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Síndrome febril Temperatura corporal Expressão numérica em graus Celsius no Brasil, da quantidade de calor de um corpo. Pode ser dividida em: Interna: - Apresenta fisiologicamente uma variação de 0,6ºC para mais ou para menos, mantendo-se constante mesmo em situações de frio e extremo calor - Sofre variações de acordo com as condições ambientais Externa: Regulação da temperatura corporal A temperatura constante decorre de um equilíbrio entre: Produção de calor - Principal fonte de calor do organismo = metabolismo energético total do corpo (decorrente do metabolismo basal de todas as células). - Em repouso, o fígado é principal gerador de calor. - Durante a atividade física a principal fonte de calor se torna o metabolismo dos músculos. - O tecido adiposo atua como isolante térmico impedindo a difusão de calor para a superfície corporal Perda de calor O calor pode ser perdido para o meio externo a partir de quatro mecanismos: - Irradiação. - Condução. - Convecção. - Evaporação Esse equilíbrio é coordenado pelo centro termorregulador do SNC: o termostato hipotalâmico Locais de verificação Axilar Oral Timpânica Vesical Retal Esofágica Nasofaríngea Arterial pulmonar Valores normais de temperatura Axilar: 35,5ºC a 37,0ºC Bucal: 36,0°C - 37,4°C Retal: 36ºC - 37,5ºC Procedimento: I. Paciente em repouso II. Íntimo contato com a pele III.Bulbo em contato com a prega axilar. IV. 3 min V. Limpeza do termomêtro Via humoral 1 Fisiopatologia Os pirógenos (secretados por bactérias ou liberados em tecido em degeneração) agem sobre o centro termorregulador no hipotálamo através de duas vias: Via humoral 2 Ocorre a ativação de receptores na barreira hematoencefálica pelos fatores exógenos (bactérias), que atuarão nos macrófagos e neutrófilos. A liberação de pirogênios endógenos (IL-1 e TNF). Liberam no SNC ácido araquidônico, que será transformado posteriormente em prostaglandinas, principalmente prostaglandinas E2. Elevam o limiar térmico do centro termorregulador do hipotálamo. Ação de citocinas diretamente no núcleo pré- óptico (via direta) ou citocinas ativando os receptores da barreira hematoencefálica (via indireta). Os pirogênios endógenos liberarão no sistema nervoso central, ácido araquidônico, que será transformado posteriormente em prostaglandinas, principalmente prostaglandinas E2. Elevam o limiar térmico do centro termorregulador do hipotálamo. Além da elevação da temperatura, observam-se os seguintes sinais e sintomas na febre: Astenia Inapetência Cefaleia Taquicardia TaquipneiaTaquisfigmia OligúriaMialgiaCalafrios Sudorese Náuseas Vômito Delírio Confusão mental Convulsão Causas da febre InfecçõesLesões teciduais Processos inflamatórios Neoplasias malignas Características da febre 1.Início GradualSúbito 2. Intensidade Normal: 35,5ºC - 37ºC. Febre leve ou febrícula: 37,1ºC - 37,5ºC. Febre moderada: 37,6ºC - 38,5ºC Febre alta ou elevada: a partir de 38,6ºC 3. Duração Febre recente: início há menos de 7 dias. Febre prolongada: início há mais de uma semana (poucas causas, entre elas tuberculose, malária, endocardite e linfomas). 4. Modo de evolução a) Febre contínua: Temperatura permanentemente elevada com variações de até 0,3ºC. Ex: pneumonia, endocardite. a) Febre irregular: Febre com grandes variações de temperatura ao longo do dia, maiores que 1,4ºC, com ocorrência de picos muito altos intercalados por períodos de temperaturas baixas e períodos de apirexia Ex: sepse, tuberculose, abscesso pulmonar. c) Febre remitente: Temperatura permanentemente elevada com variações de 0,3 a 1,4ºC, mas não há retorno aos valores normais (apirexia). Ex: tuberculose, pneumonia d) Febre intermitente: Temperatura elevada com quedas a níveis normais. A febre pode ser cotidiana (febre de manhã e ausente à tarde), terça (um dia com febre e um dia sem) e quartã (um dia com febre ou apirexia em dois dias). Costuma ser observada na malária, nas infecções urinárias, nos linfomas e nas septicemias 4. Modo de evolução e) Febre recorrente Períodos de febre sem grandes oscilações alternados com períodos de apirexia que podem durar de dias a semanas. Ex: Doença de Hodgkin e outros linfomas. f) Febre e hética, irregular ou séptica: Febre com grandes variações de temperatura ao longo do dia, maiores que 1,4ºC, com ocorrências de picos muitos altos intercalados por períodos de temperaturas baixas e períodos de apirexia. É observada em septicemia, nos abcessos pulmonares, no empiema vesicular, na tuberculose e na fase inicial da malária g) Febre invertida: Febre com máxima amplitude pela manhã e mínima pela tarde. É observada no câncer de estômago e na filariose 5. Término Em crise: desaparece de repente Em lise: vai desaparecendo gradualmente Diferenças entre febre e hipertermia Febre Hipertermia Distúrbio da termorregulação em que o "set point hipotalâmico" está elevado. O organismo utiliza seus mecanismos de conservação de calor com o intuito de elevar a temperatura ao nível determinado pelo termostato O termostato hipotalâmico encontra-se elevado O quadro clínico é de: calafrios, palidez, vasodilatação Aumento da temperatura corporal por elevação da produção de calor ou diminuição da sua perda. O organismo utiliza seus mecanismos para perda de calor com o intuito de diminuir a temperatura ao nível determinado pelo termostato O termostato hipotalâmico não está alterado O quadro clínico é de: sensação de calor, vasodilatação causado por exercício físico intenso ou hipertermia maligna
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