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ANTROPOLOGIA Seja bem-vindo Os professores responsáveis pela organização e seleção dos conteúdos desta disciplina são profissionais reconhecidos por seu mérito na área específica desse conhecimento e responsáveis pela seleção de fontes de pesquisas relevantes sobre os temas que formam as trilhas de aprendizagem, que norteará você na experiência de uma leitura guiada para sua aprendizagem. A boa notícia é que seguindo este roteiro de estudos, você encontra a informação necessária para que possa aprender os conteúdos e conseguir sucesso nessa disciplina. Não esqueça! O estudo guiado exige a auto responsabilidade do estudante pelo seu percurso de aprendizagem, mas você será acompanhado, permanente por professores e tutores para colaborar no seu percurso de aprendizagem. Apresentação da Disciplina UNIDADE 1: INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA QUEIROZ, P. F.; SOBREIRA, A. G. Antropologia. 1. Ed. Sobral, 2016. Neste Tópico: Propõe-se o conteúdo do documento recomendado pelo professor. É essencial, iniciar a leitura considerando o resumo, onde estão as principais ideias do documento proposto para estudo. O surgimento da Antropologia como ciência remete aos séculos XV e XVI. Nessa época, havia duas ideias divergentes sobre os povos distantes. Uma os via como selvagens, sem história, nem costumes; a outra destacava o que eles conseguiram desenvolver e organizar. Essas visões construíram um olhar negativo sobre o Ocidente, através da recusa do estranho. O aparecimento da Antropologia como disciplina científica originou-se no continente europeu, mas a tradição antropológica que via a diversidade organizacional do homem é creditada aos gregos. Principalmente ao inspirar o conceito de alteridade – relação entre o “nós” e o “eles”, que marcará o centro da explicação antropológica. Porém, indiscutivelmente, a formação inicial da tradição do conhecimento antropológico torna-se central com “a descoberta do Novo Mundo” e, consequentemente, a percepção pelo povo europeu de todo o seu continente e a existência dos povos ausentes da narrativa bíblica (o livro orientador do ocidente). Esse encontro com o Novo Mundo causou um abalo na estrutura da religião e da Filosofia, até então intactas. Essa mudança fez surgir à necessidade de uma nova forma de compreender o mundo, não apenas mais sustentado pela autoridade da religião e, cada vez menos, pela Filosofia. A busca pelo conhecimento do homem fez surgir no século XVI duas correntes opostas de interpretação dele, criando o binômio bom selvagem/mau civilizado e mau selvagem/bom civilizado, defendido, respectivamente, pelo dominicano Las Casas e o juristas Sepulvera. As respostas à questão do Homem e a própria noção de Homem como uma “coisa”, só ganhou dimensão científica no século XVIII, com as bases do Iluminismo. Com isso, surge um desafio para os pioneiros do pensamento antropológico, trazida pela dupla percepção que o homem pode ter sobre si (sujeito do conhecimento e objeto do conhecimento). Nesse desafio, eles teriam que primeiro definir o objeto de estudo e, em seguida, estabelecer o procedimento científico para observá-lo e registrá-lo. O fracasso inicial na retratação e na qualificação do seu objeto de estudo, pautado a partir de parâmetros etnocêntricos e evolucionistas da sociedade ocidental, possibilitou o estabelecimento dos três princípios universais da Antropologia, a saber: a desnaturalização do social, o estranhamento, a aceitação de que a unidade do Homem é plural. Em suma, com o estabelecimento do universo de investigação da Antropologia no século XIX e XX, sustentada em torno da teoria da evolução e do conceito de cultura juntas, desconstroem a ideia de natureza sagrada do Homem, defendida por anos pelos primeiros pensadores do pensamento antropológico. Documento Completo O livro disponibilizado abaixo servirá de base para toda a disciplina: UNIDADES 1,2,3 e 4 <iframe src="https://onedrive.live.com/embed?cid=45330FDE958FC1B0&resid=45330FDE958FC1B0%21512 &authkey=AFEp7ZZEidziV8M&em=2" width="476" height="288" frameborder="0" scrolling="no"></iframe> Aprofundando o conhecimento Para auxiliá-lo na compreensão do assunto abordado na Unidade de estudo assista a vídeo-aula abaixo: GUIA DE ESTUDO: UNIDADE 1 1. Segundo o texto, qual a importância do conceito de alteridade para o início do pensamento antropológico? 2. De acordo com a leitura do texto indicado, qual foi a sua percepção em relação ao colapso dos dois primeiros objetos de estudo da Antropologia? 3. Segundo os autores, qual o ganho significativo para a Antropologia com predomínio do método indutivo sobre o dedutivo no século XVIII? Interagindo 1 - Bloco de Notas 2 - Partilhando Ideias 3 - Avaliar o documento sugerido 4 - Contribua com um documento UNIDADE 2: ANTROPOLOGIA COMO CIÊNCIA QUEIROZ, P. F.; SOBREIRA, A. G. Antropologia. 1. Ed. Sobral, 2016. Neste Tópico: Propõe-se o conteúdo do documento recomendado pelo professor. É essencial, iniciar a leitura considerando o resumo, onde estão as principais ideias do documento proposto para estudo. Ao longo deste capítulo, os autores apresentam a ciência antropológica, assim como uma exposição do [A1] desenvolvimento histórico das Ciências Humanas, e, consequentemente da Antropologia. Para isso, esclarecem que a palavra ciência significa conhecimento e deriva do termo latino scientia. Nessa abordagem,[A2] ciência será compreendida como um conhecimento que se propõe a ser objetivo e passível de experimentação. Diante da incapacidade da Filosofia em definir o que é o homem, surge um espaço ocupado pelas ciências humanas com o propósito de ser possuidora do conhecimento tanto do mundo quanto do homem. Com isso, abandona-se o método especulativo, herdado da Filosofia, e se adota outro pautado na observação ou empiria. A partir disso, várias ciências, como a Sociologia, a Antropologia, a História, a Geografia entre outras, surgiram com a pretensão de compreender da complexidade do homem. O Positivismo foi a primeira fase do desenvolvimento das ciências humanas e sua proposta teórico- metodológica objetivava explicar as relações e os fenômenos sociais com a mesma objetividade das ciências naturais. Ele é fundamentado por três hipóteses e seus principais representantes são Condorcet, Saint-Simon, Augusto Comte, Emile Durkheim e Max Weber. Já o Historicismo surgiu no fim do século XVIII e início do XIX e constitui uma das três teorias do conhecimento social. É composto por três diretrizes, possui um caráter conservador no início e atinge uma perspectiva relativista com as ideias de Droysen e Karl Mannheim. Mannheim inova ao relacionar os conhecimentos, utopias e ideologias as posições sociais dos sujeitos, constituindo-se um defensor do relativismo eclético. Segundo os autores, não há uma data precisa do nascimento da Antropologia. Ela se constituiu por um processo lento de criação, acumulação e reformulação do conhecimento. Além disso, salientam que sempre houve preocupação com a origem, a realidade e o destino do Homem em todos os povos e sociedades, dos primórdios à modernidade. Eles dividem didaticamente seu surgimento e desenvolvimento em quatro períodos, a saber: período de formação, período de convergência, período da construção e período da crítica. Cada um com avanços significativos para o desenvolvimento do conhecimento social. Inicialmente, o período de formação configura-se com a reflexão do homem sobre si e o universo que o cerca. Logo após, o período de convergência é compreendido como um momento de construção e se norteia pelo conceito de evolução. Já o período de construção confunde-se com oanterior, mas diferencia-se principalmente pelo aparecimento da obra A origem das espécies, de Charles Darwin. Por fim, o período da crítica foi um dos mais importantes para o desenvolvimento desta ciência, iniciou-se em 1900 e perdura até à atualidade. Em continuidade, são apresentados os fundadores da etnografia: Franz Boas e Malinowski. O primeiro é considerado um dos primeiros etnógrafos. Para ele, os costumes só ganham sentido no contexto particular, não há objeto que não seja digno de estudo pelo antropólogo e, em campo, o pesquisador deve anotar todos os detalhes do objeto em estudo. O segundo foi o primeiro a fazer uma experiência etnográfica de forma científica, ou seja, morou na comunidade à qual pesquisou. A obra Os Argonautas do Pacífico Ocidental é resultado deste trabalho em campo. Formulou uma teoria baseada na lógica das ciências da natureza: o funcionalismo, e defendia a ideia de estudo do homem através de uma tripla articulação: social, psicológica e biológica. Por fim, os autores salientam que apesar das contribuições de Franz Boas e Malinowski, faltava à Antropologia instrumentos operacionais para a construção de um verdadeiro objeto científico. Esse propósito é construído, inicialmente pelos pesquisadores Émile Durkheim e Marcel Mauss da escola francesa de Sociologia. Aprofundando o Conhecimento Para auxiliá-lo na compreensão do assunto abordado na Unidade de estudo assista a vídeo-aula abaixo: GUIA DE ESTUDO: UNIDADE 2 1. O Positivismo pode ser compreendido a partir de três ideias ou hipóteses fundamentais. Identifique-as e explique porque os autores caracterizam esse pensamento como utópico. 2. Segundo os autores, há uma fase conservadora e relativista no Historicismo. Diante disso, explique quais os impactos sociais de cada uma destas ideias. 3. Para Durkheim, os fatos sociais são “coisas” que só podem ser explicados sendo relacionados a outros fatos sociais. Diante dessa compreensão, comente qual a colaboração deste sociólogo para a construção do objeto científico da Antropologia. Interagindo 5 - Bloco de Notas 6 - Partilhando Ideias 7 - Avaliar o documento sugerido 8 - Contribua com um documento UNIDADE 3: A ANTROPOLOGIA EM USO QUEIROZ, P. F.; SOBREIRA, A. G. Antropologia. 1. Ed. Sobral, 2016. Neste Tópico: Propõe-se o conteúdo do documento recomendado pelo professor. É essencial, iniciar a leitura considerando o resumo, onde estão as principais ideias do documento proposto para estudo. Nesse capítulo, os autores fazem um convite à compreensão e à aplicação dos conhecimentos sobre o desenvolvimento da Antropologia. Evolução esta que a tornou um importante instrumento de análise sobre o Homem na sua realidade social. Segundos os autores, a pesquisa de campo deu sustentação à Antropologia para compor as mais diversas formas de representação do homem no seu dia a dia. Essa evolução é creditada à Bronislaw Malinowski através da sua pesquisa e obra Argonautas do Pacífico Ocidental, publicada no início do século XIX. A partir dele, o trabalho de campo consolidou-se como prática antropológica, equiparando-se aos trabalhos realizados nos laboratórios das ciências naturais. Antes de Malinowski os indivíduos e seus costumes eram vistos como algo exótico, após ele o antropólogo passa a observar e registrar os costumes como elementos constitutivos de uma dada realidade social e cultural. A partir disso, o trabalho de campo, constituído pelo encontro do pesquisador com o objeto de pesquisa, e o confronto do antropólogo com as teorias antropológicas possibilitaram testar os conceitos, teorias e modelos de interpretação da Antropologia. Ademais, os autores complementam que o trabalho do antropólogo é um encontro deste com o “outro”, na tentativa de traduzi-lo. Para isso, o pesquisador registra sua observação em um diário de campo que, posteriormente, será confrontado com sua própria cultura. Dessa comparação emerge os elementos da organização social, até então camuflados. Por isso, o trabalho de campo representa um elemento importantíssimo na composição da Antropologia como disciplina e status de ciência. Conforme os autores, o trabalho do antropólogo edifica-se à medida que absorve a realidade social. Além disso, o olhar, o ouvir e o escrever são ferramentas indispensáveis. Em suma, o olhar apurado do pesquisador confrontado com o referencial teórico possibilita-o observar a realidade social, até certo ponto, isento de um olhar ingênuo. Por fim, o autor Pedro Fernandes de Queiroz relata uma experiência em campo na comunidade dos Negros do Riacho, iniciada na graduação do curso de Ciências Sociais na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e, posteriormente, ampliada no mestrado em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Essa pesquisa nasceu tanto da exigência do curso de um relatório de pesquisa quanto de uma inquietação do estudante, a saber: “como homens brancos julgam-se superiores aos homens não-brancos?”. Para isso, ele foi a campo e através de observações, conversas, entrevistas, pesquisa no acervo local conseguiu construir o material necessário para sua pesquisa. Além do mais, relata as dificuldades do pesquisador na coleta de dados. GUIA DE ESTUDO: UNIDADE 3 1. A partir da leitura do capítulo, explique como o trabalho de campo pode servir para ampliar a teoria antropológica ou negá-la. 2. Após a compreensão e reflexão do capítulo, comente sobre a reinvenção da Antropologia a partir do encontro do antropólogo com o “outro” e com as teorias antropológicas. 3. Conforme a explanação dos autores, explique a importância do diário de campo e do referencial teórico na pesquisa de campo do antropólogo. 4. A partir do texto lido, explique como a posição social e os conhecimentos teóricos podem afetar o olhar, o ouvir e o escrever no trabalho do antropólogo. Interagindo 9 - Bloco de Notas 10 - Partilhando Ideias 11 - Avaliar o documento sugerido 12 - Contribua com um documento UNIDADE 4: ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA QUEIROZ, P. F.; SOBREIRA, A. G. Antropologia. 1. Ed. Sobral, 2016. Neste Tópico: Propõe-se o conteúdo do documento recomendado pelo professor. É essencial, iniciar a leitura considerando o resumo, onde estão as principais ideias do documento proposto para estudo. A antropologia é uma ciência de extrema importância, ciência que estuda a diversidade cultural humana, e que ao longo da história passou por grandes mudanças, gerando várias correntes. A Antropologia Teológica é uma disciplina que estuda a origem, a natureza, a relação do supremo, e a profundidade do ser: origem e fim, riquezas e limites, aspirações e linguagem, comportamentos, e a luz da revelação divina. Quando Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, e o fez sob um plano abençoador, ele tinha um propósito para ele. No entanto o homem escolheu desobedecer ao nosso criador dando ouvido a quem jamais deveria. A Antropologia Teológica, pelo menos em suas noções fundamentais, foi abordada na sistemática medieval relacionada com a criação e a partir de uma base mais ampla, pôde construir uma abordagem mais abrangente, pois toca a realização do destino do homem como objeto da providência divina, à luz dos fundamentos biológicos, de sua situação ao mundo e de sua dimensão social. Deus não é uma fantasia ou agregado mental na vida do ser, ele integra a própria estrutura humana e lhe confere a vocação transcendente. Ele é o único que conhece as limitações de cada indivíduo, que conhece suas fraquezas, enfermidades, erros, morte e pecado, desafiando assim o sentido da vida, do sofrimento, da morte e pós-morte. No sentidoda metafísica o homem é preocupado com questões além dos seus interesses e suas necessidades físicas e materiais, como: sua felicidade, sua liberdade, sua moral, suas paixões e dentre muitos outros. É também aquele que não se limita apenas ao conteúdo comum, abraçando assim as ideias filosóficas, o estudo do saber e da realidade. Todo homem nasce perfeito, capaz de amar, merecedor de afeto, inteligente o suficiente para realizar o que deseja, transcendentes (por ser espiritual) e sábios (obtendo nele, na forma de instinto e intuição, toda sabedoria necessária para sua sobrevivência e evolução). Entretanto, para ser racional ele precisa crer para ser o que realmente é. Todos os teólogos e filósofos tanto do passado, como nos dias atuais cuidaram do sentido do homem e chegaram a três conclusões básicas, conclusões essas que possuem uma interpretação particular. Iniciamos com a Interpretação Egocêntrica, nela em todas as épocas da filosofia interpreta-se a autotranscedência como a superação do que o ser humano é atualmente, ou seja, da presente situação, com o alvo de atingir estado superior de ser, de perfeição e de felicidade. A Interpretação Filantrópica representa não só no Brasil, como no mundo todo um passo inicial em direção à responsabilidade social, seu objetivo é aperfeiçoar a comunidade humana. No Teocentrismo do grego Theos (“Deus”) e Kentron (“centro”), é a concepção segundo ao qual Deus é o centro do universo, tudo foi criado por ele, é dirigido por ele, e não há outra razão além do desejo divino sob a vontade humana. Na Interpretação Jurídica, Deus criou o homem a sua imagem, o homem perfeito, e no princípio o homem não possuía nenhuma propensão para o mal, foi então que o mau uso do livre-arbítrio o fez violar as leis e desobedecer às leis divinas. E esse primeiro ato de desobediência ficou conhecido como pecado original, pecado que nessa perspectiva é visto como “transgressão de lei” de ultrapassar noções que pressupõem a existência de uma norma que estabelece e demarca limites. Em I Coríntios 15:21- 22 há a seguinte mensagem: “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois como todos morrem em Adão, em Cristo todos receberão a vida”. GUIA DE ESTUDO: UNIDADE 4 1. De acordo com o texto, todos os filósofos e teólogos do passado e de hoje cuidaram do sentido do homem e chegaram a três conclusões básicas. Diante dessa afirmativa, destaque quais são essas conclusões e explique-as. 2. Após a reflexão e compreensão do capítulo, comente sobre a autotranscedência na antropologia teológica. 3. Os filósofos, Nietzsche, Sartre e Heidegger concordam que na vida presente o homem encontra-se numa situação precária, alienada e decaída. Com base no texto, explique por que. Interagindo 13 - Bloco de Notas 14 - Partilhando Ideias 15 - Avaliar o documento sugerido 16 - Contribua com um documento
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