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ELETRÔNICA 1 2016/2 Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação/UFG Amplificador Operacional • Bibliografia: Livro Microeletrônica (autores: Sedra e Smith) Capítulo 2 1.1. Introdução • Modelo matemático de baixa complexidade • Implementação física com mais de vinte transistores TBJs e TECs • Representação do Amplificador Operacional (AO) em circuitos de baixa complexidade • Amplificador Operacional é idealmente linear (relação linear) • Comportamento experimental satisfatoriamente fiel ao do projeto teórico • Por quê Amplificador Operacional (AO)? Realiza operações matemáticas analíticas: soma, subtração, integral, derivada • O AO era a base do hardware do Computador Analógico 1. Amplificadores Operacionais (AOs) 1.2. Representação do Amplificador Operacional (AO) • Símbolo 1 – entrada inversora 2 – entrada não-inversora 3 – saída • Alimentação – provê energia para o amplificador • Polarização – estabelece o ponto de operação (quiescente) do AO na região linear • Alimentação e polarização – geralmente realizadas através de fonte simétrica de tensão (bipolar) • Alguns modelos de circuitos integrados (CIs) permitem alimentação unipolar do AO Obs: a numeração acima não está relacionada com nenhum modelo de circuito integrado • Alimentação com fonte simétrica (bipolar) • Alimentação com fonte unipolar (monopolar) 1.3. Amplificador Operacional Ideal - Características • i1 = i2 = 0→ Impedância de entrada é idealmente infinita • vo = A(v2 − v1) é uma fonte ideal, ou seja, a tensão independe da corrente de carga, io, ou seja, a impedância de saída nula (Ro = 0) • Ganho de modo comum é nulo • Ganho infinito em qualquer frequência (A→∞ p/ ∀ ω )-� vd = (v2 − v1) = 0 é um curto circuito virtual (sem corrente) • Largura de faixa de resposta em frequência infinita Amplificador Operacional IdealAmplificador Operacional Ideal Representação das fontes de sinal de entrada v1 e v2 em termos das componentes diferencial e de modo comum Representação das fontes de sinal de entrada v1 e v2 em termos das componentes diferencial e de modo comum Circuito Equivalente do ampop ideal Circuito Equivalente do ampop ideal Entrada diferencial Entrada de modo comum �2� �1 � 2���� • Exemplo 1 (exercício 2.3 – Sedra/Smith 5ª ed.) O circuito interno de um determinado AO pode ser modelado pelo circuito mostrado na figura. Expressar v3 em função de v1 e v2. Para o caso de Gm = 10 mA/V, R = 10 kΩ e µ = 100, calcule o valor do ganho em malha aberta A. Resposta: v3 = µ GmR(v2 − v 1); A = 10.000 V/V. Como é possível implementar um circuito para obter este comportamento? Circuito do Amp. Op. 741 Amplificador Op. Ideal em Malha Fechada Configuração Inversora - Ganho de malha fechada curto-circuito virtual � � � � � � �� � ����� �� � � � � � 0 vout finito Amplificador Op. Ideal em Malha Fechada Configuração Inversora – Impedância de entrada �� � �� �� ��� ≝ �� �� ��� � �� ��� • Alta resistência de entrada é desejável � Configuração inversora é considerada de baixa impedância de entrada • Altos valores de ganho e de R1 (para resultar em valores de entrada elevados) levam a valores irreais para R1, já que R2=ganho.R1. Valores admissíveis são 1 kΩ ≤ (R1 e R2 ) ≤ 1 MΩ. • A resistência de saída é nula, dentro dos limites nominais, já que a tensão de saída é mantida constante até a corrente nominal. • Exemplo 2 (exercício 2.4 – Sedra/Smith 5ª ed) Utilize o circuito da configuração inversora de um AO para projetar um amplificador tendo um ganho de −10 e uma resistência de entrada de 100 kΩ. Resposta: R1 = 100 kΩ e R2 = 1 MΩ 1.4. Circuitos com AO – Configuração Invesora • Exemplo 3 (exemplo 2.2 – Sedra/Smith 5ª ed) Supondo o AO ideal, deduzir uma expressão para o ganho em malha fechada vo/vi do circuito da figura. Usar o circuito para projetar um amplificador inversor com um ganho de -100 e impedância de entrada de 1 MΩ. Por uma questão de limitação do circuito integrado, deve- se utilizar resistores de até 1 MΩ. Comparar esta configuração com o amplificador com realimentação simples. Inversor - Exemplo Exemplo 3 1 2 3 e 4 5 6 7 8 Efeito do Ganho de Malha Aberta Finito – Amp. Inversor • Exemplo 4 (exemplo 2.1 – Sedra/Smith 5ª ed.) Considere a configuração inversora com R1 = 1 kΩ e R2 = 100 kΩ. Determinar: a) o ganho em malha fechada para os casos em que A = 103, 104 e 105. Em cada caso, determinar o erro relativo em relação ao ganho ideal para A = ∞. Calcular também o valor da tensão no terminal da entrada inversora (v −−−− ) quando vi = 0,1 volts. b) se o ganho em malha aberta A variar de 100.000 a 50.000, qual será a correspondente variação percentual no valor do ganho em malha fechada? Amplificador Somador Ponderado Por superposição de efeitos Pela lei das corrente de Kirchoff Amplificador Op. Ideal em Malha Fechada Configuração Não-Inversora - Ganho de malha fechada Ganho= vout/vin Amp. Op. Ideal: *Correntes de entrada nulas *curto-circuito virtual �� � ����� � � � �� � 0 �� � ��� → ��� ��� • Exemplo 5 (exercício 2.11 – Sedra/Smith 5ª ed.) Projetar um amplificador não-inversor em malha fechada com ganho 2. Para uma máxima tensão na saída igual a 10 V, a corrente no divisor de tensão deve ser de 10 µA. Circuito Seguidor de Tensão (“buffer”) • Resistência de entrada infinita e resistência de saída nula • Circuito isolador ou casador de impedâncias ou seguidor de tensão ∞ 0 Resposta: R1 = R2 = 0,5 MΩ. 1.5. Circuitos com AO – Configuração Não-invesora Seguidor de tensão Rg Rg Rl+ - vg Rl + + - -vg vO=vg vo<vg Com isolador LLigação de uma fonte de tensão a uma carga RL Efeito do Ganho de Malha Aberta Finito – Amp. Não-inversor resulta em 1.3.1. Equação Geral do AO Ideal com Realimentações Inversora e Não-Inversora R1 R2 1.3.2. Equação Geral do AO Ideal com Realimentações Inversora e Não-Inversora no Domínio s Z1(s) Z2(s) • Exemplo 6 (exercícios 2.9 e 2.11 – Sedra/Smith 5ª ed.) Calcular a tensão de saída do circuito amplificador da figura utilizando a superposição dos efeitos. Amplificador Somador e Subtrator Resposta: 1.6. Aplicações Importantes de Amplificadores Operacionais • Exemplo 7 (exemplo 2.5 – Sedra/Smith 4ª ed.) A figura mostra um voltímetro de bobina móvel de baixo custo e alta resistência de entrada. Suponha que o fundo de escala do medidor de bobina móvel seja de 100 µA. Calcular a resistência R para que a leitura do fundo de escala seja alcança para v = 10 V. Voltímetro com AO Resposta: • A corrente na bobina independe da resistência interna do medidor. Esta é uma característica desejada para um bom medidor. O objetivo do amplificador de diferenças é amplificar a diferença dos dois sinais de entrada vi1 e vi2. Um bom amplificador de diferenças deve também rejeitar a componente de modo comum às duas entradas, ou seja, o ganho de modo comum deve ser idealmente nulo. Amplificador de Diferenças Simples Amplificador de Diferenças Ad = ganho diferencial Acm = ganho de modo comum – idealmente deverá ser nulo CMRR = razão de rejeição de modo comum Representação dos sinais de entrada através das suas componentes diferencial e de modo comum Aplicação do Teorema de Superposição para resolver o Amplificador de DiferençasAplicação do Teorema de Superposição para resolver o Amplificador de Diferenças Para vI2=0 Com vI1=0 Aplicação do Teorema de Sobreposição para resolver o amplificador diferençaAplicação do Teorema de Sobreposição para resolver o amplificador diferença Análise do amplificadorde diferenças para determinar o seu ganho em modo comum: Acm = vO / vIcm. Análise do amplificador de diferenças para determinar o seu ganho em modo comum: Acm = vO / vIcm. Cálculo de i1: Cálculo de vO: Ganho de modo comum Acm Como i2=i1 Amplificador de Diferenças Determinar a resistência de entrada do Amplif. De diferenças para o caso de se ter R3 = R1 e R4 = R2. Desvantagens: 1 - Ganho diferencial elevado: R2 /R1 e R1 tem que ser baixo levando a uma baixa impedância de entrada. 2 – Difícil variar o ganho diferencial. • Altos valores de CMRR indicam alta seletividade na rejeição de ruídos de modo comum e é uma característica desejada em amplificadores diferenciais • Qualquer imprecisão nos valores dos resistores tornará o ganho de modo comum não nulo. Este é um problema crítico e sem solução prática. CMRR: Razão de Rejeição de Modo Comum (Common-Mode Rejection Ratio) Amplificador de Instrumentação É um amplificador de diferenças mais preciso e com elevado CMRR. Desvantagens: • Sinais espúrios devido à amplificação vicm de (1+R2/R1 ) • Exigência do casamento entre R1 e R2 e ajuste do ganho através da variação de dois resistores R1 distintos Circuito excelente – Elimina desvantagens Vantagens: • Não amplificação de vicm e amplificação de vid de (1+R2/R1 ) • Ajuste do ganho através somente com 2R1 e casamento entre R1 e R2 não interfere na razão de rejeição de modo comum (CMRR) Circuito Amp. de Instrumentação 1.7. Resposta em Freqüência dos Amplificadores (Sedra / Smith – Cap. 1, item 1.6 ; apêndice D – 5ª Ed.) • Resposta em freqüência de um amplificador linear • Faixa de passagem (largura de faixa do amplificador) • Função de transferência da rede: • Redes com constante de tempo simples (CTS): redes de primeira ordem • Resposta em freqüência da rede: • Exemplos capacitivos: • Expressão gráfica da resposta em freqüência: diagrama de Bode • Passa-baixas: diretamente acoplado ou amp. cc (CTS) Classificação de Amplificadores pela Resposta em Freqüência • Passa-altas: capacitivamente acoplado ou amp. ca (CTS) • Passa-faixas: amps. sintonizados são de segunda ordem ou ordens superiores, não são do tipo CTS O decibel é utilizado por praticidade gráfica e numérica Decibel para ganho de tensão, Av, e para ganho de corrente, Ai. Sejam Av e Ai ganhos lineares, então e Decibel foi definido para razão de potências, Ap=P/Preferência, sendo Ap linear, então como Conceito de decibel (dB) Determina-se a relação Função de Transferência T(s) Resposta em Freqüência (Função de Transferência em regime permanente senoidal) T(jωωωω) Resposta em módulo T(jωωωω) Resposta em fase ∠∠∠∠ T(jωωωω) Ganho cc (transmissão em ωωωω = 0) Transmissão para ωωωω = ∞∞∞∞ (altas freqüências) Freqüência de corte (freq. de 3 dB) Gráficos de Bode Passa-Baixas (PB) Passa-Altas (PA) constante de tempo Fig. 1 Fig. 2 Resposta em Frequência para Redes CTS Gráficos de Bode para Rede PB (Fig. 1) Gráficos de Bode para Rede PA (Fig. 2) • Exemplo 8 Seja um sistema de primeira ordem (com Constante de Tempo Simples – CTS) com função de transferência (FT(s)). Determinar a resposta em frequência do sistema. Resposta: ω |FT(jω)| ∠ FT(jω) |FT(jω)|dB 0,1 1 −0,6° 0 1 0,995 −5,7° 0 10 −45° −3 100 0,0995 −84,3° −20 1000 0,01 −89,4° −40 1.8. Efeito da Faixa de Passagem do Ganho em Malha Aberta do AO, A(ω), no Circuito Amplificador Ganho em malha aberta de um AO típico Análise para ωωωω ≥≥≥≥ 10ωωωωb: ωωωωb é a “frequência de corte” ou “faixa de passagem” ou “frequência de 3dB” ωωωωt é a “faixa de passagem de ganho unitário” ou “produto ganho- faixa de passagem” quando ω ≥ 10ωb Resposta em frequência dos amplificadores em malha fechada Para Circuito Amplificador Não Inversor Para Circuito Amplificador Inversor • Exemplo 9 (exemplo 2.4 – Sedra/Smith 5ª ed.) Considere o amplificador com ft = 1MHz. Calcule a frequência de 3 dB dos amplificadores em malha fechada com os ganhos cc de +1000, +100, +10, +1, -1, -10, -100, -1000. Esboce os módulos das respostas em frequência para os ganhos de +10 e -10. Ganho em MF R2/R1 f3dB= ft/(1+ R2/R1) +1000 999 1 kHz +100 99 10 kHz +10 9 100 kHz +1 0 1 MHz -1 1 0,5 MHz -10 10 90,9 kHz -100 100 9,9 kHz -1000 1000 ≅ 1 kHz Resposta: amplificador não inversor: amplificador inversor: para ambos amplificadores: resposta em frequência para o ganho (VO/Vi): VO/Vi = +10 e R2/R1 = 9 VO/Vi = −10 e R2/R1 = 10 1kHz 10kHz 100kHz 1MHz 10MHz 1.9. Saturação do Amplificador Operacional (AO) • A operação linear do AO ocorre em uma faixa limitada de tensão na saída. A saturação ocorre para valores de 1 V a 3 V menores (em módulo) que as tensões de polarização • Um AO polarizado com fontes simétricas de +15 V e – 15 V (±15 V) irá saturar em torno de ±13 V • A tensão de saída deve ser limitada através do sinal de entrada e do ganho • Tensão nominal de saída (limites): • Tensão nominal de entrada (limites): Saturação da Tensão de Saída Limites da Corrente de Saída • A corrente está limitada a um valor nominal de projeto. Por exemplo, o LM741 possui corrente nominal de saída de ±20 mA • A corrente nominal de saída é a soma da corrente da carga e da corrente da malha de realimentação. A corrente de saída é limitada ao valor máximo nominal do AO automaticamente Característica de Transferência com Saturação ondas de entrada ondas de saída picos de saída ceifados devido à saturação • Exemplo 10 (exemplo 2.5 – Sedra/Smith 5ª ed.) Considere o amplificador da figura cujo ganho é de 10 V/V, especificado para tensões de saturação de ±13 V e limites de corrente de ±20 mA. A entrada do amplificador é uma onda senoidal de baixa frequência com valor de pico Vp e sua carga é RL. Determinar: a) a tensão e a corrente de saída do amplificador para Vp = 1V e RL = 1kΩ ; b) a tensão e a corrente de saída do amplificador para Vp = 1,5V e RL = 1kΩ ; c) para RL = 1kΩ, qual o máximo Vp para que a saída não seja distorcida? d) para Vp = 1 V, qual o valor de RL para que a saída não seja distorcida? 1.10. Imperfeições CC do Amplificador Operacional • Causas: AO é um dispositivo diretamente acoplado; desequilíbrio entre; desequilíbrio no estágio diferencial de entrada (interno ao AO), conforme apresenta o modelo físico da figura • Consequência: Tensão de offset, VOS,na faixa de 1 a 5 mV • VOS pode ter polaridade positiva ou negativa e varia com a temperatura (µV/°C) Tensão de offset • A tensão de saída devido a VOS, independente da configuração (inversora ou não inversora) será • Exemplo 11 (exercício 2.23 – Sedra/Smith 5ª ed.) Use o modelo físico do AO para offset de tensão e esboce a característica de transferência de malha aberta, vO versus vId (vO=v3 e vId= v2 – v1), de um AO tendo AO =104, nível de saturação de ±10 V e VOS de +5mV. Resposta: • Há ainda alguns AO que possuem autocompensação interna e outros que provêem pinos externos para realização de compensação de offset, como na figura • Exemplo 12 (exercícios 2.24 e 2.25 – Sedra/Smith 5ª ed.) Considere um circuito amplificador inversor com ganho cc de –1000, construído com um AO com tensão de offset de +3 mV e níveis de saturação de ±10 V. (a) Qual o valor de pico do sinal senoidal de entrada que pode ser aplicado sem ocorrência de saturação na saída? (b) Se o efeito de VOS for anulado à temperatura de 25°C, qual é a maior amplitude que pode ser aplicada se 1) a temperatura não variar; 2) a temperatura variar de 0°C a 75°C e o coeficiente de temperatura de VOS for de 10 µV/°C? Considere, daqui em diante, que o amplificador é capacitivamente acoplado (figura dapág. seguinte). (c) Qual é o valor da tensão cc de offset na saída e qual o valor aproximado que poderá ser aplicado na entrada sem que ocorra ceifamento (saturação) na saída? Há necessidade de compensação? (d) Se R1 = 1kΩ e R2 = 1MΩ, obtenha o valor do capacitor de acoplamento C1 que assegurará que o ganho seja maior que 57 dB acima de 100 Hz. Respostas: (a) 7 mV ; (b) 10 mV; 9,75 mV (p/ 0°C) e 9,5 mV (p/ 75°C); (c) 3 mV, 10mV, não é necessário corrigir o offset; (d) 1,6 µF. • Causas: as correntes de polarização dos transistores de entrada internos ao AO (IB1 e IB2) são essenciais para sua operação. A diferença entre as correntes de polarização de entrada produz a corrente de offset de entrada (IOS) • Consequência: tensão de saída devido a IOS. Correntes de offset e de polarização de entrada • A correção da tensão de offset VO devido às correntes de polarização IB pode ser obtida por meio de um resistor R3 conectado entre o terra e o terminal da entrada não inversora considerando-se IB1 = IB2 = IB para que VO = 0 então considerando-se IB1 = IB + IOS/2 e IB2 = IB – IOS/2 na primeira expressão de VO resulta • A resistência R3 conectada no terminal positivo deve ser igual à resistência cc vista pelo terminal negativo • O termo resistência cc implica em que um amplificador com acoplamento ca (exemplo da figura) deve apresentar R3 = R2 • A resistência cc vista pelo terminal inversor do amplificador capacitivamente acoplado é R2; portanto R3 é escolhida com valor igual a R2 • Sempre devemos proporcionar um caminho cc entre cada um dos terminais do AO e o terra, a fim de prover corrente de polarização, caso contrário o AO não funcionará. Na figura a seguir, o circuito não funcionará sem o resistor R3. Infelizmente R3 reduz consideravelmente a impedância de entrada o circuito • Exemplo 13 (exercícios 2.26 – Sedra/Smith 5ª ed.) Considere o amplificador inversor com R1 = 10kΩ e R2 = 1MΩ, IB=100nA e IOS=10nA. Determinar a tensão de offset VO e a resistência R3 a ser conectada no terminal não inversor a fim de minimizar a tensão de offset na saída. Qual é o novo valor de VO após a colocação de R3? Resposta: 0,1 V; 9,9kΩ (≅10kΩ ); 0,01 V. 1.11. Circuitos Integradores e Diferenciadores Circuito Integrador Inversor – Integrador Miller se VC0 = 0 então ωint é a frequência do integrador, que é o inverso da constante de tempo do integrador (RC) • O funcionamento do circuito integrador inversor é prejudicado pela presença da corrente e da tensão de offset cc na entrada do AO, resultando em imprecisão e saturação tensão de offset cc correntes de polarização e de offset • Exemplo 14 (exemplo 2.7 – Sedra/Smith 5ª ed.) Ache o sinal de saída produzido por um integrador Miller em resposta a um pulso de entrada com amplitude de 1 V e largura de 1 ms (figura ‘a’). Seja R = 10kΩ e C = 10 nF. Se o capacitor C estiver em paralelo com um resistor de 1 MΩ, como se modificará a resposta de saída? O AO satura em ±13 V e a tensão inicial do capacitor é nula. Resposta: Entre 0 e 1 ms e VC0 = 0 Resposta ao degrau circuito CTS� (figura ‘c’) Os efeitos das correntes e das tensões de offset de entrada foram desconsiderados • O efeito da corrente e da tensão de offset cc na entrada do AO pode ser reduzido através do resistor de realimentação RF (RF/R)dB 90O 180O ω0 /10 ω0 10ω0 • A frequência de corte é ω0 = 1/CRF • O comportamento do integrador Miller é reproduzido para amplitude e fase a partir de 10ω 0 • Quanto menor os valores de C e RF, maior será a frequência de corte ω0 = 1/CRF. , tornando o circuito efetivamente integrador para frequências a partir de 10ω0 = 10/CRF. • Quanto maior o valor de RF, maior será a tensão de saída devido aos valores de offset na entrada do AO: v0 = [V0S(1 + RF/R)+ I0SRF] (considerando-se a presença de um resistor R3 = RF//R entre o terminal não inversor do AO e o terra) • Há um compromisso entre o desempenho cc e o desempenho de sinal (ca) • Exemplo 15 Um circuito integrador com resistência de realimentação RF apresenta os seguintes valores. R = 10kΩ, RF = 100kΩ e C = 1,6 nF. A partir de qual frequência o circuito apresentará o mesmo comportamento de amplitude e fase do integrador Miller? Resposta: • A frequência de corte é f0 ≅ 995 Hz • Para f0 ≥ 9950 Hz tem-se atenuação de –20dB/dec e fase de aproximadamente 90º , ϕ(9950Hz) ≅ 95,7O, como no integrador Miller Circuito Diferenciador Inversor – Diferenciador Inversor Elementar • ωdif é a frequência do diferenciador e é o inverso da sua constante de tempo (RC) • O diferenciador inversor elementar é por natureza um amplificador de ruídos por apresentar elevadíssimos ganhos em altas frequências • O elevado ganho para ruídos e a instabilidade gerada pelo zero na origem torna o circuito amplificador diferenciador inversor elementar pouco viável na prática • O efeito do elevado ganho em alta frequência pode reduzindo pela conexão de um resistor R1 em série com o capacitor de entrada (R2/R1)dB ω0 /10 ω0 10ω0 • A frequência de corte é ω0 = 1/CR1 • O comportamento do diferenciador inversor elementar é reproduzido para amplitude e fase para frequências abaixo de ω0 /10 −90O −180O • Exemplo 16 (exercício 2.30 – Sedra/Smith 5ª ed.) Projete um diferenciador elementar que tenha uma constante de tempo de 10−2 s e uma capacitância de entrada de 0,01 µF. Qual o módulo e a fase desse circuito em 10 rad/s e em 103 rad/s? A fim de limitar o ganho em alta frequência do circuito diferenciador em 100, um resistor é associado em série com o capacitor. Determinar o valor do resistor necessário. Resposta: C = 0,01 µF; R2 = 1 MΩ; para ω = 10 rad/s: |VO/VI|= 0,1 V/V e ϕ = –90º; para ω = 1000 rad/s: |VO/VI|= 10 V/V e ϕ = –90º. R1 = 10 kΩ. 1.12. Máxima Taxa de Variação da Tensão de Saída (slew rate) • Slew rate (SR) é a máxima taxa com que a tensão de saída pode variar (máxima derivada da tensão de saída). SR é usualmente dado na faixa de V/µs • Se um sinal demandar uma taxa de variação na tensão de saída maior que SR, o AO limitará a variação da tensão de saída em SR • Para ilustrar: se um degrau de tensão com amplitude V é aplicado na entrada de um circuito amplificador seguidor de tensão, a saída não será um degrau de tensão, mas uma rampa com inclinação SR • Por outro lado, a saída do circuito é também limitada pela faixa de passagem do AO, deste modo, se ωtV ≤ SR, a inclinação da saída será a curva exponencial vO, determinada pela faixa de passagem • Exemplo 17 (exercício 2.21 – Sedra/Smith 5ª ed.) Um AO com SR de 1 V/µs e faixa de passagem de ganho unitário ft de 1 MHz está conectado na configuração seguidor de tensão. Determinar o maior valor possível para o degrau de tensão na entrada para o qual a forma de onda da tensão de saída seja uma rampa exponencial. Para este valor, qual é o tempo de subida de 10% a 90% do valor final da tensão de saída (τr ≅ 2,2τ)? Se for aplicado um degrau de tensão dez vezes maior na entrada, determine o tempo de subida de 10% a 90% do valor final da tensão de saída. Resposta: 0,159 V; 0,35 µs; 1,27 µs. • Faixa de Passagem Finita do Ganho em Malha Aberta do AO, A(ω): fenômeno linear de regime permanente que não leva à distorção da forma de onda senoidal da entrada • Limitação por SR: fenômeno não linear em regimes transitório e permanente que pode resultar na distorção da forma de onda senoidal da entrada se vO variar a uma taxa superior ao SR Faixa de Passagem a Plena Potência (ωωωωM) • Seja um circuito amplificador seguidor com ganho unitário, tensão de entrada vI e tensão de saída vO • Se , a forma de onda da tensão na saída será distorcida como na figura • Faixa de Passagem a Plena Potência(fM): dado de catálogo que indica a frequência na qual a tensão de saída senoidal com valor de pico nominal máximo começa a distorcer em virtude do SR • Seja VOmáx o valor de pico nominal máximo da tensão, tem-se: portanto • Saídas senoidais com amplitudes menores que VOmáx apresentação distorção em razão de SR para frequências acima de ωM portanto • Exemplo 18 (exercício 2.22 – Sedra/Smith 5ª ed.) Um AO tem tensão de saída nominal de ±10 V e SR de 1 V/µs. Qual é a faixa de passagem a plena potência (fM)? Se um sinal senoidal com frequência f = 5fM for aplicado à entrada de um circuito seguidor com ganho unitário, qual a amplitude máxima possível que pode ser acomodada na saída sem que ocorra distorção produzida por SR? Resposta: 15,9 kHz; 2 V (pico). • Refazer todos os exemplos (exemplos 1 a 18) deste capítulo sem consultar a solução e depois conferir os resultados e/ou a solução • Microeletrônica (Sedra ; Smith – 5ª ed.) – Exercícios (pag. 41 até pag. 73): 2.2; 2.5; 2.6; 2.7; 2.8; 2.12; 2.13; 2.14; 2.15; 2.16; 2.17; 2.18; 2.19; 2.20; 2.27; 2.28; 2.29 • Microeletrônica (Sedra ; Smith – 5ª ed.) – Exercícios propostos (pag. 80 em diante): 2.1; 2.6; 2.8; 2.9; 2.12; 2.14; 2.16 até 2.19; 2.21; 2.23; 2.24; 2.26 até 2.30; 2.36; 2.37; 2.38; 2.42; 2.44 até 2.49 Sugestão de Exercícios para Resolver Páginas da internet para consulta • www.prenhall.com/sedra_br • www.sedrasmith.org