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Plano de Aula: CRIMES CONTRA A HONRA DIREITO PENAL III - CCJ0110 Título CRIMES CONTRA A HONRA Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 4 Tema CRIMES CONTRA A HONRA (Art. 138 a 145, CP). Objetivos O aluno deverá ser capaz de: - Reconhecer a relevância da tutela penal do bem jurídico honra: objetiva e subjetiva. - Identificar as disposições gerais aos crimes contra a Honra, quais sejam: Pedido de explicações em Juízo, Retratação, Exclusão do crime e Causas de aumento. - Aplicar nos casos concretos apresentados, a espécie de honra tutelada e respectiva adequação típica da conduta lesiva. Estrutura do Conteúdo Antes da aula, não esqueça de ler : Os artigos. 138 a 145, do Código Penal. ESTRUTURA DE CONTEÚDO DESTA AULA: 1. Crimes contra a honra 1.1. Bem jurídico tutelado. Conceito de Honra. Disponibilidade para fins de atipicidade da conduta ou perdão judicial. 1.2. Distinção entre honra objetiva e subjetiva. 2. Calúnia. Art.138, do Código Penal. 2.1. Honra tutelada. Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. Consumação e tentativa. 2.2. Exceção da verdade no crime de calúnia. 2.3. Confronto entre os delitos de calúnia e denunciação caluniosa. 3. Difamação. Art.139, do Código Penal 3.1. Honra tutelada. Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. Consumação e tentativa. 3.2. Exceção da verdade no crime de difamação ? funcionário público no exercício de suas funções. 3.3. Semelhanças e dessemelhanças entre calúnia e difamação. 4. Injúria. Art.140, do Código Penal 4.1. Honra tutelada. Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. Consumação e tentativa. 4.2. Espécies: simples, real, discriminatória. 4.3. Perdão Judicial. 4.4. Semelhanças e dessemelhanças entre calúnia, difamação e injúria. 5 ? Disposições gerais aos crimes contra a Honra 5.1. Pedido de explicações em Juízo. Art.144 do Código Penal. 5.2. Retratação. Art.143, do Código Penal. 5.3. Exclusão do crime. Art.142, do Código Penal. 5.4. Causas de aumento. Art.141, do Código Penal. 5.5. Ação Penal nos crimes contra a Honra. Art.145, do Código Penal. Questões controvertidas: a ação penal de iniciativa pública condicionada, nos casos de injúria real, injúria discriminatória e quando perpetradas contra a honra do Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro. UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS: A honra integra o direito de personalidade ( art.5º, X, da CRFB/1988) e divide-se em honra objetiva e subjetiva conforme relacione-se à maneira com a qual é visto pela sociedade, por ex. sua reputação, ou, respectivamente, à sua dignidade e decoro, ou seja, de acordo com a idéia que possui sobre si mesmo dentro do contexto social no qual vive. Desta forma, por configurarem crimes de dano, os crimes contra a honra são tipificados em calúnia e difamação, quando lesionarem a honra objetiva e, injúria, a honra subjetiva. Interessante salientar que, na esfera penal, a honra configura-se como bem jurídico-penal disponível, razão pela qual o consentimento do ofendido, seja prévio à ofensa, seja no curso de uma ação penal e prévio à sentença penal condenatória terá relevância para fins da exclusão de responsabilidade jurídico penal. Significa dizer que, salvo situações excepcionais previstas em lei, a regra é que a ação penal seja de iniciativa do ofendido, mediante oferecimento de queixa-crime São situações nas quais, entretanto, a lei prevê a propositura de ação penal de iniciativa pública mediante representação da vítima ou requisição do Ministro da Justiça: nos casos em que sujeito passivo do delito contra a honra seja Presidente da República, chefe de governo estrangeiro, funcionário público, em razão de suas funções; nas situações nas quais, a conduta seja motivada por discriminação decorrente de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, ou ainda, quando da ofensa for realizada por meio empregado do qual advenha lesão corporal. Aplicação Prática Teórica APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO No dia 13 de outubro de 2016, no decorrer de determinada reunião social, acontecida em Copacabana, TONICO, com o nítido propósito de ofender, afirmou a diversos amigos que ABRAVANEL, também presente à conversa, havia, dois meses antes, tentado covardemente o suicídio, em face de banal discussão familiar. Indignado, por não ser o fato verdadeiro, receoso das conseqüências que poderiam advir de tal afirmação no meio social e sentindo-se moralmente ofendido, ABRAVANEL contratou os serviços profissionais de advogado estabelecido nesta Comarca, que, tempestivamente, ofereceu QUEIXA CRIME contra TONICO, dando-o como incurso nos artigos 138 e 139, na forma do artigo 70, todos do Código Penal. PERGUNTA-SE: A capitulação dada pelo advogado do querelante está correta? Justifique a sua resposta. QUESTÕES OBJETIVAS 1) O delito de difamação (CP, art. 139): a) Não admite tentativa. b) É crime formal. c) Protege a honra subjetiva. d) Não precisa que a imputação seja falsa. 2) PEDRO imputou a JOÃO, de maneira falsa, que este “escreve jogo do bicho” todos os dias na praça do bairro em que residem. PEDRO, com sua conduta, in thesis, cometeu o crime de: a) Calúnia b) Difamação c) Injúria d) Denunciação Caluniosa 1. Não está correta a capitulação pois não houve crime de calúnia, já que o fato imputado não constitui crime. Entretanto houve difamação pois Tonico imputou fato ofensivo a reputação de Abravanel, o que configura crime.
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