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CURSO DE NUTRIÇÃO Profa Drª Ana Lúcia Salomon Profª Me Daniela Medeiros Terapia Nutricional Enteral Definição “Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas” (ANVISA, 2000) Importância Menor incidência de complicações (NPT) Atenuação da resposta inflamatória Impedimento da translocação bacteriana Prevenção da atrofia intestinal Melhora do BN no PO Decréscimo na TMB no PO Manutenção da competência imunológica Manutenção da homeostase Preservação da integridade da mucosa intestinal NUTRIÇÃO ENTERAL Indicações • Risco nutricional (2/3 – ¾, perda importante) • TGI funcionante (total ou parcial) “Quando o intestino funciona, use-o ou perca-o” • TGI íntegro: não quer, não pode, não deve TNE - ADULTO Pacientes que não podem se alimentar Pacientes com ingestão oral insuficiente Pacientes com dor e/ou desconforto com VO Pacientes com disfunção do TGI Inconsciência Anorexia Lesões orais AVC, neoplasias Doenças desmielinizantes Trauma Septicemia Alcoolismo Depressão Queimaduras Síndrome de má absorção Fístula SIC Doença de Crohn Colite ulcerativa CA do TGI Pancreatite QT, RT Indicações CA Fibrose cística SIC Crescimento deficiente Estados ↑catabólicos Doenças neurológicas Coma Anomalias congênitas Diarréia crônica Cirurgia do TGI Obstrução esofágica Desnutrição Ingestão VO inadequada Anorexia Perda de peso TNE PEDIATRIA Indicações Contra-indicações • Disfunção do TGI ou repouso intestinal • Obstrução mecânica • RGE relativa • Íleo paralítico • Hemorragia • Vômitos e diarreia • Fístulas (> 500 ml/dia) local • Enterocolite • Pancreatite aguda • Doença terminal relativa • Desnutridos ou bem nutridos (<5-7 dias) Métodos de administração INTERMITENTE Bolus Gravitacional ou Bomba de infusão CONTÍNUO Gravitacional ou Bomba de infusão De acordo com a tolerância digestiva do paciente e dos meios que se encontram disponíveis na internação e/ou domicílio. INTERMITENTE – Bolo: injeção com seringa, 100 a 300 mL de dieta no estômago a cada 3 a 6 h com 20 –30 mL de água potável antes e após. • Paciente, no mínimo, em 45º para prevenir aspiração. • Preferir dietas iso ou hiperosmótica (piloro retém dieta por mais tempo) – Intermitente Gravitacional: volume de 100 a 300 mL, administrado por gotejamento (60 - 150mL/h) a cada 3 a 6 hs, precedido e seguida por irrigação enteral com 30 mL de água potável. • Verificar resíduos gástricos antes de cada administração diretrizes • Suspender administração da dieta se resíduos forem 250 mL. – Intermitente em bomba de infusão: idem com necessidade de controle de balanço hídrico. Métodos de administração da TNE (Cuppari, 2015) Métodos de administração Bolus Gravitacional • Contínua: Gotejamento gravitacional ou por meio de bomba de infusão – Alimentação contínua: iniciar com 25 a 30 mL/h e pode aumentar-se gradativamente até 100 a 150 mL/h por 12 ou 24 h no jejuno, duodeno ou estômago. Deve ser interrompida a cada 6 – 8 h para irrigação com 20 – 30 mL de água potável. – Cíclica: idem, porém geralmente noturna, c/ fornecimento controlado durante 8 – 16 hs com intervalos de descanso durante as 24 h do dia. Métodos de administração da TNE (Cuppari, 2015) Métodos de administração CONTÍNUO: NUTRIÇÃO ENTERAL (Cuppari, 2005; Carvalho , 2007) • GOTEJAMENTO (1ml = 20 gotas): – LENTO: 6 mL/min= 120 gotas/min – MODERADO: 8 mL/min = 160 gotas/min – REGULAR: 12mL/min = 240 gotas/min • Cálculo do numero de gotas /minuto: • Nº do gotas / minuto = volume (ml)/ tempo (h) • Nº do gotas / minuto = volume (gotas)/ tempo (min) Métodos de Administração a) Sistema Aberto ou Intermitente: As fórmulas enterais requerem manipulação de envasamento prévio à sua administração e são administradas em intervalos intermitentes. Administração: Em frascos descartáveis de até 300ml Com intervalos de 3/3 horas e pausa noturna de 6 horas - Total 7 x dia Métodos de Administração b) Sistema Fechado ou Contínuo: recipientes hermeticamente fechados e apropriados para conexão em equipo de administração. Administração: Em bomba de infusão. Podendo ser contínua em 24hs ou com pausa noturna de 6hs, a critério médico. Gotejamento: Controlado em bomba de infusão, de 30 a 100ml/hr. Sugere-se iniciar com pequenos volumes e aumentar gradativamente (10ml a cada 8hs) ou a critério médico, conforme tolerância gastrintestinal. Vias de acesso: estômago, duodeno ou jejuno ? • Perspectiva da duração da terapia • Grau de risco de aspiração ou deslocamento do tubo • Presença ou ausência da digestão normal • Planejamento de intervenção cirúrgica ou endoscópica • Conforto do paciente/qualidade de vida • Intragástrica ou pós-pilórica • Duração da TNE? Mais ou menos de 6 semanas? Vias de Acesso TNE (Cuppari, 2015) Vias de acesso Vias de acesso Via Nasogástrica ou Orogástrica a sonda é passada pelo nariz ou pela boca e se direciona até o estômago. Via Nasoentérica ou Oroentérica a sonda é passada pelo nariz ou pela boca e se direciona até o intestino delgado. Gastrostomia a sonda é implantada cirurgicamente ou via endoscópica e permanece em um orifício (estoma) diretamente no Estômago. Jejunostomia a sonda é implantada cirurgicamente ou via endoscópica e permanece em um orifício (estoma) diretamente no intestino delgado (jejuno). Local de administração Localização gástrica Localização entérica V A N T A G E N S ● ↑ tolerância ● Boa aceitação hiperOsm ● Progressão + rápida → VET ● Introdução de ↑ volumes ● Fácil posicionamento ● < risco de aspiração ● > Dificuldade de saída acidental ● Permite NE (alimentação gástrica inoportuna) D ES V A N T A G E N S ● Aspiração (dif. neuromotoras de deglutição) ● Saída acidental da SNE (tosse, náuseas, vômitos) ● Cuidado com volumes ● Requer dietas normo/hipoosmolares TGI Funcionante Enteral Duração < 6 sem Duração > 6 sem Risco de aspiração Risco de aspiração Não Sim Sonda Nasogástrica Sonda nasoduodenal ou jejunal Sim Não Jejunostomia Gastrostomia Não Parenteral Sim ALGORITMO PARA SELEÇÃO DA VIA DE ACESSO Preparo do Paciente - Posição > 60 cm 45oC Classificação de dietas enterais • Dietas não industrializadas ou Artesanais (produtos alimentícios e/ou alimentos in natura) • Dietas industrializadas - Sistema Aberto (dietas em pó ou líquidas) - Sistema Fechado Manejo das dietas industrializadas PREPARO PÓ LÍQUIDA Sistema Aberto LÍQUIDA Sistema Fechado Vantagens Reconstituição, envase, transporte, armazenamento Envase, estéril antes da abertura, não requer reconstituição Conexão ao equipo, estéril, não requer envase e manipulação, economia, minimiza resíduos Desvanta- gens Não estéril, mão- de-obra Mão-de-obra para envase Altocusto de produto e equipo Fórmulas enterais • PROTEÍNAS Forma Fonte Digestão Características Ptn intacta Caseína, soja, lactoalbumina ovo, carnes Sim ● Digestão e absorção N ● Osmolalidade Ptn parcial/e hidrolisada Caseína, soja, lactoalbumina colágeno Sim OLIGOPEPTÍDEOS ● Redução na absorção Di e tripeptídeos Caseína, soja, lactoalbumina colágeno Não ● Difusão AA cristalinos L- aminoácidos Não ● Transporte ativo ● ↑ osmolalidade Fórmulas enterais Forma Fonte Digestão Características Amido Amido de milho Sim ● Osmolalidade não é afetada Polímeros de glicose Polímeros de glicose, maltodextrina, xarope de milho, oligossacárides e polissacárides de glicose Sim ● Rápida hidrólise Dissacaríde os Amido, dextrina, maltose, sacarose e lactose Sim ● Rápida hidrólise Sac e Mal Monossaca rídeos Glicose, frutose Não ● ↑ osmolalidade ● Melhora da tolerância do TGI CARBOIDRATOS Fórmulas enterais Forma Fonte Digestão Características Insolúveis Celulose, hemicelulose e lignina Plantas Sim ● ↑ peso fecal ● Aceleram o tempo de TI ● ↑ peristaltismo Solúveis Pectina, mucilagem, polissacárides de algas, goma guar Plantas Sim ● ↑ peso fecal – massa bacteriana ● Retardam o tempo de TI ● Retardam esvaziamento gástrico ● AGCC Insolúveis e Solúveis Polissacarídeos da soja e solúveis Cotilédon e da soja Sim ● Principal fonte enteral ● Retardam o tempo de TI ● ↑ peso fecal ● ↓ hipoglicemia rebote pós- prandial FIBRAS Fermentação das fibras ESTIMULAM A PRINCIPAL FONTE DE ESTIMULAM O PROLIFERAÇÃO ENERGIA P/ COLONÓCITO DESENVOLVIMENTO DO EPITÉLIO CÉLULAS EPITELIAIS DO CÓLON ESTIMULAM O FLUXO SANGÜÍNEO EFEITOS BENÉFICO NA HOMEOSTASE GL E CT METABOLISMO LIPÍDICO INTENSIFICAM A ABSORÇÃO DE NA E H2O PH INTRALUMINAL FORNECEM ENERGIA POSSÍVEL PROTEÇÃO E ↓AMÔNIA E URÉIA PARA HOSPEDEIRO CÂNCER DE CÓLON AGCC REDUZ OS NÍVEIS DE AMÔNIA DO SG REDUZ OS NÍVEIS SÉRICOS DE CT AGE COMO IMUNOMODULADOR INIBE O CRESCIMENTO DE PATÓGENOS (ACETATO E LACTATO) RESTAURA A MICROBIOOTA INTESTINAL NORMAL DURANTE A ANTIBIOTICOTERAPIA PRODUZ VITAMINAS: GRUPO B e K BIFIDOBACTÉRIA Inulina e Frutooligossacarídeos Fórmulas enterais Conteúdo de água das fórmulas enterais Densidade calórica (Kcal/ml da fórmula) Conteúdo de água (ml/100ml da fórmula) Conteúdo de água (%) 1,0-1,2 800-860 80-86 1,5 760-780 76-78 2,0 690-710 69-71 ÁGUA Cálculo das necessidades hídricas • 1.500 mL/m2 • 1.500 mL p/ primeiros 20 kg + 20 ml por kg acima (crianças) • 30-35 mL/kg (18-64 anos) • 30 mL/kg (55-65 anos) • 25 mL/kg (> 65 anos) • RDA: 1 mL/kcal • 1 mL/kcal + 100 mL/g de nitrogênio ofertado Características das fórmulas enterais Osmolalidade • Função do tamanho e da quantidade de partículas • Unidade de medida: mOsm/kg de água vs unidade de medida para osmolaridade mOsm/L • ↑ nutrientes hidrolisados ↑ osmolalidade • Aas – ↑ efeito osmótico que ptn íntegras • Glicose - ↑ efeito osmótico que amido • Minerais e eletrólitos – dissociação e tamanho Características das fórmulas Osmolalidade Categorização Valores Hipotônica 280-300 mOsm/kg água Isotônica 300-350 mOsm/kg água Levemente hipertônica 350-550 mOsm/kg água Hipertônica 550-750 mOsm/kg água Acentuadamente hipertônica >750 mOsm/kg água Características das fórmulas pH Motilidade gástrica pH 3,5 3,5 O pH da maioria das fórmulas enterais é maior que 3,5 Densidade calórica DC Valores Fórmula Muito baixa < 0,6 kcal/ml Acentuadamente hipocalórica Baixa 0,6-0,8 kcal/ml Hipocalórica Padrão 0,9-1,2 kcal/ml Normocalórica Alta 1,3-1,5 kcal/ml Hipercalórica Muito alta > 1,5 kcal/ml Acentuadamente hipercalórica Características das fórmulas Viscosidade • Calibre da sonda • Volume ofertado Classificação das fórmulas Tipos de fórmulas Grupo-alvo Polimérica Maioria dos pacientes Parcialmente hidrolisada Oligomérica Parcial capacidade digestiva e absortiva Especializadas Disfunções orgânicas e estresse metabólico Módulos Suplementar fórmulas e individualizar formulação Critérios de seleção das fórmulas enterais • Diagnóstico do paciente • Idade • Gasto energético • Necessidades específicas de nutrientes • Condições metabólicas • Capacidade digestiva e absortiva • Disponibilidade do produto • Custo e relação custo/benefício Classificação das fórmulas enterais P o l i m é r i c a Subcategoria Características Forma dos macronutrientes Indicações Padrão PTN= 10-15%; CHO= 50-60% LIP= 25-30%; isotônica (300mOsm/kgH2O); s/ lactose; completa, s/ gluten PTN intacta; TCM polissacárides, dissacárides, polímeros de glicose, monossacarídeos, PUFA Digestão e absorção normal Hiperprotéica PTN= >15%; isotônica; s/ lactose, completa PTN intacta; polissacárides, polímeros de glicose, PUFA, TCM Catabolismo Desnutrição Digestão e absorção normal C/ fibras 5-4g/l de fórmula, isotônica, s/ lactose, completa PTN intacta; polímeros de glicose, PUFA, TCM, dissacárides, polissac. soja Regulação FI NE prolongada Dig/ abs. OK Hipercalórica Dc= 1,5-2,0 kcal/ml, alta osmolalidade (>450), s/ lactose, completa PTN intacta; polímeros de glicose, PUFA, TCM Di e monossacárides Restrição de líquidos Dig/ abs. OK P a r c i a l m e n t e H i d r o li s a d a Subcategoria Características Forma dos macronutrientes Indicações PTN parcialmente hidrolisada Média LIP= 3-40%; média osmolalidade (250- 650mOsm/kgH2O); s/ lactose; completa PTN hidrolisada; dipeptídeos, tripeptídeos, TCM, PUFA, dissacárides polímeros de glicose, monossacarídeos Mín.digestão Limitada área absortiva TGI Enteropatias com perda ptn Aa livre Média LIP= 1-15%; alta osmolalidade (>450 mOsm/kgH2O); s/ lactose; completa AA cristalinos, polímeros de glicose, PUFA, TCM, monossacarídeos Mín.digestão Limitada área absortiva TGI Classificação das fórmulas enterais Classificação das fórmulas enterais Especializadas Nefropatia ↑AAE, ↓eletrólitos, vit A,D, Mg, P (limitado), ↑Dc, ↑ Osm,s/ lactose Hepatopatia 45-50% AACR, ↑ Osm,s/ lactose Intolerância à glicose 30-35% CHO, 50% LIP, fibras, isotônica, s/ lac. e sac., completa - FRUTOSE Pneumopatia 50-60% LIP, ↑ Osm,s/ lactose, completa Trauma/estresse 45-50% AACR, ↑ Osm, s/ lactose Classificação das fórmulas enterais Módulos PTN Digestibilidade variada. Forma: pó Ptn intacta Aas cristalinos Suplementação protéica CHO Facilmente digestiva Facilmente dissolvida Forma: pó Maltodextrina Suplementação calórica LIP Alta Dc Relativamente insolúvel Digestibilidade variada Forma: pó PUFA TCM Suplementação calórica (RH) Fibras Forma: pó Polissacarídeo da soja Função intestinal regulada NE prolongada Dietas industrializadas Exemplo de padronização do HRAN TOTAL NUTRITION SOY HIPOSSÓDICO SEM SACAROSE Código E1 E2 E3 E4 E5 E6 Dc(kcal/ml) 0,5 0,8 1,0 1,2 1,5 2,0 Volume Gramatura 50ml 5g 8g 10g 12g 15g 20g 100ml 10g 16g 20g 24g 30g 40g 150ml 15g 24g 30g 36g 45g 60g 200ml 20g 32g 40g 48g 60g 80g 250ml 25g 40g 50g 60g 75g 100g300ml 30g 48g 60g 72g 90g 120g Dietas caseiras HORÁRIOS/VOLUME ALIMENTO/PRODUTO MEDIDA CASEIRA HORÁRIOS FRANGO 2 COLHERES DE SOPA CHEIAS 12 H E 18H ARROZ 2COLHERES DE SOPA CHEIAS VOLUME CENOURA 1COLHER DE SOPA CHEIA 250 ML AÇÚCAR 2 COLHERES DE SOPA RASAS ÓLEO 1COLHER DE SOPA CHEIA SAL 1COLHER DE CHÁ CHEIA PREPARO: COZINHAR O FRANGO + ARROZ + CENOURA, ATÉ FICAR BEM MACIOS, EM PANELA TAMPADA E FOGO BAIXO. DEPOIS COLOCAR EM LIQÜIDIFICADOR E ACRESCENTAR O AÇÚCAR + ÓLEO + SAL E ÁGUA ATÉ COMPLETAR O VOLUME DE 250 ML. LIQUIDIFICAR E COAR. ■ A TEMPERATURA DEVERÁ SER MORNA, NEM QUENTE, NEM FRIA. ■ POR DIA ADMINISTRAR 250 ML DE DIETA PRONTA QUE DEVERÁ SEGUIR OS SEGUINTES HORÁRIOS: 07, 10, 13, 16, 19 E 22 HORAS. ■ ADMINISTRAR A DIETA LENTAMENTE. ■ LAVAR A SONDA COLOCANDO ½ COPO DE ÁGUA (100 ML) FILTRADA OU FERVIDA ■ APÓS CADA ADMINISTRAÇÃO DA DIETA. ■ ANOTAR DIARIAMENTE TUDO QUE INGERIU PELA BOCA. ■ QUAIS OS HORÁRIOS QUE REALIZOU AS REFEIÇÕES, QUANTIDADE EM MEDIDAS CASEIRA (COPO, COLHER, XÍCARA, ETC.) DOS ALIMENTOS (ESPECIFICAR DETALHADAMENTE) E QUAL FOI A QUANTIDADE. ■ ANOTAR DIARIAMENTE SE DEU DIARRÉIA OU PRISÃO DE VENTRE, SE FICOU COM DISTENSÃO ABDOMINAL (EMPACHADO, COM BARRIGA ESTUFADA), SE FICOU ENJOADO OU VOMITOU, SE A SONDA SAIU OU ENTUPIU. ■ SE A SONDA SAIR, PROCURAR O PRONTO ATENDIMENTO O MAIS BREVE POSSÍVEL PARA QUE A MESMA SEJA RECOLOCADA. ■ SE A SONDA ENTUPIR, TENTAR DESOBSTRUÍ-LA COM ÁGUA MORNA. ■ LEVAR UMA DIETA ENTERAL PRONTA, PARA SER ADMINISTRADA, QUANDO SAIR DE CASA POR PERÍODO PROLONGADO. Orientações de dieta administrada por sonda Complicações da TNE Gastrintestinais Náuseas, vômitos, estase, RGE, distensão abdominal, cólicas, flatulência, diarreia, constipação Metabólicas Hiper/desidratação, hiper/hipoglicemia, anormalidades de eletrólitos e elementos-traços, alterações da função hepática Mecânicas Erosão nasal e necrose, sinusite, otite, faringite, rouquidão, esofagite, ulceração esfágica, estenose, obstruão da sonda, abscesso septonasal, fístula traqueoesofágica, ruptura de varizes esofágicas, saída ou migração acidental da sonda Infecciosas Gastroenterocolites por contaminaçao microbiana no preparo, nos utensílios e na administração da fórmula Respiratórias Aspiração pulmonar com Síndrome de Mendelson ou pneumonia infecciosa Psicológicas Ansiedade, depressão, falta de estímulo ao paladar, monotonia alimentar, insociabilidade, inatividade – Diarreia complicação mais comum • Osmolaridade e presença de lactose • Dietas hiperosmóticas pós-pilóricas • Antibioticoterapia também pode influenciar • Contaminação bacteriana da dieta ou da própria sonda • Administração rápida ou em bolo por seringa • Dieta com baixa temperatura – Obstipação • Adequar hidratação • Usar fórmulas com fibras. • Estimular deambulação Complicações da TNE - Gastrointestinais – Náuseas e vômitos • Evitar administração rápida • Evoluir gotejamento gradualmente • Usar fórmulas isotônicas • Usar fórmulas com baixos teores de lipídeos (30% do VET) • Diminuir temporariamente a alimentação • Considerar via pós-pilórica – Estase gástrica • Usar agentes que mobilidade gástrica: metoclopramida, cisapride • Diminuir temporariamente a alimentação Complicações da TNE - Gastrointestinais – Distensão abdominal, cólicas, flatulência • Má absorção: usar fórmulas hidrolisadas • Administração rápida ou gotejamento excessivo • Administração rápida intermitente por seringa – Refluxo gastroesofágico • Pressão gástrica aumentada: do volume gástrico, de fluido abdominal (ascite). Pode indicar problemas de motilidade do duodeno • Pode causar estase gástrica, infecções e prejuízo na digestão. • Reduzir volume da dieta • Cabeceira elevada 30 a 45º • Agentes que pressão do EES • Reduzir lipídios Complicações da TNE - Gastrointestinais • Complicações mecânicas na colocação da sonda – Lesão de vias aéreas superiores – Perfuração da traqueia – Lesão do trato gastrintestinal – Aumento da pressão intracraniana e risco de isquemia – Ruptura de varizes esofágicas • Complicações mecânicas na presença da sonda – Vias aéreas superiores: Erosão nasal e necrose, sinusite aguda, rouquidão, otite, faringite. – Vias aéreas inferiores: broncopneumonia, insuficiência respiratória, enfisema. – Trato gastrointestinal: Esofagite, ulceração esofágica, estenose, fístula traqueoesofágica , agravo de hemorragia, obstrução – Saída ou migração acidental da sonda Complicações da TNE - Mecânicas • Complicações mecânicas de obstrução da sonda – Produtos viscosos • Irrigação da sonda é fundamental (água morna, uso de soluções enzimáticas – lipase, amilase, protease) • viscosidade ou densidade • Trituração adequada de dieta caseira – Produtos com proteínas não hidrolisadas – Excesso de fibras – Sonda dobrada – Calibre – Medicamentos • Irrigação após administração de medicação Complicações da TNE - Mecânicas – Gastroenterites por contaminação microbiana no preparo, nos utensílios e na administração da fórmula – Dietas enterais: excelente meio para crescimento de microorganismos. – O controle da estrutura física e dos processos de preparo, distribuição e administração devem garantir o nível de qualidade da dieta enteral. – Complicações hospitalização risco de mortalidade. – Resolução RCD nº 63, ANVS, MS, 6/7/00: normas para a indicação, preparo e administração de NE. Complicações da TNE - Infecciosas – Principais contaminantes: Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus, Streptococcus, Klebsiella, Enterobacter, Pseudomona gram -, Bacilus cereus, Salmoella, bolores, fungos e coliformes totais e fecais. – Fatores de risco: • Alimentos in natura • Manipulação e preparo da fórmulas • Sistema de infusão (aberto / fechado) • Materiais (estéreis / reutilizáveis) • Tempo e temperatura (condições de armazenamento) • Tempo e temperatura (infusão) • Adição de substancias durante a infusão Complicações da TNE - Infecciosas • Recomendações – Uso de produtos comerciais estéreis – Formulas artesanais devem ser infundidas imediatamente – Controle bacteriológico constante – Preparo em local específico – Higienização de mãos, roupas e utensílios – Pós-preparo: utilização imediata ou refrigeração (ate 8º graus) – Não reutilização de material, se possível – Não adicionar novas formulas em frascos com restos de soluções – Fórmulas industrializadas: 8-12 hs de infusão com troca de equipamento a cada 24hs. – Fórmulas caseiras: 6-8 hs de infusão com troca de equipamento a cada 24hs. Complicações da TNE - Infecciosas • Hiperidratação/Desidratação • Hiperglicemia/Hipoglicemia • Anormalidades de eletrólitos – Hipercalemia / hipocalemia – Hipofosfatemia – Hipomagnesemia – Hipozinquemia • Desidratação hipertônica migração do liquido extracelular para a luz intestinal desidratação intracelular Complicações da TNE - Metabólicas – Principal complicação: Pneumonia aspirativa • Excesso de volume na dieta • Retardo no esvaziamento gástrico • Íleo paralítico (reflexo ileogástrico) • Pacientes com dano neurológico • Avaliar posicionamento da sonda • Aspirar resíduos antes da próxima administração • Elevar cabeceira de 30 a 45º • Complicação de maior gravidade na TNE (Bernard & Follow, 1984) Complicações da TNE - Respiratórias – Ansiedade – Depressão – Falta de estímulo ao paladar • Sede e boca seca reduzem paladar – Monotonia alimentar • Horários fixos reduzem estímulo para alimentação – Insociabilidade • Auto-imagem prejudicada – Inatividade Complicações da TNE - PsicológicasCuidados no preparo da NE Cuidados no preparo da NE Laboratório de NE Laboratório de NE Sala de manipulação Laboratório de NE Estudos de caso 1-) Paciente do sexo feminino, 27 anos encontra-se admitida na clínica médica de um Hospital em Brasília após ser submetida a cirurgia de trauma maxilar. Após avaliação clínica a EMTN optou por administrar TNE. Paciente encontram-se estável e evoluindo sem intercorrências. Antropometria: Peso : 56kg Altura: 1,60m Exames bioquímicos não sugerem depleção de tecido muscular. Parâmetros imunológicos apontam níveis dentro da normalidade. Calcule: •Necessidade energética com distribuição de macronutrientes •Aporte proteico e kcalñptn/N2 •Volume e densidade energética da dieta • Escolha uma das fórmulas apresentadas e calcule a dieta levando em consideração 6 adminstrações diárias ( 3/3h com 6 horas de pausa) Estudos de caso 2-) Paciente do sexo masculino, 30 anos encontra-se internado com insufuciência hepática idiopática apresentando quadro de estresse metabólico. Impossibiltado de se alimentar convencionalmente, EMTN optou por TNE nasogástrica. Antropometria: Peso : 70kg Altura: 1,85m Exames bioquímicos apontam níveis séricos de albumina e linfócitos abaixo do valor de referência. EPBS dispõe apenas de módulos independentes para adminstração da TNE. Calcule: •Necessidade energética com distribuição de macronutrientes (justifique sua resposta) •Aporte proteico e kcalñptn/N2 (justifique sua resposta) •Volume e densidade energética da dieta (justifique sua resposta) • Considere 07 adminstrações diárias Estudos de caso 3-) Paciente do sexo masculino, 45 anos com quadro de megaesôfago foi submetido a procedimento cirúrgico para colocação de sonda via gastrostomia. Encontra-se no seu segundo dia de internação apresentando sintomas de desconforto gastrointestinal. Antropometria: Peso : 65kg Altura: 1,70m Unidade hospitalar dispõe de administração por bomba de infusão • Calcule aporte energético para o paciente em questão • Escolha uma das fórmulas apresentadas justificando sua resposta • Calcule a velocidade de infusão da dieta. Exemplos de fórmulas Sistema aberto Exemplos de fórmulas Sistema aberto Exemplos de fórmulas Sistema aberto Exemplos de fórmulas Sistema fechado Exemplos de fórmulas
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