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Temperatura Corporal, Febre e Hipotermia

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TEMPERATURA CORPORAL, FEBRE E HIPOTERMIA
TEMPERATURA CORPORAL
Aparelho termorregulador: manutenção da temperatura corporal dentro da normalidade, com uma variação de mais ou menos 0,6ºC.
A temperatura corporal normal varia conforme a área em que foi medida e a hora do dia.
Obedece a um ritmo circadiano: atinge o máximo entre 18h e 22h e o mínimo entre 2h e 4h.
Valor pode aumentar com refeições, exercícios intensos, gravidez ou ovulação.
Mulher: temperatura cai antes da menstruação e volta a subir com a ovulação.
Regulação da temperatura corporal:
Organismo humano é homeotérmico.
Em repouso, o principal órgão gerador de calor é o fígado, mas no exercício os músculos ganham mais destaque.
Calafrios e tremores musculares: um dos principais mecanismos de geração de calor e combate ao frio.
Elevado fluxo sanguíneo leva o calor do interior do corpo à superfície mais rapidamente.
Calor é transferido para o meio externo por: irradiação, condução, convecção e evaporação.
Tecido adiposo diminui a perda de calor.
locais de verificação
Temperaturas: axilar, oral, retal, timpânico, arterial pulmonar, esofágico, nasofaringiano e vesical.
A membrana timpânica é melhor local.
Local habitual no Brasil: oco axilar.
A temperatura retal fornece uma aproximação maior da temperatura central que a axilar e a oral.
Temperatura axilar: 35,5 a 37ºC
Temperatura bucal: 36 a 37,4ºC
Temperatura retal: 36 a 37.5ºC
febre
Pirogênios: podem provocar elevação do ponto de ajuste do termostato hipotalâmico.
Secretados por bactérias ou liberados dos tecidos em degeneração.
Quando o ponto de ajuste do termostato hipotalâmico é elevado, todos os mecanismo de elevação da temperatura corporal são ativados (aumento da produção de calor e manutenção do calor).
Pirogênios exógenos provocam síntese e liberação de pirogênios endógenos (citocinas pirogênicas).
IL-1, IL-2, IL-6, FNT, e 1 interferon.
Passam para a circulação estimulando liberação de ácido araquidônico, favorecendo a síntese de prostaglandinas (principalmente E2), que atuam no hipotálamo anterior desencadeando a febre.
Antipiréticos: bloqueio da formação de prostaglandinas.
Pode ser resultado de infecções, lesões teciduais, processos inflamatórios, neoplasias malignas...
Em poucas infecções a hipertermia parece ser benéfica (neurossífilis, brucelose crônica...).
Para moléstias não infecciosas, não parece servir a qualquer propósito, podendo ser nociva.
Hipertermia: não é o mesmo que febre.
É a simples elevação da temperatura, não dependendo da alteração do ponto do termostato do hipotálamo anterior.
Exercício físico pode causa hipertermia sem causar febre.
Febre é uma elevação controlada da temperatura, que depende da ação de prostaglandinas sobre o hipotálamo anterior.
Efeitos da febre:
Maior velocidade dos processos metabólicos > maior perda de peso.
Espoliação do nitrogênio > maior trabalho e frequência cardíacos.
Sudorese > maior perda de líquido e sais.
Mal estar decorrente de cefaleia, fotofobia, indisposição geral, sensação de calor.
Febre séptica: calafrios e suores profusos.
síndrome febril
Há pacientes capazes de identificar muito bem a febre, e outros nem percebem a sua presença.
Calafrios: elevação súbita da temperatura.
Sintomas e sinais da síndrome febril:
Astenia, inapetência, cefaleia, taquicardia, taquipneia, taquisfigmia, oligúria, dor no corpo, calafrios, sudorese, náuseas, vômitos, delírio, confusão mental e convulsões.
Uso indiscriminado de antibióticos em pacientes febris, sem identificar o causador da febre: erro médico imperdoável.
características semiológicas
Início: 
Súbito: normalmente tem calafrios.
Gradual: normalmente tem cefaleia, sudorese e inapetência.
Intensidade:
Depende da causa e da capacidade de reação do organismo.
Febre leve (febrícula): até 37,5ºC.
Febre moderada: 37,5 a 38,5ºC.
Febre alta (elevada): acima de 38,5ºC.
Duração:
Febre prolongada: mais de 10 dias, de caráter contínuo ou não.
Tuberculose, septicemia, malária, endocardite infecciosa, febre tifoide, colagenoses, linfomas, pielonefrite...
Modo de evolução:
Faz-se um gráfico ou quadro térmico.
Anotação uma ou duas vezes ao dia.
Febre contínua: permanece sempre acima do normal, com variação de até 1ºC.
Febre tifoide e pneumonia.
Febre irregular ou séptica: picos muito altos intercalados por temperaturas baixas ou apirexias, sem caráter cíclico.
Septicemia, abcessos pulmonares, empiema vesicular, tuberculose e fase inicial da malária.
Febre remitente: hipertermia diária com variações de mais de 1ºC e sem apirexia.
Septicemia, pneumonia, tuberculose.
Febre intermitente: ciclos de hipertermia seguida de temperatura normal.
Pode ser cotidiana, terçã ou quartã.
Malária, infecções urinárias, linfomas e septicemia.
Febre recurrente ou ondulante: temperatura normal dura dias ou semanas seguida de temperatura elevada.
Brucelose, doença de Hodking e outros linfomas.
Término:
Em crise: febre desaparece subitamente e o paciente tem sudorese profusa e prostração.
Acesso malárico.
Em lise: febre desaparece gradualmente.
causas da febre
Por aumento da produção de calor:
Atividade aumentada da tireoide.
Por bloqueio na perda de calor:
Insuficiência cardíaca congestiva, ausência congênita de glândulas sudoríparas, e doenças de pele como ictiose.
Por lesão dos tecidos:
Todas as infecções por bactérias, rickettsias, vírus e outros parasitos.
Lesões mecânicas, cirurgias e esmagamentos.
Neoplasias malignas.
Doenças hemolinfopoiéticas.
Afecções vasculares, IAM, AVC, trombose, embolia e tromboembolia.
Distúrbios de mecanismo imunitário, doenças imunológicas, colagenoses, doença do soro e de medicamentos.
Doenças e lesões no SNC.
HIPOTERMIA
Diminuição da temperatura corporal abaixo de 35,5ºC (axilar) ou 36ºC (retal).
Condições que diminuem a produção de calor ou aumentam sua perda.
Exposição a situações que comprometem a termorregulação (frio intenso).
Vasoconstrição periférica, palidez, tremores, taquicardia e elevação da PA.
Pode ser de início rápido ou lento.
Intensidade:
Hipotermia leve: 32º a 35ºC
Hipotermia moderada: 30º a 32ºC
Hipotermia grave: abaixo de 30ºC.
Idosos: dificuldade de aumentar a produção de calor e de diminuir a perda por vasoconstrição.
Crianças: maior superfície corporal relativa.