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ESTUDOS AVANÇADOS DE DIREITO EMPRESARIAL
Iº Semestre - 2015
Profº. Alex Floriano Neto
Art. 170 C.F.
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. (Destacou-se). O incentivo à atividade econômica.
Lei 6.404/76:
Lei 8.884/94: Lei de Combate à Concorrência
- Formas de Tributação:
- Lucro Real: é calculado sobre o lucro real da empresa. 
- Lucro Presumido: é uma presunção de lucro, obtida através de estudos, oriundos de cálculos do faturamento ou da receita bruta. 
- Lucro Arbitrado: é o lucro que o fisco arbitra. Ex. quando notas fiscais não são emitidas.
Lei 174/2014.
Fontes de Direito Empresarial
Fontes Primárias: Leis Comerciais;
Fontes subsidiárias: Lei Civil:
Usos e Costumes:
Jurisprudências:
Analogia:
Princípios Gerais do Direito:
CONCEITO DE EMPRESÁRIO 
“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.” (Destacou-se).
Parágrafo Único: Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento empresa.
Empreendedor: MEI e Autônomo.
- Empresária (o): pessoa natural ou pessoa jurídica que de forma habitual (retirando o seu sustento), exerce atividade que produz e faz circular riquezas voltadas para criação e ou troca de titularidade de bens ou serviços, visando lucro. 
1) Bem: obrigação de entregar.
2) Serviço: obrigação de fazer (esforço pessoal).
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
 VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) – EIRELI. 
“O Elemento Empresa se materializa quando a pessoalidade do profissional é absorvida pela estrutura.” (Mônica Gusmão). 
Buscar na jurisprudência o conceito do “Elemento Empresa”:
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL – data: 24/02/15.
Conceito: é aquele exerce atividade economicamente organizada, com fim lucrativo, de forma solitária, tendo personalidade jurídica de pessoa natural e responsabilidade ilimitada. O EI tem sua inscrição no CNPJ para fins tributários e fiscais, ou seja, para ser equiparado a uma pessoa jurídica no momento da tributação. Havendo a confusão patrimonial e responsabilidade é ilimitada. 
ME – faturamento anual de até 360.000,00
RET: Regime Especial de Tributação. Ex. empresas de atividade imobiliária. 
Natureza da atividade: pouca representação econômica.
Ex. pequenas atividades, tais como ambulantes, sacoleiras, donos de bares, feirantes.
- Capacidade: Civil (arts. 972, 974 e 976, C.C.B.): 
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.
§ 3o  O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais. (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
§ 1o Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em que o juiz entender ser conveniente.
§ 2o A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados.
Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e a de eventual revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro Público de Empresas Mercantis.
Parágrafo único. O uso da nova firma caberá, conforme o caso, ao gerente; ou ao representante do incapaz; ou a este, quando puder ser autorizado.
- Marco Legal: Decreto-lei 486/69 e Lei 8.934/94.
Art. 44 CC. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) EIRELI
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
- Art. 45 C.C.B. 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
- EIRELI: Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. 
- SLU: 
CAPACIDADE DO EMPRESÁRIO
- Menor Empresário:
Absolutamente Incapaz
Relativamente Incapaz
Interditos:
Enfermidade e doença mental
Estrangeiros: a sociedade brasileira pode ser composta exclusivamente por sócios estrangeiro, desde que tenha administrador residente no país, (estrangeiro ou não) com procuração cotendo poderes amplosinclusive para receber citação
O empresário estrangeiro individual, este deverá residir no Brasil; poderá, no entanto, na condição de sócio de uma empresa exercer a profissão numa sociedade constituída de estrangeiros e podemos ter inclusive o administrador estrangeiro ou não, mas este deverá ter residência no país, inclusive com procuração com poderes amplos, inclusive para receber citação.
Residentes no país
Não residentes no país
Exceção: Jornal e Radiodifusão (art. 222, CF.88).
	Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002)
	§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002)
	§ 2º A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação veiculada são privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em qualquer meio de comunicação social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002)
	§ 3º Os meios de comunicação social eletrônica, independentemente da tecnologia utilizada para a prestação do serviço, deverão observar os princípios enunciados no art. 221, na forma de lei específica, que também garantirá a prioridade de profissionais brasileiros na execução de produções nacionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002)
	§ 4º Lei disciplinará a participação de capital estrangeiro nas empresas de que trata o § 1º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002)
	§ 5º As alterações de controle societário das empresas de que trata o § 1º serão comunicadas ao Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002)
IMPEDIDOS DE EXERCE ATIVIDADE EMPRESARIAL
Os leiloeiros, inclusive rurais (Decreto nº 21. 981/32, art. 36);
Os funcionários públicos (Lei nº 8.112/90, art. 117, X e XVII);
Comandante de embarcação brasileira, contratado sob condição de parceria com o amador sobre o lucro proveniente do transporte de carga, salvo havendo convenção em contrário (Código Comercial, art. 524);
Os militares da ativa (lei nº 6.880/80, art. 29) (lei Estadual nº 5.301/69);
Os magistrados (Lei Complementar nº 35/79 – LOMN, art. 36, I);
Os falidos enquanto não reabilitados;
Os empresários que desrespeitarem as normas contidas na Lei Orgânica da Seguridade Social (Lei nº 8.212/91, art. 95, §2º, ‘d’).
Aula: data 04/03/2015
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
EIRELI – Lei nº 12. 441/2011
É uma espécie de pessoa jurídica – PJ.
Exemplo:
EIRELI (Empresária): art. 44 CC; Art. 980, a; resp. ilimitada.
Art. 1033, IV, CC e 
Subsidiária Integral: art. 251, 6404/76
Junta Comercial (Estadual) art. 985 CCB: titular – Pessoa natural: com atuação em âmbito estadual, tem a função de promover atos de registro de empresários e demais agentes econômicos. O registro deverá vir com a expressão “EIRELI”.
Patrimônio: Pessoal e Social
Titular: Patrimônio Pessoal
EIRELI: Patrimônio Social
Aula: 05/03/15
Os atos e registro previstos (art. 32 da lei 8943/94 e no decreto 1800/96 em seu art. 48) são: 
Matrícula: utilizados para registro dos seguintes registros econômicos: tradutores públicos, intérpretes, leiloeiros, trapicheiros e administradores de armazéns em geral. 
Arquivamento: sociedades empresárias e empresário individual: é o nome do ato de registro de empresários. 
Autenticação: é o nome do ato de registro e livros e documentos do empresário e dos demais agentes econômicos registrados na junta comercial.
Inatividade: 10 anos (art. 60, lei 8.934/94) (cancelamento do registro e da proteção do nome empresarial).
Empresário irregular: 
Obrigações comuns: registro, escrituração de livros e realização de balanços (patrimonial e de resultados econômicos) anuais.
Livros comerciais: obrigatórios (comuns e especiais) e facultativos.
Art. 1.180, CCB = Diário: livro exigido de forma obrigatório. Livros comuns; 
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
Livros Especiais: LRD – Livro de Registro de Duplicatas e LALUR: Livro de Apuração do Lucro Real.
Livros Facultativos: utilizado conforme a competência e estratégia do empresário - livro caixa, razão: a despeito de a doutrina tratar o livro razão como facultativo, as normas da SRF e a legislação federal, demonstram que o razão é livro obrigatório para as empresas tributas pelo regime do lucro real, embora não precisam autenticá-lo. 
OBS. A escrituração dos livros do empresário, revela-se importante não apenas para a sua estratégia de negócios, mas pela própria força probatória daqueles. Os empresários devem manter sob sua guarda os livros, documentos fiscais e demais papeis inerentes à sua atividade. Deverá os empresários guarda-los pelo prazo prescricional - 1.194 CCB. 
Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados.
Os livros e fichas dos empresários e sociedades gozam de presunção relativa de veracidade, conforme art. 226 CCB.
Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios.
Art. 379 CPC. Os livros comerciais, que preencham os requisitos exigidos por lei, provam também a favor do seu autor no litígio entre comerciantes.
Parágrafo único. A prova resultante dos livros e fichas não é bastante nos casos em que a lei exige escritura pública, ou escrito particular revestido de requisitos especiais, e pode ser ilidida pela comprovação da falsidade ou inexatidão dos lançamentos.
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.
		As normas dos art. 381 e 382 CPC.
Art. 381. O juiz pode ordenar, a requerimento da parte, a exibição integral dos livros comerciais e dos documentos do arquivo:
I - na liquidação de sociedade;
II - na sucessão por morte de sócio;
III - quando e como determinar a lei.
Art. 382. O juiz pode, de ofício, ordenar à parte a exibição parcial dos livros e documentos, extraindo-se deles a suma que interessar ao litígio, bem como reproduções autenticadas.
- Estudar do art. 1179 a 1195 CCB.
Lei 8.934/94 - art.32: essa lei é regulada pelo decreto 48 e 1.800/96. Os registros de natureza mercantil tem a sistemática de atuação pelos seguintes órgãos: 
DREI: Departamento de Registro Empresarial e Integração (Órgão Federal) IN 11/13 - (antigo DNRC): com atuação em âmbito federal tem as funções: organização, orientação, normatização e fiscalização das juntas comerciais dos estados e os atos de registro por elas realizados. 
IN 117/11: 
Sugestão Bibliográfica: Jorge Lôbo – Crítica 
- EIRELI SIMPLES: REGISTRADANO CARTÓRIO SIMPLES DE PESSOAS JURÍDICAS. Lei 6.015/73. Segue o caput do art. 970, a. mantém-se a expressão EIRELI.
Aula 04/03/15
- Desconsideração da personalidade jurídica da PJ - EIRELI:
- Execução do patrimônio da EIRELI por credores não empresariais:
- Sociedade Limitada: responsabilidade do sócio de forma limitada.
- Sociedade Simples: EIRELI SIMPLES: aplica-se subsidiariamente as normas de sociedades simples. Para que o credor social possa atingir o patrimônio social da EIRELI simples, basta o esgotamento do patrimônio social para seja autorizado o redirecionamento da cobrança.
	Art. 1023 – CC: havendo o redirecionamento da cobrança para o titular da EIRELI, sua responsabilidade estará limitada ao capital integralizado que Será no mínimo 100 vezes o maior salário mínimo em vigência no país. 
	Art. 1024 – CC: 
- Sociedade Anônima: 
- Art. 50 – CC. É difícil chegar ao patrimônio do sócio.
	- Desconsideração: art. 28 C.D.C: 
	- STJ: a jurisprudência do STJ tem entendido que nos casos de desconsideração da personalidade da sociedade limitada, os sócios deverão responder de forma ilimitada. Considerando a regência supletiva de normas da sociedade limitada, a EIRELI empresária poderá suportar os mesmos efeitos em caso de desconsideração. 
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL SOCIAL E PISO LEGAL
Capital Social: de no mínimo de 100 vezes o maior salário mínimo vigente no país.
Capital Social x Patrimônio Social;
Subscrição x Integralização.
Piso Legal:
 Requisito para limitação da responsabilidade.
Formas de Integralização: 
Pecúnia, bens e direitos.
SUGESTÃO BIBLIOGRÁFICA:
Holding: Gladston Mamed
Art. 1.142 – Código Civil.
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
- Noções Gerais:
Conceitos: Complexo de bens voltados à destinação comum, qual seja, viabilidade de exercício da atividade econômica.
Terminologia: (algumas utilizadas com desacerto, como “fundo de comércio”).
Estabelecimento x Patrimônio do Empresário
Estabelecimento Virtual ou Digital (originário e derivado): a doutrina entende que o estabelecimento pode se materializar em ambiente virtual, reunindo mecanismos para o exercício da atividade do empresário. Nesse ambiente, documentos e mídias são acessados em sua forma digital. 
Dinamicidade, customização, navegabilidade, acessibilidade, conectividade e escalabilidade. 
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;
Natureza Jurídica
Estabelecimento como Universalidade de fato (arts. 90 e 1.143, C.C.B.): a natureza jurídica do estabelecimento será de universalidade de fatos, vez que composto de bens individuais com destinação unitária. 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. 
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. 
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.
Direito Real ou Penal?
- Faculdade de usar a coisa
- Faculdade de dispor da coisa
- Plenitude de direito
- Exclusividade do exercício de Direito
Art. 83, III
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
O que define a relação entre o empresário e os bens individualmente considerados dependerá da existência de propriedade e da própria existência do bem. 
ELEMENTOS DO ESTABELECIMENTO (2ª PARCIAL) - 24/03/2015
- Móveis e Imóveis:
- Ponto Comercial (incorpóreo): ponto é a identidade / atratividade desenvolvida pelo empresário na fidelização de seus clientes. O local onde a atividade é exercida revela-se importante para que a exploração da atividade do empresário possa resultar nessa ligação entre o empresário e os seus clientes. PONTO COMERCIAL (INCORPÓREO) - VALOR AGREGADO / IDEIA DE RELEVANCIA, REFERENCIA/ É A ATRATIVIDADE OU A REFERENCIA CRIADA PELO EMPRESÁRIO EM RELAÇÃO AOS SEUS CLIENTES.
- Proteção do Ponto Comercial: judicialmente é possível por parte do locatário, a proteção do ponto comercial – ação renovatória; 1 – Escrito por prazo determinado, 2 – Pelo menos 5 anos de contrato(s) ininterruptos, 3 – Explorando a mesma atividade a pelo menos 03 anos. Caso o locador se recuse a renovar o locatário poderá propor ação de renovação do contrato pelo mesmo período do último contrato, para propositura da ação será no mínimo um ano e máximo em até 06 meses antes vencer o contrato. 
O ponto comercial quando criado em imóvel locado pode ser protegido pelo locatário que poderá propor ação renovatória, desde que preenchidos cumulativamente os seguintes requisitos: 1 - contrato escrito e com prazo determinado. 2 – o contrato ou a soma dos contratos deve ser de no mínimo 5 anos. 3 - O locatário deve comprovar a exploração da mesma atividade no mínimo por 3 anos. A ação deve ser proposta no último ano de vigência do contrato e com antecedência de 6 meses de seu vencimento.
- Decreto 24.150/34 (lei de luvas) – art. 51, lei 8.245/91 (I) contrato prazo determinado (II) a soma dos contratos seja de no mínimo 5 anos; (III) 3 anos explorando a mesma atividade.
 Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente:
        I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;
        II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos;
        III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.
        § 1º O direito assegurado neste artigo poderá ser exercido pelos cessionários ou sucessores da locação; no caso de sublocação total do imóvel, o direito a renovação somente poderá ser exercido pelo sublocatário.
       § 2º Quando o contrato autorizar que o locatário utilize o imóvel para as atividades de sociedade de que faça parte e que a esta passe a pertencer o fundo de comércio, o direito a renovação poderá ser exercido pelo locatário ou pela sociedade.
       § 3º Dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos sócios, o sócio sobrevivente fica sub - rogado no direito a renovação, desde que continue no mesmo ramo.
       § 4º O direito a renovação do contrato estende - se às locações celebradas por indústrias e sociedades civis com fim lucrativo, regularmente constituídas, desde que ocorrentes os pressupostos previstos neste artigo.
       § 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a ação no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor.
- Trabalho (Ricardo Negrão): ele considera o trabalho como elemento do estabelecimento (mas não compõe na verdade), no entanto, para a doutrina majoritária, o trabalho pressupõe relação jurídica (Universalidade de Direito) e, portanto, está ligado à atividade como um dos fatores de organização, não podendo ser inserido como elemento do estabelecimento. 
- Aviamento: expectativa de trazer lucros e rendimentos (sobrevalor das coisas individuais – art. 1.187, II, C.C.B.). Sobrevalor que os bens individuais têm por comporem o complexo do estabelecimento, trazendo uma expectativa de lucro futuros.
AVIAMENTO É O SOBREVALOR ATRIBUIDO AOS BENS SINGULARES PELA EXPECTATIVA DE RENDIMENTOS FUTUROS, TRAZIDA POR SEREM COMPONENTES DE UM COMPLEXO.
- Clientela: carteira de clientes. A CLIENTELA DO EMPRESÁRIO COMPOE SUA ESFERA JURÍDICA (UNIVERSALIDADE DE DIREITO),MAS NÃO SEU ESTABELECIMENTO. SERÁ POSSÍVEL, A CESSAO DA CARTEIRA DE CLIENTES ESPECIALMENTE NA HIPÓTESE DE ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.
- Cessão da Clientela: A OPERAÇÃO DE TRANSFERENCIA DA CARTEIRA DE CLIENTES, SE DÁ COM A CESSAO DE DIREITOS E DEVERES CONSTANTES DOS CONTRATOS FIRMADOS COM TAIS CLIENTES, E A RENUNCIA DE COM ELES FIRMAR NOVOS NEGÓCIOS.
HAVENDO CONTRATO DE NATUREZA PERSONALÍSSIMA, O CLIENTE PODERÁ RESCINDI-LO ANTES DO PRAZO E SEM ONUS APÓS 90 DIAS CONSTADOS DA NOTIFICAÇÃO DA CESSAO DO CONTRATO.
Forma de Estabelecimento: 
Imóvel ou móvel (art. 83, III, C.C.B)
- Alienação do Estabelecimento (Trespasse – art. 1.145, C.C.B): Para que possa gerar efeitos entre os terceiros, é necessário o registro do contrato perante a junta comercial e a respectiva publicação do ato. A título de exceção de menor porte econômico ME e EPP, fica dispensado da publicação do ato de registro do trespasse. 
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
- Sucessão (créditos e débitos) (art. 1.146, C.C.B): o adquirente do estabelecimento assumi as obrigações havidas antes do trespasse, em razão da sucessão prevista no art. 1.146 C.C.B.
Eficácia: para que a alienação do estabelecimento possa ser eficaz (vincular as partes e terceiros) havendo dívidas e não restando bens suficientes para pagamento dos credores, o alienante deverá pagar as dívidas ou colher a anuência dos seus credores.
Anuência: os credores devem ser notificados para se manifestarem em trinta dias acerca do trespasse, sendo a ausência de resposta considerada anuência tácita. 
- Publicidade (art. 1.144, C.C.B): 
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
Alienação: a alienação do estabelecimento, determina que o alienante se responsabiliza juntamente com o adquirente (responsabilidade solidária) pela dívidas devidamente contabilizadas pelo prazo de um ano. Contado da publicação do trespasse se a dívida estiver vencida, e com relação a dívidas vincendas, o prazo será contado do respectivo vencimento.
- Não restabelecimento (art. 1.147, C.C.B): 
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência.
Livre Concorrência: o alienante não poderá fazer concorrência com o adquirente do estabelecimento no prazo de cinco anos contados da transmissão, salvo disposição expressa em contrato, autorizando a concorrência.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL – aula dia 31/03/2015
Propriedades industriais são diferentes de Propriedades intelectuais – direitos autorais
As propriedades industriais protegidas pela lei 9279/96, apresentam-se com as seguintes espécies: marcas, patentes e desenhos industriais. A proteção de tais espécies se dá por meio de registro perante o INPI (instituto nacional de propriedade industrial) órgão de jurisdição nacional. Inicialmente a proteção se dará em território nacional podendo se elastecer a territórios internacionais dependendo de tratados e convenções específicas. Além disso as propriedades industriais devem ser destinadas ao cumprimento de sua função social e ao desenvolvimento tecnológico e econômico do país. Nessa linha de raciocínio tanto o constituinte originário quanto o legislador ordinário, trataram de criar normas de fomento e proteção à exploração da atividade intelectual humana.
A marca depende de renovação por parte de seu titular sob pena de extinção do direito.
A interpretação do inciso XXIX do art 5 da CF, conjugada com as normas da lei 9279/96, permite entender que as patentes e os desenhos industriais terão proteção temporária sendo convertidas em domínio público após o término do prazo de proteção.
Propriedade industrial – são considerados bens móveis. Direito pessoal com caráter patrimonial 
Art. 5º, XXIX – CF.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
- Órgão de Registro: marcas, patentes e desenvolvimento industrial. 
Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI – lei 9.279/96
Art. 1º Esta Lei regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.
 Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante:
        I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;
        II - concessão de registro de desenho industrial;
        III - concessão de registro de marca;
        Art. 5º Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de propriedade industrial.
Código Civil Brasileiro:
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
A marca é o sinal distintivo de produto ou serviço que tenha percepção visual. Art 122 – lei 9279.
Noutras palavras, é o sinal distintivo de percepção visual, para distinguir produtos ou serviços, idênticos ou assemelhados. Depende de regulação por parte do seu titular sob pena de extinção do seu direito.
A marca é usada em papel impresso, folders, placas, documentos digitais, rótulos, embalagens, etc.
- Espécies de marca: De acordo com o art 123, são 3 as espécies de marcas: 
 Art. 123. Para os efeitos desta Lei, considera-se:
        I - marca de produto ou serviço: aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa; (com proteção individual) ex: Adidas, Netimóveis, etc.
        II - marca de certificação: aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade (que assegurem sua procedência), natureza, material utilizado e metodologia empregada; e Ex: Abrinq, inmetro, iso, E-bit.
        III - marca coletiva: aquela usada para identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade. Ex. Parmalat, Itambé, franquias podem usar marcas coletivas além das marcas de produto e serviço.
Formas estéticas das marcas:
- Nominativa: representada por uma expressão textual. EX. ZOOMP, NETIMOVEIS, COCA COLA. 
- figurativa: representada por um objeto ilustrativo, como uma figura. 
- mista: representada tanto pela expressão textual quanto pela figura relacionada ao produto ou serviço.
- tridimensional: é representada pela forma plástica ou ornamental do produto. ex:garrafa de coca cola
- Retribuição (concessão e renovação):
Definição:
Invenção:
Proteção Constitucional:
Órgão de Registro:
Retribuição:
(concessão e renovação):
Natureza Jurídica: 
Alienação:
Princípios:
Originalidade: 
Capacidade distintiva: é a capacidade que o objeto apresenta de se diferenciar de outro que já goze de proteção no respectivo órgão competente.
Novidade: estabelece que o objeto a ser protegido deva ter apresentação visual, destinação, funcionalidade ou aplicaçãonova e, portanto, distinta de objeto já protegido. 
Ato inventivo: o ato inventivo é a criação decorrente da exploração da capacidade intelectual humana; sendo diferente de descoberto. 
Desimpedimento: ausência de impedimento.
Lei 9279/96.
        Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:
        I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;
        II - concepções puramente abstratas;
        Art. 18. Não são patenteáveis:
        I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas;
        II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico; e
      III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os micro-organismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta.
MARCA
        Art. 122. São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais.
CONCEITO: é o sinal distintivo de percepção visual, usado para distinguir produtos ou serviços idênticos ou assemelhados.
Como Usar:
Espécies (art. 123):
Formas de apresentação: 
Nominativa: são aquelas compostas por expressões textuais, reunindo elementos alfanuméricos.
Figurativa: é a representação figurativa, tais como figuras, desenhos ou slogans, para se identificar. Ex. Net Imóveis, Nike.
Mista: reuni a expressão textual com a expressão figurativa. Ex. Net Imóveis, Nike, etc.
Tridimensional: é representada pela apresentação ornamental – frasco ou embalagem. Ex. Garrafa da Coca, Garrafa de Gaytorade.
- Produtos e Serviços:
São voltados a diferenciar produtos e serviços de outros idênticos ou assemelhados. Ex. Bombril, Colgate, Gillette, Maisena, Kolynos, Brahma, Cotonetes.
- Coletivos: são aquelas usadas por membros de uma entidade com vistas a diferenciar seus produtos ou serviços de outros idênticos assemelhados. Ex. Parmalat, Itambé, etc.
- Certificação: são aquelas conferidas a entidades certificadoras para atestar procedência, qualidade e conformidade técnica de produtos ou serviços. Ex. Abic, Abrinq, ISO, etc.
- Marca de Auto Renome: é aquela que confere ao seu titular proteção a todos os ramos de atividade. No Brasil a marca de auto-renome tem proteção ainda que não haja registro prévio no país. Ex. Coca Cola. Art. 125. Resolução 107/213 – art. 1º. Hipóteses de marca de auto renome; Ex. Kibon, Natura, Moça, Banco do Brasil, Coral, Hellmanns, Havaianas, Bombril, Bic, Sadia, etc. 
        Art. 125. À marca registrada no Brasil considerada de alto renome será assegurada proteção especial, em todos os ramos de atividade.
- Marca notoriamente conhecida (art. 126): é aquela que em razão do seu destaque, goza de proteção para o seu ramo de atividade, de forma ampla e em cenário internacional. No Brasil a marca notoriamente conhecida tem proteção mesmo sem registro prévio. Ex. Habbis, Mac Donalds. 
        Art. 126. A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos do art. 6º bis (I), da Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade Industrial, goza de proteção especial, independentemente de estar previamente depositada ou registrada no Brasil. 
- Prioridade (Art. 127): é o instituto que confere preferência ao titular de uma marca que deseja a exploração em outro território nacional. Para tanto, a prioridade deve ser requerida de acordo com as regras e prazo previstos no respectivo convênio internacional. “Convenção de Paris”.
        Art. 127. Ao pedido de registro de marca depositado em país que mantenha acordo com o Brasil ou em organização internacional, que produza efeito de depósito nacional, será assegurado direito de prioridade, nos prazos estabelecidos no acordo, não sendo o depósito invalidado nem prejudicado por fatos ocorridos nesses prazos.
- Impedimentos (Art. 124): Colidências: Marca x Marca, Marca x Nome Empresarial, Marca x Título do Estabelecimento, Marca x Nome de Domínio. 
        Art. 124. Não são registráveis como marca:
        I - brasão, armas, medalha, bandeira, emblema, distintivo e monumento oficiais, públicos, nacionais, estrangeiros ou internacionais, bem como a respectiva designação, figura ou imitação;
        II - letra, algarismo e data, isoladamente, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva;
        III - expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou ideia e sentimento dignos de respeito e veneração;
        IV - designação ou sigla de entidade ou órgão público, quando não requerido o registro pela própria entidade ou órgão público;
        V - reprodução ou imitação de elemento característico ou diferenciador de título de estabelecimento ou nome de empresa de terceiros, suscetível de causar confusão ou associação com estes sinais distintivos;
        VI - sinal de caráter genérico, necessário, comum, vulgar ou simplesmente descritivo, quando tiver relação com o produto ou serviço a distinguir, ou aquele empregado comumente para designar uma característica do produto ou serviço, quanto à natureza, nacionalidade, peso, valor, qualidade e época de produção ou de prestação do serviço, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva;
        VII - sinal ou expressão empregada apenas como meio de propaganda;
        VIII - cores e suas denominações, salvo se dispostas ou combinadas de modo peculiar e distintivo;
        IX - indicação geográfica, sua imitação suscetível de causar confusão ou sinal que possa falsamente induzir indicação geográfica;
        X - sinal que induza a falsa indicação quanto à origem, procedência, natureza, qualidade ou utilidade do produto ou serviço a que a marca se destina;
        XI - reprodução ou imitação de cunho oficial, regularmente adotada para garantia de padrão de qualquer gênero ou natureza;
        XII - reprodução ou imitação de sinal que tenha sido registrado como marca coletiva ou de certificação por terceiro, observado o disposto no art. 154;
        XIII - nome, prêmio ou símbolo de evento esportivo, artístico, cultural, social, político, econômico ou técnico, oficial ou oficialmente reconhecido, bem como a imitação suscetível de criar confusão, salvo quando autorizados pela autoridade competente ou entidade promotora do evento;
        XIV - reprodução ou imitação de título, apólice, moeda e cédula da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios, ou de país;
        XV - nome civil ou sua assinatura, nome de família ou patronímico e imagem de terceiros, salvo com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores;
        XVI - pseudônimo ou apelido notoriamente conhecidos, nome artístico singular ou coletivo, salvo com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores;
        XVII - obra literária, artística ou científica, assim como os títulos que estejam protegidos pelo direito autoral e sejam suscetíveis de causar confusão ou associação, salvo com consentimento do autor ou titular;
        XVIII - termo técnico usado na indústria, na ciência e na arte, que tenha relação com o produto ou serviço a distinguir;
        XIX - reprodução ou imitação, no todo ou em parte, ainda que com acréscimo, de marca alheia registrada, para distinguir ou certificar produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação com marca alheia;
        XX - dualidade de marcas de um só titular para o mesmo produto ou serviço, salvo quando, no caso de marcas de mesma natureza, se revestirem de suficiente forma distintiva;
        XXI - a forma necessária, comum ou vulgar do produto ou de acondicionamento, ou, ainda,aquela que não possa ser dissociada de efeito técnico;
        XXII - objeto que estiver protegido por registro de desenho industrial de terceiro; e
        XXIII - sinal que imite ou reproduza, no todo ou em parte, marca que o requerente evidentemente não poderia desconhecer em razão de sua atividade, cujo titular seja sediado ou domiciliado em território nacional ou em país com o qual o Brasil mantenha acordo ou que assegure reciprocidade de tratamento, se a marca se destinar a distinguir produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação com aquela marca alheia.
- Quem pode requerer (Art. 128): pode requerer o registro de marca as pessoas naturais e jurídicas, desde que relativa ao objeto da atividade exercida por aquelas. O registro da marca terá natureza constitutiva. Os efeitos estão no art. 129.
        Art. 128. Podem requerer registro de marca as pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou de direito privado.
        § 1º As pessoas de direito privado só podem requerer registro de marca relativo à atividade que exerçam efetiva e licitamente, de modo direto ou através de empresas que controlem direta ou indiretamente, declarando, no próprio requerimento, esta condição, sob as penas da lei.
        § 2º O registro de marca coletiva só poderá ser requerido por pessoa jurídica representativa de coletividade, a qual poderá exercer atividade distinta da de seus membros.
        § 3º O registro da marca de certificação só poderá ser requerido por pessoa sem interesse comercial ou industrial direto no produto ou serviço atestado.
        § 4º A reivindicação de prioridade não isenta o pedido da aplicação dos dispositivos constantes deste Título.
- Depósito (Art. 156) – Oposição (60 dias):
        Art. 156. Apresentado o pedido, será ele submetido a exame formal preliminar e, se devidamente instruído, será protocolizado, considerada a data de depósito a da sua apresentação.
- Natureza do registro:
- Efeitos do registro (Art. 129): o titular da marca estabelece que a partir do registro haja materialização de efeitos que conferem uma relação obrigacional entre aquele e a sociedade na qual se insere. Assim, surgem os seguintes direitos e deveres para o titular: Direitos (art. 130) – a proteção, de cessão e licença da marca. Os contornos jurídicos da titularidade da marca determina que o seu titular tem o dever de exploração da marca. O titular da marca poderá explorá-la pelo prazo de dez anos contados da concessão. Poderá ainda renovar a proteção sucessivamente, por igual prazo desde que o requeira no último ano de vigência e faça o pagamento da retribuição devida. Obs. O pagamento da primeira retribuição se dará somente após a concessão da marca.
        Art. 129. A propriedade da marca adquire-se pelo registro validamente expedido, conforme as disposições desta Lei, sendo assegurado ao titular seu uso exclusivo em todo o território nacional, observado quanto às marcas coletivas e de certificação o disposto nos arts. 147 e 148.
        Art. 130. Ao titular da marca ou ao depositante é ainda assegurado o direito de:
        I - ceder seu registro ou pedido de registro;
        II - licenciar seu uso;
        III - zelar pela sua integridade material ou reputação.
        Art. 131. A proteção de que trata esta Lei abrange o uso da marca em papéis, impressos, propaganda e documentos relativos à atividade do titular.
        Art. 132. O titular da marca não poderá:
        I - impedir que comerciantes ou distribuidores utilizem sinais distintivos que lhes são próprios, juntamente com a marca do produto, na sua promoção e comercialização;
        II - impedir que fabricantes de acessórios utilizem a marca para indicar a destinação do produto, desde que obedecidas as práticas leais de concorrência;
        III - impedir a livre circulação de produto colocado no mercado interno, por si ou por outrem com seu consentimento, ressalvado o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 68; e
        IV - impedir a citação da marca em discurso, obra científica ou literária ou qualquer outra publicação, desde que sem conotação comercial e sem prejuízo para seu caráter distintivo.
- Deveres do titular (131 e 132): dever de exploração, dever de desenvolvimento da marca. 
- Prazo (art. 133): 
- Princípios (territorialidade e especialidade): 
A proteção da marca é norteada pelos seguintes princípios: 
1 – territorialidade: estabelece que o registro da marca confira proteção em todo território nacional. Obs. Vide convênios internacionais que possam elastecer sua proteção para outros territórios.
2 – Especificidade ou especialidade: estabelece que o registro da marca confere proteção específica para o seu ramo de atividade ou exploração do produto ou serviço. Obs. Vide marcas de auto renome e notoriamente conhecidas. Ex. Continental Pneus, eletrodomésticos, Cigarros.
- Perda do Direito: 
Término do Prazo: se não houver a renovação no prazo de 10 anos se perderá o direito de utilização da marca.
Renúncia: é quando o titular da marca não queira exercer o negócio correspondente à marca.
Caducidade: é a perda do direito pela não exploração, ou pela falta de exploração. A caducidade se materializa se o titular não iniciar sua exploração em cinco anos contados da emissão do certificado de registro da marca, ou se iniciada a exploração interrompê-la pelo prazo de cinco anos. 
Obs: Marcas Coletivas e Marca de Certificação: Se tais marcas tiverem se iniciado não poderá haver registro de novo titular antes de cinco anos contados da extinção. 
Desobediência ao art. 217 da lei 9.279/96: tal norma determina que o titular não residente no país, constitua procurador com residência no país outorgando-lhe procuração com poderes amplos, inclusive párea receber citação. 
Obs: - Configuração de caducidade:
- Efeitos nas marcas coletivas e de certificação extintas:
- Cessão: é a transmissão da titularidade da marca para um terceiro, desde que esse preencha todos os requisitos legais para tanto. Para que a cessão possa surtir efeitos perante terceiros, é necessária a averbação do termo de cessão junto ao INPI, não obstante para simples prova da cessão, não há necessidade de registro do termo perante o INPI. 
- Licença e averbação (art. 140): permite o elastecimento dos direitos sobre a marca para terceiros, ficando sob a responsabilidade do titular o registro perante o INPI do respectivo regulamento de utilização da marca. Para que a licença possa surtir efeitos perante terceiros deverá haver a averbação do termo de licenciamento, não obstante, para simples prova da concessão de licença não há necessidade de registro junto ao INPI. 
Art. 140. O contrato de licença deverá ser averbado no INPI para que produza efeitos em relação a terceiros.
        § 1º A averbação produzirá efeitos em relação a terceiros a partir da data de sua publicação.
        § 2º Para efeito de validade de prova de uso, o contrato de licença não precisará estar averbado no INPI.
- Indicações Geográficas: 
Indicação de Procedência (art. 177): as indicações geográficas poderão ser inseridas às marcas desde que informem a procedência de um determinado produto ou serviço que ganha abrangência e destaque pela forma diferenciada de produção em determinado país, região ou localidade. Poderá ainda haver a indicação da origem do produto ou serviço que em razão de fatores naturais ou humanos se destaque em determinado país, região ou localidades. 
Art. 177. Considera-se indicação de procedência o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinados produtos ou de prestação de determinado serviço.
Denominação de Origem (art. 178): 
        Art. 178. Considera-se denominação de origem o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico,incluídos fatores naturais e humanos. 
Art. 193 e 194 – Lei 9279
	Art. 193. Usar, em produto, recipiente, invólucro, cinta, rótulo, fatura, circular, cartaz ou em outro meio de divulgação ou propaganda, termos retificativos, tais como "tipo", "espécie", "gênero", "sistema", "semelhante", "sucedâneo", "idêntico", ou equivalente, não ressalvando a verdadeira procedência do produto.
        Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
        Art. 194. Usar marca, nome comercial, título de estabelecimento, insígnia, expressão ou sinal de propaganda ou qualquer outra forma que indique procedência que não a verdadeira, ou vender ou expor à venda produto com esses sinais.
        Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
- Obs: nome geográfico (art. 181):
Art. 181. O nome geográfico que não constitua indicação de procedência ou denominação de origem poderá servir de elemento característico de marca para produto ou serviço, desde que não induza falsa procedência.
- Nulidade (Efeitos): o requerimento administrativo de nulidade deve ser feito no prazo de 180 dias e retroagirá à data da concessão, o procedimento administrativo que tramita junto ao INPI tem prazo diferenciado para as três hipóteses a seguir: o prazo para defesas e recursos será de sessenta dias.
- Processo administrativo (prazo 180 dias contados da emissão do certificado do registro): 
- Processo judicial (5 anos contados da concessão do registro) – competência e participação: permite a discussão sobre a nulidade e sobre indenizações. 
Nulidade: 
Competência: Justiça Federal com participação obrigatória do INPI.
Prazo: para reconhecimento de nulidade de uma marca será de cinco anos, contados da emissão do certificado de registro. 
	Art. 225. Prescreve em 5 (cinco) anos a ação para reparação de 	dano causado ao direito de propriedade industrial. 
Indenizações: a ação será proposta Perante da Justiça Comum. Art. 206, §3º, V. CCB.
- Ação de reparação de danos (indenização) – art. 225 (5 anos):
        Art. 225. Prescreve em 5 (cinco) anos a ação para reparação de dano causado ao direito de propriedade industrial.
- Crimes (arts. 189 e 194):
Salvo o crime do art. 191 (que se processa por denúncia) os demais se processam por queixa.
PATENTES E DESENHOS INDUSTRIAIS
- Introdução: é a proteção de objetos que serão produzidos por indústrias. art. 1.018. CCB.
- Considerações iniciais (distinção de criação e descoberta):
PATENTES
- Espécies de Patentes:
Patente de Invenção: é a criação que reproduz a atividade criativa humana;
Modelo de utilidade: é o objeto que visa melhorar, aperfeiçoar, ou dar nova funcionalidade a invenção de terceiros. (Art. 9º).
As duas espécies para serem protegidas devem reunir a novidade, ato inventivo e a aplicação industrial.
- Requisitos: novidades, ato inventivo e aplicação industrial.
Novidade: exige afeição nova do objeto e que não estado da técnica (objeto já divulgado e que tenha sido levado ao conhecimento do público), não restará configurado o estado da técnica quando o objeto da patente for divulgado pelo depositante, pelo INPI, ou por pessoas por eles autorizadas nos doze meses que antecederem o depósito.
Ato Inventivo: é fruto da exploração da criatividade humana;
Aplicação Industrial: é a possibilidade de o objeto da patente ser produzido por qualquer indústria. A doutrina entende que o objeto da patente não pode ser ultrapassado e não além do seu tempo, sob pena de criar dificuldade técnica e econômica para a produção.
- Titularidade: 
Coletiva de uma patente: se mais de uma pessoa criar o objeto para o qual se pretende a patente, a titularidade poderá ser conferida a todos os criadores do objeto, desde que façam o respectivo requerimento.
Se duas ou mais pessoas de forma apartada (sem que uma tenha conhecimento uma da outra), criarem um mesmo objeto haverá a concessão da titularidade para aquele que tiver o depósito mais antigo.
- Prevenção do requerimento (art. 6º, §1º):
- O que pode ser patenteável: 
- O que a lei não considera criação (Art. 10): 
- O que não pode ser patenteável (Art. 18):
- Prioridade (Arts. 16 e 17): 
- Prazo do tratado internacional (vide Art. 4º, c, 1 da Convenção da União de Paris – 1883): o exercício do direito de prioridade se dará nos prazos descritos em tratados ou convenções internacionais especiais e na ausência destes, em conformidade com o prazo previsto no art. 4, c, 1, C. U. P., qual seja, doze meses. Obs. a mesma norma estabelece o prazo de prioridade de seis meses para marcas e desenhos industriais.
- Para comprovação dos requisitos necessários ao deferimento da prioridade o depositante terá o prazo de 180 dias contados do depósito: 
- Pedido posterior (até um ano, contado do depósito): havendo mais de um pedido de prioridade, a análise será sucessiva. O segundo pedido somente será analisado se for apresentado em até um ano contado do depósito do primeiro pedido e se este for indeferido.
- Depósito (Art. 19 a 21): o depositante de um objeto para o qual se pretende a patente deverá apresentar todas as informações pertinentes à compreensão ao objeto juntamente com o relatório descritivo de tal objeto. Apresentado o depósito iniciará o período de sigilo de 18 meses, prazo que poderá ser reduzido a pedido do depositante. Para a concessão da patente o objeto deverá passar por exame formal no qual se analisam questões de forma e legalidade, bem como exame técnico (que não se iniciará antes de sessenta dias contado do depósito). O qual deverá ser requerido em até trinta meses contados do depósito. 
- Condições do pedido: relatório descritivo e demais características necessárias ao exame do pedido (Arts. 22 a 29). 
- Sigilo: 18 meses (Art. 30): 
- Exame técnico/Processamento: requerido pelo depositante em até 36 meses, contados do depósito (Ats. 33 a 37).
- Concessão e vigência das patentes (Art. 40, §Único): carta patente. 
- Invenção (prazos): a proteção da invenção se dará pelo prazo de vinte anos contados do depósito. Será garantida, no entanto, a exploração por no mínimo dez anos contados da concessão da patente. 
Espécies:
Prazo contado do depósito: 
Prazo contado da concessão: 
- Modelos de utilidade (prazos): a proteção do modelo de utilidade se dará pelo prazo de quinze anos contados do depósito. Será garantida, no entanto, a exploração mínima de sete anos contados da concessão da patente. 
- Direitos do Titular (arts. 41 a 44): 
        Art. 41. A extensão da proteção conferida pela patente será determinada pelo teor das reivindicações, interpretado com base no relatório descritivo e nos desenhos.
        Art. 42. A patente confere ao seu titular o direito de impedir terceiro, sem o seu consentimento, de produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar com estes propósitos:
        I - produto objeto de patente;
        II - processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado.
        § 1º Ao titular da patente é assegurado ainda o direito de impedir que terceiros contribuam para que outros pratiquem os atos referidos neste artigo.
        § 2º Ocorrerá violação de direito da patente de processo, a que se refere o inciso II, quando o possuidor ou proprietário não comprovar, mediante determinação judicial específica, que o seu produto foi obtido por processo de fabricação diverso daquele protegido pela patente.
        Art. 43. O disposto no artigo anterior não se aplica:
        I - aos atos praticados por terceiros não autorizados, em caráter privado e sem finalidade comercial, desde que não acarretem prejuízo ao interesse econômico do titular da patente;
        II - aos atos praticados por terceiros não autorizados, com finalidade experimental, relacionados a estudos ou pesquisas científicas ou tecnológicas;
        III - à preparação de medicamento de acordo com prescrição médica para casos individuais, executada por profissional habilitado, bem como ao medicamento assim preparado;
        IV - a produto fabricado de acordo com patente de processo ou de produto quetiver sido colocado no mercado interno diretamente pelo titular da patente ou com seu consentimento;
        V - a terceiros que, no caso de patentes relacionadas com matéria viva, utilizem, sem finalidade econômica, o produto patenteado como fonte inicial de variação ou propagação para obter outros produtos; e
        VI - a terceiros que, no caso de patentes relacionadas com matéria viva, utilizem, ponham em circulação ou comercializem um produto patenteado que haja sido introduzido licitamente no comércio pelo detentor da patente ou por detentor de licença, desde que o produto patenteado não seja utilizado para multiplicação ou propagação comercial da matéria viva em causa.
        VII - aos atos praticados por terceiros não autorizados, relacionados à invenção protegida por patente, destinados exclusivamente à produção de informações, dados e resultados de testes, visando à obtenção do registro de comercialização, no Brasil ou em outro país, para a exploração e comercialização do produto objeto da patente, após a expiração dos prazos estipulados no art. 40. (Incluído pela Lei nº 10.196, de 2001)
        Art. 44. Ao titular da patente é assegurado o direito de obter indenização pela exploração indevida de seu objeto, inclusive em relação à exploração ocorrida entre a data da publicação do pedido e a da concessão da patente.
        § 1º Se o infrator obteve, por qualquer meio, conhecimento do conteúdo do pedido depositado, anteriormente à publicação, contar-se-á o período da exploração indevida para efeito da indenização a partir da data de início da exploração.
        § 2º Quando o objeto do pedido de patente se referir a material biológico, depositado na forma do parágrafo único do art. 24, o direito à indenização será somente conferido quando o material biológico se tiver tornado acessível ao público.
        § 3º O direito de obter indenização por exploração indevida, inclusive com relação ao período anterior à concessão da patente, está limitado ao conteúdo do seu objeto, na forma do art. 41.
I – Proteção /Zelo:
        Art. 43. O disposto no artigo anterior não se aplica:
        I - aos atos praticados por terceiros não autorizados, em caráter privado e sem finalidade comercial, desde que não acarretem prejuízo ao interesse econômico do titular da patente;
        II - aos atos praticados por terceiros não autorizados, com finalidade experimental, relacionados a estudos ou pesquisas científicas ou tecnológicas;
        III - à preparação de medicamento de acordo com prescrição médica para casos individuais, executada por profissional habilitado, bem como ao medicamento assim preparado;
        IV - a produto fabricado de acordo com patente de processo ou de produto que tiver sido colocado no mercado interno diretamente pelo titular da patente ou com seu consentimento;
        V - a terceiros que, no caso de patentes relacionadas com matéria viva, utilizem, sem finalidade econômica, o produto patenteado como fonte inicial de variação ou propagação para obter outros produtos; e
        VI - a terceiros que, no caso de patentes relacionadas com matéria viva, utilizem, ponham em circulação ou comercializem um produto patenteado que haja sido introduzido licitamente no comércio pelo detentor da patente ou por detentor de licença, desde que o produto patenteado não seja utilizado para multiplicação ou propagação comercial da matéria viva em causa.
        VII - aos atos praticados por terceiros não autorizados, relacionados à invenção protegida por patente, destinados exclusivamente à produção de informações, dados e resultados de testes, visando à obtenção do registro de comercialização, no Brasil ou em outro país, para a exploração e comercialização do produto objeto da patente, após a expiração dos prazos estipulados no art. 40. (Incluído pela Lei nº 10.196, de 2001)
Administrativo: Nulidade
Judicial: Impedimento (art. 43).
Reparação de dano.
Nulidade
Exceção (art. 43):
- Do Usuário Anterior (art. 45): 
        Art. 45. À pessoa de boa fé que, antes da data de depósito ou de prioridade de pedido de patente, explorava seu objeto no País, será assegurado o direito de continuar a exploração, sem ônus, na forma e condição anteriores.
        § 1º O direito conferido na forma deste artigo só poderá ser cedido juntamente com o negócio ou empresa, ou parte desta que tenha direta relação com a exploração do objeto da patente, por alienação ou arrendamento.
        § 2º O direito de que trata este artigo não será assegurado a pessoa que tenha tido conhecimento do objeto da patente através de divulgação na forma do art. 12, desde que o pedido tenha sido depositado no prazo de 1 (um) ano, contado da divulgação.
- Cessão (arts. 58 e 59): é a hipótese de transmissão das obrigações para o cessionário, que passará a deter todos os direitos sobre a patente. Para simples prova do negócio (Efeitos Inter Partes) não há necessidade de registro do ato perante o INPI. Para que o ato possa surtir seus jurídicos e legais efeitos perante terceiros (efeitos Erga Omnes) há a necessidade de registro do respectivo termo junto ao INPI.
        Art. 58. O pedido de patente ou a patente, ambos de conteúdo indivisível, poderão ser cedidos, total ou parcialmente.
        Art. 59. O INPI fará as seguintes anotações:
        I - da cessão, fazendo constar a qualificação completa do cessionário;
        II - de qualquer limitação ou ônus que recaia sobre o pedido ou a patente; e
        III - das alterações de nome, sede ou endereço do depositante ou titular.
- Licenças: a licença que pode ser voluntária ou compulsória permite o elastecimento dos direitos sobre a patente para terceiros. 
- Voluntárias (Art. 68 a 63) – Oferta (não pode ter exclusividade – arts. 64 a 66): é fruto da autonomia da vontade do titular que elastece os direitos de exploração a outros. 
Licenciamento direto: firmado entre licenciante e licenciado(s), pode se dar com ou sem exclusividade.
Licenciamento por Oferta (Chamamento Público): esse licenciamento será realizado com intervenção do INPI que cuidará de promover a oferta e terá caráter não exclusivo.
- Cancelamento: hipótese (Art. 67): 
        Art. 67. O titular da patente poderá requerer o cancelamento da licença se o licenciado não der início à exploração efetiva dentro de 1 (um) ano da concessão, interromper a exploração por prazo superior a 1 (um) ano, ou, ainda, se não forem obedecidas as condições para a exploração.
- Compulsórias (art.68 a 74) – O ato de concessão da licença estabelecerá seu prazo de vigência e a possibilidade de prorrogação:
Art. 68. O titular ficará sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder econômico, comprovado nos termos da lei, por decisão administrativa ou judicial.
        § 1º Ensejam, igualmente, licença compulsória:
        I - a não exploração do objeto da patente no território brasileiro por falta de fabricação ou fabricação incompleta do produto, ou, ainda, a falta de uso integral do processo patenteado, ressalvados os casos de inviabilidade econômica, quando será admitida a importação; ou
        II - a comercialização que não satisfizer às necessidades do mercado.
        § 2º A licença só poderá ser requerida por pessoa com legítimo interesse e que tenha capacidade técnica e econômica para realizar a exploração eficiente do objeto da patente, que deverá destinar-se, predominantemente, ao mercado interno, extinguindo-se nesse caso a excepcionalidade prevista no inciso I do parágrafo anterior.
        § 3º No caso de a licença compulsória ser concedida em razão de abuso de poder econômico, ao licenciado, que propõe fabricação local, será garantido um prazo, limitado ao estabelecido no art. 74, para proceder à importação do objeto da licença, desde que tenha sido colocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seu consentimento.
        § 4º No caso de importação para exploração de patente e no caso daimportação prevista no parágrafo anterior, será igualmente admitida a importação por terceiros de produto fabricado de acordo com patente de processo ou de produto, desde que tenha sido colocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seu consentimento.
        § 5º A licença compulsória de que trata o § 1º somente será requerida após decorridos 3 (três) anos da concessão da patente.
        Art. 69. A licença compulsória não será concedida se, à data do requerimento, o titular:
        I - justificar o desuso por razões legítimas;
        II - comprovar a realização de sérios e efetivos preparativos para a exploração; ou
        III - justificar a falta de fabricação ou comercialização por obstáculo de ordem legal.
        Art. 70. A licença compulsória será ainda concedida quando, cumulativamente, se verificarem as seguintes hipóteses:
        I - ficar caracterizada situação de dependência de uma patente em relação a outra;
        II - o objeto da patente dependente constituir substancial progresso técnico em relação à patente anterior; e
        III - o titular não realizar acordo com o titular da patente dependente para exploração da patente anterior.
        § 1º Para os fins deste artigo considera-se patente dependente aquela cuja exploração depende obrigatoriamente da utilização do objeto de patente anterior.
        § 2º Para efeito deste artigo, uma patente de processo poderá ser considerada dependente de patente do produto respectivo, bem como uma patente de produto poderá ser dependente de patente de processo.
        § 3º O titular da patente licenciada na forma deste artigo terá direito a licença compulsória cruzada da patente dependente.
        Art. 71. Nos casos de emergência nacional ou interesse público, declarados em ato do Poder Executivo Federal, desde que o titular da patente ou seu licenciado não atenda a essa necessidade, poderá ser concedida, de ofício, licença compulsória, temporária e não exclusiva, para a exploração da patente, sem prejuízo dos direitos do respectivo titular. (Regulamento)
        Parágrafo único. O ato de concessão da licença estabelecerá seu prazo de vigência e a possibilidade de prorrogação.
        Art. 72. As licenças compulsórias serão sempre concedidas sem exclusividade, não se admitindo o sublicenciamento.
        Art. 73. O pedido de licença compulsória deverá ser formulado mediante indicação das condições oferecidas ao titular da patente.
        § 1º Apresentado o pedido de licença, o titular será intimado para manifestar-se no prazo de 60 (sessenta) dias, findo o qual, sem manifestação do titular, será considerada aceita a proposta nas condições oferecidas.
        § 2º O requerente de licença que invocar abuso de direitos patentários ou abuso de poder econômico deverá juntar documentação que o comprove.
        § 3º No caso de a licença compulsória ser requerida com fundamento na falta de exploração, caberá ao titular da patente comprovar a exploração.
        § 4º Havendo contestação, o INPI poderá realizar as necessárias diligências, bem como designar comissão, que poderá incluir especialistas não integrantes dos quadros da autarquia, visando arbitrar a remuneração que será paga ao titular.
        § 5º Os órgãos e entidades da administração pública direta ou indireta, federal, estadual e municipal, prestarão ao INPI as informações solicitadas com o objetivo de subsidiar o arbitramento da remuneração.
        § 6º No arbitramento da remuneração, serão consideradas as circunstâncias de cada caso, levando-se em conta, obrigatoriamente, o valor econômico da licença concedida.
        § 7º Instruído o processo, o INPI decidirá sobre a concessão e condições da licença compulsória no prazo de 60 (sessenta) dias.
        § 8º O recurso da decisão que conceder a licença compulsória não terá efeito suspensivo.
        Art. 74. Salvo razões legítimas, o licenciado deverá iniciar a exploração do objeto da patente no prazo de 1 (um) ano da concessão da licença, admitida a interrupção por igual prazo.
        § 1º O titular poderá requerer a cassação da licença quando não cumprido o disposto neste artigo.
        § 2º O licenciado ficará investido de todos os poderes para agir em defesa da patente.
        § 3º Após a concessão da licença compulsória, somente será admitida a sua cessão quando realizada conjuntamente com a cessão, alienação ou arrendamento da parte do empreendimento que a explore.
- Hipótese de licenciamento compulsório (Art. 68, §1º, 70):
Art. 68. O titular ficará sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder econômico, comprovado nos termos da lei, por decisão administrativa ou judicial.
        § 1º Ensejam, igualmente, licença compulsória:
        Art. 70. A licença compulsória será ainda concedida quando, cumulativamente, se verificarem as seguintes hipóteses:
        I - ficar caracterizada situação de dependência de uma patente em relação a outra;
        II - o objeto da patente dependente constituir substancial progresso técnico em relação à patente anterior; e
        III - o titular não realizar acordo com o titular da patente dependente para exploração da patente anterior.
        § 1º Para os fins deste artigo considera-se patente dependente aquela cuja exploração depende obrigatoriamente da utilização do objeto de patente anterior.
        § 2º Para efeito deste artigo, uma patente de processo poderá ser considerada dependente de patente do produto respectivo, bem como uma patente de produto poderá ser dependente de patente de processo.
        § 3º O titular da patente licenciada na forma deste artigo terá direito a licença compulsória cruzada da patente dependente.
- Hipóteses de afastamento (Art. 69):
        Art. 69. A licença compulsória não será concedida se, à data do requerimento, o titular:
        I - justificar o desuso por razões legítimas;
        II - comprovar a realização de sérios e efetivos preparativos para a exploração; ou
        III - justificar a falta de fabricação ou comercialização por obstáculo de ordem legal.
- Emergência nacional ou interesse público (Art. 71):
        Art. 71. Nos casos de emergência nacional ou interesse público, declarados em ato do Poder Executivo Federal, desde que o titular da patente ou seu licenciado não atenda a essa necessidade, poderá ser concedida, de ofício, licença compulsória, temporária e não exclusiva, para a exploração da patente, sem prejuízo dos direitos do respectivo titular. (Regulamento)
        Parágrafo único. O ato de concessão da licença estabelecerá seu prazo de vigência e a possibilidade de prorrogação.
- Patentes de interesse de defesa nacional (Art. 75): 
        Art. 75. O pedido de patente originário do Brasil cujo objeto interesse à defesa nacional será processado em caráter sigiloso e não estará sujeito às publicações previstas nesta Lei. (Regulamento)
        § 1º O INPI encaminhará o pedido, de imediato, ao órgão competente do Poder Executivo para, no prazo de 60 (sessenta) dias, manifestar-se sobre o caráter sigiloso. Decorrido o prazo sem a manifestação do órgão competente, o pedido será processado normalmente.
        § 2º É vedado o depósito no exterior de pedido de patente cujo objeto tenha sido considerado de interesse da defesa nacional, bem como qualquer divulgação do mesmo, salvo expressa autorização do órgão competente.
        § 3º A exploração e a cessão do pedido ou da patente de interesse da defesa nacional estão condicionadas à prévia autorização do órgão competente, assegurada indenização sempre que houver restrição dos direitos do depositante ou do titular. (Vide Decreto nº 2.553, de 1998)
- Pedido de Adição (arts. 76 e 77):
Certificado de adição é acessório e acompanha o prazo da patente:
- Nulidade (Arts. 46 a 49):
- Processo Administrativo – art. 50 a 55 (prazo de vigência da patente) – competência e participação do INPI:
- Extinção da patente (Arts. 78a 83):
Término do Prazo:
Renúncia:
Caducidade:
Falta de pagamento da retribuição anual (Arts. 84 e 86):
Desobediência ao Art. 217 da Lei 9.279/96: no caso de o titular não residir no pais, haverá a obrigação de constituir procurador com residência no pais, com procuração contendo poderes amplos, inclusive para receber citação. 
        Art. 217. A pessoa domiciliada no exterior deverá constituir e manter procurador devidamente qualificado e domiciliado no País, com poderes para representá-la administrativa e judicialmente, inclusive para receber citações.
PROVA:
- QUESTÕES DE ESTABELECIMENTO, CAPACIDADE, IMPEDIMENTO e NATUREZA JURÍDICA. 
Estudos Avançados de Direito Empresarial
Data: 07/10/2014.
REGIME JURÍDICO DO ADMINISTRADOR
Administração da Sociedade: 
Natureza Jurídica da Relação Administrador – Sociedade: a relação jurídica entre o administrador e a sociedade é de contrato misto. 
Nomeação e Destituição:
	
	Não sócio
	Sócio
	
	Capital Integralizado
	
	
	
Não Sócio:
Capital não integralizado: Unânime – 2/3 Capital.
Capital Integralizado: 50% + 1 Capital - 2/3 Capital
Documentos: Ato Constitutivo ou Tempo de Nomeação – Ato Constitutivo.
Sócio:
Capital não Integralizado: 
Capital Integralizado: 
Documentos: 
Exercício do Poder de Administração: 
a sociedade responderá pelos atos praticados por seus prepostos, incluindo o administrador, em razão da aplicação da teoria da aparência. Nesse caso a sociedade fará a reparação de prejuízos perante terceiros, na hipótese de o administrador agir com culpa, podendo regressar contra o administrador. 
A sociedade poderá imputar ao administrador, a responsabilidade pelos atos praticados nas seguintes hipóteses (§ Único – art. 1015 CC): 
1 - quando o terceiro tem certeza do abuso de poder e agi em conluio com o administrador; 
2 – quando o terceiro tiver condições de identificar o abuso de poder tendo em vista o registro do ato constitutivo do respectivo órgão competente; 
3 – quando o ato for manifestamente estranho ao objeto da sociedade.
Em caso como tais, seria prudente a inclusão de cláusula de denunciação à lide no próprio ato constitutivo, causa fundamentada no art. 1016- CC e art. 70 – CPC. 
A Proibição de Concorrência: o administrador não pode coincidir o exercício desse cargo em mais de uma sociedade, que tem o mesmo objeto e o mesmo público alvo. A formação de grupos econômicos não configura concorrência entre os membros do grupo. Obs: o administrador que figura em sociedades com identidade de objeto e destinatários, viola a livre concorrência a teor do art. 195 da lei 9279/96. 
Responsabilidade: art. 997, VI CC, 146 – lei 6404/76. Somente pessoas naturais. A Administração de sociedades se dará por pessoas naturais, conforme normas do art. 997, VI do CCB e 145 da lei 6404/76 – Lei das S.As. O administrador responderá pessoalmente pelos atos praticados de forma ilimitada.
Vinculação da Sociedade:
“Administração Societária:”
Administração Singular e ou por um colegiado - Conselho de Administração
Dois Pilares: 
Supremacia do interesse societário; que prega a necessidade e se privilegiar o interesse da sociedade em detrimento de interesses particulares do administrador;
Vinculatividade Contratual; estabelece que o administrador deve exercer sua função no limite dos poderes que lhe forem outorgados.
Princípios: 
Contratualidade: Define os limites de atuação do administrador
Probidade: O administrador deve guardar a ética e a honestidade no exercício das suas funções;
Transparência: determina a necessidade de o administrador prestar contas de todos os seus atos
Eficiência: Estabelece que o administrador deve atingir a finalidade para a qual foi empossado na função.
Teoria dos Atos Ultra Vires Societatis: estabelece que os atos de responsabilidade do administrador, na hipótese de abuso ou excesso de poder.
Unitária Ou Colegiada
Plúrima: Agem em conjunto.
Disjuntiva: Agem separadamente.
OBS. Se o ato constitutivo não informar o (s) nome (s) dos administradores a administração da sociedade caberá individualmente a cada sócio.
RETIRADA E EXCLUSÃO DO SÓCIO
1 – Da Dissolução da Sociedade em Relação a um Sócio:
Morte de um dos Sócios: No caso de falecimento do sócio, as quotas do falecido deverão ser liquidadas, em regra geral. A título de exceção há as seguintes alternativas:
Se todos os sócios remanescentes decidirem pela dissolução da sociedade;
Se o contrato social dispuser de forma diversa;
Se os sócios remanescentes acordarem com os herdeiros a possibilidade de ingressos destes na sociedade; art. 1.028 CCB.
Exclusão do Sócio (Justa causa ou não): art. 1.050 CCB, dois são os caminhos:
Extrajudicial:
I - Sócio Remisso: aquele que não integraliza o capital. 
II - Contrato que tenha expressamente a cláusula de justa causa: ela estabelece a exclusão de sócio que pratique ato de inegável gravidade.
	Obs: o ato grave é a violação do dever sócio que não comprometa a continuidade da empresa – ex. na falta do sócio as atividades não são prejudicadas, briga entre os sócios; já o ato de inegável gravidade aquele que viola o dever de sócio e compromete a continuidade da empresa. Ex. se houver desvios de valores financeiros por parte do sócio. Apurado mediante sindicância e assembleia promovida pelos sócios. 
Judicial: 
I - Ato Grave:
II - Ato de Inegável Gravidade:
III - Art. 1.030 CCB – Exclusão do Sócio Majoritário: 
Desfazimento do Vínculo Por Iniciativa do Sócio:
Recesso: é o direito de retirada do sócio que se sinta prejudicado em razão de deliberação da sociedade que possa lhe trazer prejuízo. 
Retirada Voluntária: depende do prazo do contrato:
Prazo determinado: a saída do sócio só se dá antes do prazo judicialmente, este sócio tem que provar uma justa causa / justo motivo. Pleiteando a dissolução parcial da sociedade.
Prazo Indeterminado: basta uma notificação prévia, com 60 dias de antecedência. 
2 – Dissolução Total da Sociedade: (art. 1.033, 1.034, 1.044, 1.051, II, § Único, 1.087 – CCB): 
Fim da Sociedade:
ESPÉCIES DE SOCIEDADES
- SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS:
1 – Sociedade em Comum: (Art. 986, CCB): sociedade sem personalidade jurídica na qual os sócios são titulares em comum dos bens e das dívidas sociais. Considerando esse aspecto, para a prova da existência da sociedade os sócios apenas o fazem por escrito, já o terceiro, provam a existência da sociedade por qualquer meio de prova admitido em direito. Os sócios respondem de forma solidária e ilimitada. 
Prova de Existência:
- Entre sócios: apenas por escrito
- Em relação a terceiros: Qualquer meio de prova admitido em Direito.
- Bens e dívidas: Os sócios são titulares em comum
- Responsabilidade: Ilimitada e solidária (Art. 990, CCB): 
2 – Sociedade em Conta de Participação (Art. 991, CCB)
É aquela composta por duas categorias de sócio: 
Sócio Ostensivo: é aquele que realiza o objeto da sociedade, respondendo de forma ilimitada perante terceiros.
Sócio Participante: é o investidor que responde de forma limitada perante o sócio ostensivo. Obs. Se o sócio participante realizar o objeto da sociedade tomando parte em algum negócio, haverá sua equiparação ao sócio ostensivo ocasião em que responderá de forma ilimitada pelos atos que praticar perante terceiros.
- Atividade exercida pelo sócio Ostensivo.
- Responsabilidade perante terceiros: Sócio Ostensivo
- Contrato Social produz efeitos apenas entre os sócios, poderá estabelecer como será a participação do Sócio Ostensivo.
- Se o Sócio Participante exercer atos de gestão, responderá, solidariamente, perante terceiros.
- O Sócio Ostensivo somente poderá admitir novo sócio com o consentimento dos Sócios Participantes.
- A liquidação da SCP não seguem as regras de prestação de contas. 
Sociedades Personificadas
- Sociedade Simples (Art. 997, CCB): ela recebe este nome por ter estrutura simplificada, ou seja, não demanda obrigatoriamente a reunião de todos os fatores de produção / organização de sua atividade.
- São aquelas que, por força

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