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Caso concreto 4 RI

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REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0267 
Título 
Caso Concreto 4 
Descrição 
No ato de interpretar um texto, não é apenas necessário o conhecimento da língua, mas 
também se faz imprescindível que o receptor tenha em seu arquivo mental as informações do 
mundo e da cultura em que vive. Ao ler/ouvir um discurso, o receptor acessa diferentes 
memórias. 
Portanto, interpretar depende da capacidade do receptor de selecionar mentalmente outros 
textos. Quem não tem conhecimento armazenado, cultura, leitura de mundo, terá dificuldade, 
quer na construção de novos discursos, quer na captação das intenções do emissor do 
discurso. 
ELEMENTOS LINGUÍSTICOS QUE TÊM O PAPEL DE MARCAR A POLIFONIA: 
Conjunções conformativas segundo, conforme, como,etc. 
Verbos introdutores de vozes (dicendi? verbos de dizer) 
dizer,falar, (verbos mais neutros);enfatizar,afirmar,advertir,ponder ar,confidenciar, alegar. 
Paráfrase é um resumo, cuidadoso e original, do conteúdo da obra ou trecho lido, elaborado 
com as próprias palavras do pesquisador. (...) Deve ser redigida com bastante clareza e 
exatidão, de modo a possibilitar, no futuro, a sua utilização sem necessidade de retorno à obra 
original. (MARCHI, Eduardo Silveira. Guia de Metodologia Jurídica. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 
2009, p. 240). 
Questão 1 - Leia o fragmento, compreenda seu sentido global e parafraseie seu conteúdo. 
Consoante orientação de Malhães, “os estudantes que estão se iniciando na vida intelectual 
precisam ser orientados pelos seus professores, a fim de adquirirem familiaridade com os 
livros e habilidades na seleção das obras a serem consultadas” 
Os universitários precisam da orientação de seus professores para poderem escolher e 
pesquisar nos melhores livros de seu curso, orienta Malhães. 
 
Questão 2 - o texto adiante é rico em polifonia. Identifique essas ocorrências e comente qual o 
papel dessas informações na construção do texto. 
O Ministério Público de Santa Catarina impediu que o bacharel em Direito Carlos Augusto 
Pereira prestasse concurso público para Promotor de Justiça do órgão, por ele ser cego. Ele 
recorreu da decisão, mas teve o seu pedido negado. Na carta em que justifica a medida, o MP 
de Santa Catarina alegou que a função é indelegável, e Pereira, "obrigatoriamente, teria que se 
socorrer de pessoas estranhas ao quadro funcional que não prestaram juramento público” O 
Presidente da Comissão de Concurso, Pedro Sérgio Steil, afirmou que o "Promotor tem de 
preservar o sigilo e não pode repassá-lo a ninguém. Há impossibilidade de exercício 
profissional de uma pessoa com essa deficiência". Já o Presidente da Associação Nacional do 
Ministério Público, Marfam Vieira, discorda. "Não vejo incompatibilidade. Há áreas em que ele 
poderia atuar perfeitamente. E é função do Ministério Público proteger o deficiente físico, 
sobretudo porque a Constituição determina reserva de vaga nos concursos públicos. É 
lamentável que o MP de Santa Catarina esteja praticando um ato de discriminação". Marfam 
vai pedir à presidência da Associação do MP daquele Estado que reveja a decisão. Carlos 
Augusto Pereira afirmou que, "se fosse aprovado, teria um funcionário investido de fé 
pública", para ler os documentos para ele. "A orientação da manifestação ministerial seria 
dada por mim. Além disso, há sistemas que fazem a leitura pelo computador, como os 
sintetizadores de voz", ressaltou, ainda, Vieira. O Estado de Santa Catarina tem na 
Procuradoria da Advocacia Geral da União - órgão federal - um cego, Orivaldo Vieira. Há casos 
semelhantes em outros Estados do país. O procurador do Trabalho, Ricardo Marques da 
Fonseca, chefe da Procuradoria Regional de Campinas, e o defensor público Valmery Jardim, 
também são cegos. O bacharel é funcionário concursado da Justiça Eleitoral. Na ocasião do 
concurso, para auxiliá-lo nos exames, foram designados dois advogados: um leu para ele a 
prova e os livros usados para consulta, e o outro escreveu as respostas. O candidato considera 
ter sido uma vítima do preconceito e vai mover uma ação em face do órgão catarinense e 
exigir indenização por danos morais. Ainda segundo o Corregedor-Geral do MP de Santa 
Catarina, “um cego precisaria, em algumas circunstâncias, do auxílio de outra pessoa. A 
tecnologia fornece facilidades, mas o reconhecimento de provas ou o exame de uma perícia 
ficam prejudicados. Não é razoável que o Estado tenha de criar uma estrutura para viabilizar 
uma exceção”. 
RESPOSTA – 
1- o MP de Santa Catarina alegou que a função é indelegável - Verbo introdutor de voz 
2- Pedro Sérgio Steil, afirmou que o - Verbo introdutor de voz 
3- Carlos Augusto Pereira afirmou que, - Verbo introdutor de voz 
4- ressaltou, ainda, Vieira - Verbo introdutor de voz 
5- segundo o Corregedor-Geral do MP – Conjunção conformativa 
Questão 2 - Objetivas. 
1. A mudança de posição dos termos em destaque, proposta na versão à direita, PREJUDICA o 
sentido pretendido no texto original apenas em... 
(A) TEXTO ORIGINAL: Itamar disse que espera mudanças nas regras dos debates a serem 
promovidos em Minas. 'É impossível falar sobre a desorganização administrativa que se 
instalou no Estado em apenas um minuto', justificou,... (ESTADO DE MINAS - 1/8/98) 
ALTERAÇÃO PROPOSTA: Itamar disse que espera mudanças nas regras dos debates a serem 
promovidos em Minas. "É impossível, em apenas um minuto, falar sobre a desorganização 
administrativa que se instalou no Estado", justificou,... 
(B) TEXTO ORIGINAL: A informação da polícia é de que alguns dos aparelhos teriam chegado 
até os presos escondidos dentro de galinhas assadas. (A GAZETA - 12/8/98) ALTERAÇÃO 
PROPOSTA: A informação da polícia é de que alguns dos aparelhos teriam chegado, escondidos 
dentro de galinhas assadas, até os presos. 
(C) TEXTO ORIGINAL: Apesar de os atiradores estarem sem capacete, ninguém conseguiu ver 
seus rostos, que estavam em uma moto Honda XL250. (A GAZETA - 12/8/98) ALTERAÇÃO 
PROPOSTA: Apesar de os atiradores, que estavam em uma moto Honda XL250, estarem sem 
capacete, ninguém conseguiu ver seus rostos. 
(D) TEXTO ORIGINAL: Victor dá posse amanhã a Rômulo Penina, para a casa civil, que 
acumulará os dois cargos. (A GAZETA - 1/4/98) ALTERAÇÃO PROPOSTA: Victor dá posse 
amanhã, para a casa civil, a Rômulo Penina, que acumulará os dois cargos. 
(E) TEXTO ORIGINAL: Com essa aquisição, a Saraiva, que ocupava o quarto lugar no ranking das 
editoras de livros didáticos, deu um passo largo para dominar o mercado. (A GAZETA - 
27/8/98) ALTERAÇÃO PROPOSTA: Com essa aquisição, a Saraiva deu um passo largo para 
dominar o mercado, que ocupava o quarto lugar no ranking das editoras de livros didáticos. 
2. Sobre polifonia e intertextualidade, qual a análise incorreta? 
(A) A polifonia é a incorporação ao discurso de asserções emitidas diretamente por terceiros. 
(B) A polifonia é um reforço à linha argumentativa e ao recorrer a vozes alheias pelas citações, 
busca fundamentar proposição. 
(C) Na intertextualidade a citação direta é uma ocorrência predominante na fundamentação 
do argumento. 
(D) A intertextualidade sem uma intenção exclusivamente argumentativa repete - ideias e falas 
- de outros emissores, as quais serão notadas em função do repertório de leitura do 
interlocutor e não pela citação direta. 
(E) A paráfrase é um recurso linguístico presente tanto na polifonia quanto na 
intertextualidade.

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