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aula 8 (1)

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AULA+
DIREITO INTERNACIONAL
Prof.ª Dra. Ana Luiza Gama
Aula 8: Tratados Internacionais I
Plano de Aula 6
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Caso 1 – Aula 5
O País GAMA celebra com os países BETA e DELTA Tratado sobre pesquisa genética em seres humanos, com o objetivo de desenvolver novos medicamentos contra a AIDS. O tratado dispõe que as pesquisas serão realizadas na região da África subsaariana, onde há grande incidência da doença. A comunidade internacional, condenando o tratado celebrado, pugna por sua nulidade, exigindo sua revogação. Com base no conceito de norma internacional e nas teorias que discutem seus fundamentos, explique o fundamento para a nulidade da norma internacional em questão, discorrendo sobre suas características e sua relevância para o Direito Internacional Contemporâneo. Responda fundamentando na doutrina e na Convenção de Viena sobre Tratados.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Sugestão de gabarito:
O Tratado é inválido (nulo) pois viola norma imperativa de Direito Internacional (DDHH). Apresentar o conceito de norma imperativa, suas características e seu fundamento na CVT.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Caso 2 – Aula 5
Após os atentados do 11/09 os EUA adotaram uma postura peculiar no tratamento das questões envolvendo o terrorismo mundial, culminando com a prisão de supostos envolvidos, os quais eram detidos em prisões controladas pelos EUA, dentre as quais aquela situada em Guantánamo, em Cuba. Os EUA celebram então com a Inglaterra, sua aliada na luta contra o terrorismo, tratado prevendo a cooperação entre os dois Estados para desenvolvimento de métodos não ortodoxos para obtenção de informações secretas junto aos supostos terroristas presos.... 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
O tratado internacional é válido nos termos descritos? Explique e fundamente sua resposta.
Sugestão de resposta: A questão também trata da norma imperativa. 
Apresentar os fundamentos da nulidade, segundo o direito internacional.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Com relação à chamada “norma imperativa de Direito Internacional geral”, ou jus cogens, é correto afirmar que é a norma (IV Exame Unificado da OAB/RJ, questão 17)
(A) prevista no corpo de um tratado que tenha sido ratificado por todos os signatários, segundo o direito interno de cada um.
(B) reconhecida pela comunidade internacional como aplicável a todos os Estados, da qual nenhuma derrogação é permitida.
(C) aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas e aplicável a todos os Estados membros, salvo os que apresentarem reserva expressa.
(D) de direito humanitário, expressamente reconhecida pela Corte Internacional de Justiça, aplicável a todo e qualquer Estado em situação de conflito.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Caso 2 – Plano de aula 6
O País Alfa não-membro da União Européia (UE) celebra tratado com a República Tcheca, membro da referida Organização, cujo objeto, dentre outros, é o desenvolvimento econômico e social da região. No entanto, o tratado, negociado sob a condução ardilosa de Alfa, induzindo à assinatura nas mesmas circunstâncias pelo plenipotenciário Tcheco, é ratificado por seu chefe de Estado, que desconhecia o ambiente das negociações e da consequente assinatura. 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Quando da execução do Tratado, a República Tcheca percebe a existência de uma cláusula na qual o Estado Tcheco se submeteria à nova cooperação, abdicando de qualquer compromisso internacional anterior. O Tratado celebrado é válido? Pode Alfa ser responsabilizado pelos prejuízos causados? Explique justificadamente, fundamentando ainda sua resposta na norma jurídica pertinente.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Sugestão de resposta:
Mostra conhecimento sobre as condições de validade dos tratados, inclusive a temática dos vícios de consentimento, aplicando-o ao caso concreto. No caso trata-se de dolo (art. 49 da CVT). Deve ainda tratar da questão da responsabilidade pelos prejuízos causados, de modo a conjugar com a aula de responsabilidade estatal.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Questão objetiva 1 – Plano de aula 6.
Julgue os itens abaixo (CERTOS OU ERRADOS), relativos aos tratados internacionais.
A) Considerando que o consentimento mútuo constitui condição de validade dos tratados internacionais, terá plena validade o tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com norma imperativa de direito internacional geral, de conformidade com o que estabelece a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados.
B) Um Estado jamais pode escusar-se de cumprir um tratado internacional por força da pacta sunt servanda, como prevê o art. 26 da Convenção de Viena sobre Tratados.
C) Segundo a Convenção de Viena sobre Tratados de 1969 é vício de consentimento o erro de direito.
 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
 
Gabarito: EEE
A letra A está errada, pois normas imperativas são de observação obrigatória (Art. 53 da CVT);
A letra B está errada de acordo com o artigo 62 da CVT;
A letra C está errada, pois só é admitido erro de fato (art. 49 da CVT)
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
 Objetiva 2 – Plano de Aula 6.
O direito dos tratados, até meados do século XX, sempre foi regulado, via de regra, pelo costume internacional. Porém, o trabalho desenvolvido pela Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas, resultou na elaboração e conclusão da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, celebrada em 22 de maio de 1969, tendo entrado em vigor em 27 de janeiro de 1980. Tal instrumento internacional se justificava pelo fundamental papel que os tratados significaram e significam na história das relações internacionais, bem como pela importância, cada vez maior, dos tratados como fonte do Direito Internacional e como meio de desenvolver a cooperação pacífica entre as Nações. 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
 Sob o prisma da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, é correto afirmar, quanto a elaboração, conclusão e entrada em vigor dos tratados internacionais, EXCETO:
Nem todos os Estados têm capacidade para concluir tratados.
(B) Uma pessoa é considerada representante de um Estado para a adoção ou autenticação do texto de um tratado ou para expressar o consentimento do Estado em obrigar-se por um tratado se apresentar plenos poderes apropriados ou a prática dos Estados interessados ou outras circunstâncias indicarem que a intenção do Estado era considerar essa pessoa seu representante para esses fins e dispensar os plenos poderes.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
(C) Em virtude de suas funções e independentemente da apresentação de plenos poderes, são, dentre outros, considerados representantes do seu Estado: os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relações Exteriores, para a realização de todos os atos relativos à conclusão de um tratado. (D) Um ato relativo à conclusão de um tratado praticado por uma pessoa que, nas formas ordinárias e expressas de representação estatal previstas pela da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, não pode ser considerada representante de um Estado para esse fim, não produz efeitos jurídicos, a não ser que seja confirmado, posteriormente, por esse Estado
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Gabarito: A
A letra A está errada e assim esta é a opção correta. Todos os Estados tem direito de Convenção. 
As letras B,C e D estão previstas no art. 7º e 8º da CVT.
 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS TRATADOS
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
EXECUÇÃO DOS TRATADOS
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Os princípios que regem a execução dos tratados para a doutrina são o da pacta sunt servanda e o da boa-fé (Art. 26 da CVT).
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
A responsabilidade do Estado e a possibilidade de sanção garantem a execução.
Outras medidas podem ser tomadas:
A estipulação de garantiasno tratado 
A fiscalização por organismos internacionais.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
EXTINÇÃO DOS TRATADOS
	
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Caso 1 – Plano de Aula 6
Hungria e Checoslováquia (atual República Checa) celebraram em 1977 um tratado internacional para construção e funcionamento do sistema de esclusas Gabcikovo-Nagymaros que estava destinado a ampla utilização dos recursos do ramo Bratislava-Budapeste do Rio Danúbio, para exploração de recursos hídricos, energia, transporte, agricultura e outros setores da economia nacional das partes contratantes. No tratado, as partes comprometeram-se a garantir a preservação da qualidade da água do Rio Danúbio e do meio ambiente vinculado a construção do sistema.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
	
Em 1989 a Hungria suspendeu e depois abandonou as obras por conta das intensas criticas que o projeto sofreu no país e, em 1991, a Checoslováquia adotou a variante C, colocando em prática uma solução provisória que consistia no desvio unilateral do curso do Danúbio em seu território e a construção de um dique. Por conta da realização dos planos da variante C a Hungria emitiu uma nota verbal através da qual rescindia o Tratado de 1977.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
	
Com base no tema da execução, suspensão e extinção dos tratados, analise o caso acima e responda fundamentadamente:
1) Pode a Hungria suspender e depois descumprir o tratado pactuado? Qual seria o efeito da nota verbal de rescisão?
2) O ato unilateral da Checoslováquia viola o tratado?
3) Qual(ais) o(s) princípio(s) internacional(ais) violado(s)? Explique-o(os) e fundamente-o (os)
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
	
	
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
	
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
	Os tratados deixam de vigorar por diversas razões.
	Guerra
	Termo (fim do prazo estipulado pelas partes)
	Caducidade (deixa de ser aplicado por um longo período de tempo)
	Denúncia unilateral
	Impossibilidade de execução... 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
	
	A extinção pode ser:
	A) pela vontade comum das partes (por ab-rogação);
	B) por vontade unilateral de uma parte (como na denúncia);
	C) por fatos independentes da vontade das partes.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
	A extinção pode estar prevista:
	1) No próprio tratado , por cláusulas intrínsecas.
	2) Por cláusulas extrínsecas , se o tratado não contiver cláusulas intrínsecas para reger a extinção. São aquelas hipóteses de extinção que ocorrem como consequência de regras do Direito Internacional – art. 54 a 64 da CVT (direito à denúncia , mudança das circunstâncias e violação do tratado). 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
A) Extinção pela vontade comum das partes (por ab-rogação)
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
	A vontade de terminar o tratado é comum as partes obrigadas a ele. 
	Para Rezek, esta vontade ser manifesta congenitamente no tratado ou por decisão posterior das partes, desde que de comum acordo.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
A extinção do tratado pela vontade comum das partes pode
ser dar por:
Ocorrência do termo cronológico de vigência. É condição resolutiva do tratado o término do prazo estabelecido para vigência do acordo.
Queda do numero de partes.
Execução integral do que foi estabelecido pelas partes. 
		
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Acordo sobre Cooperação no Campo dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear Brasil-República Federal da Alemanha.
					Artigo 11
O presente Acordo entrará em vigor, por troca de notas, tão cedo quanto possível.
(2) A vigência do presente Acordo será de quinze anos, contados a partir do dia fixado nas notas trocadas conforme o item (1) acima, e prorrogar-se-á tacitamente por períodos de cinco anos, desde que não seja denunciado por uma das Partes Contratantes pelo menos doze meses antes de sua expiração. 
 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Convenção das Nações Unidas sobre os direitos políticos da mulher (1953).
Artigo 8º
§1. Todo Estado Contratante poderá denunciar a presente Convenção por uma notificação escrita, endereçada ao Secretário–Geral da Organização das Nações Unidas. Essa denúncia se tornará efetiva, um ano após a data em que o Secretário–Geral tenha recebido a notificação.
§2º A presente Convenção cessará de vigorar a partir da data em que se tenha tornado efetiva a denúncia que reduz a menos de seis os Estados Contratantes.
 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
B) Extinção por vontade unilateral de uma parte.
	
	
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
B) Extinção por vontade unilateral de uma parte.
	
	- A Denúncia (art. 56 da C.V.T) 
	É ato unilateral de manifestação da vontade do Estado de deixar de ser parte no acordo internacional. O que se extingue não é o tratado, mas a participação do Estado que a formula (Rezek).
	
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Ato de denúncia
Nos tratados bilaterais, a denúncia se faz por notificação, carta ou instrumento e se dirige ao governo da outra parte.
Nos tratados multilaterais, a notificação, carta ou instrumento se dirige ao depositário (dos instrumentos de ratificação – próxima aula)
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Direito à denúncia 
Artigo 56.º - Denúncia ou retirada no caso de um tratado não conter disposições relativas à cessação da vigência, à denúncia ou à retirada.
1 - Um tratado que não contenha disposições relativas à cessação da sua vigência e não preveja que as Partes possam denunciá-lo ou dele retirar-se não pode ser objeto de denúncia ou de retirada, salvo:
a) Se estiver estabelecido que as Partes admitiram a possibilidade de denúncia ou de retirada; ou
b) Se o direito de denúncia ou de retirada puder ser deduzido da natureza do tratado.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
	A denúncia só leva a extinção dos tratados bilaterais, já que nos tratados multilaterais este ato só implica na retirada do denunciante e não afeta a continuidade da vigência do tratado.
	Por esta razão para Rezek, a denúncia não deveria ser tratada no capítulo referente a extinção dos tratados.
	
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Quando o tratado prevê a denuncia, este direito é inquestionável. O problema está no silencio do tratado, pois neste caso será necessária a investigação sobre a possibilidade de denúncia diante da natureza do tratado. 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Tratados de vigência estática não são denunciáveis por sua própria natureza (Tratado de definição de fronteira comum)
Normas imperativas podem ter sua denunciabilidade questionada.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Prazo de acomodação
Artigo 56.º
....
2 - Uma Parte deve notificar, pelo menos com 12 meses de antecedência, a sua intenção de proceder à denúncia ou à retirada de um tratado, nos termos previstos no n.º 1.
Se a parte denuncia sem notificar, só estará desobrigado após decorrido o prazo acima. (Rezek)
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Retratabilidade da denúncia
Segundo Rezek, na prática internacional a denúncia é ato retratável e por esta razão não há direito de objeção ao ato do Estado denunciante que volta atrás, durante o prazo de acomodação e decide continuar obrigado ao tratado. No entanto, se a denúncia já gerou efeitos no tratado bilateral, extinguindo a obrigação, a retratação não é possível. (Rezek) 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
 
C) por fatos independentes da vontade das partes.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Mudanças circunstanciais
(claúsula rebus sic stantibus)
 
	que impossibilitam o cumprimento do tratado.
 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
 Impossibilidade superveniente do cumprimento
- Art. 61 da CVT -
Extinção do tratado caso uma parte fique impossibilitada de cumpri-lo, se esta impossibilidade resultar da destruição ou do desaparecimento definitivo de um objeto indispensável ao seu cumprimento.
* Se a impossibilidadefor temporária  suspensão do tratado
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
O Estado perde o direito a liberar-se do compromisso se ele mesmo deu causa à impossibilidade, violando obrigação decorrente do tratado ou outra obrigação imposta pelo Direito Internacional (art. 61, 2 da CVT)
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Artigo 62
Mudança Fundamental de Circunstâncias 
1. Uma mudança fundamental de circunstâncias, ocorrida em relação às existentes no momento da conclusão de um tratado, e não prevista pelas partes, não pode ser invocada como causa para extinguir um tratado ou dele retirar-se, salvo se: 
a)a existência dessas circunstâncias tiver constituído uma condição essencial do consentimento das partes em obrigarem-se pelo tratado; e 
b)essa mudança tiver por efeito a modificação radical do alcance das obrigações ainda pendentes de cumprimento em virtude do tratado. 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
A Convenção de Viena sobre tratados estabelece como regra geral que mudanças nas circunstâncias não autorizam um Estado a descumprir um tratado, a não ser que presentes os requisitos do art. 62.
A parte que invoca deve comprovar suas alegações
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
As circunstâncias devem ter sido contemporâneas ao consentimento das partes e ter sido condição essencial desse consentimento. São excluídas todas as circunstância não essenciais à vontade de firmar o compromisso ou as anteriores ou supervenientes à conclusão do tratado. 
 A mudança deve ser de caráter fundamental e radical e não simples alteração no contexto das relações internacionais, e deve estar relacionada ao objeto e ao fim do tratado.
Imprevisibilidade da mudança: mudanças no direito que existia a época do tratado, por exemplo.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
A cláusula rebus sic stantibus não justifica a ruptura unilateral dos tratados, mas reclama um acordo entre as partes reconhecendo a mudança fundamental das circunstâncias ou na falta desta uma decisão judicial ou arbitral. 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Cláusula de salvaguarda: um estado tem a permissão de não cumprir o tratado por motivo de perturbações da economia.
 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
 Superveniência de norma imperativa 
Artigo 64.º - Superveniência de uma norma imperativa de direito internacional geral (jus cogens) Se sobrevier uma nova norma imperativa de direito internacional, geral, qualquer tratado existente que seja incompatível com essa norma torna-se nulo e cessa a sua vigência.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Violação substancial de um tratado e sua extinção
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Artigo 60
Extinção ou Suspensão da Execução de um
Tratado em Conseqüência de sua Violação 
1. Uma violação substancial de um tratado bilateral por uma das partes autoriza a outra parte a invocar a violação como causa de extinção ou suspensão da execução de tratado, no todo ou em parte. 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Artigo 60
Extinção ou Suspensão da Execução de um
Tratado em Consequência de sua Violação 
3. Uma violação substancial de um tratado, para os fins deste artigo, consiste: 
a)numa rejeição do tratado não sancionada pela presente Convenção (repúdio puro e simples do acordo); ou 
b)na violação de uma disposição essencial para a consecução do objeto ou da finalidade do tratado. 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
A violações não substanciais não deixam de configurar também um ato ilícito que enseje a responsabilização da parte que viola.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
“O governo dos EUA soube com espanto que as autoridades gregas de novo deixaram de atender ao pedido de extradição da Samuel Insull, fugitivo da justiça americana (...) Devo acrescentar que meu governo considera esta decisão absolutamente indefensável e uma clara violação do Tratado de extradição americano-helênico, firmado em Atenas em maio de 1931...”(citado por Rezek)
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
“O governo dos EUA soube com espanto que as autoridades gregas de novo deixaram de atender ao pedido de extradição da Samuel Insull, fugitivo da justiça americana (...) Devo acrescentar que meu governo considera esta decisão absolutamente indefensável e uma clara violação do Tratado de extradição americano-helênico, firmado em Atenas em maio de 1931...”
 O que a violação autoriza??
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
		No tratado bilateral
Artigo 60.º
1 - Uma violação substancial de um tratado bilateral, por uma das Partes, autoriza a outra Parte a invocar a violação como motivo para fazer cessar a vigência do tratado ou para suspender a sua aplicação, no todo ou em parte. 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
No tratado multilateral
Art. 60.º
2. autoriza as outras partes a suspenderem ou a extinguirem o tratado seja em relação ao Estado faltoso ou entre todas as partes.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
No entanto, na prática...
“(...) Nesta conformidade, fui instruído para dar aviso formal de denúncia por parte do meu governo, a fim de que o tratado termine na data mais próxima possível, segundo as estipulações pertinentes.” 
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
“A justiça brasileira deveria deixar de reconhecer a imunidade das Nações Unidas à jurisdição local, embora expressamente prevista em tratado vigente, sob o argumento de que a organização deixara de cumprir outro dispositivo do mesmo tratado, que a mandara criar um mecanismo de solução de controvérsia. Preconizava de tal modo, mediante invocação do princípio da reciprocidade, a 
violação aberta de um tratado como contrapartida à suposta violação do mesmo pelo copactuante.”
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
	Caso 1 – Plano de Aula 6
	
	Hungria e Checoslováquia (atual República Checa) celebraram em 1977 um tratado internacional para construção e funcionamento do sistema de esclusas Gabcikovo-Nagymaros que estava destinado a ampla utilização dos recursos do ramo Bratislava-Budapeste do Rio Danúbio, para exploração de recursos hídricos, energia, transporte, agricultura e outros setores da economia nacional das partes contratantes. No tratado, as partes comprometeram-se a garantir a preservação da qualidade da água do Rio Danúbio e do meio ambiente vinculado a construção do sistema.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
	
	Em 1989 a Hungria suspendeu e depois abandonou as obras por conta das intensas criticas que o projeto sofreu no país e, em 1991, a Checoslováquia adotou a variante C, colocando em prática uma solução provisória que consistia no desvio unilateral do curso do Danúbio em seu território e a construção de um dique. Por conta da realização dos planos da variante C a Hungria emitiu uma nota verbal através da qual rescindia o Tratado de 1977.
DIREITO INTERNACIONAL
Aula: 08
Impossibilidade resultante de uma violação ao Tratado
Impedimento por violação substancial
- Art. 60, § 2.° da CVT - 
A impossibilidade de cumprimento, porém, não pode ser invocada por uma das partes como causa para extinguir um tratado, dele retirar-se ou suspender a sua execução, se tal impossibilidade for resultante de uma violação substancial, por essa mesma parte, quer de uma obrigação decorrente do tratado, quer de qualquer outra obrigação internacional em relação a qualquer outra parte no tratado.

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