Buscar

FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS QUE ESTÃO EXPOSTOS OS TRABALHADORES DO SETOR MARÍTIMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROBERTO FREIRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS QUE SÃO EXPOSTOS AOS 
TRABALHADORES DO SETOR MARÍTIMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO-RJ 
2014 
 
 
 
 
 
ROBERTO FREIRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS QUE SÃO EXPOSTOS AOS 
TRABALHADORES DO SETOR MARÍTIMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO-RJ 
2014 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como 
requisito para aprovação do Curso de Pós-Graduação 
lato senso de Gestão da Qualidade e Sistemas 
Integrados QSMS da Estácio de Sá, sob orientação do 
Professor: 
 
 
ROBERTO FREIRE 
 
FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS QUE SÃO EXPOSTOS AOS 
TRABALHADORES DO SETOR MARÍTIMO 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estácio de Sá, como 
requisito para a obtenção do grau de Especialista em Gestão dos Sistemas 
Integrados em Qualidade, Saúde, Meio ambiente e Segurança do trabalho. 
 
 Aprovado em, _____ de ______________ de 20___ 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
________________________________________ 
Profº. MSc Márcio Jorge Gomes Vicente 
 
 
________________________________________ 
 (Orientador) 
 
 _________________________________________ 
 Profº. 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
As atividades marítimas estão entre as mais perigosas em termos de saúde e 
segurança. Trabalhar a bordo está sujeito a vários riscos. Se ocorrer um acidente 
durante a navegação ou durante a estadia dos navios em locais longe dos portos, os 
seus tripulantes não têm chance de recorrer imediatamente à especialista para a 
resolução de situações e auxiliar na redução das conseqüências. Além dos riscos 
inerentes ao desempenho das diversas atividades profissionais desempenhadas 
igualmente em terra, existem os riscos associados às condições específicas da 
agressividade do ambiente marinho. Embora o haja um quadro de ação para as 
atividades marítimas de alto risco, é claro que os resultados dos esforços podem 
aumentar as medidas de segurança que tem os principais riscos de acidentes 
marítimos, incluindo a imposição de regras internacionais mais adequados. Além 
disso, eles podem sofrer atos agressivos, tais como casos de terrorismo e pirataria, 
que potencializam o risco de segurança do trabalho. A indústria marítima é iminente 
e têm funções internacionais de regulamentação da segurança do trabalho que é 
basicamente a transposição para o direito nacional das convenções internacionais 
da Organização Marítima Internacional (IMO) e da Organização Internacional do 
Trabalho (OIT). 
Palavras Chave: Marítimo, Riscos Ocupacionais, Saúde, Segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
 
Maritime activities are among the most dangerous in terms of health and safety. 
Work on board is subject to various risks. If an accident occurs during shipping or 
during the stay of ships in places far from the port, its crew have no chance to appeal 
immediately to the expert for resolving situations and assist in the reduction of the 
consequences. In addition to the risks inherent in the performance of various 
professional activities also performed on land, there are risks associated with the 
specific conditions of the aggressiveness of the marine environment. Although there 
is a framework of action for maritime high-risk activities, it is clear that the results of 
efforts can increase the security measures that have the main risks of maritime 
accidents, including the imposition of appropriate international rules. In addition, they 
may suffer aggressive acts, such as piracy and terrorism cases, can increase risk of 
workplace safety. The maritime industry is imminent and has international safety 
regulatory functions of the job that is basically the transposition into national law of 
international conventions of the International Maritime Organization (IMO) and the 
International Labour Organization (ILO). 
 
Keywords: Maritime, Occupational Hazards, Health, Safety. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 1.INTRODUÇÃO .................................................................................................. 7 
 2.OBJETIVOS.......................................................................................................8 
 3.METODOLGIA...................................................................................................9 
 4.DESENVOLVIMENTO.......................................................................................9 
4.1 CONCEITO DE DOENÇAS ERGONÔMICAS ................................................. 11 
4.2 RELAÇÃO DE EMPREGO E ACIDENTES DE TRABALHO ........................ 13 
4.3 HISTÓRICO ................................................................................................. 16 
4.4 TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO ..................................................... 19 
4.5 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS MAIS COMUNS NO 
SETOR MARÍTIMO ............................................................................................... 20 
4.6 COERÊNCIA COM A SEGURANÇA DO EMPREGO EM AMBIENTE 
MARÍTIMO ............................................................................................................. 21 
4.7 A TENDÊNCIA PARA A REDUÇÃO DA MÃO DE OBRA E MAIOR 
AUTOMATIZAÇÃO. ............................................................................................... 21 
4.8 ALOCAÇÃO DA SEGURANÇA MARÍTIMA. ................................................ 22 
4.9 FADIGA E PRESSÃO PSICOLÓGICA POR MOTIVOS PROFISSIONAIS .. 22 
4.10 ISOLAMENTO .............................................................................................. 23 
4.11 VOLUME DE NEGÓCIOS DAS TRIPULAÇÕES ......................................... 23 
4.12 HABITABILIDADE ........................................................................................ 23 
4.13 RISCOS OCUPACIONAIS NA PESCA PROFISSIONAL ............................. 24 
4.14 MINIMIZANDO OS RISCOS PROFISSIONAIS NO SETOR MARÍTIMO ..... 26 
 5.CONCLUSÕES................................................................................................27 
 REFERÊNCIAS..................................................................................................28 
7 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O trabalho desempenha uma função importante na vida do homem e preenche 
alguns objetivos; tais quais: respeitar a vida e a saúde do trabalhador, priorizando o 
problema da segurança e da salubridade dos locais de atividade laboral; deixar-lhe 
tempo livre para o descanso e lazer, destacando-se a questão da duração dessa 
jornada e de sua coordenação para a melhoria das condições de vida fora do local da 
atividade ocupacional. 
 No desempenho do trabalho, podem-se observar alterações no organismo e na 
personalidade do trabalhador que se manifestam durante a jornada, tais como: 
modificações fisiológicas – alterações do processo metabólico, aumento do ritmo 
respiratório e cardíaco e alterações no teor físico-químico do sangue e dos tecidos 
musculares, resultantes do esforço produzido; aquecimento - ou seja; intensificação 
do rendimento do trabalho pelo aumento da capacidade dos músculos e nervos 
condicionados à atividade exercida; queda da velocidade e qualidade do rendimento – 
observável com o prolongamento forçado do trabalho, decorrente do esforço musculare intelectual que surge com a fadiga. 
 As atividades marítimas estão entre as mais perigosas em termos de saúde e 
segurança. As condições de prática profissional nos navios seguem geralmente uma 
regra dura e têm uma tendência natural para causar doenças e acelerar o esforço 
físico e mental. 
Trabalhar a bordo está sujeito a vários riscos. Se ocorrer um acidente durante a 
navegação ou durante a estadia dos navios em locais longe dos portos, na maioria 
dos casos, os seus tripulantes não têm chance de recorrer imediatamente a 
especialista para a resolução de situações e auxiliar na redução das conseqüências. 
8 
 
Os marítimos devem desvencilhar por si mesmos, com base em suas próprias 
habilidades e conhecimentos especiais, com seu nível de conhecimento do navio e 
elementos de formação sobre a ajuda, este que desempenha um papel importante. 
Além dos riscos inerentes ao desempenho das diversas atividades profissionais 
desempenhadas igualmente em terra, existem os riscos associados às condições 
específicas da agressividade do ambiente marinho e também obstáculos drásticos 
para deixar o local de trabalho. 
Embora os dados estatísticos sobre mortes de vítimas de acidentes no setor 
marítimo, incluindo a pesca, não são tão acessíveis e sistematizadas como na 
atividade industrial no país, há poucos dados confiáveis sobre o setor das pescas que 
assegurem que este é um dos setores com maior perigo profissional. A avaliação dos 
riscos profissionais, a estimativa de risco aceitável e exames médicos periódicos são 
elementos importantes para prevenir eventos adversos e suas conseqüências. 
Mais que a atividade terrestre, nas atividades marítimas de própria segurança 
física da operação de navios e outras estruturas flutuantes de prevenção e redução 
de acidentes e danos ao meio ambiente, está intimamente relacionada à segurança 
do trabalho. A indústria marítima tem características internacionais iminentes e 
regulamento de segurança que é basicamente a incorporação na legislação nacional, 
convenções internacionais, a Organização Marítima Internacional (IMO) e a 
Organização Internacional do Trabalho (OIT), e em alguns casos, as recomendações 
de organizações cujo foco é um setor de atividade marítima. Além disso, a União 
Européia (UE) tem produzido diretivas comunitárias aplicáveis em matéria de 
segurança para os profissionais marítimos. 
 
2. OBJETIVOS 
 O principal objetivo do presente trabalho é de apresentar os principais fatores 
de riscos ocupacionais das atividades nos navios, seja em função de transporte nas 
atividades industriais, como na pesca. O principal regulador são instrumentos, 
convenções, diretivas e legislação nacional, que será discutido brevemente. 
. 
9 
 
 
 
 
3. METODOLOGIA 
 Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que busca explicar um problema a 
partir de referências teóricas publicadas em artigos, teses e livros. Pode ser realizada 
independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental, mas em 
ambos os casos, buscam conhecer e analisar contribuições científicas existentes 
sobre um determinado assunto (Gil, 2002). A pesquisa terá como abordagem teórica 
uma análise qualitativa dos dados, diante da complexidade que representa o 
problema e da dinâmica do sujeito com o mundo, utilizando coleta de dados 
disponíveis sobre os riscos ocupacionais que são expostos aos trabalhadores do 
setor marítimo. 
 
 Para a formulação dos objetivos da revisão bibliográfica, primeiramente, 
selecionamos o tópico a ser revisado, recaindo a escolha sobre os riscos 
ocupacionais que são expostos aos trabalhadores do setor marítimo. 
 
4. DESENVOLVIMENTO 
 
As atividades marítimas estão entre as mais perigosas em termos de saúde e 
segurança. As condições de prática profissional nos navios têm geralmente regras 
duras e além domais uma alta tendência a causar acidentes e doenças por acelerar o 
esforço físico e mental. 
10 
 
Quem trabalha a bordo está sujeito a vários riscos. Além disso, na maioria dos 
casos, se ocorrerem um acidente durante o transporte ou durante a permanência das 
embarcações em locais longes, apenas suas tripulações têm contato via especialistas 
de telecomunicações que empregam o que podem ajudar a resolver a situação, tendo 
ajuda e fornecimento na atenuação das conseqüências. 
Os marítimos devem resolver situações usando suas próprias habilidades e 
experiências, confiando em seu nível de conhecimento sobre o navio a educação e 
formação que receberam, sob a forma de elementos que desempenham um papel 
crucial em casos de emergência. Além dos riscos inerentes ao desempenho das 
diversas atividades profissionais desempenhadas igualmente em terra, e além dos 
perigos decorrentes das condições específicas da agressividade do ambiente marinho 
e também o abandono drástica de obstáculos no local de trabalho ou residência, isso 
eventualmente, em caso de passageiros. 
Embora as atividades marítimas também incluam atividades em portos, navios 
militares e outras atribuições de navios de estado, que trabalham nos terminais de 
petróleo, dragagem, cabo disparador marinho, entre outras atividades industriais e 
científicas que utilizam navios e submarinos, tais como mergulho, náutica de recreio, 
desportos aquáticos, entre outros, esta abordagem é limitada aos transportes 
marítimos, cruzeiro e pesca. 
Embora o haja um quadro de ação para as atividades marítimas de alto risco, é 
claro que os resultados dos esforços podem aumentar as medidas de segurança que 
tem os principais riscos de acidentes marítimos, incluindo a imposição de regras 
internacionais mais adequados. 
A interação entre a segurança marítima, ambiental e segurança do trabalho, 
regulamentam a segurança. 
Mais do que a atividade terrestre, nas atividades marítimas a própria segurança 
física da operação dos navios e em outras estruturas flutuantes a prevenção e 
redução de acidentes e danos ambientais, tem a relação de causa e efeito com a 
segurança no trabalho. Além disso, eles podem sofrer atos agressivos, tais como 
casos de terrorismo e pirataria, que potencializam o risco de segurança do trabalho. 
11 
 
A indústria marítima é iminente e tem funções internacionais de 
regulamentação da segurança do trabalho que é basicamente a transposição para o 
direito nacional das convenções internacionais da IMO e da OIT e, em alguns casos, 
as recomendações de organizações cujo foco é um setor de atividade marítima. Além 
disso, a UE tem produzido diretivas comunitárias aplicáveis em matéria de segurança 
de pensão profissional para os marítimos. 
 
 
 
4.1 CONCEITO DE DOENÇAS ERGONÔMICAS 
Doença ocupacional é designação de várias doenças que causam alterações 
na saúde do trabalhador, provocadas por fatores relacionados com o ambiente de 
trabalho. Elas se dividem em doenças profissionais ou tecnopatias, que são causadas 
por fatores inerentes à atividade laboral, e doenças do trabalho ou mesopatias, que 
são causadas pelas circunstâncias do trabalho. As primeiras possuem nexo causal 
presumido, mas nas segundas a relação com o trabalho deve ser comprovada. 
As doenças do sistema respiratório e da pele são as que mais ocorrem 
freqüentemente. O atento é fundamental preventivo, porque a maior parte das 
doenças ocupacionais é de complexo tratamento, como silicose, asbestose, dermatite 
de contato e câncer de pele ocupacional (MARIMAR, 2012). 
A doença ocupacional normalmente é contraída quando um operário é exposto 
além do alcance admitido por lei a agentes químicos, físicos, biológicos ou 
radioativos, sem assistência cabível com o risco envolvido. Essa assistência pode ser 
feita através de equipamento de proteção coletivo (EPC) ou equipamento de proteção 
individual (EPI). E também medidas administrativo-organizacionaisadequadas para 
diminuir os riscos. As fundamentais vias de fluxo de atuantes nocivos são a pele e os 
pulmões. Dentro do país, a doença ocupacional é igualada ao acidente de trabalho, 
tendo os próprios direitos e melhoramentos (MARIMAR, 2012). 
12 
 
 Deste modo, a ergonomia atualmente denota adaptar o trabalho às pessoas e 
não o individuo ao trabalho. Constituiu desta maneira, o acordo do órgão que controla 
a saúde do trabalho no mundo - Organização Mundial da Saúde (OMS) - (MARIMAR, 
2012). 
Marimar (2012, p. 1) aponta algumas iniciativas do Governo Federal a respeito 
da ergonomia: 
 
No Brasil, o Governo Federal também sentiu a necessidade de criar normas 
para que as empresas pudessem fazer o melhor possível para evitar o mal 
maior do trabalho. Através do Ministério do Trabalho e da saúde, criou a 
“Norma 17”, obrigando as empresas optarem não só na fabricação de móveis 
e utensílios, máquinas e aparelhos ergonomicamente fabricados, mas 
também para reduzir as dores e sofrimento do trabalhador brasileiro. Quando 
se não observa normas ergonométricas, o trabalhador sofre no seu corpo as 
conseqüências e o empregador no seu bolso, através de gastos com muletas, 
auxílio doença, afastamento no trabalho (absenteísmo) e outros prejuízos 
além da consciência pesada de ter provocado transtorno ao seu semelhante. 
 
Para que haja produção, o empregador precisará seguir este acordo (Norma 
17) em sua empresa, impedindo assim, cansaços, desconfortos, aflições da LER e 
(DORT) em seus funcionários (MARIMAR, 2012). 
Porém não basta a postura do empregador, é indispensável, ainda a 
conhecimento dos funcionários, seguindo igualmente, a melhor forma de 
desempenhar o acordo (MARIMAR, 2012). 
A maneira de desempenho do trabalho e não ter postura gera no sistema 
músculo esquelético do individuo a causa da lei e efeito, ou seja, sem a precaução e 
proceder imperfeitamente correspondendo a Ergonomia, o corpo padecerá. Porém 
não esquecendo que o funcionário fica na empresa entre seis a dez horas do seu dia. 
O resto do seu dia em condução, estudo, entretenimento e repouso. Na sua 
residência precisará tomar postura adequada e um colchão ortopédico, móveis 
13 
 
adequados sua permanência é sempre maior e a lei da Ergonomia não sabe separar 
o tempo (MARIMAR, 2012). 
 
 
4.2 RELAÇÃO DE EMPREGO E ACIDENTES DE TRABALHO 
 
No período da revolução industrial por volta da primeira metade do século XIX, 
foi um grande momento para o desenvolvimento da então denominada medicina do 
trabalho como uma especialidade no ramo da medicina. 
O gasto da força de trabalho resulta da dependência da mão de obra dos 
indivíduos que os leva a um processo crescente e desumano de produção, 
demandando uma intervenção, sob pena de tornar inviável a sobrevivência e 
reprodução do próprio processo. 
Quando Robert Dernham, proprietário de uma fábrica têxtil, preocupado com o 
fato de que seus operários não dispunham de nenhum cuidado médico a não ser 
aquele propiciado por instituições filantrópicas, procurou o Dr. Robert Baker, seu 
médico, pedindo que indicasse qual a maneira pela qual ele, como empresário, 
poderia resolver tal situação, Baker respondeu-lhe: Coloque no interior da sua fábrica 
o seu próprio médico, que servirá de intermediário entre você, os seus trabalhadores 
e o público. 
Deixe-o visitar a fábrica, sala por sala, sempre que existam pessoas 
trabalhando, de maneira que ele possa verificar o efeito do trabalho sobre as pessoas. 
E se ele verificar que qualquer dos trabalhadores está sofrendo a influência de causas 
que possam ser prevenidas, a ele competirá fazer tal prevenção. Dessa forma você 
poderá dizer: meu médico é a minha defesa, pois a ele dei toda a minha autoridade 
no que diz respeito à proteção da saúde e das condições físicas dos meus operários; 
se algum deles vier a sofrer qualquer alteração da saúde, o médico unicamente é que 
deve ser responsabilizado. 
14 
 
A resposta do empregador foi a de contratar Baker para trabalhar na sua 
fábrica, surgindo assim, em 1830, o primeiro serviço de medicina do trabalho. 
Na verdade, despontam na resposta do fundador do primeiro serviço médico de 
empresa, os elementos básicos da expectativa do capital quanto às finalidades de tais 
serviços: 
 
� - Deveriam ser serviços dirigidos por pessoas de inteira confiança do 
empresário e que se dispusessem a defendê-lo, 
� - Deveriam ser serviços centrados na figura do médico, 
� - A prevenção dos danos à saúde resultantes dos riscos do trabalho 
deveria ser tarefa eminentemente médica; e 
� - A responsabilidade pela ocorrência dos problemas de saúde ficava 
transferida ao médico. 
 
A utilização da medicina no trabalho foi rapidamente disseminada por outros 
países, concomitantemente com o processo de industrialização, onde outros países 
ao redor aderiram também com a transnacionalização da economia. 
Os sistemas de assistência à saúde possuem algumas fragilidades, tais como o 
seguro social expressivo, quer diretamente providos pelo Estado, através de serviços 
de saúde pública, fez com que os médicos que trabalham em empresa passassem a 
exercer um papel efetivo, consolidando a sua vocação enquanto instrumento de criar 
e manter a dependência do trabalhador, ao lado do exercício direto do controle da 
força de trabalho. 
A apreensão em levar os serviços médicos aos trabalhadores começa a se 
pensar no cenário de outros países também na agenda da Organização Internacional 
do Trabalho (OIT), criada no ano de 1919. Desta forma, em 1953, através da 
Recomendação 97 sobre a "Proteção da Saúde dos Trabalhadores", a Conferência 
Internacional do Trabalho fundava aos Estados Membros da OIT que promovessem a 
formação de médicos do trabalho qualificados e o estudo da organização de "Serviços 
de Medicina do Trabalho". 
15 
 
No ano de 1954, a OIT convocou um grupo de especialistas para estudar as 
diretrizes gerais da organização de "Serviços Médicos do Trabalho". Dois anos mais 
tarde, o Conselho de Administração da OIT, ao inscrever o tema na ordem-do-dia da 
Conferência Internacional do Trabalho de 1958, substituiu a denominação "Serviços 
Médicos do Trabalho" por "Serviços de Medicina do Trabalho". 
A medicina do trabalho foi aprovada pela recomendação 11245 na Conferencia 
Internacional do Trabalho, trazendo a experiência de outros países com maior 
desenvolvimento industrial, tal feito aconteceu no final de 1959. 
Este primeiro trâmite normativo de vigor internacional passou a servir como 
referencial e paradigma para o recebimento e certificação de diplomas legais 
nacionais de acordo com as leis brasileiras. 
A abordagem de alguns pontos que incluem a sua definição no caso da 
medicina do trabalho, sendo os métodos de aplicação da recomendação, a 
organização dos Serviços, suas funções, pessoal e instalações, e meios de atuação. 
Sendo assim as definições de serviço de medicina do trabalho referiram-se ao serviço 
organizado nos locais de trabalho ou em suas imediações, destinado a: 
 
� - Assegurar a proteção dos trabalhadores contra todo o risco que 
prejudique a sua saúde e que possa resultar de seu trabalho ou das 
condições em que este se efetue, 
� - Contribuir à adaptação física e mental dos trabalhadores, em particular 
pela adequação do trabalho e pela sua colocação em lugares de 
trabalho correspondentes às suas aptidões; e 
� - Contribuir ao estabelecimento e manutenção do nível mais elevado 
possível do bem-estar físico e mental dos trabalhadores. 
 
Desta conceituação podem ser extraídas mais algumas peculiaridades da 
medicina do trabalho, assim como alguns questionamentos que têm a ver com suas 
limitações, a saber: 
16 
 
 
� A medicina do trabalho constitui fundamentalmente uma atividade 
médica, e o "lócus" de sua prática dá-se tipicamente nos locaisde trabalho. 
� Faz parte de sua razão de ser a tarefa de cuidar da "adaptação 
física e mental dos trabalhadores", supostamente contribuindo na colocação 
destes em lugares ou tarefas correspondentes às aptidões. A "adequação do 
trabalho ao trabalhador", limitada à intervenção médica, restringe-se à seleção 
de candidatos a emprego e à tentativa de adaptar os trabalhadores às suas 
condições de trabalho, através de atividades educativas. 
� Atribui-se à medicina do trabalho a tarefa de "contribuir ao 
estabelecimento e manutenção do nível mais elevado possível do bem-estar 
físico e mental dos trabalhadores", conferindo-lhe um caráter de onipotência, 
próprio da concepção positivista da prática médica. 
 
4.3 BREVE HISTÓRICO 
 Extremamente desconfortável insalubre e perigosa. Em média, a cada três 
navios que partiam de Portugal nos séculos 16 e 17, um afundava. Cerca de 40% da 
tripulação morriam nas viagens, vítimas não só de naufrágios, mas também de 
ataques piratas, doenças e choques com nativos dos locais visitados. Quem 
sobrevivia ainda tinha que agüentar o insuportável mau cheiro a bordo e as 
acomodações precárias. "Nas cobertas inferiores (onde as pessoas dormiam), o ar e 
a luz eram escassos, sendo fornecidos apenas por fendas entre as madeiras, que 
deixavam passar também a água do mar, tornando os porões abafados, quentes e 
úmidos", (FABIO, 2000). 
 Se o alojamento era ruim, a dieta era pior ainda. As caravelas nunca levavam a 
quantidade ideal de comida, o que estimulava um mercado negro a bordo. Os oficiais 
mais graduados controlavam o negócio, vendendo produtos, como frutas, por 
exemplo, a quem pagasse mais. 
17 
 
 Quem não tinha dinheiro e via os alimentos se esgotarem caçava ratos e 
baratas, que infestavam os navios, para sobreviver. A higiene a bordo era bastante 
precária. Banho nem pensar, o que fazia proliferar pulgas, piolhos e percevejo. Ter 
um médico a bordo era raridade e os doentes eram tratados no improviso 
principalmente com sangrias, que podiam transformar uma indisposição em anemia 
mortal. A falta de vitamina C na alimentação provocava escorbuto, doença que 
apodrecia as gengivas e faziam cair os dentes, era comum a disenteria, febre tifóide e 
a varíola. 
 A falta de segurança ainda era agravada pela má conservação dos barcos, que 
em muitas ocasiões tinham cascos apodrecidos e velas desgastadas. Mesmo com 
tantos problemas essas embarcações valiam fortunas. "Em meados do século 16, 
uma caravela aparelhada para 120 tripulantes custava em torno de 75 quilos de ouro, 
o equivalente à compra de 758 mil escravos africanos", (Fábio, 2000). 
 A caravela se tornou o mais famoso tipo de navio usado nas jornadas dos 
descobrimentos, mas havia também a nau, embarcação mais lenta, mas que possuía 
maior capacidade de carga e podia levar um número maior de canhões e tripulantes. 
 
A respeito do histórico da segurança no trabalho Portal de Informações (2013) 
aponta que: 
 
O surgimento da Revolução Industrial, na Inglaterra, por volta de 1850, trouxe 
muitas transformações para a sociedade, principalmente aos trabalhadores, 
uma vez que os mesmos estavam sujeitos a inúmeras situações perigosas, 
efetuavam jornadas de trabalho muito superiores àquelas que o corpo 
suportava, em locais sem nenhuma segurança, manuseando equipamentos 
e máquinas desconhecidos gerando situações de acidentes de trabalho 
como: mutilação, intoxicação, desgaste físico, stress, dentre outros. Além 
disso, havia o fato da mão de obra ser realizada, principalmente, de crianças 
e adolescentes egressos de orfanatos, já que esta era uma mão-de-obra 
barata, formada de pessoas abandonadas pela sociedade, e que os 
empresários não tinham interesse em proteger. 
18 
 
 As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos 
ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes 
com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores 
eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os 
empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos 
físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo 
terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro 
benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam 
por situações de precariedade. 
Como resultado do evento público, alguns políticos britânicos foram forçados a 
criar uma lei que regula a segurança no trabalho. Essa lei foi criada na Inglaterra em 
1802, sendo a primeira lei que visa à segurança no trabalho. 
O Brasil começou a surgir preocupações sobre a segurança do emprego em 
1919, quando a companhia Rui Barbosa, mencionou as leis de acordo com o bem-
estar e segurança dos trabalhadores. Esta preocupação é maior quando em 1943, 
com a publicação do Decreto de Lei n º 5.452, Capítulo V que aprova a Consolidação 
das Leis do Trabalho que diz respeito à segurança e saúde. 
O Brasil foi o primeiro país a ter o serviço obrigatório de segurança e saúde no 
trabalho por empresas com mais de 100 funcionários Este passo foi de 27 Julho 1972, 
por iniciativa do então ministro do Trabalho, Júlio Barata, que publicou os decretos 
3236 e 3237, o que teve uma formação técnica em segurança e saúde do trabalho e 
ele atualizou o artigo 164 da Lei do Trabalho regulado. 
Portanto, a data foi escolhida e conhecida como o dia nacional de prevenção 
de acidentes de trabalho. 
Em 22 de Dezembro de 1977, foi criada a Lei 6.514, que altera o Capítulo V, 
Título II, da consolidação das leis do trabalho. Com isso não há alívio das disposições 
das orientações do Regulamento 3214 de 8 Junho 1978. No momento em que o 
trabalho já não é limitado a pessoas ou pequenos grupos, não mais artesanal e foi 
desenvolvido pelo crescente contingente de pessoal, começando a parecer os 
problemas identificados hoje como saúde e segurança ocupacional. 
19 
 
Hoje, não há como uma empresa não se preocupar com os seus funcionários, 
ou pelo menos a taxa de acidentes de trabalho, pois eles geram enormes custos para 
o mesmo. 
 
4.4 TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO 
 
Alguns acidentes são intrínsecos das atividades desenvolvidas pelo trabalhador 
que podem ser ocasionadas. O advento da máquina, após a revolução industrial e até 
os dias de hoje, veio a acentuar esse risco. Um imprevisto de acidentes nunca tem 
que vão sendo acumuladas, que acontecem até que uma última ação precede o ato 
imediato que ativa situação do acidente. 
É avaliado como situação de acidentes de trabalho qualquer caso de lesão 
ocorrida no local de trabalho e no percurso ou volta do trabalho, fora dos limites da 
empresa e fora do local de trabalho, fora do local da empresa, mais em função dele. 
As causas de acidentes podem ser classificadas em atos inseguros, condições 
inseguras e condições e limpeza. 
As ações inseguras são decorrentes do cumprimento dos afazeres de forma 
errada com quem diz respeito às normas de segurança, como, por exemplo, agir sem 
permissão, dirigir perigosamente, não usar EPIs, etc., e são parâmetros relevantes 
que colaboram para a ocorrência de acidentes do trabalho e que são definidos como 
causas de acidentes que residem exclusivamente no fator humano. 
São rotineiramente relatados acidentes de trabalho devido ao trabalhador 
utilizar ferramentas que não condizem com as normas e por estarem mais próximas 
ou por limpar máquinas em movimento por ter preguiça de desligá-las. Para evitar 
esse tipo de fator de risco, o que se tem que fazer é o estudo de fatores e casos 
relacionados com a ocorrência destes e controlá-los. 
Algumas atitudes inseguras são dadas como falhas técnicas, que podem estar 
contidas no meio de trabalhoe que afetam a segurança dos trabalhadores e a própria 
20 
 
segurança das instalações e dos equipamentos. Porem, não se deve confundir 
condições inseguras com o risco inerente a algumas operações industriais. 
Casos com corrente elétrica que está presente em praticamente todo ambiente 
de trabalho, por exemplo, é um dos maiores fatores de risco que estão inerentes a 
trabalhos que envolvem instalações elétricas. Mas a eletricidade, não pode ser 
considerada um fator que causa insegurança, por ser perigosa. Condições de 
insegurança estão relacionadas à corrente elétrica de instalações mal feitas, fios 
expostos, etc.; a energia elétrica propriamente dita, não. A energia elétrica, quando 
devidamente isolada das pessoas, passa a ser um risco controlado e não constitui 
uma condição insegura. 
A organização e limpeza possuem um papel de influência positiva no 
comportamento do trabalhador. O ambiente de trabalho é diretamente afetado por 
muitos fatores de ordem física, que exercem importante influência psicológica sobre 
os trabalhadores, e interferem de maneira positiva ou negativa no comportamento 
humano conforme as condições em que se apresentam. 
 
4.5 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS MAIS COMUNS NO 
SETOR MARÍTIMO 
 
Abaixo está apresentada uma lista genérica do risco ocupacional mais comum 
para navios. 
 
• Riscos Físicos: 
o Iluminação insuficiente ou inadequada; 
o Temperaturas extremas; 
o A radiação ionizante e radiação não ionizante (incluindo luz solar); 
o Efeitos diretos da exposição à corrente elétrica; 
o Os níveis de ruído e vibração que excedam os exigidos pela legislação; 
o Flutuações de pressão além do aceitável e explosão 
21 
 
 
 
 
 
4.6 COERÊNCIA COM A SEGURANÇA DO EMPREGO EM AMBIENTE 
MARÍTIMO 
 
Como mencionado, para além da intensidade, os peritos nas atividades dos 
navios, podem adicionar fatores agravantes específicos, tais como condições 
ambientais como onda, vento, chuva e gelo. 
A ação das ondas e do vento quer diretamente para aqueles que trabalham em 
lugares ao ar livre com efeitos que vem causando equilíbrio, especialmente em navios 
menores, tornando-se um fator de multiplicação de acidentes por quedas, 
componentes de deslocamento e projeção de erros de ocorrência, se a solução pode 
ser mais perigosa. A chuva tem empregos diretos no exterior, que são urgentes e o 
gelo pode reduzir a estabilidade do navio, colocando em risco os efeitos de segurança 
marítima. 
 
4.7 A TENDÊNCIA PARA A REDUÇÃO DA MÃO DE OBRA E MAIOR 
AUTOMATIZAÇÃO. 
 
A tendência da tripulação reduzida, determinado pelo contexto do negócio e da 
tecnologia que é possível graças ao aumento do grau de automação que pode em 
condições de avaria devido a uma escassez de recursos humanos com as 
competências necessárias para prevenir certos reparos ou ações, tais como combate 
a incêndios, resgate de tanques danificados que aumentam o risco de insegurança 
marítima. 
22 
 
 
 
 
 
4.8 ALOCAÇÃO DA SEGURANÇA MARÍTIMA. 
 
As deficiências em matéria de segurança marítima podem determinar a 
segurança da tripulação, ou seja, a segurança marítima contribui diretamente para o 
nível de risco ocupacional a bordo de navios. 
Como em matéria de segurança marítima, uma deterioração da envolvente 
"segurança" a bordo, afeta o nível de risco ocupacional. 
A incapacidade de fornecer ajuda médica rapidamente com as habilidades 
técnicas necessárias, mesmo em casos graves. 
Apesar da vantagem de telecomunicações que aumenta a eficiência dos 
sistemas de busca e salvamento e as obrigações que a empresa é obrigada a ter em 
acidentes ou doença grave, é um fato preocupante e diferenciado de perigo que é 
para as atividades homônimas em terra. 
 
4.9 FADIGA E PRESSÃO PSICOLÓGICA POR MOTIVOS PROFISSIONAIS 
 
O cansaço físico da atividade resulta em problemas mentais em um dia de 
trabalho, sem que permitam alguma folga, aumentando a pressão mental e estresse, 
tendo diversos riscos à saúde e à deterioração da habilidade mental para executar as 
tarefas que a navegação exige. 
 
23 
 
4.10 ISOLAMENTO 
 
A falta de oportunidades de socialização reforçada pelo fato de que não são 
multinacionais, a equipe multicultural e adicionar os marítimos de diferentes religiões 
e em muitos casos, sem as distrações e limitações no exercício físico, são elementos 
que podem aumentar o risco de danos à saúde mental. O uso de álcool também é 
preocupante, além de contribuir para acidentes, especialmente fora do horário de 
trabalho. 
A redução dos períodos no país durante as navegações, devido à concorrência 
operacional também contribui para o aumento da alocação de riscos psicossociais. A 
exposição a doenças infecciosas e o aumento da prevalência de algumas outras 
doenças. 
A partilha de espaço e utensílios, bem como a estádia em portos em regiões 
não saudáveis, podendo aumentar as doenças infecciosas. Estudos têm revelado que 
há entre a prevalência de marítimos de certos tipos de câncer, que seja originário de 
costumes sociais ou associados a substâncias tóxicas transportadas. Há também um 
risco aumentado de doenças diretamente relacionadas com a intoxicação alimentar. 
 
4.11 VOLUME DE NEGÓCIOS DAS TRIPULAÇÕES 
 
As duras condições a bordo dessa prática profissional fomenta as demissões 
sem aviso prévio, às vezes causando a rotação das tripulações de maneira muito 
elevada, tendo o risco de perda de qualidade no desempenho das instalações a bordo 
e ao conseqüente aumento dos riscos profissionais. 
 
4.12 HABITABILIDADE 
 
24 
 
As más condições de vida, particularmente em navios mais antigos e menores, 
especialmente em relação à qualidade do ar interior e ruído que estão associados 
com o equilíbrio, e pode danificar e ajudar a reduzir a disponibilidade de condições 
físicas e mentais para todo o desempenho profissional. 
4.13 RISCOS OCUPACIONAIS NA PESCA PROFISSIONAL 
 
Dados estatísticos sobre vítimas de acidentes no setor marítimo, incluindo a 
pesca, não são tão acessíveis ou codificadas nas atividades industriais em terra, 
havendo poucos dados confiáveis sobre o setor das pescas, este que se assegura 
que é um dos setores profissionais com maior risco ocupacional. 
No caso nacional, a maioria dos navios de pesca é pequena, sendo menores 
que 12 metros, onde o grupo tem condições de trabalho arriscado e perigoso no ato 
da pesca. De qualquer forma, muitos dos acidentes são de natureza estritamente 
marítima, não tendo nada a ver com o trabalho penoso de pesca. 
Item da pesqueira nacional de 2011 indica que houve 10 óbitos, dos quais 8 
foram por naufrágio, um após outro acidente de pesca e uma vítima de outras causas. 
Em mais de mil acidentes que ocorreram corresponde a um período de 28 dias de 
incapacidade por sinistro do trabalhador. A maioria das mortes, lesões e períodos de 
incapacidade aconteceu no norte do país. 
As estatísticas internacionais, especialmente de países da Europa, Austrália e 
Estados Unidos, mostra que a mortalidade na atividade marítima (óbitos por 100.000 
trabalhadores) é muito maior que a média nacional, e para as pescas estão no topo 
dessa estatística. 
Em documentos da FAO menciona-se que nos EUA o número de óbitos por 
100 000 pescadores são de 25 a 30 vezes maior que a média nacional de profissões, 
e na Austrália são de 17 vezes maior. 
Documentos da UE mostram que o risco de acidentes no setor das pescas na 
Europa é 2 a 40 vezes maior que os setores industriais médios. 
25 
 
Ainda reunindo informações que tem limitações e não mostra a situação real 
dos efeitos da especificidade da pesca em acidentes de trabalho, deve-se notar que a 
maioria das convenções internacionais, a legislação européia e nacional para navios e 
diretivas para os navios depesca são possivelmente devido à natureza da atividade, 
porque em grande parte da atividade não pratica viagens internacionais. A Lei dos 
navios de pesca tende a ser especializados. 
A literatura disponível, alguns dos fatores que contribuem para os acidentes 
com embarcações de pesca de pequeno porte, são: 
 
- A crença de que os acidentes são inevitáveis, ou seja, que não se pode 
evitá-los; 
- A não utilização de equipamentos de segurança, incluindo equipamentos de 
proteção individual - EPI (coletes de segurança, luvas e outro caso); 
- Ao mesmo tempo realizando várias tarefas durante a execução de pesca, o 
que indica a alocação das tripulações; 
- Termos de excessiva ou mal arrumadas de carga, o que compromete a 
estabilidade e flutuabilidade; 
- Implementação de condições de pesca labuta com mar perigoso, às vezes 
em áreas costeiras, para manobrar o barco de maneira arriscada, sem uma 
margem de segurança para a unidade, causando danos no motor ou no 
sistema de leme; 
-Fadiga por causa dos longos períodos de trabalho; 
- -Manutenção do navio insuficiente e de sua segurança de sistemas vitais; 
- Zonas de trabalho apertado e cheia de painéis; 
 
Os riscos ocupacionais mais comuns são: 
26 
 
 
- Ruído de instalação de equipamentos; 
- Stress e riscos psicossociais; 
- Lesões musculoesqueléticas; 
- Infecções causadas por golpes e cortes feitos no peixe e marisco; 
- Riscos ambientais diretos, tais como vento, frio, umidade e sol forte. 
 
4.14 MINIMIZANDO OS RISCOS PROFISSIONAIS NO SETOR MARÍTIMO 
 
Perspectivas de saúde e segurança, avaliação de risco ocupacional, e a 
estimativa de risco aceitável e exames médicos periódicos são elementos importantes 
para prevenir eventos adversos e suas conseqüências. 
Para essas medidas diretamente implementadas dentro de um processo de 
gerenciamento de risco adequado, juntamente com outros, o montante e a jusante 
sistêmicos, o que é igualmente fundamental, a saber: 
 
- Concepção e desenho dos navios, tendo em conta os aspectos 
ergonômicos, fluxo de trabalho, disponibilidade e confiabilidade; 
- A boa gestão da operação do navio, incluindo a manutenção de sistemas de 
bordo; 
- A formação adequada, certificação e treinamento da tripulação; 
- A divulgação adequada de informações sobre a configuração e o 
comportamento do navio; 
27 
 
- Sujeito a inspeções e auditorias externas sobre a implementação das 
medidas recomendadas (oportunidades de melhoria) ou imposto, consistindo 
de natureza material e natureza processual; 
- Manutenção, o proprietário e o responsável pela gestão do seu setor de 
armamentos, um propósito permanente de melhoria contínua. 
 5. CONCLUSÕES 
 
As atividades marítimas têm características especiais que os diferenciam das 
atividades terrestres. 
O tradicionalismo e a necessidade de marítimos, em especial, mestres, 
capitães ou gerentes que devem tomar decisões de forma isolada e, destes, pelo 
menos inicialmente, precisam ser tratadas com os recursos existentes a bordo que 
são seguros para agravar essas duas características distintivas. 
Por outro lado, muitos requisitos e soluções de segurança aparecem pela 
primeira vez no ambiente marinho e só mais tarde aparece no ambiente terrestre, 
repetem-se práticas que facilitam a gestão de riscos a bordo. 
As atividades marítimas, em particular o transporte marítimo é uma indústria 
altamente competitiva e, portanto, há uma tendência por parte de alguns para garantir 
que apenas as condições mínimas de segurança no trabalho, desde que a reparação 
do dano é sempre assegurada pelo seguro de acidentes profissionais. Esta tendência 
não é socialmente aceitável e deve sempre ser substituída por uma cultura de 
segurança que inclui os seguintes elementos principais: 
 
- O reconhecimento de que, em geral, todos os acidentes sejam evitados e 
que normalmente só ocorram quando os atos inseguros ou por falha de 
procedimentos recomendados e estabelecidos; 
28 
 
- Os chefes de navio e tripulação terão uma preocupação constante com a 
segurança e a boa prática profissional; 
 
Medidas de melhoria contínua, com o objetivo de alcançar zero acidente devem 
ser resolvidas. 
Hoje, é uma crença de que a comunicação às autoridades de acidentes de 
trabalho e doenças risca de inadimplência e a fiabilidade da informação estatística de 
uma cultura de segurança para consolidar e ter que garantir que tal deficiência seja 
corrigida com brevidade. 
As atividades marítimas são consideradas socialmente e economicamente 
importantes. É necessário manter este justo reconhecimento socioeconômico e 
deixam de serem consideradas atividades onde o acidente, mais cedo ou mais tarde, 
constitui uma inevitabilidade. 
 
REFERÊNCIAS 
 
FIGUEIREDO JRM, MANNARINO L, CANETTI MD, PRATES MR, SOUZA CP. 
Emergência: Condutas médicas e transporte. Rio de Janeiro (RJ): Revinter; 1996. 
MARIMAR. Ergonomia e postura no trabalho. 
MARZIALE, M.H.P.; CARVALHO, E.C. Condições ergonômicas do trabalho da equipe 
de enfermagem em unidade de internação de cardiologia. Rev. Latino-am 
Enfermagem, v.6, n.1, p.99-117, 1995. 
MIIELNIK I. Higiene mental do trabalho. São Paulo: Artes Médicas; 1976 
FÁBIO P. RAMOS Naufrágios e Obstáculos Enfrentados pelas Armadas da Índia 
Portuguesa: 1497-165, Editora Humanitas, 2000. 
29 
 
NORMA REGULAMENTADORA nº 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário, 
Portaria SIT nº 12, de 31 de maio de 2007. 
OLIVEIRA, B.R.G; MUROFUSE, N.T. Acidentes de trabalho e doença ocupacional: 
estudo sobre o conhecimento do trabalhador hospitalar dos riscos à saúde de seu 
trabalho. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v.9, n.1, p. 109-115, 2001. 
PAZZANEZI AC. Manual Provisório em português do Pré-hospital Trauma Life 
Support. 4ª ed. vol. 1; 2000. 
PORTO CA. Atendimento pré-hospitalar: agora esta regulamentada para a 
enfermagem e para todos. Revista COREN-SP 2001 mai-jun; 34. 
REIS JN, CORREA AK. Unidade de emergência: stress X comunicação. In: Anais do 
2º Simpósio Brasileiro de Comunicação em Enfermagem; 1990 Ribeirão Preto (SP): 
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo. p. 528-38. 
REIS, R.S. Segurança e medicina do trabalho: normas regulamentadoras. São 
Caetano do Sul: Yendis, 2008. 
RIGOTTO, R.M. Investigando saúde e trabalho. São Paulo: Vozes, 1993. 
TAKAHASHI DM. Assistência de Enfermagem pré-hospitalar às emergências: um 
novo desafio para enfermagem. Ver.Bras.Enferm 1991 abr-set; 44(2/3): 113-5.

Outros materiais