 
 
 2 
Origens 
A Carta Magna, outorgada no início do século XIII pelo Rei João Sem Terra, é historicamente 
considerada o embrião do orçamento, por meio de seu art.12: 
 
“Nenhum tributo ou auxílio será instituído no Reino senão pelo seu conselho comum, exceto 
com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu primogênito cavaleiro e casar sua filha mais 
velha uma vez, e os auxílios serão razoáveis em seu montante”. 
 
Fica evidente que trata-se de uma tentativa formal de controle das finanças públicas por parte 
do Legislativo sobre o Executivo. 
 
Entretanto, somente por volta de 1822, na Inglaterra, o Orçamento Público passa a ser 
considerado um instrumento formalmente acabado. (orçamento clássico) . O aspecto 
econômico do orçamento tinha posição secundária, privilegiando o aspecto controle. 
 
Já no final do século XIX o orçamento elaborado com base na neutralidade deixava de atender 
às demandas do Estado e temos iniciada a tese do orçamento moderno cujo pressuposto 
básico era a idéia de um instrumento de planejamento e de administração. 
 
CAIU EM PROVA 
01) (CESPE – ANALISTA – MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 2013) Historicamente, o orçamento inglês é 
importante por esboçar as convicções de natureza técnico-jurídica desse instrumento e por difundir a 
instituição orçamentária para outras nações. 
RESPOSTA: CERTA. 
A instituição orçamentária teve início como instrumento disciplinador na Inglaterra em 1822, visando 
diminuir ou reter o crescimento das despesas públicas. Teve como meta principal a de possibilitar aos 
órgãos governamentais um controle político sobre o Executivo.Pelos conflitos surgidos entre monarquia e Parlamento, concluiu-se que não batava autorizar a cobrança 
das rendas públicas, era necessário verificar se a sua aplicação correspondia às finalidades para as quais 
foram autorizadas. Um avanço bastante significativo na organização das finanças públicas foi 
representado pela Lei do Fundo Consolidado, que possibilitou a contabilização dos fundos públicos e, a 
partir de 1802, a publicação anual do relatório detalhado das finanças. Em 1822, o chanceler do Erário 
passou a apresentar ao Parlamento uma exposição que fixava a receita e a despesa de cada exercício, e 
segundo Jesse Burkhead, essa é a data que marca o início do orçamento, plenamente desenvolvido, na 
Grã-Bretanha. 
A trajetória histórica do orçamento inglês é importante por delinear a natureza técnica e jurídica desse 
instrumento, e por difundir a instituição orçamentária para outros países. 
 
02) (CESPE – ANALISTA – MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 2013) Tendo a experiência norte-americana 
como referência e estimulados pelas orientações contempladas nos manuais da Organização das 
Nações Unidas, diversos países da América Latina, com exceção do Brasil, adotaram, na década 
de 60 do século passado, o Sistema de Planejamento, Programação e Orçamento (PPBS) como 
instrumento orçamentário. 
RESPOSTA: ERRADA 
O Orçamento-Programa, de acordo com Schubert, surgiu nos Estados Unidos, na década de 50, nas 
grandes empresas privadas, com o nome de Planning-Programming Budgeting System - PPBS, onde 
podemos citar empresas como Du Pont, General Motors e Ford, em um esforço para planejar os seus 
desenvolvimentos empresariais. 
Em 1949, a primeira Comissão Hoover15, nos Estados Unidos, recomendou que se adotasse um 
orçamento baseado em funções, atividades e projetos, atribuindo-lhe o nome de Orçamento por 
Realizações (Performance Budgeting). Em atenção a essa recomendação, o Governo Federal reformulou 
o orçamento de 1951 para indicar os programas e atividades de acordo com cada pedido de crédito, e 
determinou que fossem apresentados dados relativos ao volume de trabalho e a outras realizações, em 
termos descritivos. 
A segunda Comissão Hoover, introduziu, através da Lei n. 863, de agosto de 1956, uma fórmula 
mais avançada de Orçamento-Programa, chamada Planing, Programming and Budgeting System (PPBS), 
que também é utilizada pelo Canadá. 
No Brasil, o orçamento moderno também está representado, no Orçamento-Programa, que foi 
sistematizado originalmente pela Organização das Nações Unidas (ONU), cuja concepção básica foi 
extraída da experiência federal americana obtida com a implantação do Orçamento de Desempenho 
(Performance Budget). 
 
 3 
Em 7 de março de 1964, foi assinada a Lei n. 4.320/64, que veio efetivar a adoção legal do 
orçamento-programa no Brasil. O Decreto lei n. 200, de 25-2-1967, disciplinou os aspectos 
orçamentários, referindo-se, expressamente, ao Orçamento-Programa. 
 
03) (CESPE – ANALISTA – MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 2013) O orçamento público, como 
instrumento de planejamento e de controle da administração pública, possibilita a comparação 
entre diversas funções e programas de governo entre si, além de facilitar o exame da função total 
do governo e de seu custo em relação ao setor privado da economia. 
RESPOSTA: CERTA 
O orçamento público, aceito como instrumento de planejamento e de controle da administração pública, 
apresenta-se como uma técnica capaz de permitir que periodicamente sejam reavaliados os objetivos e 
fins do governo. Visa permitir também a avaliação comparativa das diversas funções e programas entre si 
e o relacionamento de seus custos, bem como facilitar o exame da função total do governo e de seu custo 
em relação ao setor privado da economia. (MATIAS PEREIRA, 2006, p. 246) 
 
04) (CESPE – ANALISTA – MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 2013) Credita-se ao sistema orçamentário 
francês a instituição de certas regras, que, atualmente, são dadas como básicas nas concepções 
doutrinárias do orçamento público, como a anualidade do orçamento, a não vinculação de itens da 
receita a despesas específicas e o princípio da universalidade. 
RESPOSTA: CERTA 
No que tange à evolução do orçamento pode-se afirmar que na FRANÇA a instituição orçamentária surgiu 
posteriormente à adoção do princípio do consentimento popular do imposto outorgado pela Revolução de 
1789. O sistema orçamentário francês em sua fase inicial ajudou a consolidar algumas regras básicas na 
concepção doutrinária do orçamento público: 
a) anualidade do orçamento; 
b) votação do orçamento antes do início do exercício; 
c) existência de todas as previsões financeiras para o exercício (princípio da universalidade); 
d) não-vinculação de itens de receita a despesa específicas (princípio da não-afetação das receitas) 
4. FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO 
O orçamento moderno reflete três formas de intervenção do Governo na economia. Embora 
tenham objetivos específicos, estão relacionadas e são elas: alocativa, distributiva e 
estabilizadora. 
 
Função alocativa: visa promover ajustamentos na alocação dos recursos de maneira que o 
Estado oferece determinados bens e serviços necessários e desejados pela sociedade em 
virtude do não provimento dos mesmos pela iniciativa privada. 
 
Função distributiva: voltada para a promoção de ajustamentos na distribuição de renda. Tem 
origem na necessidade de correções das falhas de mercado, utilizando como instrumentos os 
sistemas de tributos e as transferências. Um exemplo clássico utilizado em especial em países 
com grandes diferenças de rendas é a concessão de subsídios aos bens de consumo popular. 
 
Função estabilizadora: voltada para a manutenção da estabilidade econômica, diferenciando-
se das outras funções por não ter como objetivo a destinação de recursos. O campo de 
atuação dessa função está principalmente na manutenção do pleno emprego e a estabilidade 
nos níveis de preços, ou seja garantir o poder de compra da moeda. 
 
5. ASPECTOS DO ORÇAMENTO 
Político: reflete as ideologias do grupo partidário detentor da maioria dos assentos legislativos. 
Diria ainda, que trata-se de um poderoso instrumento de Governança. 
 
Econômico: a alocação de recursos deve priorizar o equilíbrio das contas públicas, focando o 
bem-estar da sociedade. 
 
Jurídico: o processo orçamentário brasileiro está subordinado a um conjunto de normas legais 
que definem limites e regras que vão da elaboração até o julgamento das contas públicas. 
 
Financeiro: representado pelo fluxo financeiro com receitas e despesas realizadas. 
 
Técnico: o orçamento deve ser elaborado de tal forma que seja mantida a uniformidade, a 
clareza e observância de formalidades técnicas e legais. 
 
 4 
 
6. TIPOS DE ORÇAMENTO 
Ao longo do processo evolutivo observamos que tivemos três tipos de orçamento. São eles: 
Orçamento Legislativo: O Poder Legislativo assume a elaboração, a votação e o 
controle. Típico de países parlamentaristas. 
 
 Orçamento Executivo: O Poder Executivo cuida da elaboração, votação e o controle. É 
típico de regimes autoritários. No Brasil vivenciamos esse modelo na Constituição Federal de 
1937. 
 
Orçamento Misto: Cabe ao Poder Executivo a elaboração e a execução, cabendo ao 
Poder Legislativo a votação e o controle. 
 
CAIU EM PROVA 
01) (CESPE – Analista Administrativo - ANTT – 2013) Legislação estadual pode dispor 
sobre direito financeiro. ( C ) 
 
02) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTT – 2013) A CF em vigor confere ao 
orçamento a natureza jurídica de lei formal e material. Por esse motivo, a lei 
orçamentária pode prever receitas públicas e autorizar gastos. ( E ) 
 
03) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) O orçamento moderno nasceu sob a égide do 
primado dos aspectos econômicos, deixando em segundo plano as questões atinentes à 
programação ( C ) 
 
04) (CESPE –Administrador - PolíciaFederal – 2014) No Brasil, elabora-se o orçamento 
do tipo legislativo, dada a competência para votar e aprovar o orçamento ser do Poder 
Legislativo. ( E ) 
 
05) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A execução 
orçamentária no Brasil, representada pelo modelo gerencial, caracteriza-se pelo controle 
rígido do objeto dos gastos, independentemente da consecução dos objetivos e das 
metas. ( E ) 
 
06) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da Integração - 2013) O 
orçamento moderno, produto da evolução do orçamento público, consiste no 
demonstrativo de autorizações do legislativo e tem como finalidade a rigidez da gestão 
administrativa e a redução da despesa pública. ( E ) 
 
07) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – MDIC – 2014) A função política do 
orçamento diz respeito ao estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por 
meio da arrecadação de tributos, bem como da saída de recursos provocada pelos 
gastos governamentais ( E ) 
 
08) (CESPE – Administrador – Ministério da Integração - 2013) A função estabilizadora do 
Estado consiste na intervenção do governo na economia, mediante políticas fiscal e 
monetária, para protegê-la de flutuações bruscas, caracterizadas por desemprego em 
alta ou por inflação em alta. ( C ) 
 
09) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA – 2014) Se o Estado brasileiro 
é obrigado a oferecer serviços gratuitos de educação em decorrência dos elevados 
preços que podem ser praticados pela iniciativa privada, os quais excluem grande parte 
da população de baixa renda do sistema educacional, então esses serviços são 
denominados bens públicos. ( E ) 
 
10) (CESPE – Analista - CADE – 2014) O orçamento público constitui o reflexo das 
escolhas ideológicas feitas pelo partido político ou pelo grupo político que se encontra 
no poder ( C ) 
 
 
 5 
11) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da Integração - 2013) A 
elevada despesa pública não supre a necessidade da sociedade por bens e serviços, o 
que faz com que o setor privado, em sua eficiência, intervenha nas ações do governo, 
mitigando as falhas de mercado ( E ) 
 
(CESPE – Analista - ECB – 2011) Julgue o item subsequente, relativo às funções 
econômicas do governo. 
 
12) A função alocativa do governo se justifica pela necessidade da oferta de bens e 
serviços desejados pela sociedade, mas que não são provisionados pelo sistema de 
mercado ( C ) 
 
13) (CESPE – Analista Administrativo - ICMBio – 2014) A função alocativa do orçamento 
justifica-se nos casos de provisão de bens públicos. ( C ) 
 
14) (CESPE – Analista Judiciário – TJ/CE – 2014) As externalidades negativas ocorrem 
quando as ações de um indivíduo ou empresa implicam benefícios a outros agentes 
econômicos. ( E ) 
 
15) (CESPE – Analista Judiciário – Administração e Contábeis – TJ/CE – 2014) O direito 
financeiro tem por objeto a disciplina jurídica da atividade financeira do Estado e 
abrange receitas, despesas e créditos públicos. ( C ) 
 
 
7. ESPÉCIES DE ORÇAMENTO 
A evolução do Estado Moderno fez com que o orçamento público sofresse alterações numa 
dimensão evolutiva de tal forma que houvesse um ajuste às demandas técnicas e sociais. 
Ocorreram assim, alterações, motivadas especialmente por novas teorias e técnicas que se 
difundiram num cenário globalizado. Utilizarei a denominação ESPÉCIES, embora alguns 
autores o termo TIPOS de orçamentos. 
 
7.1) Orçamento tradicional ou clássico 
Essa espécie de orçamento caracteriza-se por ser um mero instrumento contábil em que a 
figura do planejamento das ações não se faz presente. Baseia-se no orçamento do exercício 
anterior, ou seja, enfatizando aspectos passados. Não existe uma preocupação do gestor 
público com as demandas sociais, considera apenas as necessidades financeiras das unidades 
organizacionais. Caracteriza-se pelo incrementalismo. Os aspectos jurídicos do orçamento são 
mais importantes que os aspectos econômicos. Algumas bancas entendem que o aspecto 
econômico possui função secundária. O foco é o objeto do gasto (o que o governo compra). O 
orçamento tradicional é um documento no qual as receitas são previstas e as despesas 
fixadas. Existe, ainda, uma preocupação com a busca do equilíbrio financeiro e a neutralidade. 
 
7.2) Orçamento de desempenho ou por realizações 
O orçamento de desempenho ou por realizações enfatiza o desempenho organizacional 
potencializando o resultado dos gastos e não apenas o gasto em si. Na visão do CESPE 
caracteriza-se pela apresentação de dois quesitos: o objeto de gasto (secundário) e um 
programa de trabalho contendo as ações desenvolvidas. Possui um aspecto negativo que é 
desvinculação entre planejamento e orçamento, entretanto o gestor começa a se preocupar os 
benefícios gerados pelos diversos gastos. Pode ser considerado como uma evolução em 
relação ao orçamento clássico/tradicional. 
 
7.3) Orçamento de base zero ou por estratégia 
O orçamento base zero ou estratégia constitui um contraponto do orçamento incremental. O 
orçamento base zero é uma técnica para a elaboração do orçamento, cujas principais 
características são a revisão crítica dos gastos tradicionais de cada área e a criação de 
alternativas para facilitar a escala de prioridades a serem levadas para decisão superior. Para 
implantação desta técnica é necessário que os executivos estabeleçam os parâmetros de cada 
programa, a identificação das áreas de decisão, permitam também que cada gerente destas 
áreas estabeleça três níveis de gasto para cada programa (nível mínimo, atual e mais elevado) 
e que em cada nível da organização seja efetuada a classificação (atribuição de prioridades). 
 
 6 
O orçamento base zero é basicamente um orçamento por programas, utiliza-se de todo 
o processo operacional de planejamento e orçamento, fundamentado na preparação de 
pacotes de decisão, para escolha do nível de objetivo ditado pela ponderação da equação de 
custos e benefícios. 
O pacote de decisão será submetido ao Colégio de Decisão, que é o nível 
organizacional que os classifica. A priorização pode ser feita em diversos escalões, antes que 
toda a organização seja classificada. Além disso, um pacote de decisão deverá ser preparado 
no nível de esforço mínimo, corrente e de expansão. 
 
7.4) Orçamento-programa 
A adoção do orçamento-programa na esfera federal foi efetivada em 1964, a partir da edição 
da Lei nº 4.320. O Decreto-Lei nº 200, de 23/2/67, menciona o orçamento-programa como 
plano de ação do Governo Federal, quando, em seu art. 16, determina: “em cada ano será 
elaborado um orçamento-programa que pormenorizará a etapa do programa plurianual a ser 
realizado no exercício seguinte e que servirá de roteiro à execução coordenada do programa 
anual”. 
O orçamento-programa está intimamente ligado ao Sistema de Planejamento e aos objetivos 
que o Governo pretende alcançar, durante um período determinado de tempo. 
O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do Governo, por 
meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com 
estabelecimento de objetivos e metas a serem implementadas e previsão dos custos 
relacionados. 
 
O gasto público no orçamento programa deve estar vinculado a uma finalidade. O 
CESPE tem entendido em algumas provas que a definição dos produtos finais de um programa 
de trabalho é um dos desafios do orçamento-programa, já que algumas atividades também 
adicionam valores intangíveis, em complemento aos físicos, como uma ação relacionada com 
treinamento de servidores. Diria que o número de servidores qualificados apresenta um 
resultado tangível, entretanto os efeitos em relação à melhoria dos processos de trabalho é 
mais subjetiva. 
 
O Orçamento-programa pode ser definido como sendo “um plano de trabalho expresso 
por um conjunto de ações a realizar e pela identificaçãodos recursos necessários à sua 
execução”. Como se observa, o orçamento-programa não é apenas documento financeiro, 
mas, principalmente, instrumento de operacionalização das ações do governo, viabilizando 
seus projetos/atividades/operações especiais em consonância com os planos e diretrizes 
estabelecidos, oferecendo destaque às seguintes vantagens: 
 
a) melhor planejamento de trabalho; 
b) maior precisão na elaboração dos orçamentos; 
c) melhor determinação das responsabilidades; 
d) maior oportunidade para redução dos custos; 
e) maior compreensão do conteúdo orçamentário por parte do Executivo, do Legislativo e do 
público; 
f) facilidade para identificação de duplicação de funções; 
g) melhor controle da execução do programa; 
h) identificação dos gastos e realizações por programa e sua comparação em termos absolutos 
e relativos; 
i) apresentação dos objetivos e dos recursos da instituição e do inter-relacionamento entre 
custos e programas; e 
j) ênfase no que a instituição realiza e não no que ela gasta. 
 
Cabe ressaltar que o orçamento-programa tornou-se realidade apenas com o Decreto 
2.829/1998, tendo estabelecido normas para elaboração e execução do plano plurianual e dos 
orçamentos da União. 
71389113191 
7.4.1 COMPARAÇÃO ENTRE Orçamento Tradicional x Orçamento-Programa 
 
 
 7 
O Orçamento Tradicional 
– não é baseado em uma programação; 
– distribui recursos segundo os objetos de gasto (pessoal, material de consumo, etc.); 
– força os diferentes setores públicos a pressionarem a Administração superior em busca de 
maiores recursos; 
– conduz os responsáveis superiores a procederem a cortes indiscriminados no montante dos 
recursos solicitados, no intuito de adequar a despesa à estimativa de receita ou a 
superestimarem as receitas, para atender às pressões nas despesas; 
– não incentiva a busca da economicidade por parte do administrador, já que não possui 
mecanismos de controle de custos dos produtos oferecidos. 
 
O Orçamento-Programa 
– atribui recursos para o cumprimento de determinados objetivos e metas; e não para um 
conjunto de compras e pagamentos; 
– atribui responsabilidade ao administrador; 
– permite interdependência e conexão entre os diferentes programas do trabalho; 
– permite mobilizar recursos com razoável antecedência; 
– permite identificar duplicidade de esforços; 
– permite o controle de custos dos produtos oferecidos pelo governo à sociedade. 
 
7.5)Orçamento incremental 
Ocorre quando a definição dos montantes de recursos a serem alocados para os programas, 
ações, órgãos ou despesas se realiza mediante incorporação de acréscimos marginais em 
cada item de despesa, mantendo-se o mesmo conjunto de despesas do orçamento anterior (ou 
com pequenos ajustes). Ou seja, o orçamento de cada período mantém a mesma estrutura de 
despesas do orçamento do período anterior, realizando-se apenas incremento nos montantes 
de cada despesa. Desta forma, as opções e prioridades estabelecidas no passado tendem a 
permanecer inalteradas ao longo do tempo, e o orçamento termina não refletindo uma 
reavaliação quanto a novas necessidades e prioridades da sociedade. Portanto, é fácil 
perceber que este orçamento não privilegia a eficiência do gasto e a evolução da ação 
governamental. 
 
UM RESUMO 
Orçamento tradicional 
-Documento apenas de previsão de receitas e fixação de despesas, 
-Há somente a preocupação com a classificação das despesas por objeto do gasto; 
- Principal critério de classificação são as unidades administrativas e elementos. 
Orçamento desempenho 
- Preocupa-se com o que o governo faz (realizações) e não o que o governo compra; 
- Ênfase aos resultados, porém ainda não se podia falar em orçamento programa, pois não 
havia vinculação com o planejamento 
Orçamento incremental 
- O orçamento de cada período mantém a mesma estrutura de despesas do orçamento do 
período anterior, realizando-se apenas incremento nos montantes de cada despesa; 
- As opções e prioridades estabelecidas no passado tendem a permanecer inalteradas ao 
longo do tempo; 
- Não privilegia a eficiência do gasto e a evolução da ação governamental 
Orçamento estratégia ou base zero 
- Análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e não apenas das solicitações 
que ultrapassam o nível do gasto já existente; 
- Programas devem ser justificados; 
- Criação de alternativas para facilitar a escala de prioridades a serem levadas para decisão 
superior 
- não há direitos adquiridos 
 
 
 
 8 
Vantagens: 
- Atenção na análise de objetivos e necessidades; 
- conjuga planejamento e elaboração do orçamento no mesmo processo; 
- faz os gerentes de todos os níveis avaliarem melhor a aplicação eficiente das dotações em 
suas atividades; 
- aumenta a participação dos gerentes de todos os níveis no planejamento das atividades e na 
elaboração dos orçamentos 
Desvantagens: 
- No início, o preparo é mais demorado e mais caro; 
- a preparação dos resumos produz montanhas de papel; 
- a implantação exige motivação dos funcionários e treinados; 
- um grande percentual do orçamento é intocável devido às exigências legais; 
- pouca participação dos níveis hierárquicos superiores 
Orçamento participativo 
- Busca decisão descentralizada; 
- cria conselhos populares; 
- faz com que o cidadão desloque seu centro de atenção para questões locais; 
- gera consciência da participação do cidadão; 
- dá nascimento a dois focos de poder democrático: um pelo voto; outro, pelas instituições 
diretas de participação. 
Orçamento programa 
- Integração planejamento-orçamento; 
- quantificação dos objetivos e fixação de metas; 
- relação insumo-produto; 
- alternativas programáticas; 
-acompanhamento físico financeiro; 
- avaliação de resultados e gerência por objetivos. 
 
 
1 
1. O MODELO ORÇAMENTÁRIO BRASILEIRO – PPA, LDO E LOA 
 
O modelo orçamentário brasileiro é definido na Constituição Federal de 1988 do Brasil. 
Compõe-se de três instrumentos: o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias 
– LDO e a Lei Orçamentária Anual - LOA. 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
 
O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função estabelecer as diretrizes, objetivos e 
metas de médio prazo da administração pública. Cabe à LDO, anualmente, enunciar as 
políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício seguinte. Já a LOA tem como 
principais objetivos estimar a receita e fixar a programação das despesas para o exercício 
financeiro. Assim, a LDO ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no exercício 
seguinte torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um plano de médio-prazo do governo, 
e a LOA, que é o instrumento que viabiliza a execução do plano de trabalho do exercício a que 
se refere. 
De acordo com a Constituição Federal, o exercício da função do planejamento é um dever do 
Estado, tendo caráter determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado 
exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, 
sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 
Assim, o planejamento expresso no Plano Plurianual assume a forma de grande moldura legal 
e institucional para a ação nacional, bem como para a formulação dos planos regionais e 
setoriais. 
O § 1º do inciso XI do art. 167 da Constituição Federal é um argumento forte em relação à 
importância que os constituintes deram ao planejamento no Brasil: 
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão,sob pena de crime de responsabilidade. 
 
Entendendo o Plano Plurianual - PPA 
 Encontram-se, na literatura orçamentária e financeira, indicações de alguns problemas 
relacionados com o funcionamento do modelo orçamentário acima descrito. Decorrem, em sua 
maioria, da inexistência da lei complementar mencionada no § 9º do art. 165 da CF. 
 
Em relação ao PPA, a primeira questão que pode ser colocada neste contexto se refere ao 
entendimento da expressão "de forma regionalizada". Sua finalidade está ligada ao mandato 
constitucional de "redução das desigualdades regionais" (§ 7º do art. 165 da CF 88). Ou seja, 
sendo apresentado de forma regionalizada, o plano permitirá ser devidamente avaliado em 
relação àquele objetivo. 
 
Mas que regiões seriam estas a que se refere a Constituição? Uma primeira indicação 
encontra-se no art. 35 do ADCT - CF 1988 
O disposto no art. 165, § 7º, será cumprido de forma progressiva, no prazo de até dez 
anos, distribuindo-se os recursos entre as regiões macroeconômicas em razão 
proporcional à população, a partir da situação verificada no biênio 1986-87. 
 
Resta, entretanto, que as regiões estão definidas como sendo as macrorregiões adotadas pelo 
IBGE. Mas, de qualquer forma, cerca de 80% das ações propostas nos projetos orçamentários 
estão “regionalizadas” na classificação “nacional” - o que em nada ajuda para o cumprimento 
do preceito constitucional. 
 
Além disso, é mister lembrar que o mandado constitucional exige que estados, Municípios e o 
Distrito Federal também pratiquem o sistema de planejamento esboçado na Carta Magna. 
Nesse caso, quais seriam os parâmetros da regionalização a ser adotada? 
 
 
 
2 
A terceira questão refere-se ao termo "programa de duração continuada". O que seria isso? 
Não existe ainda nenhum delineamento satisfatório para este conceito. Sua definição, apesar 
do destaque constitucional, não consta nem mesmo dos projetos orçamentários apresentados. 
Um passo paralelo foi dado pela LRF: 
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, 
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixe para o ente a obrigação legal de sua 
execução por um período superior a dois exercícios. 
Então, um programa que abrigue tal tipo de despesa corrente poderia ser caracterizado 
também como programa de duração continuada. 
 
PPA 2016-2019 Presidência da 
República 
LEI Nº 13.249, DE 13 DE JANEIRO DE 2016. 
 
Institui o Plano Plurianual da União para o 
período de 2016 a 2019. 
 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
DO PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E DO PLANO PLURIANUAL 
 
Art. 1
o
 Esta Lei institui o Plano Plurianual da União para o período de 2016 a 2019 - PPA 
2016-2019, em cumprimento ao disposto no § 1
o
 do art. 165 da Constituição Federal. 
Art. 2
o
 O PPA 2016-2019 é instrumento de planejamento governamental que define 
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada, com o 
propósito de viabilizar a implementação e a gestão das políticas públicas. 
Art. 3
o
 São prioridades da administração pública federal para o período 2016- 2019: 
I - as metas inscritas no Plano Nacional de Educação (Lei n
o
 13.005, de 25 de junho de 
2014); 
II - o Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, identificado nas leis orçamentárias 
anuais por meio de atributo específico; e 
III - o Plano Brasil sem Miséria - PBSM, identificado nas leis orçamentárias anuais por 
meio de atributo específico. 
 
Parágrafo único. No prazo de noventa dias a contar da publicação desta Lei, o Poder 
Executivo informará ao Congresso Nacional o montante de recursos a ser destinado, no 
quadriênio 2016-2019, ao Programa de Aceleração do Crescimento - PAC e ao Programa de 
Investimentos em Logística - PIL. 
 
Art. 4
o
 Para o período 2016-2019, o PPA terá como diretrizes: 
I - O desenvolvimento sustentável orientado pela inclusão social; 
II - A melhoria contínua da qualidade dos serviços públicos; 
III - A garantia dos direitos humanos com redução das desigualdades sociais, regionais, 
étnico-raciais, geracionais e de gênero; 
IV - O estímulo e a valorização da educação, ciência, tecnologia e inovação e 
competitividade; 
V - A participação social como direito do cidadão; 
VI- A valorização e o respeito à diversidade cultural; 
VII - O aperfeiçoamento da gestão pública com foco no cidadão, na eficiência do gasto 
público, na transparência, e no enfrentamento à corrupção; e 
VIII - A garantia do equilíbrio das contas públicas. 
 
CAPÍTULO II 
DA ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PLANO 
 
 
3 
Art. 5
o
 O PPA 2016-2019 reflete as políticas públicas e orienta a atuação governamental 
por meio de Programas Temáticos e de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado, assim 
definidos: 
I - Programa Temático: organizado por recortes selecionados de políticas públicas, 
expressa e orienta a ação governamental para a entrega de bens e serviços à sociedade; e 
II - Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: expressa e orienta as ações 
destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental. 
 
Parágrafo único. Não integram o PPA 2016-2019 os programas destinados 
exclusivamente a operações especiais. 
 
Art. 6
o
 O Programa Temático é composto pelos seguintes elementos constituintes: 
I - Objetivo, que expressa as escolhas de políticas públicas para o alcance dos 
resultados almejados pela intervenção governamental e tem como atributos: 
a) Órgão Responsável: órgão cujas atribuições mais contribuem para a implementação 
do Objetivo ou da Meta; 
b) Meta: medida do alcance do Objetivo, podendo ser de natureza quantitativa ou 
qualitativa; e 
c) Iniciativa: declaração dos meios e mecanismos de gestão que viabilizam os Objetivos 
e suas Metas, explicitando a lógica da intervenção. 
 
II - Indicador, que é uma referência que permite identificar e aferir, periodicamente, 
aspectos relacionados a um Programa, auxiliando a avaliação dos seus resultados. 
III - Valor Global do Programa, que é a estimativa dos recursos orçamentários e 
extraorçamentários previstos para a consecução dos Objetivos, sendo os orçamentários 
segregados nas esferas Fiscal e da Seguridade Social e na esfera de Investimento das 
Empresas Estatais, com as respectivas categorias econômicas. 
 
IV - Valor de Referência, que é o parâmetro financeiro utilizado para fins de 
individualização de empreendimento como iniciativa no Anexo III, estabelecido por Programa 
Temático e especificado para as esferas Fiscal e da Seguridade Social e para a esfera de 
Investimento das Empresas Estatais. 
 
Art. 7
o
 Integram o PPA 2016-2019 os seguintes anexos: 
I - Anexo I - Programas Temáticos; 
II - Anexo II - Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado; e 
III - Anexo III - Empreendimentos Individualizados como Iniciativas – acima do Valor de 
Referência; 
IV - Anexo IV - Empreendimentos Individualizados como Iniciativas – Abaixo do Valor de 
Referência. 
 
CAPÍTULO III- DA INTEGRAÇÃO COM AS LEIS ORÇAMENTÁRIAS ANUAIS 
Art. 8
o
 Os Programas constantes do PPA 2016-2019 estarão expressos nas leis 
orçamentárias anuais e nas leis de crédito adicional. 
§ 1
o
 As ações orçamentárias serão discriminadas exclusivamente nas leis orçamentárias. 
§ 2
o
 Nos Programas Temáticos, cada ação orçamentária estará vinculada a um único 
Objetivo, exceto as ações padronizadas. 
§ 3
o
 As vinculações entre ações orçamentárias e Objetivos do PPA constarão das leis 
orçamentárias anuais. 
 
Art. 9
o
 O Valor Global dos Programas, bem como os enunciados dos Objetivos e Metas,não constituem limites à programação e à execução das despesas expressas nas leis 
orçamentárias anuais e nas leis de crédito adicional. 
 
Art. 10. Os empreendimentos plurianuais cujo custo total estimado for igual ou superior 
ao Valor de Referência deverão ser individualizados como Iniciativas no Anexo III e aqueles 
cujo custo total foi inferior ao Valor de Referência serão individualizados como Iniciativas no 
Anexo IV. 
 
 
4 
§ 1
o
 A individualização de que trata o caput não se aplica aos empreendimentos 
realizados por meio de transferências de recursos da União a Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
§ 2
o
 O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá definir critérios 
adicionais para a individualização de Iniciativas de que trata o caput deste artigo. 
 
CAPÍTULO IV - DA GESTÃO DO PLANO 
Art. 11. A gestão do PPA 2016-2019 consiste na articulação dos meios necessários para 
viabilizar o alcance dos Objetivos e das Metas, sobretudo para a garantia de acesso às 
políticas públicas pelos segmentos populacionais mais vulneráveis, e busca o aperfeiçoamento: 
I - dos mecanismos de implementação e integração das políticas públicas; 
II - dos critérios de regionalização das políticas públicas; 
III - dos mecanismos de monitoramento, avaliação e revisão do Plano; e 
IV - dos instrumentos de cooperação federativa 
 
Art. 12. A gestão do PPA 2016-2019 observará os princípios da publicidade, eficiência, 
impessoalidade, economicidade e efetividade e compreenderá a implementação, o 
 monitoramento, a avaliação e a revisão do Plano. 
 
Art. 13. O Poder Executivo: 
I - publicará em portal eletrônico dados estruturados e informações sobre a 
implementação e o acompanhamento do PPA 2016-2019; e 
II - encaminhará ao Congresso Nacional o Relatório Anual de Avaliação do Plano, que 
conterá: 
a) análise do comportamento das variáveis macroeconômicas que embasaram a 
elaboração do Plano, explicitando, se for o caso, as razões das discrepâncias verificadas entre 
os valores previstos e realizados; 
b) análise da situação, por Programa, dos Indicadores, Objetivos e Metas, informando 
as medidas corretivas a serem adotadas quando houver indicativo de que metas estabelecidas 
não serão atingidas até o término do Plano; e 
c) execução financeira das ações vinculadas aos objetivos dos Programas Temáticos. 
 
CAPÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 14. Para fins de atendimento ao disposto no § 1
o
 do art. 167 da Constituição 
Federal, o investimento plurianual, para o período de 2016 a 2019, está incluído no Valor 
Global dos Programas. 
Parágrafo único. A lei orçamentária anual e as leis de créditos adicionais detalharão em 
seus anexos os investimentos de que trata o caput, para o ano de sua vigência. 
Art. 15. Fica o Poder Executivo autorizado a promover, por ato próprio, alterações no 
PPA 2016-2019 para: 
I - compatibilizar as alterações promovidas pelas leis orçamentárias anuais e pelas leis 
de crédito adicional, podendo, para tanto: 
a) alterar o Valor Global do Programa; 
b) adequar as vinculações entre ações orçamentárias e objetivos; e 
c) revisar ou atualizar Metas. 
II - alterar Metas qualitativas; e 
III - incluir, excluir ou alterar os seguintes atributos: 
a) Indicador; b) Órgão Responsável por Objetivo e Meta; c) Iniciativa; e 
d) Valor Global do Programa, em razão de alteração de fontes de financiamento com 
recursos extraorçamentários. 
Parágrafo único. Quaisquer modificações realizadas com fulcro na autorização prevista 
no caput deverão ser informadas à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e 
Fiscalização do Congresso Nacional e publicadas em portal eletrônico do governo federal. 
 
Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 13 de janeiro de 2016; 195
o
 da Independência e 128
o
 da República. 
DILMA ROUSSEFF 
Nelson Barbosa 
Valdir Moysés Simão 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 14.1.2016 
 
 
5 
(*) Esta Lei e seus anexos serão publicados em Suplemento à presente edição. 
******************************************************************************************************************* 
 
2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a 
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
A CF/1988 determina que a lei de diretrizes orçamentárias considere as alterações na legislação 
tributária, mas a LDO não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve 
ser feito por outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes 
da LDO. 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, 
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação 
de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de 
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista. 
A LRF E AS NOVAS ATRIBUIÇÕES DA LDO 
Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da 
Constituição e: I - disporá também sobre: a) equilíbrio entre receitas e despesas; b) critérios e 
forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II 
deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31; c) (VETADO) d) (VETADO) e) normas 
relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com 
recursos dos orçamentos; f) demais condições e exigências para transferências de recursos a 
entidades públicas e privadas; II - (VETADO) III - (VETADO) 
 
§ 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que 
serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, 
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que 
se referirem e para os dois seguintes. 
 
§ 2o O Anexo conterá, ainda: 
I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que 
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios 
anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política 
econômica nacional; 
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e 
a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; 
IV - avaliação da situação financeira e atuarial: 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de 
Amparo ao Trabalhador; 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; 
V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de 
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
 
 
 
6 
§ 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados 
os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contaspúblicas, informando as 
providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
 
§ 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os 
objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções 
para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício 
subseqüente. 
LEI Nº 13.242, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2015(LDO) 
Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2016 e dá outras 
providências. 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR 
Art. 1o São estabelecidas, em cumprimento ao disposto no § 2o do art. 165 da Constituição Federal 
e na Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal, as diretrizes 
orçamentárias da União para 2016, compreendendo: 
I - as metas e prioridades da administração pública federal; 
II - a estrutura e organização dos orçamentos; 
III - as diretrizes para a elaboração e execução dos orçamentos da União; 
IV - as disposições para as transferências; 
V - as disposições relativas à dívida pública federal; 
VI - as disposições relativas às despesas com pessoal e encargos sociais e benefícios aos 
servidores, empregados e seus dependentes; 
VII - a política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento; 
VIII - as disposições sobre alterações na legislação e sua adequação orçamentária; 
IX - as disposições sobre a fiscalização pelo Poder Legislativo e sobre as obras e os serviços com 
indícios de irregularidades graves; 
X - as disposições sobre transparência; e 
XI - as disposições finais. 
CAPÍTULO I 
DAS METAS E PRIORIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL 
Art. 2o A elaboração e a aprovação do Projeto de Lei Orçamentária de 2016, bem como a execução 
da respectiva Lei, deverão ser compatíveis com a obtenção da meta de superávit primário para o 
setor público consolidado não financeiro de R$ 30.554.000.000,00 (trinta bilhões, quinhentos e 
cinquenta e quatro milhões de reais), sendo a meta de superávit primário dos Orçamentos Fiscal e 
da Seguridade Social de R$ 24.000.000.000,00 (vinte e quatro bilhões de reais), e R$ 0,00 (zero 
real) para o Programa de Dispêndios Globais, conforme demonstrado no Anexo de Metas Fiscais 
constante do Anexo IV desta Lei. 
 
 
7 
§ 1o As empresas dos Grupos Petrobras e Eletrobras não serão consideradas na meta de resultado 
primário, de que trata o caput, relativa ao Programa de Dispêndios Globais. 
§ 2o A meta de superávit primário estimada para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios é de 
R$6.554.000.000,00 (seis bilhões, quinhentos e cinquenta e quatro milhões de reais). 
§ 3o Poderá haver, durante a execução orçamentária de 2016, compensação entre as metas 
estabelecidas para os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social e para o Programa de Dispêndios 
Globais de que trata o art. 10, inciso VI, desta Lei e para os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios. 
Art. 3o As prioridades e metas da administração pública federal para o exercício de 2016, atendidas 
as despesas contidas na Seção I do Anexo III e as de funcionamento dos órgãos e das entidades 
que integram os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, correspondem ao Anexo de Prioridades 
e Metas e àquelas estabelecidas na Lei do Plano Plurianual 2016-2019. 
§ 1o (VETADO). 
§ 2o (VETADO). 
3. LOA – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 
A lei orçamentária anual (CF/88) compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, 
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo 
Poder Público. 
Os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, 
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre 
as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de 
natureza financeira, tributária e creditícia (art. 165, § 6º, da CF/1988). 
É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e 
da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, 
inclusive daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da 
seguridade social. 
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social. 
O orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que possuem receitas e 
despesas públicas relacionadas à seguridade social (previdência, assistência e saúde) e não 
apenas àqueles diretamente relacionados à seguridade social, como os hospitais que atendem ao 
Sistema Único de Saúde (SUS). 
Os orçamentos previstos no § 5º, I e II da CF/88, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
 
 
8 
A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
RESUMINDO 
Orçamento Fiscal: é o mais abrangente e importante, pois envolve todos os Poderes da 
União, os órgãos da Administração direta e indireta, bem como seus fundos e fundações. 
Abrange as empresas estatais dependentes, isto é, aquelas que precisam do suporte financeiro 
do Estado para manter suas atividades; 
Exceções: empresas estatais independentes (possuem um orçamento próprio) e autarquias 
profissionais (OAB, CREA, CRM, etc.). 
 
Orçamento de Investimento das Empresas Estatais Independentes: compreende as 
despesas previstas com Estatais (o Estado possui a maioria do capital social com direito a 
voto) que não precisam de recursos públicos para manter suas atividades. Ex: Petrobras, 
Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, etc. 
 
ATENÇÃO: Estatal dependente = Orçamento Fiscal. Estatal independente = Orçamento de 
Investimento. 
 
ATENÇÃO: Este orçamento diz respeito exclusivamente aos investimentos. Despesas com 
atividades operacionais e de outra natureza não entram aqui. Na verdade, tais dispêndios não 
dependem de lei, mas sim de Decreto. 
 
Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as despesas de entidades e órgãos ligados 
às áreas de saúde, previdência e assistência social, bem como quaisquer ações ou projetos 
relacionados às mesmas. 
 
ATENÇÃO: Os orçamentos fiscal e de investimentos possuem entre suas funções a de reduzir 
desigualdades inter-regionais, porém o da seguridade social, não. 
 
DETALHANDO O ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS 
A Constituição Federal estabelece, em seu art. 165, § 5º, inciso II, que a lei orçamentária anual 
compreenderá, entre outros, o Orçamento de Investimento das empresas em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, 
excetuadas aquelas cuja programação conste integralmente no Orçamento Fiscal ou no da 
Seguridade Social. Assim, juntamente com os OrçamentosFiscal e da Seguridade Social, o 
Orçamento de Investimento das empresas estatais compõe o Orçamento Geral da União. 
 De acordo com o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (art. 35, § 2º, inciso 
III), o prazo máximo para o encaminhamento ao Congresso Nacional do Projeto de Lei 
do Orçamento Geral da União é de até quatro meses antes do encerramento do 
exercício (no mês de agosto de cada ano) e devolvido para a sanção do Presidente da 
República antes do encerramento da sessão legislativa. 
 O Orçamento de Investimento das Empresas Estatais está sob a coordenação do 
Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) do 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que é responsável também pela 
coordenação e elaboração do Programa de Dispêndios Globais (PDG). 
 PDG é um conjunto de informações econômico-financeiras das empresas estatais, 
sistematizadas, que tem por objetivo avaliar o volume de recursos e de dispêndios 
anuais desses entes, compatibilizando-o com as metas de política econômica 
governamental (necessidade de financiamento do setor público). 
 O PDG, elaborado concomitantemente com o Orçamento de Investimento, integra, no 
primeiro momento, a Mensagem Presidencial que encaminha o Orçamento Geral da 
União, na forma de demonstrativos de “Usos” e “Fontes”, com a informação da origem 
das fontes de recursos que financiarão os investimentos propostos pelas empresas 
estatais. 
 
 
9 
A Constituição Federal determina, nos termos do art. 165, parágrafo 5º, inciso II, que o 
Orçamento de Investimento de cada empresa em que a União, direta ou indiretamente, 
detenha a maioria do capital social com direito a voto seja submetido à consideração do 
Congresso Nacional até 31 de agosto de cada ano. 
O Orçamento de Investimento compreende todos os gastos registrados no ativo 
imobilizado, as benfeitorias em bens da União realizadas por empresas estatais e benfeitorias 
necessárias à infraestrutura de serviços públicos concedidos pela União, detalhados em 
projetos e atividades. 
O limite máximo de investimentos proposto para cada uma das empresas estatais é 
obtido a partir da efetiva disponibilidade de recursos próprios e de terceiros, calculada após a 
destinação prioritária destes para a cobertura das despesas consideradas incomprimíveis 
(serviço da dívida, gastos de capital e correntes em níveis adequados estimados para o ano 
em análise). 
Assim, para a elaboração da proposta de Orçamento de Investimento, é indispensável 
que o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST ) disponha 
da previsão do PDG de todas as empresas estatais, o qual deverá ser aprovado por Decreto 
Presidencial. 
Tanto o Orçamento de Investimento quanto o PDG das empresas do setor produtivo estatal 
federal são elaborados segundo o regime de competência e buscam guardar absoluta 
compatibilidade com os dados contábeis das respectivas empresas, apurados de acordo com a 
Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades Anônimas). O PDG utiliza 
também os dados de fluxo de caixa como elemento indispensável de análise do desempenho 
empresarial, segundo o conceito de Necessidade de Financiamento Líquido. 
Objetivando facilitar o acesso às informações do PDG das empresas estatais por parte do 
DEST, das próprias empresas estatais e dos ministérios supervisores, foi desenvolvido o 
Sistema de Informação das Estatais - SIEST, interligando on-line todos esses órgãos. Este 
sistema é constituído de subsistemas, entre eles: a) Política de Aplicações; b) 
Endividamento; c) PDG; d) Cadastro das Empresas Estatais. 
 
Os parâmetros macroeconômicos básicos (taxa de inflação e de câmbio, política salarial, taxas 
de juros) serão informados pelo DEST na época apropriada para a elaboração pelas empresas 
de suas propostas orçamentárias para o exercício seguinte ou para revisão dos limites 
aprovados para o ano de referência. 
 
 
10 
 
ATENÇÃO:Integram o Orçamento de Investimento das estatais somente as 
sociedades cuja programação não conste integralmente nos Orçamentos Fiscal e da 
Seguridade Social, ou seja, estão excluídas as empresas públicas e sociedades de economia 
mista dependentes de recursos do Tesouro Nacional para desenvolver suas atividades. 
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL NA LEI 4.320/64 
Há vários dispositivos sobre a LOA na Lei 4.320/1964. De acordo com o art. 2º, que explicita vários 
princípios orçamentários, a Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e da despesa de forma a 
evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios 
de unidade, universalidade e anualidade. 
 
Devem integrar a LOA, obrigatoriamente, segundo os §§ 1º e 2º também do art. 2º da referida 
Lei: 
_ Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo. 
_ Quadro demonstrativo da receita e da despesa segundo as categorias econômicas; 
_ Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação. 
_ Quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração. 
 
Acompanharão a Lei de Orçamento: 
_ Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais. 
_ Quadros demonstrativos da despesa. 
_ Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em termos de realização de obras e 
de prestação de serviços. 
 
De acordo com o art. 4º, a Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do 
Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o 
disposto no art. 2º. 
 
Complementando o tema, segundo o art. 22, a proposta orçamentária 
que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos 
estabelecidos nas Constituições e nas leis orgânicas dos municípios, 
compor-se-á: 
 
 
 
11 
_ Mensagem: conterá exposição circunstanciada da situação econômico-financeira, documentada com 
demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros 
compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política econômico-financeira do 
Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital. 
 
_ Projeto de Lei de Orçamento. 
_ Tabelas explicativas sobre receitas e despesas de vários anos, em colunas distintas e para fins 
de comparação. 
_Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em termos 
de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a 
prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa. 
 
Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição sucinta de suas 
principais finalidades, com indicação da respectiva legislação. 
 
Os arts. 23 a 26 tratam das previsões plurienais. As receitas e despesas de capital serão objeto de um 
Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital, aprovado por decreto do Poder Executivo, abrangendo, 
no mínimo um triênio. 
 
O referido quadro será anualmente reajustado, acrescentando-se-lhe as previsões de mais um ano, de 
modo a assegurar a projeção contínua dos períodos. 
 
 
O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital abrangerá: 
_ As despesas e, como couber, também as receitas previstas em planos especiais aprovados em lei e 
destinados a atender a regiões ou a setores da Administração ou da economia. 
_ As despesas à conta de fundos especiais e, como couber, as receitas que os constituam. 
_ Em anexos, as despesas de capital das entidades referidas no Título X desta lei, com indicação das 
respectivas receitas, para as quais forem previstas transferências de capital. 
Os programas constantes do citado Quadro, sempre que possível, serão correlacionados a metas 
objetivas em termos de realização de obras e de prestaçãode serviços. Consideram-se metas os 
resultados que se pretende obter com a realização de cada programa. 
 
A proposta orçamentária conterá o programa anual atualizado dos investimentos, as inversões financeiras 
e as transferências previstas no Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital. 
 
Lei Orçamentária Anual com base na LRF 
 
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a 
lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: 
I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os 
objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1o do art. 4o; 
II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6o do art. 165 da Constituição, bem como das 
medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter 
continuado; 
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita 
corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao: 
a) (VETADO) 
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. 
 
§ 1º Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as 
atenderão, constarão da lei orçamentária anual. 
 
§ 5º A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a um exercício 
financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão, conforme 
disposto no § 1odo art. 167 da Constituição. 
 
§ 6o Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco Central do 
Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e 
assistência aos servidores, e a investimentos. 
 
 
 
 
 
12 
Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem 
como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados 
quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das 
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11 do art. 166. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
 
ESTRUTURA FÍSICA DO ORÇAMENTO NO BRASIL/PAPEL DOS AGENTES NO PROCESSO 
 
PAPEL DOS AGENTES NO PROCESSO DE ELABORAÇÃO 
 a)Secretaria de Orçamento Federal 
- Definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal; 
- Coordenação do processo de elaboração dos Projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias Anuais – 
PLDO e do orçamento anual da União; 
- Análise e definição das ações orçamentárias que comporão a estrutura programática dos órgãos e 
Unidades orçamentárias no exercício; 
- Fixação de normas gerais de elaboração dos orçamentos federais; 
- Orientação, coordenação e supervisão técnica dos órgãos setoriais de orçamento; 
- Fixação de parâmetros e referenciais monetários para a apresentação das propostas orçamentárias 
setoriais; 
- Análise e validação das propostas setoriais; 
- Consolidação e formalização da proposta orçamentária da União; e 
- Coordenação das atividades relacionadas à tecnologia de informações orçamentárias necessárias ao 
trabalho desenvolvido pelos agentes do sistema orçamentário federal. 
 
b)Órgão Setorial 
O órgão setorial desempenha o papel de articulador no seu âmbito, atuando verticalmente no processo 
decisório e integrando os produtos gerados no nível subsetorial, coordenado pelas unidades 
orçamentárias. Sua atuação no processo de elaboração envolve: 
 
- Estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta orçamentária - Avaliação da 
adequação da estrutura programática e mapeamento das alterações necessárias; 
- Formalização ao MP da proposta de alteração da estrutura programática; 
- Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento da qualidade das informações constantes 
do cadastro de programas e ações; 
- Fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais monetários para apresentação das 
propostas orçamentárias das unidades orçamentárias; 
- Definição de instruções, normas e procedimentos a serem observados no âmbito do órgão durante o 
processo de elaboração da proposta orçamentária; 
- Coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no âmbito do órgão setorial; 
- Análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das unidades orçamentárias; e 
- Consolidação e formalização da proposta orçamentária do órgão. 
 
c)Unidade Orçamentária 
A unidade orçamentária desempenha o papel de coordenadora do processo de elaboração da 
proposta orçamentária no seu âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das unidades 
administrativas componentes. Trata-se de momento importante do qual dependerá a consistência da 
proposta do órgão, no que se refere a metas, valores e justificativas que fundamentam a programação. 
 
As unidades orçamentárias são responsáveis pela apresentação da programação orçamentária 
detalhada da despesa por programa, ação orçamentária e subtítulo. Seu campo de atuação no processo 
de elaboração compreende: 
- Estabelecimento de diretrizes no âmbito da unidade orçamentária para elaboração da proposta 
orçamentária; 
- Estudos de adequação da estrutura programática do exercício; 
- Formalização ao órgão setorial da proposta de alteração da estrutura programática sob a 
responsabilidade de suas unidades administrativas; 
- Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do cadastro 
de ações orçamentárias; 
- Fixação, de acordo com as prioridades, dos referenciais monetários para apresentação das propostas 
orçamentárias das unidades administrativas; 
- Análise e validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; e 
- Consolidação e formalização da proposta orçamentária da unidade orçamentária. 
 
 1 
1. CICLO ORÇAMENTÁRIO - PONTOS MAIS IMPORTANTES DA AULA 
 
É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora/planeja, aprova, 
executa, controla/avalia a programação de dispêndios do setor público nos aspectos físico e 
financeiro. 
O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro. O exercício financeiro 
coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1.º de janeiro e se encerra em 31 de dezembro 
de cada ano, conforme dispõe o art. 34 da Lei 4.320/1964. 
1.ELABORAÇÃO 
 
CF - Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério 
Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas 
orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, 
inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo. 
CF - Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. 
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites 
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. 
 
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete: 
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais 
Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; 
 
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos 
Tribunais de Justiça, com a aprovação dosrespectivos tribunais. 
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas 
orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder 
Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os 
valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites 
estipulados na forma do § 1º deste artigo. 
 
CF - Art. 127 (...) 
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro 
do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, 
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei 
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. 
 
CF - Art. 134 (...) 
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e 
administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 
2º. 
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. 
 
Cabe à lei complementar prevista no § 9.º do art. 165 da CF/1988 e ainda não editada: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do 
PPA, LDO e LOA; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta 
bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão 
adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e 
 
 2 
limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11 do 
art. 166. 
 
A LRF não é a Lei Complementar do § 9.º do art. 165. 
Na ausência dessa Lei, quem cumpre esse vácuo legislativo a cada ano é a LDO. 
Porém na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no ADCT. 
2. DISCUSSÃO/APROVAÇÃO 
CF - Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao 
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso 
Nacional, na forma do regimento comum. 
 
§ 1º Caberá a uma comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas 
apresentadas anualmente pelo Presidente da República; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais 
previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem 
prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas 
de acordo com o art. 58. 
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor 
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na 
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
 
EMENDAS NA CF/1988 
CF - Art. 166. (...) 
§ 2º As emendas serão apresentadas na comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e 
apreciadas, na forma regimental, pelo plenário das duas Casas do Congresso Nacional. 
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem 
somente podem ser aprovadas caso: 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de 
despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e o Distrito Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas 
quando incompatíveis com o plano plurianual. 
 
EMENDAS NA LEI 4320/1964 
Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a: 
alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a 
inexatidão da proposta; 
conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos 
competentes; 
conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente 
criado; 
conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder 
Legislativo para concessão de auxílios e subvenções. 
 
3.EXECUÇÃO 
DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 
 
Dotação: São valores monetários autorizados, consignados na Lei Orçamentária Anual (LOA) 
para atender a uma determinada programação orçamentária. 
Destaque: Descentralização externa de créditos, efetuada entre órgãos distintos. 
 
 3 
Provisão: Descentralização interna de créditos, realizada entre UGs do mesmo órgão. 
 
Movimentação de Recursos(FINANCEIRO) 
Cota: é o montante de recursos colocados à disposição dos OSPF pela 
COFIN/STN mediante movimentação intra-SIAFI dos recursos da Conta Única 
do Tesouro Nacional. 
Repasse: é a movimentação “externa” de recursos realizada pelos OSPF para 
as unidades de outros órgãos ou ministérios e entidades da Administração 
Indireta, bem como entre estes 
Sub-repasse: é a liberação “interna” de recursos dos OSPF para as unidades 
sob sua jurisdição e entre as unidades de um mesmo órgão, ministério ou 
entidade. 
 
4. CONTROLE 
 
Segundo a CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma 
integrada, sistema de CONTROLE INTERNO com a finalidade de: 
Avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA, a execução dos programas de governo e das 
LOAs da União; 
Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como 
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; 
Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres 
da União; 
Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
 
Segundo a CF/1988, o CONTROLE EXTERNO, a cargo do Congresso Nacional, será exercido 
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio 
que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 
Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores 
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e 
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou 
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; 
Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na 
administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, 
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de 
 
 4 
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o 
fundamento legal do ato concessório; 
Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão 
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e 
Judiciário; 
Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União 
participe, de forma direta ou indireta,

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