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Direito Civil I - 3º estágio

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Direito Civil I – 3º estágio
# Individualização da pessoa natural: Direito e Proteção ao nome.
“Os principais elementos individualizadores da pessoa natural são: o nome, designação que a distingue das demais e a identifica no seio da sociedade; o estado, que indica a sua posição na família e na sociedade política; e o domicílio, que é a sua sede jurídica.”
Fontes Jurídicas: CC (direitos da personalidade) + L.R.P. (6.015/73) art. 55 e ss.
 Específico Regras Gerais
Conceito:
“É o sinal mais exterior da personalidade jurídica do indivíduo, pelo qual este é conhecido no seio familiar e social, sendo este elemento inalienável e imprescritível.
 Protegido legalmente
“É a designação pela qual se identifica e distinguem as pessoas naturais, nas relações concernentes ao aspecto civil da sua vida jurídica”
Aspectos:
Público:
É interesse do estado, que os indivíduos sejam perfeitamente individualizados, não concedendo uma pessoa sem registro civil.
Decorre do fato de o Estado ter interesse em que as pessoas sejam perfeitas e corretamente identificadas na sociedade pelo nome e, por essa razão, disciplina o seu uso na Lei dos Registros Públicos, proibindo a alteração do prenome, salvo exceções expressamente admitidas e o registro de prenome suscetíveis de expor ao ridículo e seus portadores.
Pessoal ou Individual:
O titular do nome tem proteção legal contra usurpações e uso indevido (não autorizado, mesmo sem intenção difamatória -> CC, art. 17) como evitar situações vexatórias.
Têm dupla finalidade as ações relativas ao uso do nome:
A Retificação, para que seja preservado o verdadeiro;
A Contestação, para que terceiro não use o nome, ou o não exponha ao desprezo público.
Dispõe, com efeito, o art. 17 do Código Civil que “o nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória”. Por sua vez, preceitua o art. 18 do mesmo diploma, tutelando também a honra objetiva: “Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial”.
Dispõe o art. 19 do Código Civil que “o pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome”. Também o art. 74 do Código Civil português proclama que o “pseudônimo, quando tenha notoriedade, goza da proteção conferida ao próprio nome”.
Teorias justificadoras:
Propriedade:
Tratar-se de uma forma de propriedade, tendo como titular a família ou o seu portador.
Comporta as características de alienabilidade e prescritibilidade.
Essa corrente, contudo, é inaceitável, porque a propriedade é alienável e tem características que não se compatibilizam com o nome: é prescritível e de caráter patrimonial. O nome, ao contrário, é inalienável, pois ninguém pode dele dispor, e de natureza extrapatrimonial.
Somente poderia prosperar a tese em relação ao nome comercial, que tem valor pecuniário e é suscetível de alienação com o fundo de comércio.
O nome não pode ser equiparado à propriedade, posto ser inalienável e imprescritível.
Negativista:
Para estes o nome não apresenta os caracteres de um direito, não merecendo proteção jurídica.
Negam validade e importância jurídica ao nome.
Todavia, se o nome serve como designação da personalidade, capaz de diferenciar as pessoas, não há como se lhe negar a natureza de um direito de caráter “sui generis, submetido a regras especiais, compreendido no sistema de proteção da personalidade”.
Direito da Personalidade: (aceita no ordenamento jurídico brasileiro)
Porque é integrante e indissolúvel da personalidade civil do indivíduo.
Essa é a teoria mais aceita e que melhor define a natureza jurídica do nome, ela considera o nome como um direito da personalidade, ao lado de outros, como o direito à vida, à honra, à liberdade etc.
O nome representa, sem dúvida, um direito inerente à pessoa humana e constitui, portanto, um direito da personalidade. Desse modo é tratado no Código Civil de 2002, que inovou, dedicando um capítulo próprio aos direitos da personalidade, nele disciplinando o direito e a proteção ao nome e ao pseudônimo, assegurados nos arts. 16 a 19 do referido diploma.
Elementos (CC, art. 16):
Proclama o art. 16 do Código Civil que “toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome”.
O nome completo compõe-se, pois de dois elementos: prenome (antigamente denominado nome de batismo) e sobrenome ou apelido de familiar (também denominado nome de família ou simplesmente nome).
Prenome:
É o nome de batismo, partícula primeira que possibilita o reconhecimento.
É o nome próprio de cada pessoa e serve para distinguir membros da mesma família.
Prenome Simples: unitário
Prenome Composto: duplo (aceita-se prenomes composto triplo ou quádruplo apenas para casos históricos como as famílias reais)
O prenome pode ser livremente escolhido pelos pais, desde que não exponha o filho ao ridículo. Prescreve o art. 55, parágrafo único, da Lei n. 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que “os oficiais de registro civil não registrarão nome suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores. Quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso, independente da cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão do juiz competente”.
Sobrenome:
É também conhecido como Patronímico, sendo ainda chamado de Apelido de Familiar
É o sinal que identifica a procedência da pessoa, indicando a sua filiação ou estripe. Enquanto o prenome é a designação do indivíduo, o sobrenome é o característico de sua família, transmissível por sucessão. 
Identifica a sua estirpe, ou seja, a sua ascendência genética.
Agnome:
Sinal que distingue pessoas pertencentes a uma mesma família que têm o mesmo nome.
Elemento de distinção entre indivíduos na mesma família.
Ex.: Filho, Segundo, Neto, Sobrinho, etc.
A LRP diz apenas que os gêmeos e irmão que tiverem o mesmo prenome deverão ser registrados com prenome duplo ou com nome completo diverso, “de modo que possam distinguir-se”
Hipocoristo:
Afeta o prenome, modificando e dando contornos de afeto ou intimidade
Não afeta o sobrenome
Ex.: Diminutivo do prenome, acrescentando o sufixo “inho”
Cognome:
É relacionado aos títulos de nobreza, eclesiásticos, acadêmicos...
É diferente dos pronomes de tratamento
Princípios Norteadores:
Público:
A mudança ou alteração do nome, apenas por meio de ação judicial (provar), com convencimento do Magistrado + dentro das exceções legais.
Negativo:
Não é permitido ao indivíduo modificar o prenome por simples vontade ou mero capricho, devendo o titular suportar o nome que consta no Registro Civil. (RELATIVO)
Hipóteses de Modificação do Prenome (L.R.P.)
É cabível as retificações ou modificações, desde que não altere os apelidos de família: patronímico.
Erro ortográfico:
O indivíduo pretende retificar o prenome que possui erros materiais (digitação) e que não envolvam maiores indagações
Procedimento: a correção dispensa ação jurídica (administrativa), podendo ser feita no próprio cartório de registro
Motivos do titular -> envia ao Ministério Público -> Parecer -> Tabelião -> emite 2ª via -> Averbação
Homonímia:
Ninguém pode ter exclusividade sobre o nome
Se o homônio (compartilha do nome idêntico ou sonoridade), causar embaraços ou constrangimentos no setor profissional ou comercial.
Portador de nome Ridículo ou Vexatório:
Ridículo: expor o titular a situações de escárnio ou vexame público.
Vexatório: que expõe o titular a situações negativas por associação a fato ou personagem histórico.
Apelidos Públicos Notórios:
É diferente de Alcunha = carga negativa
É indicador de traço da personalidade ou orgânica pelo qual o indivíduo é conhecido no meio social e se apresenta voluntariamente.
Regra:
Acrescentar o apelido ao prenome
Substituir oprenome pelo apelido
Prenome de uso social:
É a substituição do prenome constante no registro civil por outro prenome pelo qual o indivíduo é ostensivamente conhecido
Cacofonia:
É a união de prenome + sobrenome que provoca uma má sonoridade
Colaboração com as Autoridades:
Quando o indivíduo estiver em colaboração com as autoridades (testemunha ocular, informações para desvendar um crime, delação premiada) e provocar ameaças de morte ou coação
Requer do Magistrado, ouvido o Ministério Público, e altera o NOME (prenome e sobrenome), sendo esta modificação temporária.
Transexualismo:
É diferente de Homoafetivo e Travesti
“É o indivíduo portador de Disforia de Gênero, de tal forma que não aceita ou tem desconforto com o seu sexo biológico anatômico”
A L.R.P. permite a modificação do Prenome adequando a nova identidade sexual
O STJ permite a modificação do gênero nos documentos pessoais ou registro civil
Ação de anulação de casamento (erro essencial quanto a pessoa)
Abandono Afetivo ou Moral: (art. 55 §9º, LRP)
Se o indivíduo provar o abandono moral ou afetivo é permitido ao filho a retirada do sobrenome do pai biológico
É possível o acréscimo do sobrenome do padrasto no registro civil do enteado, desde que: 1. Prove a identificação com o sobrenome do padrasto; 2. Não cause maiores indagações; 3. Tem que ser permitido pelo padrasto (ato voluntário)
# Das Pessoas Jurídicas (art. 40, CC) 
É ente jurídico dotado de personalidade jurídica e portanto é considerado sujeito de direitos e deveres.
Conceito:
“É a reunião de pessoas físicas e bens reconhecida pelo Estado, para a concessão de objetivo em comum, desde que dotado de personalidade jurídica própria e distinta dos seus membros” (DINIZ)
Associativismo
Cumprimento das exigências legais
Deve estar previsto nos atos constitutivos
Autônoma e independente dos seus instituidores
Características: (princípios informadores)
Patrimônio próprio e distinto dos seus membros
Aquisição de direitos e deveres independente dos seus instituidores
Requisitos Essenciais:
Requisito Subjetivo:
É a intenção ou vontade humana criadora da pessoa jurídica -> “affectio societatis”
Requisito Objetivo:
É o objetivo ou atividade a ser desenvolvida pela pessoa jurídica
LICEIDADE do objeto social (a atividade da pessoa jurídica não pode ser ilícita)
Licito
Possível
Determinado
Requisito Formal:
É o requisito técnico-burocrático
É necessário a elaboração de documento escrito (Particular e Público)
Ato Constitutivo:
Contrato Social
Estatutos: Fundações e Associações
Início da Personalidade Jurídica (CC, art. 45)
Ocorre com o efetivo registro dos atos constitutivos nos órgãos competentes, procedido quando necessário de autorização prévia do Poder Executivo
Ex.: Banco -> Banco Central / Seguradoras -> SUSEP / Mineradoras -> DNPM
Início da Personalidade Jurídica da Pessoa Jurídica
CC, art. 40 -> o início da personalidade jurídica das empresas -> Registro -> nos órgãos competentes
Consequências:
Aquisição de patrimônio próprio (distinto do patrimônio pessoal dos sócios)
Aquisição de direitos e deveres
Ocorre a separação de Pessoa Jurídica em relação aos sócios
Administração, Gerência e Representação da Pessoa Jurídica
CC, não disciplina a matéria, delegando poderes aos próprios atos constitutivos
Espécies:
Unitário:
É realizada apenas por 1 único sócio
Coletivo:
AS decisões da administração ou gerência pertence aos órgãos colegiados
Sociedade de Fato (ou Irregular)
Tem a aparência de pessoa jurídica (legalizada), porém descumpriu requisitos legais: ausência de registros no qual as obrigações e dividas da sociedade de fato são SOLIDÁRIAS entre os integrantes
Obs.: por serem uma sociedade solidária as dividas decorrente de uma falência é dividida por igual independente da divisão social dos donos não serem iguais.
Classificação das Pessoas Jurídicas de Direito Privado:
Quanto à nacionalidade:
Nacional
Estrangeira
O critério diferenciador é o local onde os atos constitutivos foram registrados (o ordenamento jurídico estrangeiro conferiu personalidade jurídica) + sede principal da pessoa jurídica
Quanto à estrutura interna: (aplicasse apenas ao meio privado)
Universitas Personarum: CORPORAÇÕES => são universalidades/reuniões de indivíduos (Sécios = elemento essencial) em busca de objetivo comum, prescindindo de patrimônio (elemento secundário, não necessário) na sua criação.
	CORPORAÇÕES
	Sociedades
	Associações (CC, art. 53)
	São pessoas jurídicas que perseguem a finalidade lucrativa => desenvolver atividade econômica/lucrativa.
Sociedades Simples: são aquelas que perseguem e alcançam atividades lucrativas por meio de prestação de serviços técnicos-especializados ou de profissionais liberais.
Sociedades Empresariais: são aquelas que praticam atos próprios de comercio (produção, manufaturação e venda ao consumidor final)
	São criadas com finalidade não-econômica
O Rol previsto no CC é meramente exemplificativa (aberto)
Não podem desenvolver atividade lucrativa, não podendo reverter em lucro para os associados.
Se eventualmente, vier lucro -> deve ser revertida em prol da manutenção, conservação e ampliação da associação
Obs.: Desvio de Finalidade: se a atividade lucrativa torna-se o objeto principal 
-> é motivo de extinção da associação
Obs.: Não existe sociedades mistas, toda Pessoa Jurídica (sociedade) deve ter atividade principal.
Quanto à função ou órbita: (Direito Privado e Direito Público)
Pessoas Jurídicas de Direito Público:
Exterior: nações reconhecidas pela ordem jurídica internacional + organismos internacionais => atuação transacional: ONU + UNESCO, UNICEF, OTAN + Santa Sé (o órgão ou cúpula governativa da Igreja Católica)
Interno: 
Grupos Despersonalizados: “Teoria da Aparência”
São agrupamentos/união de pessoas, que almejam (se organizam), com um objetivo em comum, porém não cumprem todos os requisitos da pessoa jurídica.
Características:
Ausente de personalidade jurídica própria
Ausência de “affectio societatis” (são indivíduos reunidos independentes das vontades)
Ex.: Família, Inventário (espólio), Massa Falida -> Consorcio de Credores
Extinção da Pessoa Jurídica:
Convencional:
Quando os sócios deliberam para o encerramento das atividades da Pessoa Jurídica, quando for criada por prazo indeterminado.
Obs.: Prazo Determinado: quando estar previamente estabelecido o fim da personalidade jurídica da Pessoa Jurídica.
Caso passe do prazo previsto e não tenha renovado o prazo da personalidade jurídica, a pessoa jurídica deverá ser fechada; caso ainda continue as atividades ela será uma Sociedade Irregular. 
Administrativa: é a vontade do Estado
Acontece quando o Estado cassar a autorização para o funcionamento da Pessoa Jurídica por infração legal ao interesse público.
Legal:
São hipóteses legais em que a pessoa jurídica é extinta:
Falência;
Ausência de capital social, nas sociedades que perseguem o lucro;
Morte dos Sócios: salvo se houver expresso disposições em contrário aos atos constitutivos;
Em caso de morte do(s) Sócio(s) será repassada para os demais sócios remanescentes
Os sucessores dos Sócios falecido assume o lugar/atribuições na empresa
Judicial:
Depende de sentença judicial (ampla defesa sentença fundamentada), onde for apurada a violação ou falta grave de um dos sócios em relação aos atos constitutivos.
OU
Desvio de Finalidade

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