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Aula 1 TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL (1)

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CURSO DE NUTRIÇÃO
Profa Drª Ana Lúcia Salomon
Profª Me Daniela Medeiros
Terapia Nutricional 
Enteral
Definição
“Alimento para fins especiais, com ingestão controlada
de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de
composição definida ou estimada, especialmente
formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral,
industrializada ou não, utilizada exclusiva ou
parcialmente para substituir ou complementar a
alimentação oral em pacientes desnutridos ou não,
conforme suas necessidades nutricionais, em regime
hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese
ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas”
(ANVISA, 2000)
Importância
Menor incidência
de complicações
(NPT)
Atenuação da 
resposta
inflamatória
Impedimento da
translocação 
bacteriana
Prevenção da 
atrofia intestinal
Melhora do 
BN no PO
Decréscimo na
TMB no PO
Manutenção da 
competência 
imunológica
Manutenção da 
homeostase
Preservação da
integridade da 
mucosa intestinal
NUTRIÇÃO 
ENTERAL
Indicações
• Risco nutricional (2/3 – ¾, perda 
importante)
• TGI funcionante (total ou parcial)
“Quando o intestino funciona, use-o ou perca-o”
• TGI íntegro: não quer, não pode, não 
deve
TNE - ADULTO
Pacientes que
não podem
se alimentar
Pacientes com 
ingestão oral
insuficiente
Pacientes com
dor e/ou desconforto
com VO
Pacientes com 
disfunção
do TGI
Inconsciência
Anorexia
Lesões orais
AVC, neoplasias
Doenças 
desmielinizantes
Trauma
Septicemia
Alcoolismo 
Depressão
Queimaduras
Síndrome 
de má absorção 
Fístula
SIC
Doença de Crohn
Colite ulcerativa
CA do TGI
Pancreatite
QT, RT
Indicações
CA
Fibrose 
cística
SIC
Crescimento 
deficiente
Estados 
↑catabólicos
Doenças 
neurológicas Coma
Anomalias 
congênitas
Diarréia 
crônica 
Cirurgia 
do TGI
Obstrução 
esofágica
Desnutrição
Ingestão VO 
inadequada
Anorexia 
Perda de peso
TNE
PEDIATRIA
Indicações
Contra-indicações
• Disfunção do TGI ou repouso intestinal
• Obstrução mecânica
• RGE  relativa
• Íleo paralítico
• Hemorragia 
• Vômitos e diarreia
• Fístulas (> 500 ml/dia)  local
• Enterocolite
• Pancreatite aguda
• Doença terminal  relativa
• Desnutridos ou bem nutridos (<5-7 dias)
Métodos de administração
INTERMITENTE
 Bolus
 Gravitacional ou
Bomba de infusão
CONTÍNUO
 Gravitacional ou
Bomba de infusão
De acordo com a tolerância digestiva do paciente e dos meios
que se encontram disponíveis na internação e/ou domicílio.
INTERMITENTE
– Bolo: injeção com seringa, 100 a 300 mL de dieta no estômago a cada 3 a 6 h com
20 –30 mL de água potável antes e após.
• Paciente, no mínimo, em 45º para prevenir aspiração.
• Preferir dietas iso ou hiperosmótica (piloro retém dieta por mais tempo)
– Intermitente Gravitacional: volume de 100 a 300 mL, administrado por
gotejamento (60 - 150mL/h) a cada 3 a 6 hs, precedido e seguida por irrigação enteral
com 30 mL de água potável.
• Verificar resíduos gástricos antes de cada administração  diretrizes
• Suspender administração da dieta se resíduos forem  250 mL.
– Intermitente em bomba de infusão: idem com necessidade de controle de balanço 
hídrico.
Métodos de administração da 
TNE
(Cuppari, 2015)
Métodos de administração
 Bolus
 Gravitacional 
• Contínua: Gotejamento gravitacional ou por meio de bomba de 
infusão
– Alimentação contínua: iniciar com 25 a 30 mL/h e pode aumentar-se 
gradativamente até 100 a 150 mL/h por 12 ou 24 h no jejuno, duodeno 
ou estômago. Deve ser interrompida a cada 6 – 8 h para irrigação com 
20 – 30 mL de água potável.
– Cíclica: idem, porém geralmente noturna, c/ fornecimento 
controlado durante 8 – 16 hs com intervalos de descanso durante as 
24 h do dia.
Métodos de administração da 
TNE
(Cuppari, 2015)
Métodos de administração
 CONTÍNUO:
NUTRIÇÃO ENTERAL
(Cuppari, 2005; Carvalho , 2007)
• GOTEJAMENTO (1ml = 20 gotas):
– LENTO: 6 mL/min= 120 gotas/min
– MODERADO: 8 mL/min = 160 gotas/min
– REGULAR: 12mL/min = 240 gotas/min
• Cálculo do numero de gotas /minuto:
• Nº do gotas / minuto = volume (ml)/ tempo (h)
• Nº do gotas / minuto = volume (gotas)/ tempo (min)
Métodos de Administração 
a) Sistema Aberto ou Intermitente: As fórmulas enterais requerem
manipulação de envasamento prévio à sua administração e são
administradas em intervalos intermitentes.
Administração: Em frascos descartáveis de até 300ml Com
intervalos de 3/3 horas e pausa noturna de 6 horas - Total 7 x dia
Métodos de Administração 
b) Sistema Fechado ou Contínuo: recipientes hermeticamente
fechados e apropriados para conexão em equipo de
administração.
Administração: Em bomba de infusão. Podendo ser contínua em 
24hs ou com pausa noturna de 6hs, a critério médico. 
Gotejamento: Controlado em bomba de infusão, de 30 a 100ml/hr.
Sugere-se iniciar com pequenos volumes e aumentar
gradativamente (10ml a cada 8hs) ou a critério médico, conforme
tolerância gastrintestinal.
Vias de acesso: estômago, duodeno ou jejuno ?
• Perspectiva da duração da terapia
• Grau de risco de aspiração ou deslocamento do tubo
• Presença ou ausência da digestão normal 
• Planejamento de intervenção cirúrgica ou endoscópica
• Conforto do paciente/qualidade de vida
• Intragástrica ou pós-pilórica
• Duração da TNE? Mais ou menos de 6 semanas?
Vias de Acesso TNE
(Cuppari, 2015)
Vias de acesso
Vias de acesso
Via Nasogástrica ou 
Orogástrica
a sonda é passada
pelo nariz ou
pela boca e se
direciona até o
estômago.
Via Nasoentérica 
ou Oroentérica
a sonda é passada
pelo nariz ou pela
boca e se direciona
até o intestino
delgado.
Gastrostomia
a sonda é
implantada
cirurgicamente ou
via endoscópica e
permanece em um
orifício (estoma)
diretamente no
Estômago.
Jejunostomia
a sonda é 
implantada
cirurgicamente ou
via endoscópica e
permanece em um
orifício (estoma)
diretamente no
intestino delgado
(jejuno).
Local de administração
Localização gástrica Localização entérica
V
A
N
T
A
G
E
N
S
● ↑ tolerância
● Boa aceitação hiperOsm
● Progressão + rápida → VET
● Introdução de ↑ volumes
● Fácil posicionamento 
● < risco de aspiração
● > Dificuldade de saída 
acidental
● Permite NE (alimentação 
gástrica inoportuna)
D
ES
V
A
N
T
A
G
E
N
S
● Aspiração (dif. 
neuromotoras de deglutição)
● Saída acidental da SNE 
(tosse, náuseas, vômitos)
● Cuidado com volumes
● Requer dietas 
normo/hipoosmolares
TGI Funcionante
Enteral
Duração < 6 sem Duração > 6 sem
Risco de aspiração
Risco de aspiração
Não Sim
Sonda
Nasogástrica
Sonda 
nasoduodenal ou
jejunal
Sim Não
Jejunostomia Gastrostomia
Não
Parenteral
Sim
ALGORITMO PARA SELEÇÃO DA VIA DE ACESSO
Preparo do Paciente - Posição
> 60 cm
45oC
Classificação de dietas enterais
• Dietas não industrializadas ou Artesanais
(produtos alimentícios e/ou alimentos in natura)
• Dietas industrializadas - Sistema Aberto
(dietas em pó ou líquidas) - Sistema Fechado
Manejo das dietas industrializadas
PREPARO PÓ LÍQUIDA
Sistema Aberto
LÍQUIDA
Sistema Fechado
Vantagens Reconstituição, 
envase, 
transporte, 
armazenamento
Envase,
estéril antes 
da abertura,
não requer 
reconstituição
Conexão ao 
equipo, 
estéril, não 
requer envase 
e 
manipulação, 
economia, 
minimiza 
resíduos
Desvanta-
gens
Não estéril, mão-
de-obra
Mão-de-obra 
para envase
Altocusto de 
produto e 
equipo
Fórmulas enterais • PROTEÍNAS
Forma Fonte Digestão Características
Ptn intacta Caseína, 
soja, 
lactoalbumina
ovo, carnes
Sim ● Digestão e absorção N
● Osmolalidade
Ptn
parcial/e 
hidrolisada
Caseína, 
soja, 
lactoalbumina
colágeno
Sim
OLIGOPEPTÍDEOS
● Redução na absorção
Di e 
tripeptídeos
Caseína, 
soja, 
lactoalbumina
colágeno
Não ● Difusão
AA 
cristalinos
L-
aminoácidos
Não ● Transporte ativo
● ↑ osmolalidade
Fórmulas enterais
Forma Fonte Digestão Características
Amido Amido de milho Sim ● Osmolalidade não é 
afetada
Polímeros 
de glicose
Polímeros de glicose, 
maltodextrina, xarope de 
milho, oligossacárides e 
polissacárides de glicose
Sim ● Rápida hidrólise
Dissacaríde
os
Amido, dextrina, maltose, 
sacarose e lactose
Sim ● Rápida hidrólise Sac e Mal
Monossaca
rídeos
Glicose, frutose Não ● ↑ osmolalidade
● Melhora da tolerância do 
TGI
CARBOIDRATOS
Fórmulas enterais
Forma Fonte Digestão Características
Insolúveis
Celulose, hemicelulose
e lignina
Plantas Sim ● ↑ peso fecal
● Aceleram o tempo de TI 
● ↑ peristaltismo
Solúveis
Pectina, mucilagem, 
polissacárides de algas, 
goma guar
Plantas Sim ● ↑ peso fecal – massa 
bacteriana
● Retardam o tempo de TI 
● Retardam esvaziamento 
gástrico 
● AGCC
Insolúveis e Solúveis
Polissacarídeos da soja 
e solúveis
Cotilédon
e da soja
Sim ● Principal fonte enteral
● Retardam o tempo de TI 
● ↑ peso fecal
● ↓ hipoglicemia rebote pós-
prandial
FIBRAS
Fermentação das fibras
ESTIMULAM A PRINCIPAL FONTE DE ESTIMULAM O 
PROLIFERAÇÃO ENERGIA P/ COLONÓCITO DESENVOLVIMENTO
DO EPITÉLIO CÉLULAS EPITELIAIS
DO CÓLON
ESTIMULAM O
FLUXO 
SANGÜÍNEO
EFEITOS BENÉFICO NA
HOMEOSTASE GL E CT
METABOLISMO LIPÍDICO
INTENSIFICAM A
ABSORÇÃO DE
NA E H2O
PH INTRALUMINAL FORNECEM ENERGIA POSSÍVEL PROTEÇÃO
E ↓AMÔNIA E URÉIA PARA HOSPEDEIRO CÂNCER DE CÓLON
AGCC
REDUZ OS NÍVEIS 
DE AMÔNIA DO SG
REDUZ OS NÍVEIS 
SÉRICOS DE CT
AGE COMO
IMUNOMODULADOR
INIBE O CRESCIMENTO DE 
PATÓGENOS (ACETATO E 
LACTATO)
RESTAURA A MICROBIOOTA 
INTESTINAL NORMAL 
DURANTE A 
ANTIBIOTICOTERAPIA
PRODUZ 
VITAMINAS: 
GRUPO B e K
BIFIDOBACTÉRIA
Inulina e Frutooligossacarídeos
Fórmulas enterais
Conteúdo de água das fórmulas enterais
Densidade calórica 
(Kcal/ml da fórmula)
Conteúdo de água 
(ml/100ml da fórmula)
Conteúdo de água 
(%)
1,0-1,2 800-860 80-86
1,5 760-780 76-78
2,0 690-710 69-71
ÁGUA
Cálculo das necessidades hídricas
• 1.500 mL/m2
• 1.500 mL p/ primeiros 20 kg + 20 ml por kg acima 
(crianças)
• 30-35 mL/kg (18-64 anos)
• 30 mL/kg (55-65 anos)
• 25 mL/kg (> 65 anos)
• RDA: 1 mL/kcal
• 1 mL/kcal + 100 mL/g de nitrogênio ofertado
Características das fórmulas enterais
Osmolalidade
• Função do tamanho e da quantidade de partículas
• Unidade de medida: mOsm/kg de água vs unidade de 
medida para osmolaridade mOsm/L
• ↑ nutrientes hidrolisados ↑ osmolalidade
• Aas – ↑ efeito osmótico que ptn íntegras
• Glicose - ↑ efeito osmótico que amido
• Minerais e eletrólitos – dissociação e tamanho
Características das fórmulas
Osmolalidade
Categorização Valores
Hipotônica 280-300 mOsm/kg água
Isotônica 300-350 mOsm/kg água
Levemente hipertônica 350-550 mOsm/kg água
Hipertônica 550-750 mOsm/kg água
Acentuadamente 
hipertônica
>750 mOsm/kg água
Características das fórmulas
pH Motilidade gástrica pH
  3,5
  3,5
O pH da maioria das fórmulas enterais é maior que 3,5
Densidade calórica
DC Valores Fórmula
Muito baixa < 0,6 kcal/ml Acentuadamente hipocalórica
Baixa 0,6-0,8 kcal/ml Hipocalórica
Padrão 0,9-1,2 kcal/ml Normocalórica
Alta 1,3-1,5 kcal/ml Hipercalórica
Muito alta > 1,5 kcal/ml Acentuadamente hipercalórica
Características das fórmulas
Viscosidade
• Calibre da sonda
• Volume ofertado
Classificação das fórmulas
Tipos de fórmulas Grupo-alvo
Polimérica Maioria dos pacientes
Parcialmente hidrolisada
Oligomérica
Parcial capacidade 
digestiva e absortiva
Especializadas Disfunções orgânicas e 
estresse metabólico
Módulos Suplementar fórmulas e 
individualizar formulação
Critérios de seleção das fórmulas enterais
• Diagnóstico do paciente
• Idade
• Gasto energético
• Necessidades específicas de nutrientes
• Condições metabólicas
• Capacidade digestiva e absortiva
• Disponibilidade do produto
• Custo e relação custo/benefício
Classificação das fórmulas enterais
P
o
l
i
m
é
r
i
c
a
Subcategoria Características Forma dos 
macronutrientes
Indicações
Padrão PTN= 10-15%; CHO= 
50-60%
LIP= 25-30%; isotônica 
(300mOsm/kgH2O); s/ 
lactose; completa, s/ 
gluten
PTN intacta; TCM
polissacárides, dissacárides, 
polímeros de glicose, 
monossacarídeos, PUFA
Digestão e 
absorção 
normal
Hiperprotéica PTN= >15%; isotônica; 
s/ lactose, completa
PTN intacta; polissacárides, 
polímeros de glicose, PUFA, 
TCM
Catabolismo
Desnutrição
Digestão e 
absorção 
normal
C/ fibras 5-4g/l de fórmula, 
isotônica, s/ lactose, 
completa
PTN intacta; polímeros de 
glicose, PUFA, TCM, 
dissacárides, polissac. soja
Regulação FI
NE prolongada
Dig/ abs. OK 
Hipercalórica Dc= 1,5-2,0 kcal/ml, alta 
osmolalidade (>450), s/ 
lactose, completa
PTN intacta; polímeros de 
glicose, PUFA, TCM
Di e monossacárides
Restrição de 
líquidos 
Dig/ abs. OK 
P
a
r
c
i
a
l
m
e
n
t
e
H
i
d
r
o
li
s
a
d
a
Subcategoria Características Forma dos 
macronutrientes
Indicações
PTN 
parcialmente 
hidrolisada
Média LIP= 3-40%; 
média osmolalidade 
(250-
650mOsm/kgH2O); 
s/ lactose; completa
PTN hidrolisada; 
dipeptídeos, tripeptídeos, 
TCM, PUFA, dissacárides
polímeros de glicose, 
monossacarídeos
Mín.digestão 
Limitada área 
absortiva TGI
Enteropatias 
com perda 
ptn
Aa livre Média LIP= 1-15%; 
alta osmolalidade 
(>450 
mOsm/kgH2O); s/ 
lactose; completa
AA cristalinos, polímeros 
de glicose, PUFA, TCM, 
monossacarídeos
Mín.digestão
Limitada área 
absortiva TGI
Classificação das fórmulas enterais
Classificação das fórmulas enterais
Especializadas
Nefropatia ↑AAE, ↓eletrólitos, vit A,D, Mg, P 
(limitado), ↑Dc, ↑ Osm,s/ lactose
Hepatopatia 45-50% AACR, ↑ Osm,s/ lactose
Intolerância à 
glicose
30-35% CHO, 50% LIP, fibras, isotônica, s/ 
lac. e sac., completa - FRUTOSE
Pneumopatia 50-60% LIP, ↑ Osm,s/ lactose, completa
Trauma/estresse 45-50% AACR, ↑ Osm, s/ lactose
Classificação das fórmulas enterais
Módulos
PTN Digestibilidade variada. 
Forma: pó
Ptn intacta
Aas cristalinos
Suplementação 
protéica
CHO Facilmente digestiva
Facilmente dissolvida
Forma: pó
Maltodextrina Suplementação 
calórica
LIP Alta Dc
Relativamente insolúvel
Digestibilidade variada
Forma: pó
PUFA
TCM
Suplementação 
calórica (RH)
Fibras Forma: pó Polissacarídeo da 
soja
Função intestinal 
regulada
NE prolongada
Dietas industrializadas
Exemplo de padronização do HRAN
TOTAL NUTRITION SOY HIPOSSÓDICO SEM SACAROSE
Código E1 E2 E3 E4 E5 E6
Dc(kcal/ml) 0,5 0,8 1,0 1,2 1,5 2,0
Volume Gramatura
50ml 5g 8g 10g 12g 15g 20g
100ml 10g 16g 20g 24g 30g 40g
150ml 15g 24g 30g 36g 45g 60g
200ml 20g 32g 40g 48g 60g 80g
250ml 25g 40g 50g 60g 75g 100g300ml 30g 48g 60g 72g 90g 120g
Dietas caseiras
HORÁRIOS/VOLUME ALIMENTO/PRODUTO MEDIDA CASEIRA
HORÁRIOS FRANGO 2 COLHERES DE SOPA 
CHEIAS
12 H E 18H ARROZ 2COLHERES DE SOPA 
CHEIAS
VOLUME CENOURA 1COLHER DE SOPA CHEIA
250 ML AÇÚCAR 2 COLHERES DE SOPA 
RASAS
ÓLEO 1COLHER DE SOPA CHEIA
SAL 1COLHER DE CHÁ CHEIA
PREPARO: COZINHAR O FRANGO + ARROZ + CENOURA, ATÉ FICAR BEM MACIOS, EM PANELA 
TAMPADA E FOGO BAIXO. DEPOIS COLOCAR EM LIQÜIDIFICADOR E ACRESCENTAR O AÇÚCAR + 
ÓLEO + SAL E ÁGUA ATÉ COMPLETAR O VOLUME DE 250 ML. LIQUIDIFICAR E COAR. 
■ A TEMPERATURA DEVERÁ SER MORNA, NEM QUENTE, NEM FRIA.
■ POR DIA ADMINISTRAR 250 ML DE DIETA PRONTA QUE DEVERÁ SEGUIR OS SEGUINTES HORÁRIOS: 
07, 10, 13, 16, 19 E 22 HORAS.
■ ADMINISTRAR A DIETA LENTAMENTE.
■ LAVAR A SONDA COLOCANDO ½ COPO DE ÁGUA (100 ML) FILTRADA OU FERVIDA 
■ APÓS CADA ADMINISTRAÇÃO DA DIETA.
■ ANOTAR DIARIAMENTE TUDO QUE INGERIU PELA BOCA.
■ QUAIS OS HORÁRIOS QUE REALIZOU AS REFEIÇÕES, QUANTIDADE EM MEDIDAS CASEIRA (COPO, 
COLHER, XÍCARA, ETC.) DOS ALIMENTOS (ESPECIFICAR DETALHADAMENTE) E QUAL FOI A 
QUANTIDADE.
■ ANOTAR DIARIAMENTE SE DEU DIARRÉIA OU PRISÃO DE VENTRE, SE FICOU COM DISTENSÃO 
ABDOMINAL (EMPACHADO, COM BARRIGA ESTUFADA), SE FICOU ENJOADO OU VOMITOU, SE A 
SONDA SAIU OU ENTUPIU.
■ SE A SONDA SAIR, PROCURAR O PRONTO ATENDIMENTO O MAIS BREVE POSSÍVEL PARA QUE A 
MESMA SEJA RECOLOCADA.
■ SE A SONDA ENTUPIR, TENTAR DESOBSTRUÍ-LA COM ÁGUA MORNA.
■ LEVAR UMA DIETA ENTERAL PRONTA, PARA SER ADMINISTRADA, QUANDO SAIR DE CASA POR 
PERÍODO PROLONGADO.
Orientações de dieta administrada por sonda
Complicações da TNE
Gastrintestinais Náuseas, vômitos, estase, RGE, distensão abdominal, 
cólicas, flatulência, diarreia, constipação
Metabólicas Hiper/desidratação, hiper/hipoglicemia, anormalidades de 
eletrólitos e elementos-traços, alterações da função 
hepática
Mecânicas Erosão nasal e necrose, sinusite, otite, faringite, rouquidão, 
esofagite, ulceração esfágica, estenose, obstruão da sonda, 
abscesso septonasal, fístula traqueoesofágica, ruptura de 
varizes esofágicas, saída ou migração acidental da sonda
Infecciosas Gastroenterocolites por contaminaçao microbiana no 
preparo, nos utensílios e na administração da fórmula
Respiratórias Aspiração pulmonar com Síndrome de Mendelson ou 
pneumonia infecciosa
Psicológicas Ansiedade, depressão, falta de estímulo ao paladar, 
monotonia alimentar, insociabilidade, inatividade
– Diarreia  complicação mais comum
• Osmolaridade e presença de lactose
• Dietas hiperosmóticas pós-pilóricas
• Antibioticoterapia também pode influenciar 
• Contaminação bacteriana da dieta ou da própria sonda
• Administração rápida ou em bolo por seringa
• Dieta com baixa temperatura
– Obstipação 
• Adequar hidratação
• Usar fórmulas com fibras.
• Estimular deambulação
Complicações da TNE - Gastrointestinais
– Náuseas e vômitos 
• Evitar administração rápida
• Evoluir gotejamento gradualmente
• Usar fórmulas isotônicas
• Usar fórmulas com baixos teores de lipídeos (30% do VET)
• Diminuir temporariamente a alimentação
• Considerar via pós-pilórica
– Estase gástrica
• Usar agentes que  mobilidade gástrica: metoclopramida, 
cisapride
• Diminuir temporariamente a alimentação
Complicações da TNE - Gastrointestinais
– Distensão abdominal, cólicas, flatulência
• Má absorção: usar fórmulas hidrolisadas
• Administração rápida ou gotejamento excessivo
• Administração rápida intermitente por seringa
– Refluxo gastroesofágico
• Pressão gástrica aumentada:  do volume gástrico,  de 
fluido abdominal (ascite). Pode indicar problemas de 
motilidade do duodeno
• Pode causar estase gástrica, infecções e prejuízo na digestão.
• Reduzir volume da dieta
• Cabeceira elevada 30 a 45º
• Agentes que  pressão do EES 
• Reduzir lipídios 
Complicações da TNE - Gastrointestinais
• Complicações mecânicas na colocação da sonda
– Lesão de vias aéreas superiores
– Perfuração da traqueia
– Lesão do trato gastrintestinal
– Aumento da pressão intracraniana e risco de isquemia
– Ruptura de varizes esofágicas
• Complicações mecânicas na presença da sonda
– Vias aéreas superiores: Erosão nasal e necrose, sinusite aguda, 
rouquidão, otite, faringite.
– Vias aéreas inferiores: broncopneumonia, insuficiência 
respiratória, enfisema.
– Trato gastrointestinal: Esofagite, ulceração esofágica, estenose, 
fístula traqueoesofágica , agravo de hemorragia, obstrução
– Saída ou migração acidental da sonda 
Complicações da TNE - Mecânicas
• Complicações mecânicas de obstrução da sonda
– Produtos viscosos
• Irrigação da sonda é fundamental (água morna, uso de 
soluções enzimáticas – lipase, amilase, protease)
•  viscosidade ou densidade
• Trituração adequada de dieta caseira
– Produtos com proteínas não hidrolisadas
– Excesso de fibras
– Sonda dobrada
– Calibre
– Medicamentos
• Irrigação após administração de medicação
Complicações da TNE - Mecânicas
– Gastroenterites por contaminação microbiana no preparo, nos
utensílios e na administração da fórmula
– Dietas enterais: excelente meio para crescimento de
microorganismos.
– O controle da estrutura física e dos processos de preparo,
distribuição e administração devem garantir o nível de
qualidade da dieta enteral.
– Complicações hospitalização risco de mortalidade.
– Resolução RCD nº 63, ANVS, MS, 6/7/00: normas para a
indicação, preparo e administração de NE.
Complicações da TNE - Infecciosas
– Principais contaminantes: Staphylococcus epidermidis, 
Staphylococcus aureus, Streptococcus, Klebsiella, Enterobacter, 
Pseudomona gram -, Bacilus cereus, Salmoella, bolores, fungos 
e coliformes totais e fecais.
– Fatores de risco:
• Alimentos in natura
• Manipulação e preparo da fórmulas
• Sistema de infusão (aberto / fechado)
• Materiais (estéreis / reutilizáveis)
• Tempo e temperatura (condições de armazenamento)
• Tempo e temperatura (infusão)
• Adição de substancias durante a infusão
Complicações da TNE - Infecciosas
• Recomendações 
– Uso de produtos comerciais estéreis
– Formulas artesanais devem ser infundidas imediatamente
– Controle bacteriológico constante
– Preparo em local específico
– Higienização de mãos, roupas e utensílios
– Pós-preparo: utilização imediata ou refrigeração (ate 8º graus)
– Não reutilização de material, se possível
– Não adicionar novas formulas em frascos com restos de 
soluções
– Fórmulas industrializadas: 8-12 hs de infusão com troca de 
equipamento a cada 24hs.
– Fórmulas caseiras: 6-8 hs de infusão com troca de equipamento 
a cada 24hs.
Complicações da TNE - Infecciosas
• Hiperidratação/Desidratação 
• Hiperglicemia/Hipoglicemia 
• Anormalidades de eletrólitos 
– Hipercalemia / hipocalemia
– Hipofosfatemia
– Hipomagnesemia
– Hipozinquemia 
• Desidratação hipertônica migração do liquido extracelular 
para a luz intestinal  desidratação intracelular
Complicações da TNE - Metabólicas
– Principal complicação: Pneumonia aspirativa
• Excesso de volume na dieta
• Retardo no esvaziamento gástrico
• Íleo paralítico (reflexo ileogástrico)
• Pacientes com dano neurológico
• Avaliar posicionamento da sonda
• Aspirar resíduos antes da próxima administração
• Elevar cabeceira de 30 a 45º
• Complicação de maior gravidade na TNE (Bernard & Follow, 1984)
Complicações da TNE - Respiratórias
– Ansiedade 
– Depressão 
– Falta de estímulo ao paladar 
• Sede e boca seca reduzem paladar
– Monotonia alimentar 
• Horários fixos reduzem estímulo para alimentação
– Insociabilidade 
• Auto-imagem prejudicada
– Inatividade 
Complicações da TNE - PsicológicasCuidados no preparo da NE
Cuidados no preparo da NE
Laboratório de NE
Laboratório de NE
Sala de manipulação
Laboratório de NE
Estudos de caso
1-) Paciente do sexo feminino, 27 anos encontra-se admitida na clínica médica de um
Hospital em Brasília após ser submetida a cirurgia de trauma maxilar. Após avaliação clínica
a EMTN optou por administrar TNE. Paciente encontram-se estável e evoluindo sem
intercorrências.
Antropometria:
Peso : 56kg
Altura: 1,60m
Exames bioquímicos não sugerem depleção de tecido muscular. Parâmetros imunológicos
apontam níveis dentro da normalidade.
Calcule:
•Necessidade energética com distribuição de macronutrientes
•Aporte proteico e kcalñptn/N2
•Volume e densidade energética da dieta
• Escolha uma das fórmulas apresentadas e calcule a dieta levando em consideração 6 
adminstrações diárias ( 3/3h com 6 horas de pausa) 
Estudos de caso
2-) Paciente do sexo masculino, 30 anos encontra-se internado com insufuciência hepática
idiopática apresentando quadro de estresse metabólico. Impossibiltado de se alimentar
convencionalmente, EMTN optou por TNE nasogástrica.
Antropometria:
Peso : 70kg
Altura: 1,85m
Exames bioquímicos apontam níveis séricos de albumina e linfócitos abaixo do valor de
referência. EPBS dispõe apenas de módulos independentes para adminstração da TNE.
Calcule:
•Necessidade energética com distribuição de macronutrientes (justifique sua resposta) 
•Aporte proteico e kcalñptn/N2 (justifique sua resposta)
•Volume e densidade energética da dieta (justifique sua resposta)
• Considere 07 adminstrações diárias
Estudos de caso
3-) Paciente do sexo masculino, 45 anos com quadro de megaesôfago foi submetido a
procedimento cirúrgico para colocação de sonda via gastrostomia. Encontra-se no seu
segundo dia de internação apresentando sintomas de desconforto gastrointestinal.
Antropometria:
Peso : 65kg
Altura: 1,70m
Unidade hospitalar dispõe de administração por bomba de infusão
• Calcule aporte energético para o paciente em questão 
• Escolha uma das fórmulas apresentadas justificando sua resposta
• Calcule a velocidade de infusão da dieta.
Exemplos de fórmulas
Sistema aberto 
Exemplos de fórmulas
Sistema aberto
Exemplos de fórmulas
Sistema aberto
Exemplos de fórmulas
Sistema fechado
Exemplos de fórmulas

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