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Manual de linguagem juridica

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MARIA JOS~ CONSTANTINO PETRI
6-ª tiragem
2014
manual de
Linguagem
JURIDICA
/
(
2-ª edição revista e atualizada
2009
••~
O.Saraiva
\
A título de exemplificação . di
constantes em uma procura _ ' para _ill icar a ordem das informações
çao, segue nao um modelprocuração adjudicia pois cada o, mas um exemplo de
procuração adequada determina c~so requder do advogado a redação de uma
, n o os po eres que serão conferidos.
PROCURAÇÃO AD JUDICIA
Pelo presente instr:ume~to particular de mandato, (nome do mandan
.................... , (nacIOnalidade) (estado cí . te) .....
(p
_ , estado CIvil)rofissao) " '" ,
. . ,portador da cédula de identidade RG
inscrito no Cadastro das Pessoas Físicas do MF sob n '.",..:..,
do em (nome da cidade) ." , domicílía-...................... e resídents na rua '
:e~~~~~~d~EP .., nomeia e constitui seu basta~te procur~d~~'~'jj;.' 'é~~r;::~
(
.. . , (nacionalidads)estado civil) inscrit ,....:..:.: , mscn o na OAB - (nome da cidade) s
................ , domícílíado em (nome da cidade) ob n.
onde tem escritório na rua ,
'l ...•....................... n telefonema~ para o fim . I ' , , e-
ad judi~i~·~~'extra e mai~s~:~: s~~s~o: ItodoS os poderes da cláusula
firmar acordos e comprornissos transi i: eedec~r,.receber e dar quitação,
seus interesses em face de (nom' d tg . esistír, promover a defesa de
. e o ercelfO que é a outra t -
que Vaiser interposta) par e na açao <,
despejo, perante o Foro de (nome d~·~id~d·~)··········..····,propondo ação de
ao imóvel sito na rua , referente
praticar todos os atos ~~~·~·~·fu···················,~' , podendo para tanto
nho deste mandato. erem necessanos ao bom e fiel desempe- .
(nome da cidade) dia ', , mes ano .
........................... ................................................ .....................
(assinatura do outorgants)
5.3.3 "petição inicial
Do ponto de vista línguístí . _. . .
textual do requerimento, mas é ~ t~petiçõo .~mcwl pert~nce ao gênero
zida no domínio jurídico tem f po especial de requerunento. Produ-
. ' uma orma textual estabílí d dsociocomunícatjon de prática habit 1 . É I za a, e natureza. ,lua na SOCIedade A
assim como a contestação que faz us d t d . um genero de texto,
T _. '. o e o os os recursos da argumenta ão
a um dir:~:~~~~~~~s;~~~~:~;uI~~ajUri~diciOnal do Estad~ a fim de ate;de~
as petições iniciais guardam certas seemPeenlhentemfented.oobjeto da demanda,
É . anças ormais.
a peça fundamental para o início d
minação de inicial, preferível às varia ões e um.processo legal, daí sua deno-
vestibular, ou, ainda, a pior ossível ç como. pe7~ ex()'rd'/,(ü,J)roa:rnhu,lar,
atualidade estão consciente~ d ' peça ovo. Muitos advo~ad()s (~jl/(Zf " ela
não há que se inventar' o ll1e/el,()qs~epara a c1ar~z .'~a objotlvidndf' . 1,lIais'r '. .. ,. .. ., \! sempre 1I11UIi Islo ••
1.~(:lIr<:aH, l1a mndida IlPc:osslÍr'la IlI"'1 • "I \ " r .• , . (l ptuHVI'IlS
• Lu pror: liho dltli Ir I101'111Il(,:OOIi,
(,)
É no Código de Processo Civil, no art. 282, que vamos encontrar
requisitos da petição inicial, in verbis:
"Art. 282. A petição inicial indicará:
.I- o juiz ou tribunal, a que é dirigi da;
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residênc
do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido, com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - o requerimento para a citação do réu" .
O artigo seguinte do Cl'C, art. 283, determina que os document
indispensáveis deverão instruir a petição, enquanto o art. 284 deixa ela
que, se a petição não preencher os requisitos exigidos ou contiver algus
irregularidade que não for sanada pelo autor, o juiz a indeferirá.
Ao redigir uma petição inicial, não basta ao advogado iniciante seguir i,
modelo preestabelecido. Alguns requisitos são necessários, como o perfeito c
mínio da norma culta da língua, um razoável conhecimento jurídico e interes
e dedicação em pesquisar para produzir a melhor peça para cada caso.
Uma vez aceito patrocinar determinada causa, a elaboração da peça -
seguir determinadas etapas, que podem, assim, ser observadas:
1) pela análise dos fatos e pela consulta à legislação, perceber a espé
de ação adequada;
2) pela consulta às leis processuais, fixar o procedimento apropriac
3) fixar a competência, isto é, saber o foro competente, juiz ou tribu
ao qual deve dirigir o pedido;
4) exposição dos fatos que motivaram a ação, esclarecendo o relac
namento jurídíco entre o àutor e o réu e, ainda, indicando a lee
que está sendo praticada contra o direito do autor. É nesta ets
que a narrativa, que é um tipo de texto, é utilizada, percebendo-E
presença de todos os seus elementos: os:personagens - autor e r
o fato - a lesão a um direito do autor; o local- onde se passar
os fatos; o tempo - quando ocorreram; as causas e consequênc
- o que pode ter motivado os fatos e os danos provocados;
5) fundamentação jurídico-legal, isto é, a indicação do dispositivo Ie
que ampara o pedido, assim como das normas contratuais viola-
pelo réu. Em muitos casos essa etapa se funde com a anterior; aSE
a exposição dos fatos pode já ser acompanhada dos dísposití,
legais que fundamentam o pedido;
6) fundamentação doutrinária e jurisprudencial. Quando a causa cc
porta, pode-se citar trechos de lições doutrinárias, ou preceder
[urisprudenciaís que servirão tomo argumentos a favor da cau
7) lurmulnçãoclatu do podldn:
H) 1'<t(11I('I'III\l~lll.() dI' dl./l.<,!!1,()d() 1'(''11;
9) declaração dos meios de prova;
10) valor da causa.
Formalmente, a petição é composta pelo cabeçalho, pela identificação
das partes, pelo tipo de ação, pela exposição dos fatos, pela fundamentação
jurídica, pela formulação do pedido e pelo fechamento ou conclusão.
Quanto ao cabeçalho, usa-se tratar os julgadores com o superlativo
EXCELENTfsSIMO, por extenso, em qualquer requerimento judicial. O
cabeçalho será, então, assim redigido:
EXCELENTfsSIMO SENHOR DOUTOR .nnz DE DIREITO
DA VARA DA COMARCA r ••.
A seguir, após um espaço de aproximadamente oito centímetros,
necessário para carimbos e despachos, inicia-se a identificação das partes,
seguindo a mesma ordem da procuração, isto é, nome e sobrenome do autor,
nacionalidade, estado civil, profissão, residência, seguindo-se depois do tipo
de ação, a identificação do réu.
Em seguida, expõem-se os fatos. É comum a exposição dos fatos vir
antecedída pelo título "DOS FATOS", assim como a fundamentação jurídica
do pedido vir antecedida da expressão "DO DIREITO".
Do fechamento ou conclusão constam: o protesto por todas as provas
1)(irm itidas em Juízo, a citação do réu, O valor da causa, seguido pela fórmula:
"Termos em que pede deferimento", ou "Nestes termos pede deferimento",
1', niuda, a assinatura do advogado e seu número de inscrição na OAB5.
5.3.4 Resumo6
Definição - A Norma NBR 6020 da ABNT define resumo como "apre-
Hl!I1Luçãoconci. dos pontos relevantes de um texto".
Conceituação - Resumo é\ a apresentação sintética e seletiva das
I(h~laHdo um texto, ressaltando a progressão e a articulação delas. Nele devem
upurncor as principais ideias do autor do texto.
I~]uma síntese das ideias, e não das palavras do texto.
Nilo <' urna "miniaturização" do texto.
I%l.borado com as próprias palavras, mantém-se fiel às ideias do autor.
Nno S(!I'!\O lLJH·()Hulll.adoH tlI()(!<)IOHde petição inicial. Com as orientações acima oxpos-
I.I1.H,o IIIf'Hl.ru flodnrá propor aOH alunos nx(~rcfeios de redação de pGtiÇÕ()H n partir d(~
11111cuso, 11 suu ()/oII:olhll.
1'01' my.(\nH dldlil.h:HH, 1ru:lllflllOH o J'(!HIIIlIO () o IH!1l1i1l1írlo, por HIl I, nr cio dolll M(\Il(lI' ,
dI' 1.0x (,0 IlIIHI.I1I1I,Il 1I1.J1I~llcI()1I 110H (:III'IIOH IIIlIV(\I'Hltl'lrloH, pnl'lllll'(\III1~IIÇ ,'lIllhwI
I' 11(U'(I/WIIJ,Uf.)(\OH,
\
É uma técnica que auxilia a reter as informações básicas de um texto,
facilitando o estudo. ..
Objetivo - Apresentar com fidelidade ideias ou fa~os e_SSenCIalSc~n-
. um texto ou em qualquer outra forma de comurucaçao de maneira
~~~~e~tar o leitor na localização de temas, na elaboração de trabalhos, na
escolha de leituras e no estudo. ,
Tipos - A Norma da ABNT classifica os resumos em:. .
Indicativo - sumário narrativo que .e~a dados qualitativos e quan-
titativos, mas não dispensa a leitura do original. , . .
Informativo - também conhecido como analítico, pode dispensar a '
leitura do texto original. Deve salientar o objetivo d~ obra, meto?~s e tec:~~
empregadas, resultados e conclusões. Deve-se evitar comentanos pes
e juízos de valor. , .' r
Crítico - também denominado recensão ~u resenha, e redigido po
especialistas e compreende análise e interpretaçao de um texto.
Técnicas para elaboração: . ,
1) Ler o texto do começo ao fim para saber do que trata, isto e, o
assunto ou referente (ou referência).
2) Ler uma segunda vez, de codificando as frases con;p.lexas, r~co~~"
rendo ao dicionário, se necessário, para o vocabulan.o. Sublmh
as palavras-chave, que marcam as ídeías fundamentais.
3) Atentar para as palavras de ligação q~e estab~lecem ~ es\~tu~~
lógica dos raciocínios (mas, embora, ainda, assim sen o, a em
mais, pois, porque, etc.).
4) Compreender a estrutura dos parágrafo~: ,
_ encontrar o tópico frasal ou ideia princípal;
_ eliminar as ideias que não sejam essenciais;
_ eliminar as paráfrases, isto é, as explicações. . .
t xt dividindo-o em blocos temáticos, de idéias5) Segmentar o e o, . tifi ativas e
de significação (situação inicial, informação nova, JUs c
conclusões). antendo a
Redi ir com as próprias palavras, condensando, mas m _
6) progressão das ideias do texto e estabelecendo as relaçoes entre
os segmentos. ,
7) Após o resumo de cada parágrafo ou de cada bloco, reler.
O resumo (quando para publicação) deve conter ainda os elementos
bibliográficos do texto:
sobrenome e nome do autor;
título da obra;
local de publicação do texto;
editora;
aHO;
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