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ADF 05 DFC DVA

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Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  59 
Capítulo 5& 
Principais contas 
DFC, DVA e outros relatórios 
5.2-Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) [59] 
5.3-Demonstração do valor Adicionado (DVA)[61] 
VALOR ADICIONADO – UM CONCEITO ECONÔMICO [61] 
VALOR ADICIONADO [63] 
Usuários da Demonstração do Valor Adicionado [63] 
5.4-Notas Explicativas [65] 
5.5-Parecer dos Auditores Independentes [66] 
5.6-Exercício proposto[67] 
¥ Exercício proposto 5.1[67] 
5.1-Objetivos 
O presente capítulo aborda outros relatórios das demonstrações financeiras e chama 
a atenção especial para os novos relatórios exigidos pela  Lei 11.638/2007: 
•  Demonstração do Fluxo De Caixa DFC e 
•  Demonstração do Valor Adicionado – DVA 
5.2-Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) 1 
A  DFC  já  é  obrigatória  em  países  como  os  Estados  Unidos  (desde  1987),  Canadá 
(desde 1985), Inglaterra (desde 1991) e outros, vindo para substituir a DOAR. No Brasil, o 
movimento para substituição da DOAR pela DFC tem sua principal defesa num projeto de lei 
de reformulação da Lei das Sociedades por Ações, encaminhado pela Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM) ao Ministério da Fazenda. 
Matarazzo  (1995)  menciona  que  a  DFC  é  uma  das  demonstrações  financeiras  mais  úteis, 
apesar de não ser divulgada pelas empresas no Brasil. Ele ressalta o uso imprescindível da DFC, pelo 
fato  de  que,  quase  sempre,  os  problemas  de  insolvência  ou  iliquidez  ocorrem  por  falta  de  uma 
adequada  administração  do  fluxo  de  caixa.  “Muitas  empresas  vão  à  falência  por  não  saberem 
administrar seu fluxo de caixa” (MATARAZZO, 1995, p. 370). 
Iudícibus e Marion (1999, p. 218) afirmam que a DFC “demonstra a origem e a aplicação de 
todo  o  dinheiro  que  transitou  pelo  caixa  em  um  determinado  período  e  o  resultado  desse  fluxo”, 
considerando que o caixa engloba as contas Caixa e Bancos, mostrando então as entradas e saídas de 
valores monetários. 
Por sua vez, Thiesen (2000, p.10) complementa explicando que a DFC “permite mostrar, de 
forma  direta  ou  mesmo  indireta,  as  mudanças  que  tiveram  reflexo  no  caixa,  suas  origens  e 
aplicações”. 
Assim  sendo,  essa  demonstração  “fornece  um  resumo  dos  fluxos  de  caixa  da  empresa 
relativos  às  atividades  operacionais,  de  investimento  e  de  financiamento  e  reconcilia­os  com  as 
variações em seu caixa e títulos negociáveis, durante o período em questão” (GITMAN, 1997, p. 75). 
Percebe­se que a DFC demonstra tanto a origem quanto a aplicação dos recursos da empresas. 
No  Brasil,  a  DFC  atualmente  é  usada  apenas  para  controle  interno,  poucas  empresas  a 
publicam juntamente com as suas demonstrações contábeis. Para a sua elaboração, existem duas 
formas possíveis: o método direto e o método  indireto que se diferenciam pela  forma como 
1  Texto  com base no  artigo  DEMONSTRAÇÃO DE  FLUXO  DE CAIXA E DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 
COMO  INSTRUMENTOS EFETIVOS DE GESTÃO FINANCEIRA: UM ESTUDO DE CASO DA ELETROSUL de Alexandre 
Costa Quintana1, Annelise da Cruz Serafin  e Valter Saurin. Revista de Ciências da Administração – v.5, n.10
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  60 
são apresentados os recursos provenientes das operações. 
Segundo o CRCSP (1997, p.112­113), o fluxo de caixa referente às transações originadas de 
atividades  operacionais  poderá  ser  apresentado  tanto  pelo  método  direto  quanto  pelo  indireto.  O 
Financial Accounting Standard Board (FASB), através da FAS­95, incentiva mas não exige a utilização 
do  método  direto.  Com  relação  às  transações  originadas  em  atividades  de  investimento  ou 
financiamento,  tanto  pelo  método  direto  como  pelo  indireto  não  apresentam  diferença  na 
demonstração do fluxo de caixa. 
Na  seqüência,  o  quadro  1,  apresenta  o  modelo  de  demonstração  do  fluxo  de  caixa  pelos 
métodos direto e indireto, adaptados do CRCSP (1997, p.114), baseado no FAS­95. 
Método Direto  Método Indireto 
Fluxo de caixa das atividades operacionais  Fluxo de caixa das atividades operacionais 
Recebimentos de clientes xx  Resultado Líquido xx 
Dividendos recebidos xx  (±) Ajustes que não representam entrada ou saída de caixa xx 
Juros recebidos xx  (+) Depreciação e amortização xx 
Recebimentos por reembolso de seguros xx  (+) Provisão para devedores duvidosos xx 
Recebimentos de lucros de subsidiárias xx  (±) Resultado na venda do imobilizado xx 
Pagamentos a fornecedores (xx)  (±) Aumento ou diminuição de contas a receber xx 
Pagamentos de salários e encargos (xx)  (±) Aumento ou diminuição de estoques xx 
Imposto de renda pago (xx)  (±) Aumento ou diminuição de despesas antecipadas xx 
Juros pagos (xx)  (±) Aumento ou diminuição de passivos xx 
Outros recebimentos ou pagamentos líquidos xx  (±) Aumento ou diminuição de outros ajustes xx 
Caixa Líquido das Atividades Operacionais xx  (=) Caixa Líquido das Atividades Operacionais xx 
Fluxo de caixa das atividades de investimentos 
Alienação de imobilizado xx  Fluxo de caixa das atividades de investimentos 
Alienação de investimentos xx  (+) Alienação de imobilizado xx 
Aquisição de imobilizado (xx)  (+) Alienação de investimentos xx 
Aquisição de investimentos (xx)  (­) Aquisição de imobilizado xx 
Caixa Líquido das Atividades de Investimentos xx  (­) Aquisição de investimentos xx 
Fluxo de caixa das atividades de financiamentos  (=) Caixa Líquido das Atividades de Investimentos xx 
Integralização de capital xx 
Juros recebidos de empréstimos xx  Fluxo de caixa das atividades de financiamentos 
Empréstimos tomados xx  (+) Integralização de capital xx 
Aumento do capital social xx  (+) Juros recebidos de empréstimos xx 
Pagamento de leasing (principal) (xx)  (+) Empréstimos tomados xx 
Pagamentos de lucros e dividendos (xx)  (+) Aumento do capital social xx 
Juros pagos por empréstimos (xx)  (­) Pagamento de leasing (principal) xx 
Pagamentos de empréstimos/debêntures (xx)  (­) Pagamentos de lucros e dividendos xx 
Caixa Líquido das atividades de financiamentos xx  (­) Juros pagos por empréstimos xx 
Aumento ou redução de Caixa Líquido xx  (­) Pagamentos de empréstimos/debêntures xx 
Saldo de Caixa – Inicial xx  (=) Caixa Líquido das atividades de financiamentos xx 
Saldo de Caixa – Final xx  (=) Aumento ou redução de Caixa Líquido xx 
Fonte: Adaptado do CRCSP (1997, p. 114). 
Carmo et al  (1997, p. 58­59) esclarecem que o método  indireto  “consiste na demonstração dos 
recursos provenientes das atividades operacionais, a partir do lucro líquido, ajustado pelos itens que 
afetam  o  resultado,  mas  que  não  modificam  o  caixa  da  empresa”,  enquanto  o  método  direto 
demonstra “os recebimentos e pagamentos derivados das atividades operacionais da empresa em vez 
do lucro líquido ajustado”.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  61 
5.3-Demonstração do valor Adicionado (DVA) 
Segundo De Luca (1998, p.28), “a Demonstração do Valor Adicionado é um conjunto 
de informações de natureza econômica. É um relatório contábil que visa demonstrar o valor 
da riqueza gerada pela empresa e a distribuição para os elementos que contribuíram para a 
sua geração”. 
A DVA é uma demonstração que surgiu na Europa e é bastante utilizada em países 
como  Inglaterra,  Portugal,  França,  Alemanha  e  Itália.  Por  conter  informações  de  caráter 
econômico e social, tem sido cada vez mais demandada em nível internacional, inclusive por 
recomendações da ONU ­ Organização das Nações Unidas. 
Esta demonstração  fornece uma visão abrangente  sobre a  real capacidade de uma 
entidade produzir riqueza (no sentido de agregar ou adicionar valor em seu patrimônio) e 
sobre  a  forma  de  como  distribui  essa  riqueza  entre  os  diversos  fatores  de  produção 
(trabalho, capital próprio ou de terceiros, governo). 
A DVA deveseguir os Princípios Fundamentais de Contabilidade e pode ser elaborada 
a  partir  dos  registros  efetuados  pela  contabilidade  e  a  partir  das  demonstrações 
tradicionais,  em  especial,  a  Demonstração  do  Resultado  do  Exercício,  mas  possui 
características próprias que não são encontradas nas outras demonstrações contábeis. 
As informações contidas na DVA são relevantes para a entidade e para a sociedade, 
pois a Demonstração do Resultado do Exercício evidencia apenas qual a parcela da riqueza 
criada  que  efetivamente  permanece  na  empresa  na  forma  de  lucro  e  as  outras 
demonstrações não são capazes de indicar quanto de valor a entidade está adicionando e 
nem de que forma os valores adicionados foram distribuídos. 
A DVA pode ser utilizada como fonte de informação pelos empregados, financiadores 
de  recursos,  administradores,  governo,  sócios  ou  acionistas,  sociedade,  sindicalistas, 
fornecedores e clientes. 
Pode  também  ser  utilizada  para  diferenciação  de  carga  tributária  em  setores 
econômicos diferentes, negociações salariais, análise de projetos de instalação de empresas 
internacionais,  concessão  de  incentivos  fiscais  pelos  municípios  ou  estados,  análise  de 
crescimento econômico, abertura de linhas de crédito, como auxílio na mensuração do PIB 
(Produto  Interno  Bruto),  como  instrumento  de  apoio  à  decisão  e  controle,  dentre  outras 
atividades de interesse público. 
Diante  do  exposto,  verifica­se  que  a  DVA  possui  vários  tipos  de  usuários  com 
interesses e objetivos específicos. Segundo Iudícibus (2000, p. 22), “nem sempre é possível 
ou desejável obter  toda a  informação  relevante para cada tipo de usuário, em virtude de 
problemas de mensuração da Contabilidade e das próprias restrições do usuário, bem como 
por problemas de custo”, mas o  ideal  seria que  fossem gerados  relatórios direcionados a 
cada tipo de usuário. 
VALOR ADICIONADO – UM CONCEITO ECONÔMICO 2 
A  economia  baseada  em  estudos  estatísticos  divulga  anualmente  através  do 
Produto  Interno Bruto  o nível  de  atividade  em  todos  os  setores  da economia,  ou  seja,  a 
produção de todos os serviços e mercadorias finais. 
O Produto Interno Bruto divulgado anualmente é calculado através do somatório da 
produção  do  país  no  ano  indicando  desta  forma o  que  foi  produzido  e  o  desempenho  da 
economia. 
A grande dificuldade dos Estatísticos é o calculo da produção de uma economia. 
Qualquer economia trabalha com segmentação do mercado, ou seja, o que é produzido em 
um setor é utilizado como matéria prima por outro e, desta forma, se somarmos a produção 
de um setor estaremos incluindo a produção do outro. 
Para  evitar  esta  dupla  contagem  poderíamos  mensurar  o  PIB  através  da 
contabilização  somente  dos  bens  finais  eliminando  os  bens  intermediários  utilizados  na 
produção de outros bens. Uma outra alternativa seria a contabilização do valor adicionado 
em  cada  etapa  produtiva. Desta  forma,  poderíamos medir  o  produto  pelo  valor  dos  bens 
finais  ou  pela  agregação  dos  valores  adicionados  (valor  dos  produtos  mais  valor  dos 
insumos). 
2  Texto extraído do artigo DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO – UMA CONTRIBUIÇÃO DA CONTABILIDADE 
PARA A MENSURAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL DA ENTIDADE EMPRESARIAL..
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  62 
Devemos observar ainda que o PIB, ou o valor adicionado em cada setor é igual à 
soma das remunerações do capital (lucros) e do trabalho (salários). 
Para  melhor  visualizarmos  esta  dificuldade  estatística  imagine  uma  economia 
composta  de  três  setores:  Setor  produtor  de  trigo,  setor  produtor  de  farinha  e  setor 
produtor de pão.   Considerando que  todo o produto do  setor  trigo  foi destinado ao  setor 
produtor de  farinha e que o setor produtor de pão  também consumiu o produto do  setor 
farinha, podemos afirmar que a produção desta economia seria igual à produção de mobília. 
Podemos, de outra forma utilizar o conceito de valor adicionado e calcular a diferença entre 
o valor da mercadoria de um setor menos o custo das matérias primas. Conforme podemos 
analisar no quadro  abaixo. 
SETOR TRIGO 
CUSTO DA PRODUÇÃO TRIGO 
Valor da semente produzida e estocada no período anterior 
50 
Salários pagos na plantação e colheita do trigo  200 
LUCRO  100 
Valor total do trigo  350 
SETOR MOAGEM 
CUSTO DA PRODUÇÃO DA FARINHA 
Custo da Matéria Prima (trigo)  350 
Salários pagos aos trabalhadores  200 
LUCRO  200 
Valor total da farinha  750 
SETOR PRODUTOR DE PÃO 
CUSTO DA PRODUÇÃO DE PÃO 
Custo da Matéria Prima (farinha)  750 
Salários pagos aos trabalhadores  350 
LUCRO  350 
Valor total do Pão  1450 
A riqueza criada por esta economia é igual à produção do período, sendo equivalente 
ao valor do produto final menos os estoques iniciais. Portanto monetariamente o PIB=1450­ 
50=1400. 
O valor adicionado pode ser obtido a partir dos dados acima como demonstrado 
no quadro abaixo: 
Valor adicionado no setor produtos de trigo 
Trigo=valor do trigo­valor das sementes  300 
Valor adicionado no setor de moagem 
Farinha=valor da farinha­valor do trigo  400 
Valor adicionado no setor de produção de pão 
Pão=valor do pão­valor da farinha  700 
Soma  dos  valores  adicionados  em  cada 
setor=PIB  1.400 
A partir deste quadro podemos calcular o PIB somando os valores adicionados em 
cada setor e obtemos um número igual a 1.400. 
Para Simonsen 3 , Denomina­se valor adicionado em determinada etapa de 
produção, à diferença entre o valor bruto da produção e os consumos intermediários nessa 
etapa. Assim, o produto nacional pode ser concebido como a “soma dos valores 
adicionados, em determinado período de tempo, em todas as etapas dos processos de 
produção do país”. 
3 SIMONSEN, Mário Henrique. Macroeconomia. Rio de Janeiro: Apec, 1975, p.83. v.l
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  63 
VALOR ADICIONADO 4 
A Demonstração do Valor Adicionado ­ DVA permite que as empresas prestem contas dos seus 
atos perante a sociedade, seus sócios e demais colaboradores, além de ser de extrema  importância 
para a classe empresarial num mercado cada vez mais globalizado. 
De acordo com Neves e Viceconti (2002), toda e qualquer empresa que estiver em produção 
está gerando riqueza, isto representa a diferença entre o valor da venda e o valor pago a terceiros a 
título de insumos para a obtenção dos produtos, mercadorias ou serviços. No entanto, ao analisar a 
DVA, pode­se  constatar  que,  no  início,  o  valor pago  a  terceiros  diminui  em  relação à  aquisição de 
mercadorias, serviços e matérias para consumo administrativo. 
Também, pode­se verificar que a transferência da riqueza aparece na parte  inferior da DVA, 
demonstrando, assim, sua afetiva distribuição na forma de pagamento de impostos ou até mesmo do 
capital de terceiros. Portanto, a DVA fornece uma visão bem ampla sobre a real capacidade de uma 
entidade produzir riqueza e como distribui a mesma (NEVES e VICECONTI, 2002). 
onde  empresas  internacionais  desejam  se  instalar.  Dessa  forma,  o  país  que  irá  sediar  a 
empresa poderá conhecer o retorno que ela dar­lhe­á por meio da previsão do valor adicionado que 
gerará. Para esses países, o importante não é o que a empresa irá importar, mas sim, o quanto ela 
vai gerar de riqueza, bem como sua distribuição. O DVA possibilita visualizar, de forma clara, a parte 
da  riqueza que pertence  aos  sócios,  aos  terceiros  que  financiam  a entidade,  aos  funcionários e ao 
governo (NEVES e VICECONTI, 2002). 
Já no caso da Demonstração do Resultado do Exercício – DRE, a parte que cabe aos terceiros 
(capitalistas,  empregados,  governo)  é  considerada  como  despesas/custos,  do  ponto  devista  dos 
proprietários, pois aparece como redução do lucro, conseqüentemente, como redução da parcela que 
cabe a cada proprietário. Ao analisarem­se as duas demonstrações, pode­se concluir diferentes pontos 
de vista, embora  sejam complementares e  imprescindíveis.  Por  isso, a elaboração e divulgação das 
duas demonstrações (DRE e DVA) atendem, de forma eficaz, à necessidade que os usuários possuem 
de  informações  adicionais  às  atuais  demonstrações  contábeis  obrigatórias  (NEVES  e  VICECONTI, 
2002). 
Ainda,  segundo  os autores, muitos estados e municípios dão  incentivos  fiscais  para que  as 
empresas  se  instalem  em  seu  estado  ou  município,  mas,  no  momento  de  analisar  o  projeto  de 
viabilidade da empresa, um dos fatores que, muitas vezes, se leva em consideração é a geração de 
riqueza e sua distribuição. 
Assim, esse fator pode ser decisivo na concessão de incentivo fiscal, pois a geração de riqueza 
e sua distribuição são de suma importância para o município ou estado, pois gera valor agregado, o 
que propicia o crescimento econômico regional. 
Portanto, a DVA pode ser considerada um grande diferencial para a empresa, pois, enquanto a 
DRE  apenas demonstra  qual  foi  o  lucro,  ela mostra  toda  a  riqueza gerada pela  empresa e  de que 
maneira a mesma será distribuída. 
Usuários da Demonstração do Valor Adicionado 
Ressalta­se que a DVA favorece ao público que se interessa pelo desenvolvimento da entidade 
informações de cunho social e isto permite aumentar o número de usuários. Destaca­se que, quanto 
maior for a transparência das informações repassadas ao público, melhor para as entidades pelo fato 
de as mesmas gerarem um aumento da confiabilidade junto aos seus usuários assegurando, assim, a 
sobrevivência da empresa. 
Kroetz e Cosenza  (2004) em seu artigo  “Considerações  sobre a eficácia do valor adicionado 
para  a  mensuração  do  resultado  econômico  e  social”,  publicado  na  revista  do  CRCPR,  indicam  os 
principais usuários das informações contidas na DVA, que são os seguintes: 
• os funcionários ­ que são fundamentais ao desenvolvimento da empresa por sua capacidade 
de trabalho e criatividade e que, quanto mais motivados estiverem no ambiente de trabalho, melhor 
para  a  entidade,  pois  são  eles  os  beneficiários  diretos  e  os  responsáveis  pela  continuidade  da 
empresa.  Também  é  de  grande  importância  para  estes  usuários  que  tenham  conhecimentos  para 
compreenderam a importância dos investimentos sociais; 
•  os  acionistas  ­  principais  usuários  da  DVA.  São  eles  os  proprietários  das  empresas,  os 
formadores do capital próprio da empresa e eles podem, portanto, fazer uma análise, por meio desse 
demonstrativo, para a elaboração de futuros projetos ou, até mesmo, se  for o caso, diminuí­los em 
prol da continuidade da empresa; 
•  administradores  ­  como  são  eles  que  estão  no  comando  da  entidade,  a  DVA  serve  para 
4 Texto com base no artigo  A DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO – DVA: UM ESTUDO DE CASO DE UMA 
COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO de autoria de Elisa Welter Rosimeri Oberger 
e Cezar Roberto Vanzella, Rev. Ciên. Empresariais da UNIPAR, Toledo, v.6, n.2
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  64 
auxiliá­los no planejamento estratégico e nas tomadas de decisões. Eles são os segundos interessados 
a querer estar a par do resultado da geração de riqueza da empresa, devido as suas remunerações, é 
claro; 
• comunidade ­ como é na comunidade que se reflete o desenvolvimento da economia, ela é 
considerada a beneficiária direta das ações sociais da empresa, e pode influenciar com sua opinião em 
favor ou não daentidade. É por meio da DVA que a sociedade pode identificar as ações sociais que a 
empresa está realizando em favor da comunidade e também a própria geração de riqueza; 
• o governo ­ como é o responsável por promover as condições para o desenvolvimento das 
atividades  da  empresa,  é  o  único  que  pode  exigir  a  elaboração  e  até  mesmo  a  publicação  deste 
demonstrativo, pois é ele que identifica as atividades realizadas em prol da sociedade. 
Para  o  governo,  a  elaboração  da  DVA  pode  ajudar  a  fazer  estudos  comparativos  quanto  à 
tributação, se por setores ou, até mesmo, por atividades. Dessa forma, poderá mostrar a realidade 
das  categorias  que  mais  contribuem  para  a  formação  da  receita  tributária,  pois,  por  meio  deste 
demonstrativo o governo pode apresentar o crescimento econômico da região e até mesmo do país; 
•  os  financiadores  ­  primeiramente,  pode­se  destacar  que  as  empresas  financiadoras  de 
crédito estão cada vez mais levando em consideração as ações sociais, econômicas e ambientais para 
concessão de crédito para o funcionamento da empresa. Assim, percebe­se que se acaba fechando um 
ciclo e que para um bom andamento dos negócios da empresa é viável a elaboração e publicação da 
DVA; 
• consumidores ­ cabe ao mercado consumidor a continuidade da empresa no meio social por 
meio da satisfação do cliente, de produtos de qualidade e do preço do produto, que é um  item de 
suma importância. E é por intermédio da Demonstração do Valor Adicionado que a comunidade pode 
identificar o que esta empresa está fazendo em prol da sociedade. 
CONTAS DO RELATÓRIO DVA 
1 ­ RECEITAS (soma dos itens 1.1 a 1.3) 
1.1 ­ Vendas de mercadorias, produtos e serviços 
Inclui os valores do ICMS e IPI incidentes sobre essas receitas, ou seja, corresponde à receita 
bruta ou faturamento bruto. 
1.2 ­ Provisão para devedores duvidosos – Reversão/ Constituição 
Inclui os valores relativos à constituição/baixa de provisão para devedores duvidosos. 
1.3 ­ Não operacionais 
Inclui  valores  considerados  fora  das  atividades  principais  da  empresa,  tais  como:  ganhos  ou 
perdas na baixa de imobilizados, ganhos ou perdas na baixa de investimentos, etc. 
2 ­ INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (soma dos itens 2.1 a 2.4) 
2.1 ­ Matérias­primas consumidas (incluídas no custo do produto vendido). 
2.2 ­ Custos das mercadorias e serviços vendidos (não inclui gastos com pessoal próprio). 
2.3  ­  Materiais,  energia,  serviços  de  terceiros  e  outros  (inclui  valores  relativos  às 
aquisições e pagamentos a terceiros). 
Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, serviços, energia, etc. 
consumidos deverão ser considerados os impostos (ICMS e IPI) incluídos no momento das 
compras, recuperáveis ou não. 
2.4 ­ Perda/ Recuperação de valores ativos 
Inclui valores relativos a valor de mercado de estoques e investimentos, etc. (se no período o 
valor líquido for positivo deverá ser somado). 
3 ­ VALOR ADICIONADO BRUTO (diferença entre itens 1 e 2). 
4 – RETENÇÕES 
4.1 ­ Depreciação, amortização e exaustão 
Deverá incluir a despesa contabilizada no período. 
5 ­ VALOR ADICIONADO LÍQ. PRODUZIDO PELA ENTIDADE (diferença entre itens 3 e 4) 
6 ­ VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA (soma dos itens 6.1 e 6.2) 
6.1 ­ Resultado de equivalência patrimonial  (inclui  os valores  recebidos como dividendos 
relativos a  investimentos avaliados ao custo). O resultado de equivalência poderá representar 
receita ou despesa; se despesa deverá ser informada entre parênteses.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  65 
6.2  ­ Receitas  financeiras  (incluir  todas as  receitas  financeiras  independentemente  de  sua 
origem). 
7 ­ VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (soma dos itens 5 e 6) 
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (soma dos itens 8.1 a 8.5) 
8.1 ­ Pessoal e encargos 
Nesse  item  deverão  ser  incluídos  os  encargos  com  férias,  13 o  salário,  FGTS,  alimentação, 
transporte, etc., apropriados ao custo do produto ou resultado do período (não incluir encargos 
com o INSS – veja tratamento a ser dado no item seguinte).8.2 ­ Impostos, taxas e contribuições 
Além  das  contribuições  devidas  ao  INSS,  imposto  de  renda,  contribuição  social  e  todos  os 
demais impostos, taxas e contribuições deverão ser incluídos neste item. Os valores relativos ao 
ICMS  e  IPI  deverão  ser  considerados  como  os  valores  devidos  ou  já  recolhidos  aos  cofres 
públicos, representando a diferença entre os impostos incidentes sobre as vendas e os valores 
considerados dentro do item 2 ­ Insumos adquiridos de terceiros. 
8.3 ­ Juros e aluguéis 
Devem ser  consideradas as despesas  financeiras e as de  juros  relativas a quaisquer  tipos de 
empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras, empresas do grupo ou outras e 
os aluguéis (incluindo­se as despesas com leasing) pagos ou creditados a terceiros. 
8.4 ­ Juros sobre o capital próprio e dividendos 
Inclui  os  valores  pagos  ou  creditados  aos  acionistas.  Os  juros  sobre  o  capital  próprio 
contabilizados como reserva deverão constar do item “lucros retidos”. 
8.5 ­ Lucros retidos/ prejuízo do exercício 
Devem ser incluídos os lucros do período destinados às reservas de lucros e eventuais parcelas 
ainda sem destinação específica. 
5.4-Notas Explicativas 
Notas  explicativas  ou  Relatório  da  Administração  devem  acompanhar  as 
demonstrações  financeiras  da  empresa  de  forma  a  tornar  claros  determinados  aspectos 
dessas demonstrações. Exemplo: 
Relatório da Administração 
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 
31 de dezembro de 2006 
Atendendo aos dispositivos legais, estatutários e à regulamentação do mercado de valores 
mobiliários,  submetemos  à  apreciação  de  V.Sas.  o  relatório  da  administração  e  as  demonstrações 
financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2006 da Bombril Holding S/A. 
Descrição dos negócios, produtos e serviços. 
A Bombril Holding S/A  tem por objetivo  social participar em outras Sociedades  como sócia, 
acionista ou quotista, no país ou no exterior. Após os ajustes decorrentes do Plano de Recuperação 
Judicial, sua participação mais relevante equivale a 34,64 do capital votante da Bombril S.A. 
Informações relevantes. 
A Companhia ingressou, em 07.11.05, com pedido de Recuperação Judicial perante o Juízo da 
2ª  Vara  de  Falências  e  Recuperações  Judiciais  da  Capital  do  Estado  de  São  Paulo,  autos  nº. 
000.05.123223­5. Para fins da Recuperação Judicial, a Companhia provisionou todos os seus passivos, 
segundo estimativas feitas por seus advogados a partir das ações judiciais em curso, de forma que o 
seu  Balanço  Patrimonial  pudesse  refletir,  da  forma  mais  conservadora  e  transparente  possível,  a 
situação dos passivos da Companhia; portanto, em balanço  levantado em out./05,  foram  lançadas, 
conservadoramente,  todas  as  contingências  da  Companhia.  Em  16.11.05,  foi  deferido  o 
processamento da Recuperação Judicial. Em 20.01.06, foi protocolado o Plano de Recuperação, com a 
indicação de alternativas para a quitação dos passivos da Companhia. Em 29.03.06,  foi  realizada a 
Assembléia Geral  de  Credores, que  aprovou  o  Plano  de  Recuperação  apresentado.  Em 29.05.06,  o 
Plano de Recuperação foi homologado pelo Juízo da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da 
Capital  do  Estado  de  São  Paulo,  que,  na  mesma  decisão,  deferiu  a  Recuperação  Judicial  da 
Companhia. O Plano de Recuperação classificou os credores da em três classes: (i) trabalhistas, (ii) 
créditos com garantia real e (iii) outros créditos. Os créditos trabalhistas, com garantia real e outros 
créditos com valor individual de até R$2 milhões foram pagos no ano 2006. No mesmo ano, iniciou­se
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  66 
o  pagamento  dos  demais  passivos  da  Companhia,  os  quais  foram  quitados  mediante  a  dação  em 
pagamento de participações societárias de sua titularidade (Bombril S.A. e Tevere Empreendimentos e 
Construções S.A.) e, ainda, mediante a dação em pagamento de ações da própria Companhia pela sua 
então controladora (Cirio Finanziaria S.p.A.). 
O  Plano de  Recuperação  Judicial  da Companhia, apresentado em 20.01.06 e aprovado pela 
Assembléia  Geral  de  Credores  em  29.03.06,  apresentou  efeitos  importantes  no  seu  patrimônio, 
porque permitiu a  redução  substancial das dívidas provisionadas em 2005. Com efeito, do  total de 
dívidas no valor de R$1.085.570 mil restam tão­somente provisão de R$85.891 mil. Todas as demais 
foram quitadas, seja mediante pagamento em dinheiro, seja mediante dação de ações das controladas 
Bombril  S.A.  e  Tevere  Empreendimentos  e  Construções  S.A..  O  custo  contábil  dos  investimentos 
nessas últimas era reduzido, de  forma que, ao  final, gerou­se um resultado positivo, decorrente da 
reversão  de  provisões,  da  ordem  de  R$959.096 mil  neste  trimestre.  A  única  dívida  remanescente 
inserida  no  Plano  de  Recuperação  Judicial  da  Companhia,  em  favor  da  Advocacia  Augusto  Coelho 
Ltda., está registrada, conservadoramente, por R$85.891 mil, mas o valor exato dessa dívida depende 
da finalização de discussão judicial em curso. De toda forma, a administração da Companhia entende 
que aludido valor deverá ser substancialmente reduzido. . 
Desempenho Econômico­Financeiro 
Receita Líquida 
A Bombril Holding S/A, não apresenta atividade operacional, sendo as suas únicas  fontes de 
rendimentos:  (a)  a  receita  de  Equivalência  Patrimonial  de  empresas  coligadas  nas  quais  tem 
participação acionária,  a saber, Bombril S/A e Tevere Empreendimentos e Construções  Ltda; e  (b), 
dividendos  distribuídos  pelas  aludidas  sociedades.  As  empresas  coligadas,  acima  mencionadas, 
apresentam  Patrimônio  Líquido  negativo  e,  por  conta  de  processo  de  reorganização,  não  têm 
distribuído dividendos e nem gerado receita de equivalência patrimonial para a Bombril Holding S.A. 
Despesas Gerais e Administrativas 
As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 394mil no 4° tri./06, 
Despesas Financeiras 
O resultado financeiro líquido da Bombril Holding S/A foi negativo no 4º Tri./06 e totalizou R$ 
1.773mil devido a ajustes nas contas de empréstimos e impostos parcelados devido ao encerramento 
contábil de 2006. 
Lucro Líquido 
O resultado líquido no 4º Tri./06 foi negativo em R$2.167mil. O déficit de caixa da Empresa 
vem sendo custeado por empréstimos da Newco.  International Ltd.,  conforme previsto no Plano de 
Recuperação Judicial apresentado e aprovado na Assembléia Geral de Credores em 29.03.06. 
Perspectivas 
A  Empresa  apresentou  excepcionalmente  no  ano  de  2006  um  lucro  contábil  significativo, 
decorrente  da  reversão  de provisões  (vide  “Informações  Relevantes”  acima), porém, em condições 
normais,  as  receitas  da  Empresa  estão  condicionadas  unicamente  a  existência  de  lucro  em  suas 
coligadas. A Administração da Companhia prevê a recuperação econômica de suas coligadas a médio 
prazo, o que contribuirá de forma efetiva na formação de receitas suficientes para cobrir os passivos 
(especialmente tributários), remanescentes no Plano de Recuperação Judicial. 
Agradecimentos 
A  Bombril  Holding  S/A  agradece  a  seus  acionistas,  clientes,  fornecedores,  parceiros  e 
colaboradores pela confiança depositada na Companhia. 
A Administração 
São Paulo, 31 de janeiro de 2007. 
5.5-Parecer dos Auditores Independentes 
O Parecer dos Auditores  Independentes  também faz parte das Demonstrações 
Financeiras da Empresa. 
Abaixo é apresentado um parecer de auditores independentes;
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  67 
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES 
Aos Administradores e Acionistas da 
BOMBRIL HOLDING S.A. 
São Paulo – SP 
1.  Examinamos  os  balanços  patrimoniais  da  BOMBRIL  HOLDING  S.A.  levantados  em  31  de 
dezembro  de  2007e  de  2006  e  as  respectivas  demonstrações  de  resultado,  das  mutações  do 
patrimônio  líquido  e  das  origens  e  aplicações  de  recursos  correspondentes  aos  exercícios  findos 
naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a 
de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 
2.  Nossos exames  foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam, 
entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, 
o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos, (b) a constatação, com base 
em  testes,  das  evidências  e  dos  registros  que  suportam  os  valores  e  as  informações  contábeis 
divulgadas; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela 
administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em 
conjunto. 
3.  Em nossa opinião, as demonstrações  contábeis da Companhia mencionadas no parágrafo 1, 
refletem  adequadamente,  em  todos  os  aspectos  relevantes,  a  posição  patrimonial  e  financeira  da 
BOMBRIL HOLDING S.A., em 31 de dezembro de 2007 e de 2006, o resultado de suas operações, as 
mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos 
exercícios findos naquelas datas, de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil. 
4.  A Companhia apresenta um patrimônio liquido negativo (passivo a descoberto) de R$ 113.798 
mil em 2007 e 111.582 mil em 2006 refletido no Passivo Exigível à Longo Prazo. 
Considerando a situação da Companhia, caracterizada pelos fatos mencionados no parágrafo anterior, 
especialmente o processo de Recuperação Judicial que se desenvolveu ao longo de todo o ano 
2007 e de 2006, e face aos nossos exames, concluímos que a situação financeira da Companhia 
demonstra a premência de novos ingressos de recursos próprios. 
Rio de Janeiro, 11 de junho de 2008. 
HORWATH BENDORAYTES AIZENMAN & CIA. 
Auditores Independentes 
CRC 2RJ 0081/O­8 
JOSÉ BENDORAYTES 
Contador 
CRC SP 0009582/O­8 
5.6-Exercício proposto 
¥ Exercício proposto 5.1 
Obtenha a DFC e a DVA de uma empresa de capital aberto de algum setor industrial. 
&

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