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Aula 06 Ecologia e Desenvolvimento Sustentável

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Aula 06
Atualidades p/ PM-BA (Soldado) - Com videoaulas
Professor: Leandro Signori
Atualidades para a PM-BA e CBM-BA ʹ Soldado e Bombeiro Militar 
Prof. Leandro Signori 
 
 
 
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AULA 06 ± Ecologia e Desenvolvimento Sustentável 
 
 Caros Alunos, 
 ú�Hoje é a nossa última aula «�e�YHUGDGH��QRVVD�aulD�GH�KRMH�p�D�~OWLPD« 
 ú Ah... 
 ú�(X�WDPEpP�JRVWHL�PXLWR�GD�FRPSDQKLD�GH�YRFrV« 
 De coração, agradeço a oportunidade do convívio com vocês. Foi um 
imenso prazer ter ministrado este curso. 
Sobre o curso, espero sinceramente que ele tenha atendido as suas 
expectativas e lhes propiciado um excelente aprendizado. 
 Fico no aguardo de notícias positivas sobre suas aprovações, que 
certamente virão. 
Ótimos estudos, que Deus os abençoe, ilumine e os acompanhe nos 
estudos, nas provas, como futuros servidores públicos e em todas as suas vidas. 
Um grande abraço, 
 Prof. Leandro Signori 
 
 Sumário Página 
1. As origens das preocupações ambientais 02 
2. A sociedade de consumo 03 
3. O desenvolvimento sustentável 04 
4. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 07 
5. Problemas ambientais do planeta e do Brasil 09 
5.1 Aquecimento global 09 
5.2 Desmatamento 17 
5.3 Biodiversidade e extinção de espécies 19 
5.4 Desertificação 21 
5.5 Escassez de água 22 
5.6 Crise hídrica no Distrito Federal 27 
5.7 Resíduos sólidos 28 
6. Questões Comentadas 37 
7. Lista de Questões 70 
8. Gabarito 91 
 
 
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Prof. Leandro Signori 
 
 
 
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1. As origens das preocupações ambientais 
A subsistência do ser humano sempre dependeu dos recursos naturais à 
sua volta. Ao longo da história, a exploração do meio ambiente contribuiu para 
o apogeu e para o declínio de grandes civilizações. Por conta dessa forte 
interdependência, o debate ambiental ganhou visibilidade aos poucos, trazendo 
diferentes visões sobre o desenvolvimento e a conservação da natureza. 
Durante milhares de anos, o homem argumentou que destruía o meio 
ambiente para obter recursos indispensáveis à sua subsistência. Hoje, cientistas 
mostram que a própria sobrevivência da humanidade está em xeque por causa 
da exploração desenfreada dos recursos da natureza. Já não resta outra saída: 
a preservação de nossa espécie depende de uma mudança radical. 
Praticada há milênios, a agricultura sempre produziu impactos negativos 
sobre o meio ambiente. O desmatamento e a desertificação do solo promovidos 
por nossos ancestrais são prova disso. Porém, foi com o avanço tecnológico que 
se impôs um novo ritmo de ação predatória. Foi só a partir da industrialização 
que os cientistas começaram a se articular para discutir os efeitos da poluição 
e os inúmeros problemas socioambientais causados pelo novo modelo de 
produção. 
Iniciada na Inglaterra, a Revolução Industrial foi um divisor de águas 
na história da humanidade. Ela transformou artesãos em proletários, ambientes 
domesticados em artificiais, subsistência em salário, imprimindo uma drástica 
mudança na organização social. Além das transformações socioeconômicas, a 
Revolução Industrial também intensificou problemas ambientais, acelerando a 
extração dos recursos naturais. 
No final do século XVIII, a comunidade científica passa a se interessar mais 
intensamente pelas questões ambientais. Preocupados com a falta de freio do 
progresso tecnológico, os cientistas argumentavam que era necessário 
estabelecer áreas intocáveis, onde a ação transformadora do homem fosse 
bloqueada. Nasciam, assim, os primeiros santuários ecológicos, como o Parque 
Yellowstone nos Estados Unidos, criado em 1872. 
Após a II Guerra Mundial, no período da Guerra Fria, Estados Unidos e 
União Soviética armaram-se até os dentes, ostentando arsenais bélicos 
suficientes para destruir o planeta inteiro várias vezes. A corrida armamentista 
alarmou não apenas os estudiosos, mas largas parcelas da população mundial. 
O debate ambiental, antes restrito às camadas intelectuais, ganhou a atenção 
de todas as classes, tornando-se um assunto do dia a dia. 
Influenciados pela crescente pressão social, os governos não ignoraram 
esses alertas. Com a chegada do século XX, diversos acordos internacionais 
buscaram mitigar os efeitos nocivos da ação humana sobre a natureza. 
 
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2. A sociedade de consumo 
 Vivemos em uma sociedade marcada e dominada pela lógica do consumo. 
Todas as pessoas - jovens, adultos, idosos ± sejam elas ricas ou pobres - estão 
inseridas nesse contexto. São centenas de milhares de produtos apresentados 
como se tivéssemos a necessidade de tê-los para se alcançar a felicidade. O ato 
de consumir é colocado como uma das formas que permitem ao cidadão ou ao 
indivíduo sentir-se inserido na sociedade. 
 A economia mundial vive um momento em que um dos seus sustentáculos 
é a produção em larga escala de bens materiais. Vive-se um tempo em que 
existe forte pressão para que o estilo de vida seja baseado no consumo. A casa, 
o carro, as viagens fazem parte desse estilo. 
 A expansão do consumismo acelerado acarreta alta demanda/necessidade 
de energia, minérios, água e tudo o que é necessário à produção e ao 
funcionamento dos bens de consumo. O consumo exacerbado, não sustentável, 
globalizou-se. A expansão desenfreada do consumo trouxe consigo problemas 
que antes eram vistos como indiretos, mas que hoje estão cada vez mais ligados 
de forma direta aos problemas ambientais. 
A ONU tem alertado para a velocidade da utilização dos recursos naturais, 
que já é muito maior que a capacidade de regeneração da natureza. Para alguns 
elementos da natureza a reposição é impossível, a escala de tempo para a 
formação é milhões de vezes maior que a vida média dos seres humanos. 
Segundo o World Wildlife Fund (WWF), uma das ONGs ambientalistas mais 
ativas no mundo, o homem está consumindo 30% a mais dos recursos naturais 
que a Terra pode oferecer. Se continuarmos nesse ritmo predatório, em 2030 a 
demanda atingirá os 100% - ou seja, precisaremos de dois planetas para 
sustentar o mundo. 
A biocapacidade é um indicador que mede a área de terras e águas 
capazes de gerar recursos biológicos úteis e de absorver os resíduos produzidos 
pelas atividades humanas. A Terra tem uma biocapacidade de 13,4 bilhões de 
hectares globais. A pressão das atividades humanas sobre os ecossistemas é 
medida pela pegada ecológica. Ela nos mostra se o nosso estilo de vida está 
de acordo com a capacidade do planeta em oferecer e renovar seus recursos 
naturais e absorver os resíduos provocados pela atividade humana. 
O índice, apresentado em hectares globais, representa a superfície 
ocupada por terras cultivadas, pastagens, florestas, áreas de pesca ou 
edificadas. Em tese, a sustentabilidade do planeta estaria garantida se cada 
pessoa no mundo utilizasse 1,8 hectares de área (quase dois campos de futebol). 
O problema é que essa média é de cerca de 2,7 hectares. Nos países 
desenvolvidos, esse número é ainda maior ± o índice dos Estados Unidos, por 
exemplo, é de 9,6 hectares por pessoa. 
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Pegada ecológica humana 
 
Crédito: Ecological Footprint Network, 2010PASSAMOS DO LIMITE - A linha azul representa tudo de que a humanidade 
dispõe para sobreviver - os recursos de um planeta, nem mais nem menos. É 
sobre esse planeta que a humanidade imprime sua pegada ecológica (linha 
vermelha). A maneira de manter o equilíbrio entra a pegada ecológica e a 
biocapacidade é reduzir o ritmo de exploração dos recursos naturais, 
desenvolvendo a produção de uma forma equilibrada. 
 
3. O desenvolvimento sustentável 
Apesar de relatiYDPHQWH� UHFHQWH�� D� LGHLD� GH� ³GHVHQYROYLPHQWR�
VXVWHQWiYHO´�HUD�SHUFHELGD�Ki�PXLWDV�GpFDGDV��$�GHWHULRUDomR�GR�DU��GD�iJXD�H�
dos solos já preocupava muitos governos europeus, que vivenciavam a 
destruição das florestas e dos rios, bem como a péssima qualidade de vida dos 
seus habitantes. 
No início do século XX ficava cada vez mais claro que esses problemas 
somente cresceriam e que seria necessária uma ação conjunta. Porém, foi 
somente depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que os esforços 
internacionais pela preservação ambiental começaram a ter algum resultado. 
Gradativamente, a comunidade internacional despertava para a 
problemática atual, até que em 1972, o Clube de Roma, uma organização 
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voltada ao debate do futuro da humanidade, publicou com apoio de especialistas 
do Massachusetts Institute of Technology (MIT), o relatório Limites do 
Crescimento. Alvo de muita polêmica, o relatório afirmava que se 
continuassem os ritmos de crescimento da população, da utilização de recursos 
naturais e da poluição, a humanidade correria sérios riscos de sobrevivência no 
final do século XXI. 
O relatório do Clube de Roma repercutiu de tal forma que, em 1972, a 
ONU organizou a Conferência de Estocolmo, conhecida como 1ª Conferência 
Internacional para o Meio Ambiente Humano. 
Considerada um marco do movimento ambiental, foi a primeira 
conferência organizada pela ONU que debateu os problemas ambientais do 
planeta. Poucos avanços foram conseguidos ao final da conferência, porém, a 
sensibilização das lideranças da comunidade internacional acabou levando a 
ONU a criar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). 
Após a Conferência de Estocolmo, a comunidade internacional continuou 
debatendo e se mobilizando sobre o tema. Mas o conceito de desenvolvimento 
sustentável só iria surgir quinze anos depois, em 1987, em um contundente 
documento divulgado pelo Pnuma ± o Relatório Nosso Futuro Comum 
(também chamado de Relatório Brundtland). A coordenação da elaboração 
do documento coube a então primeira-ministra da Noruega ± Gro Harlem 
Brundtland. 
 O relatório Nosso Futuro Comum é o primeiro grande documento científico 
que apresenta com detalhes as causas dos principais problemas ambientais e 
ecológicos, envolvendo atividades e políticas econômicas e discutindo 
abertamente os problemas das tecnologias usadas para movimentar a 
sociedade. 
 O documento popularizou o conceito de desenvolvimento sustentável, 
assim definido pelo relatório: 
 
 ³'HVHQYROYLPHQWR�VXVWHQWiYHO�p�DTXHOH�TXH�VDWLVID]�DV�QHFHVVLGDGHV�GD�
geração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de 
VDWLVID]HUHP�DV�VXDV�SUySULDV�QHFHVVLGDGHV�´ 
 
Galera, não há um conceito único para o desenvolvimento sustentável. Há 
muitos conceitos, que variam conforme o autor. Por isto, é fundamental 
compreender a ideia, a proposta do desenvolvimento sustentável. 
Vários autores propõe o conceito de sustentabilidade, que, segundo os 
próprios, seria mais abrangente que o desenvolvimento sustentável. Pode-se 
dizer que o desenvolvimento sustentável diz respeito à noção de que a sociedade 
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deve viver com os recursos naturais que o meio ambiente pode fornecer-lhe, e 
não com o que ela deseja que a Terra lhe forneça. O grande desafio é aliar o 
progresso econômico à preservação do meio ambiente, o que exige uma 
mudança de modelo de desenvolvimento e nos padrões de consumo 
vigentes. 
 
Sustentável é o desenvolvimento visto da maneira mais ampla possível ± 
crescimento econômico com igualdade e justiça social, sem comprometer os 
recursos naturais, que garanta qualidade de vida para as gerações futuras. A 
ideia é que a pressão exercida pelas atividades humanas não seja tão intensa a 
ponto de esgotar seus recursos, como as terras aráveis, água limpa e florestas. 
Ao mesmo tempo, todo desenvolvimento deve garantir condições de saúde, 
moradia e educação a toda a população ± respeitando, inclusive, as 
peculiaridades e culturas de diferentes grupos, como as populações indígenas. 
 
O debate sobre a insustentabilidade do atual modelo de desenvolvimento 
e sobre formas de alcançar o desenvolvimento sustentável seguiu após a 
divulgação do Relatório Nosso Futuro Comum. Na verdade, é um tema central, 
cada vez mais presente nas conferências ambientais da ONU. Perpassou a ECO-
92, Rio+5, Rio+10 e Rio+20. 
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento ± ECO92, realizou-se no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho 
de 1992. A Agenda 21, foi o mais importante documento aprovado pelos 
Estados-membros presentes na ECO 92. O documento está dividido em quatro 
seções e quarenta capítulos sobre as mais variadas áreas. Trata-se de um 
planejamento de futuro, com ações de curto, médio e longo prazos, contendo 
metas, indicadores, instrumentos, recursos e responsabilidades definidas. Não é 
uma agenda ambiental, mas uma agenda para o desenvolvimento sustentável. 
O compromisso com a sustentabilidade traduz-se, na Agenda 21, em vinte 
e sete princípios, calcados em três premissas: 
‡� RV� SDtVHV� GHVHQYROYLGRV� GHYHP� PXGDU� VHX� SDGUmR� GH� SURGXomR� H�
consumo e, portanto, seu modelo econômico; 
‡�RV�SDtVHV�HP�GHVHQYRlvimento devem manter as metas de crescimento, 
mas adotar métodos e sistemas de produção sustentáveis; 
‡�DV�QDo}HV�GHVHQYROYLGDV�GHYHP�DSRLDU�R�FUHVFLPHQWR�GDV�PDLV�SREUHV��
com recursos financeiros, transferência de tecnologia e reformas nas relações 
comerciais e financeiras internacionais. 
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Vinte anos após a Rio92, os países membros da ONU, reuniram-se em 
2012, no Rio de Janeiro, na Conferência da ONU para o Desenvolvimento 
Sustentável - RIO+20. O evento teve como objetivo analisar os progressos 
feitos, desde 1992, e avançar na adoção de políticas para o desenvolvimento 
sustentável. 
Previamente à conferência, a ONU divulgou um balanço geral da situação 
do planeta. A entidade considerou que o progresso em prol da sustentabilidade 
nas duas décadas anteriores, havia sido bastante limitado. Segundo a ONU, 
novas tecnologias e métodos de produção adotados pela indústria baixaram em 
um terço o volume de recursos empregados em cada bem ou serviço produzido 
nos últimos vinte e cinco anos. 
Apesar dessa evolução, no resultado final, o planeta passou a consumir 
50% a mais de recursos naturais. Isso ocorreu porque as nações mais ricas não 
reduziram seu nível de consumo. Simultaneamente, as economias emergentes, 
como Índia e China, extremamente populosas, passaram a consumir mais do 
que nas décadas anteriores. 
Como o cenário era de muita expectativa, esperavam-se resultados 
concretos. Não foi o que ocorreu. A Rio+20 causou frustraçãoaos que 
esperavam metas ou agendas de compromissos. 
 
 4. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 
 A Rio+20 deliberou pela elaboração dos Objetivos do Desenvolvimento 
Sustentável (ODS), que viriam após o fim do período dos Objetivos do 
Desenvolvimento do Milênio (ODM) da ONU. 
 Em, 2015, após mais de três anos de discussão, os líderes de governo e 
de estado aprovaram, por consenso, o documento ³7UDQVIRUPDQGR� 1RVVR�
0XQGR�� $� $JHQGD� ����� SDUD� R� 'HVHQYROYLPHQWR� 6XVWHQWiYHO´. Nas 
SDODYUDV� GD� 318'�218�� ³D� Agenda é um plano de ação para as pessoas, o 
planeta e a prosperidade. Ela busca fortalecer a paz universal com mais 
liberdade e reconhece que a erradicação da pobreza em todas as suas formas e 
dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global ao 
desenvolvimento sustentável´. 
A Agenda consiste em uma Declaração, 17 Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável e as 169 metas, uma seção sobre meios de implementação e de 
parcerias globais, e um arcabouço para acompanhamento e revisão. Os ODS 
aprovados foram construídos sobre as bases estabelecidas pelos Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio (ODM), de maneira a completar o trabalho deles e 
responder a novos desafios. São integrados e indivisíveis e mesclam, de forma 
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equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável, consideradas 
pela ONU: a econômica, a social e a ambiental. 
A Agenda considera cinco áreas como de importância crucial para a 
humanidade e para o planeta no período 2016-������GHQRPLQDGDV�GH�FLQFR�3¶V��
Vejamos na figura a seguir: 
Os cinco P´s da Agenda 2030 
 
 
 Vamos ver agora os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: 
1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. 
2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da 
nutrição e promover a agricultura sustentável. 
3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, 
em todas as idades. 
4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e 
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. 
5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e 
meninas. 
6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e 
saneamento para todos. 
7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço 
acessível à energia para todos. 
8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e 
sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos. 
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9. Construir infraestruturas robustas, promover a industrialização 
inclusiva e sustentável e fomentar a inovação. 
10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles. 
11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, 
seguros, resistentes e sustentáveis. 
12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. 
13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus 
impactos. 
14. Conservar e usar sustentavelmente dos oceanos, dos mares e dos 
recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. 
15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos 
ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a 
desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de 
biodiversidade. 
16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento 
sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir 
instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. 
17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global 
para o desenvolvimento sustentável. 
 
5. Problemas ambientais do planeta e do Brasil 
 
5.1 Aquecimento global 
O aquecimento global tem como causa a intensificação do 
fenômeno natural do efeito estufa. Ele permite à atmosfera da Terra reter 
parte do calor que o Sol envia ao planeta, o que mantém a temperatura média 
do nosso planeta em torno de 14ºC, essencial para boa parte das formas de 
vida. 
Quando os cientistas falam em mudança do clima e em aquecimento 
global, estão se referindo ao aumento extraordinário da capacidade da 
atmosfera de reter calor. Situações desse tipo já ocorreram antes na história da 
Terra, motivadas, por exemplo, por alterações na atividade solar ou por grandes 
erupções vulcânicas. Mas agora a maioria dos cientistas acredita que o fenômeno 
está sendo alimentado pela ação do homem. 
Os gases responsáveis pelo efeito estufa, como o dióxido de carbono e o 
gás carbônico (CO2), são produzidos pela queima de combustíveis fósseis, como 
petróleo e carvão mineral. O metano (CH4) é gerado pelo arroto e flatulência do 
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gado, pela decomposição da matéria orgânica no lixo e em plantações alagadas. 
O óxido nitroso (N2O) advém do processo digestivo do gado. Além disso, ao 
alterar o uso da terra, por meio do desmatamento e de atividades agrícolas, o 
ser humano lança no ar CO2 que estava acumulado nas plantas e no solo. 
 
Efeito Estufa 
 
 
O excesso de gases liberados na atmosfera tem como consequência 
alterações no clima, como o aumento das chuvas em várias regiões, o avanço 
do mar em áreas litorâneas e rasas e o agravamento das secas. 
O ano de 2016 consta como o mais quente já registrado desde 
1880, segundo a agência norte-americana que monitora a atmosfera e 
os oceanos, a NOAA. Foi também o terceiro ano consecutivo que registrou um 
aumento recorde (0,94 ºC) da temperatura média do planeta em relação à 
média do século XX (13,9 ºC). No século XXI, esse recorde já foi quebrado cinco 
vezes: em 2005, 2010, 2014, 2015 e 2016. 
Considerando as emissões anuais, tendo como base os últimos anos, a 
China é o maior emissor mundial de CO2, seguida dos Estados Unidos, União 
Europeia, Rússia, Índia, Japão, Brasil e Canadá. No entanto, se considerarmos 
as emissões acumuladas, os dados são diferentes. Estudo do World Resources 
Institute e Global Carbon Project/Programa Internacional Geosfera-Biosfera das 
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aquecimento global, ele pode ter causas naturais, e não há certeza de que as 
ações humanas reforcem significativamente o efeito estufa. 
De qualquer forma, o aquecimento global está ocorrendo. Vejamos 
algumas das possíveis consequências: 
‡�2�QtYHO�PpGLR�GD�iJXD�GRV�RFHDQRV�VXELX����FP�GH������D�������2�QtYHO�
continuará a subir e poderá submergir os pequenos países insulares e destruir 
áreas costeiras habitadas. 
‡�+DYHUi�PXGDQoDV�QR�FLFOR�JOREDO�GDV�iJXDV�H�DXPHQWR�GH�FRQWUDVWH�Qa 
quantidade de chuva entre as regiões úmidas e secas e de intensidade nas 
estações chuvosas e secas. Áreas áridas deverão se tornar desérticas. 
‡�$XPHQWR�QD�TXDQWLGDGH�H�QD�IRUoD�GH�IXUDF}HV��WRUQDGRV�H�WHPSHVWDGHV�
e de problemas como deslizamentos, enchentes e desabastecimento de água. 
‡� $V� FDPDGDV� GH� JHOR� GR� ÈUWLFR�� GD� *URHQOkQGLD� H� GD� $QWiUWLGD� HVWmR�
perdendo volume. E o degelo do Ártico no verão deverá continuar até o final do 
século, podendochegar a apenas 6% do que já foi durante a estação. Há 
diminuição também das geleiras de montanhas, o que diminui os volumes de 
rios. 
 
A Convenção do Clima e as negociações nas COPs 
Para enfrentar o problema do aquecimento global, governos do mundo 
todo buscam, sob o guarda-chuva da ONU, adotar atitudes em conjunto para 
diminuir as emissões dos gases de efeito estufa. Em 1992, no Rio de Janeiro, na 
Eco92, foi aprovada a Convenção Quadro sobre Mudança do Clima. Depois, 
os países participantes precisavam decidir, em conjunto, o que deveriam fazer. 
As discussões acontecem nas COPs (Conferência das Partes, em que cada país-
membro é considerado uma parte), realizadas anualmente. 
Uma das COPs mais importantes foi a realizada em Kyoto, no Japão, em 
1997 (a COP-3). Ela aprovou o Protocolo de Kyoto, no qual foi estabelecida a 
estratégia de ³UHVSRQVDELOLGDGH� FRPXP� SRUpP� GLIHUHQFLDGD´. Essa 
expressão define que todas as nações têm responsabilidade no combate ao 
aquecimento global, mas as que mais contribuíram historicamente para o 
acúmulo de gases do efeito estufa têm uma obrigação maior. Trata-se das 
nações mais ricas, como os Estados Unidos (EUA) e boa parte dos países da 
Europa. Por terem iniciado seu processo de industrialização há muito mais 
tempo, essas nações produziram a maior parte dos gases acumulados na 
atmosfera. 
Pelo Protocolo de Kyoto, os países desenvolvidos se comprometeram a 
reduzir sua emissão de gases do efeito estufa em pelo menos 5,2% em relação 
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Principais pontos do Acordo do Clima aprovado: 
- Manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C e 
perseguir esforços para limitar este aumento em 1,5 °C acima dos níveis pré-
industriais. 
- Pico de emissões o mais rápido possível - As partes deste acordo 
objetivam alcançar um pico de emissões de GEE o mais rapidamente possível, 
reconhecendo que as nações em desenvolvimento vão levar mais tempo para 
alcançar seu pico de emissões. O texto não determina quando emissões 
precisam parar de subir. 
- Não há menção à porcentagem de corte de emissão de gases-estufa 
necessária - Cada parte (país) deve fazer sucessivas contribuições 
nacionalmente determinadas (CND) para o acordo, mas no acordo não há um 
número a ser atingido ou já inicialmente prometido. 
- Países ricos devem garantir financiamento de US$ 100 bilhões por ano, 
em ajuda aos países em desenvolvimento para se adaptarem a mudança do 
clima e enfrentarem o aquecimento global. 
- Acordo deve ser revisto a cada 5 anos. 
 
Donald Trump e o aquecimento global 
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump é um cético a respeito do 
DTXHFLPHQWR�JOREDO��(P�������HOH�XVRX�VXD�FRQWD�QR�7ZLWWHU�SDUD�GL]HU�TXH�³R�
conceito de aquecimento global foi criado pelos chineses e para os chineses com 
o objetivo de tornar a LQG~VWULD� GRV� (8$� PHQRV� FRPSHWLWLYD´��2X� VHMD�� SDUD�
Trump, a tese do aquecimento global nada mais é do que uma forma de forçar 
os EUA a trocar os combustíveis fósseis por energias limpas, o que poderia 
acarretar em perdas de empregos e competitividade para o país. 
Os EUA são o segundo maior emissor de gás carbônico, atrás apenas 
da China. Por isso, qualquer decisão do país no intuito de conter as emissões de 
gases do efeito estufa tem um impacto grande no planeta. Para tentar diminuiu 
o uso de combustíveis fósseis e estimular a participação de energias limpas na 
matriz energética norte-americana, o então presidente Barack Obama (2009-
2017) lançou o Plano de Energia Limpa em 2015. 
Em linhas gerais, a decisão estabelecia uma meta para reduzir em 32% 
a emissão de carbono nas usinas termelétricas e para aumentar de 22% 
para 28% o uso de fontes limpas para a geração de energia. Além disso, o 
plano proibia a exploração de carvão mineral em terras públicas. 
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Tendo como base as metas do plano, no Acordo de Paris, os EUA se 
comprometeram a cortar, até 2025, as emissões de gases estufa em 26% em 
relação ao que foi emitido no ano de 2005. 
Em março de 2017, o presidente dos Estados Unidos assinou a Ordem 
Executiva (equivalente a um decreto) da Independência Energética, que 
suspendeu medidas do Plano de Energia Limpa e fortaleceu o uso de 
combustíveis fósseis. 
$� GHFLVmR� GH� 'RQDOG� 7UXPS�� DQXQFLDGD� FRPR� XPD� ³QRYD� UHYROXomR�
HQHUJpWLFD´��WHP�XP�LPSDFWR�HP�XPD�VpULH�GH�UHJXODo}HV�DPELHQWDLV�DGRWDGDV�
por Obama. Na prática, isso irá permitir às usinas termelétricas voltar a 
utilizar carvão, petróleo e gás sem restrições. 
A ordem executiva também revogou a moratória sobre a exploração de 
carvão e a construção de novas usinas de carvão. Além disso cancelou as regras 
para a redução das emissões de metano e à extração de gás de xisto. 
Trump alega que as medidas que regulavam o uso do carvão impunham 
severas restrições à uma atividade considerada vital para a economia de 
diversas comunidades no país. Ao suspender essas regulações, Trump 
pretende estimular a geração de empregos no setor. 
Com a retirada dessas restrições ao uso de combustíveis fósseis, Trump 
também quer ampliar a produção de energia e tornar os EUA cada vez mais 
autossuficientes e independentes, sem depender de outros países para 
atender às suas necessidades energéticas. 
Por sua vez, no início de junho de 2017, cumprindo uma promessa de 
campanha, o presidente dos Estados Unidos anunciou a decisão de retirar o país 
do Acordo do Clima de Paris. Os termos e as condições da retirada deverão ser 
conhecidos progressivamente. 
Para Trump, eleito com uma campanha baseadD�QR�VORJDQ�³$PHULFD�)LUVW´�
(ou seja, a América em primeiro lugar), o tratado do clima é prejudicial à 
economia norte-americana ao exigir compromissos que afetam a sua geração 
GH� HQHUJLD�� HQTXDQWR� ³Gi� SRGHU� D� DOJXPDV� GDV� QDo}HV� PDLV� SROXLGRUDV� GR�
PXQGR´�� 2 presidente norte-americano agora quer renegociar o Acordo em 
termos mais vantajosos para os EUA. Em declaração conjunta, Alemanha, França 
e Itália disseram que o acordo não será renegociado. 
 
E o Brasil? 
O Brasil é o sétimo maior emissor mundial de gases estufa. Neste 
quesito, o Brasil continua melhorando, ao diminuir as suas emissões totais. A 
Terceira Comunicação Nacional do Brasil, submetida à Convenção-Quadro das 
Nações Unidas sobre Mudança do Clima, aponta redução de 53,5% no total de 
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gás carbônico (CO2) emitido pelo Brasil na atmosfera, entre 2005 e 2010. O 
setor que mais se destacou na redução das emissões foi o uso da terra, ou 
seja, a retirada da vegetação para a atividade agropecuária. 
A Lei da Política Nacional da Mudança do Clima (PNMC) oficializa o 
compromisso do país em reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa em 
37% até 2025 e 43% até 2030 em relação aos valores de 2005. Essas metas 
apresentadas na COP-21 foram consideradas ambiciosas porque são absolutas, 
ou seja, não dependem do crescimento da economia como foi apresentado por 
outros países. Vejamos as metas apresentadas pelo Brasil: 
9 Acabar com o desmatamento ilegal; 
9 Restaurar 12 milhões de hectares de florestas; 
9 Recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas; 
9 Integrar 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-florestas;9 Garantir 45% de fontes renováveis no total da matriz energética; 
9 Ampliar para 66% a participação da fonte hídrica na geração de 
eletricidade; 
9 Ampliar para 23% a participação de fontes renováveis (eólica, solar 
e biomassa) na geração de energia elétrica; e 
9 Aumentar para 16% a participação de etanol carburante e das 
biomassas derivadas de cana-de-açúcar no total da matriz 
energética. 
Segundo relatório científico do Painel Brasileiro de Mudanças 
Climáticas, 2013, o aquecimento global pode levar a uma elevação da 
temperatura no Brasil de 3ºC a 6ºC até 2100, situação que ficaria ainda mais 
crítica com uma possível escassez de chuvas. 
Na Amazônia, por exemplo, em 2100 a temperatura pode subir cerca de 
6ºC e a distribuição de chuvas na região pode cair 45%. Desmatamento e 
queimadas no bioma podem contribuir para alterar drasticamente o ciclo 
hidrológico da floresta, prolongando a estação de seca e alterando a distribuição 
de chuvas no país. 
O calor acentuado, até 5,5ºC a mais do que a temperatura registrada 
atualmente, desencadearia um processo de desertificação da Caatinga, bioma já 
considerado ameaçado de extinção. O Pantanal sofreria uma redução de 45% 
na quantidade de chuvas e um aumento de 4,5ºC na temperatura. Na Mata 
Atlântica (porção Sul/Sudeste) a quantidade de chuva pode subir até 30% nas 
próximas décadas, e no Pampa, até 40% ± o que aumenta o risco de inundações 
e deslizamentos em áreas costeiras. 
Se acontecerem, essas mudanças trarão drásticas consequências para a 
produtividade agrícola, a vazão dos rios vai diminuir reduzindo a geração de 
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Rússia, Brasil, Canadá, Estados Unidos e China -, concentram pouco mais da 
metade das formações florestais do mundo. 
O Brasil é um país florestal com aproximadamente 54% do seu território 
coberto por florestas naturais. No entanto, o país perde anualmente milhares de 
quilômetros quadrados de vegetação com o corte de árvores e as queimadas. 
Estima-se que quase um quinto da mata original já tenha sido derrubada, até 
2010. 
Somente no Bioma Amazônia, estima-se que, até 2010, tenham sido 
derrubados em torno de 740 mil km2, cerca de 18% da mata original do Bioma. 
O desmate da Amazônia acontece tanto nas zonas de transição, nas bordas da 
floresta com o cerrado ± região conhecida como Arco do Desmatamento ±, 
quanto no interior da mata, principalmente no oeste paraense e no entorno da 
Rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém), na Terra do Meio. 
A taxa de desmatamento na Amazônia cresceu 16% em 2015, puxada por 
aumentos expressivos em Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. A devastação 
acumulada na floresta entre agosto de 2014 e julho de 2015 foi de 5.831 
quilômetros quadrados, contra 5.012 quilômetros quadrados no período 
anterior. O maior crescimento percentual foi no Amazonas ± 54%. Mas Mato 
Grosso foi o Estado que mais perdeu floresta: 433 quilômetros quadrados de 
mata viraram fumaça em várias regiões mato-grossenses, mas sobretudo no 
noroeste, região de grilagem, pecuária extensiva e extração de madeira. 
Uma outra pesquisa, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) 
e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), analisou o 
desmatamento acumulado nos últimos dez anos. Por este levantamento o Pará 
IRL�R�(VWDGR�TXH�PDLV�GHVPDWRX�D�IORUHVWD�QR�SHUtRGR�DQDOLVDGR��³O avanço da 
agricultura se dá pelo estado do Pará e Mato Grosso, por isso chefiam a lista dos 
grandes desmatadores da Amazônia Legal" concluiu Igor Narvaes, que realizou 
o estudo. 
Diminuir o desmatamento na Amazônia é um dos focos mais importantes 
da Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC). O plano objetiva alcançar até 
o ano 2020, uma taxa 80% menor que a média registrada entre 1996 e 2005. 
Uma das grandes polêmicas atuais sobre o uso do solo na Amazônia diz 
respeito à construção de usinas hidrelétricas, que pretendem aproveitar o 
potencial hídrico da Bacia Amazônica. Em 2010 e 2011, foram iniciadas obras 
das represas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia (ambas já 
inauguradas), e a de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. Essa usina, com 
capacidade instalada para gerar 11,2 mil megawatts, será a segunda maior do 
país. Entidades ambientalistas temem os impactos sobre os ecossistemas 
amazônicos, as comunidades ribeirinhas e os 2,2 mil indígenas da região. 
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incluem recifes de corais, dunas, manguezais, estuários e lagoas. O país abriga 
20% das espécies conhecidas, graças à extensão de seu território e aos diversos 
climas que caracterizam os seus biomas. 
A Mata Atlântica é o bioma brasileiro mais devastado. Por esta situação 
crítica ela é considerada um hotspot (ponto quente, em português). O termo é 
usado para designar lugares que, além de apresentarem alto grau de diversidade 
biológica e endemismo (referência a espécies que só existem naquele 
ecossistema), devem ser especialmente protegidos, pois estão muito ameaçados 
pela atividade humana. Foram definidos 34 hotspots no planeta, visando 
concentrar esforços na proteção dessas áreas, sendo dois no Brasil. Além da 
Mata Atlântica, o Cerrado também é um hotspot. 
 
Hotspots 
Regiões ricas em diversidade biológica mais ameaçadas do planeta 
 
Fonte: Conservation International 
 
No mundo todo, ocorre um processo acelerado de perda de biodiversidade, 
de tal modo que há cientistas falando que a Terra está passando por seu sexto 
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período de extinção em massa (já houve cinco antes, por diversos motivos). O 
Brasil possui atualmente 627 espécies de animais ameaçados de extinção, de 
acordo com o Ministério do Meio Ambiente. As principais causas de extinção de 
espécies são a degradação de ambientes naturais ± consequência da abertura 
de grandes áreas para a implantação de pastagens ou da agricultura 
convencional ±, o extrativismo desordenado, a expansão urbana, a ampliação 
da malha viária, os desastres ambientais (derramamento de petróleo, poluição), 
o desmatamento, a formação de lagos para hidrelétricas e a mineração. 
Outra causa importante é a introdução de espécies exóticas. São aquelas 
que entram em um ecossistema no qual não existiam (como, por exemplo, 
ocorre no Brasil com os eucaliptos, árvore australiana). Algumas dessas espécies 
se veem com vantagens competitivas no novo ambiente e, favorecidas pela 
ausência de predadores, dominam nichos ocupados por espécies nativas. 
A Convenção da Biodiversidade é o acordo internacional que busca 
garantir a conservação e o uso sustentável da biodiversidade no mundo. O 
tratado estabelece que deve haver valores comerciais para o conhecimento 
acumulado pelos povos das florestas, e que os países paguem pelo direito de 
usar produtos sintetizados com a biodiversidade de fora de seu território. O 
acordo pode significar a entrada de recursos nos países em desenvolvimento, 
em que há florestas preservadas, que poderão ser aplicados para desenvolver e 
preservar seus ecossistemas. Com o tratado, a saída de material genético de 
uma nação para a exploração comercial em outra sem pagamento de patente 
passa a ser considerada biopirataria. 
No âmbito da convenção, o Protocolo de Cartagena sobre 
Biossegurança estabelece normaspara transferir, manipular e usar 
organismos vivos modificados por biotecnologia, inclusive transgênicos. A 
convenção inclui ainda o Protocolo de Nagoya, com metas para a conservação 
e o uso sustentável da biodiversidade no mundo. 
 
5.4 Desertificação 
A desertificação é a redução da vegetação e da capacidade produtiva do 
solo, principalmente em regiões áridas, semiáridas e subúmidas, causada pela 
ação humana e, em menor grau, por mudanças naturais. Cerca de 15% da 
superfície terrestre sofre algum tipo de desertificação. As áreas mais afetadas 
são o oeste da América do Sul, o nordeste do Brasil, o norte e o sul da África, o 
Oriente Médio, a Ásia Central, o noroeste da China, a Austrália e o sudoeste dos 
Estados Unidos. 
O principal fator para a expansão das regiões áridas no globo é a ação do 
homem, por meio do desmatamento, das atividades de agropecuária extensiva 
e de certos tipos de mineração. Essas atividades levam à redução da cobertura 
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vegetal, ao surgimento de terrenos arenosos, à perda de água e nutrientes do 
subsolo e à erosão eólica. 
Quando o solo se desertifica, a população se desloca para outras terras, 
nas quais, com frequência, provoca os mesmos danos, criando um círculo 
vicioso. A longo prazo, a desertificação pode causar redução drástica das terras 
férteis. Atualmente, ela ameaça mais de 110 países e afeta a vida de mais de 
250 milhões de pessoas. Um bilhão vive em regiões de risco e podem ser 
prejudicadas nos próximos anos. 
As áreas semiáridas somam 13% do território brasileiro e incluem o 
Polígono das Secas, que abrange a região do semiárido nordestino e o norte de 
Minas Gerais. Cerca de 10% do polígono sofre de desertificação grave. O Brasil 
conta com um Plano de Ação de Combate à Desertificação. Segundo o Ministério 
do Meio Ambiente, os quatro núcleos de desertificação onde o processo ocorre 
de forma mais acentuada são Cabrobó (PE), Gilbués (PI), Seridó (RN) e Irauçuba 
(CE). 
 
Polígono das Secas 
Mais de 60% da polução nordestina vive em áreas ameaçadas pela desertificação 
 
 Fontes: Ibama e Agência Nacional de Águas 
 
5.5 Escassez de água 
Mais de um bilhão de pessoas no mundo vivem sem acesso à quantidade 
mínima de água de que necessitam diariamente. A crescente escassez hídrica é 
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rápida urbanização do planeta estão entre os principais fatores que pressionam 
o ciclo hidrológico. Consome-se água mais rapidamente do que a capacidade de 
reposição do líquido pela natureza. 
O Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos do planeta. Abriga 
12% de toda a água doce disponível na superfície de planeta. O líquido, porém, 
não se distribui de maneira uniforme pelo território nacional. Cerca de 72% das 
reservas encontram-se nos rios da Região Norte, que reúne 5% da população 
nacional. 
Para a gestão de políticas públicas, o Brasil é dividido em 12 regiões 
hidrográficas. O clima e o regime de chuvas alimentam uma rede hidrográfica 
extensa, formada por rios com grande volume de água. Com exceção das 
nascentes do Rio Amazonas, que se abastecem com o derretimento das geleiras 
andinas, a origem das águas dos rios brasileiros são basicamente as chuvas. 
 
As regiões hidrográficas brasileiras 
 
Crédito: Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil - Informe 2012. Agência Nacional de Águas (ANA) 
 
O nosso país também possui muita água subterrânea. Embora ainda não 
haja dados finalizados, considera-se que existam 27 aquíferos principais no país, 
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entre os quais se destacam o Aquífero Guarani, que se estende do Centro-Oeste 
ao Sudeste e Sul. 
Maior aquífero do Brasil em extensão e volumes de água, o Sistema 
Guarani, se distribui por uma área de aproximadamente 1,1 milhão de 
quilômetros quadrados. Deste total, 70% estão em território brasileiro, 
espalhados pelo subsolo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas 
Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e o restante nos 
territórios do Uruguai, do Paraguai e da Argentina. As reservas potenciais 
calculadas do Guarani são de 37 trilhões de metros cúbicos de água. 
Em 2010, pesquisadores das universidades federais do Pará (UFPA) e do 
Ceará (UFC) divulgaram dados de um estudo preliminar no qual dimensionam o 
Aquífero Alter do Chão, nos estados do Pará e Amazonas, com um volume de 
água que o situa entre os maiores do mundo. Com área de 437,5 mil quilômetros 
quadrados, projetando reservas que seriam de 86 trilhões de metros cúbicos, 
um volume tão grande que, caso confirmado, alteraria todos os cálculos das 
reservas brasileiras, atualmente em 112 trilhões de metros cúbicos. 
Com toda esta água na superfície e no subsolo, o Brasil não está livre do 
flagelo da escassez de água. Como já dissemos, ela não está uniformemente 
distribuída, tendo muito pouca água no semiárido, que sofre com secas 
constantes. 
No Brasil, o semiárido, no Nordeste, é uma região que sofre com secas 
constantes. A seca é um fenômeno natural, mas, quando prolongada, causa 
graves problemas sociais, econômicos e ambientais no sertão. 
Para atenuar o problema, o Estado brasileiro desenvolveu, principalmente 
a partir do século XX, políticas públicas de combate aos efeitos da seca, tais 
como a construção de açudes, represas, perímetros de irrigação e políticas 
sociais. Atualmente dois grandes programas governamentais estão em execução 
no semiárido. Um deles é a instalação de um milhão de cisternas para coletar a 
água da chuva, nas zonas rurais. 
O outro programa é a controversa obra de transposição do Rio São 
Francisco, R�³9HOKR�&KLFR´��SULQFLSDO�ULR�GR�1RUGHVWH��$�iUHD�FREHUWD�SRU�VXD�
bacia hidrográfica compreende seis estados e o Distrito Federal. 
A transposição objetiva desviar de 1% a 3% da água do rio, por meio de 
duas extensões construídas com dutos e canais, para rios e açudes que 
atualmente secam durante a estiagem. Estima- se que a obra beneficiará até 12 
milhões de pessoas. O Eixo Norte captará água em Cabrobó (PE) para levá-la ao 
sertão do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. O Eixo Leste 
colherá as águas em Petrolândia (PE), beneficiando o sertão e o agreste de 
Pernambuco e Paraíba. 
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Idealizada desde o tempo do Império, a obra saiu do papel em 2007, 
quando foi iniciada. Prevista para estar concluída em 2010, as obras de 
transposição atrasaram. Quase dez anos depois do seu início, em fevereiro de 
2017, foi inaugurado o Eixo Leste. O Governo Federal espera concluir o Eixo 
Norte também em 2017. 
O orçamento também estourou. A obra hoje tem um orçamento de R$ 9,6 
bilhões, mais que o dobro do orçamento inicial de R$ 4,5 bilhões. 
Há quem questione se o projeto será eficaz, pois o São Francisco depende 
de outros 36 afluentes também afetados na estiagem, e temem pela própria 
preservação do rio. Além disso, há o temor dos impactos da obra sobre o meio 
ambiente e da expansão agrícola que promoverá.O Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos do planeta. Abriga 
12% de toda a água doce disponível na superfície de planeta. O líquido, porém, 
não se distribui de maneira uniforme pelo território nacional. Cerca de 72% das 
reservas encontram-se nos rios da Região Norte, que reúne 5% da população 
nacional. 
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Seca no Nordeste já dura 5 anos e pode se tornar ainda mais severa 
 A seca atual que aflige o Nordeste teve início em 2012 e se intensificou 
desde então. Ela já dura cinco anos e é considerada a mais severa em várias 
décadas. A intensidade e a persistência da atual estiagem podem ser indícios de 
que as mudanças climáticas já começam a cobrar sua fatura, aponta um estudo 
publicado na revista Theoretical and Applied Climatology. 
"As projeções de clima geradas pelos modelos climáticos sugerem que, 
daqui para a frente, as estiagens mais severas e prolongadas tenderão a ser a 
regra, não mais a exceção", afirma o hidrologista e meteorologista José Antônio 
Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais 
(Cemaden). 
A seca é um fenômeno natural no Nordeste. Há relatos da sua incidência 
desde o século 16, ou seja, desde o início da colonização do país. O clima hoje 
é semiárido, mas no futuro poderá não ser mais. Em outras palavras, o sertão 
pode se tornar uma zona árida e favorecer um processo de 
desertificação, afirma Marengo. 
Atualmente, durante os meses chuvosos, há intervalos sem precipitação 
que duram de cinco a seis dias. O que as projeções indicam é que esses 
intervalos "secos" tenderão a ser mais numerosos e mais longos, podendo 
alcançar 40 dias. 
Menos chuva significa também dias mais quentes. Segundo Marengo, a 
temperatura média no Nordeste já aumentou 0,8ºC entre 1900 e 2000 e as 
projeções indicam que, na melhor das hipóteses, o aquecimento vai aumentar 
2ºC até 2040. No pior dos cenários, até 4,4ºC até 2100. 
Nestas condições, se medidas governamentais sérias e imediatas não 
forem tomadas para, por exemplo, conter os desmatamentos, o sertão pode 
virar um grande deserto, alerta Marengo. 
Com menos chuvas e mais calor ao longo do ano, a vegetação típica da 
caatinga tenderá a ser gradualmente substituída pelas cactáceas, que são 
vegetação típica de desertos. O impacto disso para a agricultura, principalmente 
a familiar e de subsistência, será incomensurável. 
Fonte: UOL ± 21.09.2016 
 
5.6 Crise hídrica no Distrito Federal 
 
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O Distrito Federal (DF) enfrenta a maior crise hídrica da sua história. Assim como 
ocorreu na crise hídrica de 2014, em São Paulo, a crise no Distrito Federal é 
causada por fatores naturais e de gestão, ou seja, fatores humanos. 
A região do Brasil onde se localiza o Distrito Federal caracteriza-se por 
duas estações climáticas bem definidas ± seca e chuvosa. A primeira de abril a 
setembro e a segunda de outubro a março. Na estação seca, as chuvas são 
raras. Assim, a estação chuvosa é a grande responsável por abastecer os 
reservatórios de água do DF. 
Ocorre que choveu menos na estação chuvosa e o nível de água dos 
reservatórios caiu drasticamente. Diante da escassez de água, foram adotadas 
medidas como a redução da pressão nas redes, a tarifa de contingência e o 
racionamento. A tarifa de contingência implica em uma cobrança extra na conta 
de água para as economias que consomem mais de 10 m³/mês. A cobrança será 
suspensa em 1º de junho. O racionamento atinge as regiões abastecidas pelos 
sistemas do Descoberto e Santa Maria, que ficam 24 horas sem fornecimento de 
água, de seis em seis dias. 
O Distrito Federal é abastecido de água por dois tipos de sistema: 85% da 
população recebe água de dois reservatórios, o do Descoberto e o de Santa 
Maria; e os outros 15% e parte dos produtores agrícolas consomem água de 
pelo menos cinco córregos. 
O consumo de água cresceu 16% per capita, nos últimos seis anos. O 
investimento em obras estruturantes, principalmente as voltadas para 
novas captações de água, não acompanhou esse crescimento, nem a 
expansão da malha urbana e nem o aumento da densidade populacional. 
Outro fator é o desperdício de água, 35% da água bombeada pela 
Caesb, companhia de saneamento distrital, se perde e não chega ao consumidor 
final. Por ano, 86 bilhões de litros escapam no sistema de distribuição. 
Especialistas apontam ainda o alto consumo de água pela população, 
acima da média nacional, o alto consumo de água pela agricultura e a 
degradação de áreas de recarga de aquíferos e proteção de mananciais. 
Para conter a crise, o governo do DF e a Caesb anunciaram obras e 
prometem investir R$ 765 milhões na ampliação dos sistemas de abastecimento. 
São elas a construção do reservatório do Bananal, a construção do 
reservatório de Corumbá IV e a captação de água do próprio Lago Paranoá. 
 
5.7 Resíduos sólidos 
A grande produção de resíduos nas sociedades modernas obriga os 
governos a adotar soluções caras para armazenar esse material. Se isso não for 
feito de maneira adequada, o lixo jogado na natureza contamina a água, 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
01) (LEANDRO SIGNORI/ESTRATÉGIA CONCURSOS/2017) O presidente 
dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (28) um 
decreto que revoga uma série de regulações contra a mudança climática 
adotadas por seu antecessor, Barack Obama, uma medida concebida 
para fortalecer a geração de energia doméstica e criar empregos. 
Ambientalistas dizem que o decreto é perigoso e prometeram combatê-
lo nos tribunais. 
(G1, 28.03.2017) 
Sobre o decreto assinado por Donald Trump, assinale a alternativa 
INCORRETA: 
a) O principal alvo do decreto é o Plano de Energia Limpa. 
b) O decreto rescinde uma proibição à exploração de carvão em terras 
federais. 
c) O decreto reverte regras para a contenção de emissões de gás metano 
resultantes da produção de gás e petróleo. 
d) Por meio do decreto, os Estados Unidos saíram do Acordo do Clima 
de Paris. 
e) Na campanha presidencial, Donald Trump prometeu reduzir a 
regulação ambiental com o objetivo de estimular e fomentar as 
indústrias de perfuração e mineração. 
 
COMENTÁRIOS: 
 Donald Trump é considerado um cético em relação à tese de que o 
aquecimento global tem como causas preponderantes as atividades humanas. 
Na campanha presidencial, criticou a adesão dos Estados Unidos ao Acordo do 
Clima de Paris, aprovado na COP-21, em dezembro de 2015. 
 No entanto, o decreto assinado por Donald Trump, não retirou os Estados 
Unidos do Acordo do Clima de Paris. A saída dos Estados Unidos do acordo, foi 
anunciada por Trump em 01/06/2017 e não por ocasião da assinatura do decreto 
citado no fragmento de notícia da questão. 
 O decreto assinado pelo presidente, revogou uma série de regulações 
contra a mudança climática adotadas por seu antecessor, Barack Obama. 
Segundo o presidente, o ato legal foi concebido para fortalecer a geração de 
energia doméstica e a criação de empregos. 
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Gabarito: E 
 
03) (NUCEPE/SEJUS-PI/2016 ± AGENTE PENITENCIÁRIO) Após mais de 
duas décadas de discussão e do fracasso do Protocolo de Kyoto, as 
nações do mundo conseguiram construir um acordo de consenso global 
para adotar medidas que reduzam as consequências negativas sobre o 
clima e a vida no planeta. Trata-se do Acordo de Paris (COP ± 21), 
assinado por 195 países-membros da Convenção das Nações Unidas 
sobre Mudança do Clima, realizada em dezembro de 2015. Apesar do 
aparente sucesso da conferência, o acordo não foi imune a críticas de 
ambientalistas e de parte da comunidade científica. Com relação às 
discussões e desdobramentos da COP-21, assinale a alternativa 
CORRETA. 
a) O acordo de Paris prevê o apoio financeiro aos países em 
desenvolvimento para frear suas emissões de gases estufa, mas 
condicionou a liberação dos recursos ao cumprimento de uma agenda 
de modernização e liberalização dos estados nestes países. 
b) Os relatórios dos cientistas vinculados à ONU, originalmente 
destinados a orientar os formuladores de políticas públicas para o 
estabelecimento de estratégias de contenção das emissões de gases, 
foram omissos quanto à vulnerabilidade dos ambientes costeiros. 
c) A principal crítica ao Acordo de Paris é que o conjunto das metas 
nacionais somadas para a redução de emissões de gases estufa, além 
de consideradas insuficientes para barrar o sobreaquecimento médio de 
em até 2ºC, são voluntárias. 
d) O Protocolo de Kyoto tinha caráter impositivo, definindo rígidas 
metas para os países signatários e criando grandes óbices ao 
crescimento econômico dos países desenvolvidos. Apesar do apoio 
incondicional dos EUA, Kyoto pouco contribuiu para a redução das 
emissões. 
e) Para atingir os objetivos previstos pelo Acordo de Paris e evitar 
terríveis consequências, será preciso promover uma reviravolta 
energética, diminuindo nossa dependência dos combustíveis fósseis, 
principalmente nas nações subdesenvolvidas, as maiores poluidoras. 
 
COMENTÁRIOS: 
A) Incorreta. O acordo de Paris prevê o apoio financeiro aos países em 
desenvolvimento para frear suas emissões de gases estufa. A liberação dos 
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recursos não está condicionada a uma agenda de modernização e liberalização 
dos estados nestes países. 
B) Incorreta. Os relatórios dos cientistas vinculados à ONU, originalmente 
destinados a orientar os formuladores de políticas públicas para o 
estabelecimento de estratégias de contenção das emissões de gases, NÃO foram 
omissos quanto à vulnerabilidade dos ambientes costeiros. 
C) Correta. A principal crítica ao Acordo de Paris é que todas as metas nacionais 
para a redução das emissões são voluntárias. Além disso, por enquanto, o 
FRQMXQWR� GDV� PHWDV� VRPDGDV� p� FRQVLGHUDGR� LQVX¿FLHQWH� SDUD� EDUUDU� R�
sobreaquecimento médio em até 2 ºC. 
D) Incorreta. O Protocolo de Kyoto tinha um caráter impositivo, com definição 
de metas para os países desenvolvidos, que ratificaram o Protocolo. As demais 
nações, incluindo Brasil, China, países da África e de outras partes do mundo, 
foram desobrigadas de cumprir metas para não prejudicar seu desenvolvimento 
HFRQ{PLFR�H�VRFLDO��2�FDUiWHU�LPSRVLWLYR�GR�3URWRFROR�GH�.\RWR��GH¿QLQGR�PHWas 
aos países desenvolvidos signatários, tornou-se seu principal problema. Isso 
porque os EUA, o maior emissor à época, e hoje o segundo maior, não o 
assinaram. Outros, como Canadá, Japão e Rússia, avisaram que não cumpririam 
as metas em tempos difíceis para suas economias. Como resultado, Kyoto 
diminuiu as emissões, mas longe do que é calculado como necessário. 
E) Incorreta. Para atingir os objetivos previstos pelo Acordo de Paris e evitar 
terríveis consequências, será preciso promover uma reviravolta energética, 
diminuindo a dependência do mundo dos combustíveis fósseis, principalmente 
nas nações desenvolvidas, as maiores poluidoras. 
 Gabarito: C 
 
04) (NUCEPE/SEJUS-PI/2016 ± AGENTE PENITENCIÁRIO) Após 
conseguir reduzir expressivamente a destruição na Amazônia nos 
últimos anos, o Brasil voltou a sofrer um revés na luta contra o 
desmatamento. Órgãos oficiais estimam em 16% o aumento da marcha 
do desflorestamento entre agosto de 2014 e julho de 2015. Em maior 
ou menor grau, a degradação também alcança outros biomas brasileiros 
como a caatinga, os campos sulinos, pantanal, cerrado e biomas 
costeiros. Sobre o desmatamento da cobertura vegetal nativa no Brasil 
é CORRETO afirmar: 
a) A aplicação do novo Código Florestal, somado à criação de novas 
unidades de conservação e reservas indígenas, constituem exemplos de 
ações eficientes na erradicação das ações de madeireiras ilegais e 
expansão desordenada do agronegócio. 
b) A usina hidrelétrica de Belo Monte (AM) que entrou em 
funcionamento comercial em abril de 2016 é ainda objeto de 
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controvérsias, por ter produzido impactos socioambientais na 
Amazônia, devido à extensão de seu imenso reservatório. 
c) No cerrado, o segundo maior bioma do país e, na atualidade, o mais 
ameaçado, o ranking do desmatamento é liderado por Maranhão, 
Tocantins, Piauí e Bahia, área conhecida como Matopiba, e considerada 
a última fronteira agrícola do país. 
d) A meta prevista pela COP-21, conferência da ONU sobre o clima, 
realizada em Paris em dezembro de 2015, foi plenamente cumprida pelo 
país que recuperou 15 milhões de hectares de pastagens degradadas 
com a adoção pioneira de técnicas agroecológicas. 
e) Com cerca de 40% de sua cobertura vegetal nativa preservada, a 
Mata Atlântica cobria, originalmente, 1,3 milhão de km² do território 
brasileiro, sendo o último bioma a sofrer o impacto da ocupação devido 
às atividades econômicas predatórias. 
 
a) Incorreta. As madeireiras ilegais continuam desmatando criminosamente as 
florestas brasileiras e o agronegócio continua se expandindo de forma 
desordenada. Especialistas dizem que o Código Florestal não é efetivamente 
aplicado e que não há um planejamento territorial sustentável da ocupação do 
território brasileiro, de forma a preservar o meio ambiente e promover o 
desenvolvimento econômico nacional. 
b) Incorreta. A usina hidrelétrica de Belo Monte começou a operar 
comercialmente em abril de 2016. Sua construção no curso do Rio Xingu, no 
sudoeste do Pará, teve início em 2011 e foi marcada por muita polêmica no que 
diz respeito aos impactos socioambientais e às necessidades energéticas. Para 
minimizar os efeitos negativos, Belo Monte não tem reservatório, operando a fio 
G¶iJXD��RX�VHMD��YDL�JHUDU�HQHUJLD�FRQIRUPH�D�TXDQWLGDGH�GH�iJXD�H[LVWHQWH�QR�
rio. A extensão da área alagada é de 503 km2, bem menos do que Itaipu (1.350 
km2). Mesmo assim, sua construção trouxe prejuízos ambientais e sociais que 
não foram devidamente solucionados com as medidas compensatórias exigidas 
pela legislação. Um dos principais efeitos foi a profunda alteração nas 
comunidades tradicionais da região, que tiveram que deixar suas casas. Os 
conflitos gerados pela chegada de trabalhadores atraídos pela obra e a 
consequente ocupação irregular da região também estimularam o 
desmatamento de terras públicas e a extração ilegal de madeira. Além disso, 
ainda precisam ser estudadas as consequências da obra sobre a hidrologia, a 
carga sedimentar dos rios e a perda de espécies da flora e da fauna aquática. 
c) Correta. O Cerrado, segundo maior bioma do país, é na atualidade, o mais 
DPHDoDGR�SHOR�GHVPDWDPHQWR��$�UHJLmR�FRQKHFLGD�SRU�³0DWRSLED´��ORFDOL]DGD�QR�Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, é a de intenso desmatamento. 
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d) Incorreta. Na COP-21, a conferência do clima das Nações Unidas, realizada 
em dezembro de 2015 em Paris, todos os países-membros assumiram 
compromissos voluntários para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O 
Brasil se comprometeu, entre outras coisas, a acabar com o desmatamento 
LOHJDO��UHVWDXUDU����PLOK}HV�GH�KHFWDUHV�GH�ÀRUHVWDV��XP�KHctare corresponde a 
aproximadamente um campo de futebol) e recuperar 15 milhões de hectares de 
pastagens degradadas. Essa seria a principal contribuição do país para reduzir 
as emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e 43% até 2030 (em 
relação aos índices de 2005). 
e) Incorreta. Originalmente, a Mata Atlântica cobria cerca de 1,3 milhão de 
km2 do território nacional. Foi o primeiro bioma que sofreu o impacto da 
ocupação humana. Hoje, restam cerca de 90 mil km2 em fragmentos esparsos, 
que correspondem a apenas 7% da cobertura original em áreas descontínuas. 
 Gabarito: C 
 
05) (FAFIPA/APPA PR/2016 ± ANALISTA PORTUÁRIO) No dia 15 de 
outubro de 2016, um acordo adotado em Kigali, capital de Ruanda, após 
uma semana de negociações e uma reunião que durou toda a noite, 
introduz uma emenda ao Protocolo de Montreal, assinado em 1987. 
Assinale a alternativa CORRETA sobre objetivos do referido acordo. 
a) Visa ao estabelecimento de um mecanismo internacional de 
financiamento voltado para a Redução de Emissões por Desmatamento 
e Degradação Florestal (REDD). 
b) Visa à eliminação progressiva dos hidrofluorocarbonos (HFC). 
c) Visa à eliminação progressiva dos desmatamentos das florestas 
tropicais. 
d) Visa à Prevenção da Poluição Marinha por Alijamento de Resíduos e 
outras Matérias. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de 
Ozônio é um acordo internacional, criado no âmbito da Convenção de Viena para 
a Proteção da Camada de Ozônio de 1985. 
O aparecimento de buracos na camada de ozônio (O3) da estratosfera é 
um processo natural, já que, em certas épocas do ano, reações químicas na 
atmosfera produzem aberturas, que depois se fecham. O ozônio absorve parte 
da radiação ultravioleta B (UVB) emitida pelo sol. Sem ela, as plantas teriam 
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uma redução na capacidade de fotossíntese e haveria maior incidência de câncer 
de pele e catarata. 
A atividade humana, porém, acentuou o processo. As reações que 
destroem o ozônio são intensificadas pela emissão de compostos químicos 
halogenados artificiais, sobretudo os clorofluorcarbonos (CFCs) e os e os 
Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs). São gases usados como fluidos refrigerantes 
em geladeiras, aparelhos de ar condicionado e como propelente de aerossóis. 
 No âmbito do Protocolo de Montreal, decidiu-se pela substituição dos CFCs 
e HCFCs pelos hidrofluorocarbonos (HFCs) que não afetam a Camada de Ozônio. 
Porém, os HFCs contribuem para o aquecimento global. 
 Por isso, os 197 países integrantes do Protocolo de Montreal, reunidos em 
Kigali, Ruanda, aprovaram a redução de 80% a 85% do uso de HFCs no planeta 
até meados do século. 
 Gabarito: B 
 
(CESPE/TJDFT/2015 ± TÉCNICO JUDICIÁRIO) Naomi Oreskes, 
historiadora americana e professora em Harvard, autora do livro O 
colapso da civilização ocidental��DYLVD��³&KHJRX�D�KRUD�GH�SHUFHEHUPRV�
que é possível ter crescimento econômico e cuidado com o meio 
ambiente ao mesmo tempo. Dizer que as duas coisas são excludentes é 
a real ameaça à nossa prosSHULGDGH´�� 1D� VXD� FUX]DGD� FLHQWtILFD� SHOD�
VDOYDomR�GR�SODQHWD��HOD�H[DOWD�R�SDSD�)UDQFLVFR��3DUD�HOD��³FLHQWLVWDV�
tratam o problema em termos científicos, e não atingem o coração das 
pessoas. O papa veio colocar a questão em termos morais e veio dizer 
que o que está acontecendo é uma injustiça. Ele está fazendo o que os 
OtGHUHV�SROtWLFRV�QmR�ID]HP´� 
O Estado de S.Paulo, caderno Aliás, capa, 30/8/2015 (com adaptações). 
Considerando que o fragmento de texto apresentado é uma referência 
inicial, julgue o item que se segue acerca do tema nele abordado. 
 
06) O texto sugere que optar pelo desenvolvimento material e proteger 
o planeta são fatores excludentes no mundo atual. 
 
COMENTÁRIOS: 
O texto não sugere o que diz o enunciado. Vejamos a transcrição da frase 
de NaRPL� 2UHVNHV�� ³&KHJRX� D� KRUD� GH� SHUFHEHUPRV� TXH� p� SRVVtYHO� WHU�
crescimento econômico e cuidado com o meio ambiente ao mesmo tempo. Dizer 
TXH�DV�GXDV�FRLVDV�VmR�H[FOXGHQWHV�p�D�UHDO�DPHDoD�j�QRVVD�SURVSHULGDGH´� 
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considerava-se a natureza como uma fonte inesgotável de recursos naturais e 
com capacidade de absorver a poluição em qualquer escala. Mentalidade, que, 
mais tarde, a realidade comprovou estar errada. 
Gabarito: Certo 
 
09) Responsável pelo maior volume de gases do efeito estufa lançados 
na atmosfera, o petróleo é hoje uma fonte de energia relegada a plano 
secundário, o que tem diminuído a relevância que tinha frente a outras 
fontes de energia, como a eólica e a solar. 
 
COMENTÁRIOS: 
O maior volume de gases intensificadores do efeito estufa lançados na 
atmosfera provém da queima do petróleo como combustível. Não é uma fonte 
de energia secundarizada na matriz energética mundial. Individualmente é o 
insumo mais utilizado como fonte de energia no mundo. Lentamente, o petróleo 
perde relevância, mas, por várias décadas, segundo projeções, continuará sendo 
o insumo mais utilizado na matriz energética mundial. 
Gabarito: Errado 
 
10) (IDECAN/PRODEB/2015 ± ANALISTA DE PROCESSOS 
ORGANIZACIONAIS) Os objetivos de redução dos gases de efeito estufa, 
anunciados até agora em nível mundial, levariam a um aquecimento 
FOLPiWLFR�³EHP�VXSHULRU�D�GRLV�JUDXV´�� OLPLte fixado pela Organização 
das Nações Unidas (ONU), segundo estudo divulgado em setembro de 
2015, em Bonn (Alemanha). Ocupando o posto de maior país emissor de 
gases do efeito estufa está: 
A) Índia. 
B) Brasil. 
C) Rússia. 
D) Estados Unidos da América. 
 
COMENTÁRIOS: 
Considerando o total emitido pelos países, do chamado carbono 
acumulado, os Estados Unidos são os maiores emissores mundiais. Dados do 
World Resources Institute e do Global Carbon Project, entre 1850 a 2011, 
indicam que os EUA foram responsáveis por 27% das emissões totais de CO ? no 
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período, seguidos da União Europeia (25 países) com 25%, China com 11%, 
Rússia com 8% e Japão com 4%. 
Contudo, considerando as emissões recentes, as que são emitidas 
anualmente, os EUA não são mais o maior emissor, estão em segundo lugar. 
Nos últimos anos, no balanço anual, o país que mais emite CO ? é a China. 
Gabarito: D 
 
11) (FCC/METRÔ SP/2015) Em entrevista à TV NBR em 23/09/2014, a 
Ministra do Meio Ambiente do Brasil disse que a comunidade 
internacional vai se debruçar, a partir de agora, sobre a agenda dos 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecida na 
Conferênciadas Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. 
(Adaptado de: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-
09/brasil-reforca-necessidade-da-agendade-desenvolvi-mento-sustentavel) 
Um dos temas fundamentais da agenda sustentável é a 
a) redução dos cultivos familiares que empregam agrotóxicos. 
b) proibição do plantio e consumo de alimentos transgênicos. 
c) ampliação da geração de energias renováveis. 
d) promoção de campanhas para o planejamento familiar. 
e) erradicação dos intermediários na coleta de lixo reciclável. 
 
COMENTÁRIOS: 
A RIO+20 deliberou pela elaboração dos Objetivos do Desenvolvimento 
Sustentável (ODS), que deverão orientar as políticas nacionais e as atividades 
de cooperação internacional até 2030, sucedendo e atualizando os Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio (ODM). Os ODS foram lançados em setembro de 
2015. São 17 Objetivos e 169 metas, envolvendo temáticas diversificadas, como 
erradicação da pobreza, segurança alimentar e agricultura, saúde, educação, 
igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, 
padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades 
sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas 
terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização, 
governança, e meios de implementação. Na área de energia uma das metas é 
³$Wp�������DXPHQWDU�VXEVWDQFLDOPHQWH�D�SDUWLFLSDomR�GH�HQHUJLDV�UHnováveis na 
PDWUL]�HQHUJpWLFD�JOREDO´� 
Gabarito: C 
 
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12) (FCC/METRÔ SP/2015) Em entrevista à TV NBR em 23/09/2014, a 
Ministra do Meio Ambiente do Brasil disse que a comunidade 
internacional vai se debruçar, a partir de agora, sobre a agenda dos 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecida na 
Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. 
(Adaptado de: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-09/brasil-reforca-
necessidade-da-agendade-desenvolvi-mento-sustentavel) 
Um dos temas fundamentais da agenda sustentável é a 
a) redução dos cultivos familiares que empregam agrotóxicos. 
b) proibição do plantio e consumo de alimentos transgênicos. 
c) ampliação da geração de energias renováveis. 
d) promoção de campanhas para o planejamento familiar. 
e) erradicação dos intermediários na coleta de lixo reciclável. 
 
COMENTÁRIOS: 
A RIO+20 deliberou pela elaboração dos Objetivos do Desenvolvimento 
Sustentável (ODS), que deverão orientar as políticas nacionais e as atividades 
de cooperação internacional até 2030, sucedendo e atualizando os Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio (ODM). Os ODS foram lançados em setembro de 
2015. São 17 Objetivos e 169 metas, envolvendo temáticas diversificadas, como 
erradicação da pobreza, segurança alimentar e agricultura, saúde, educação, 
igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, 
padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades 
sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas 
terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização, 
governança, e meios de implementação. Na área de energia uma das metas é 
³$Wp�������DXPHQWDU�VXEVWDQFLDOPHQWH�D�SDUWLFLSDomR�GH�HQHUJias renováveis na 
PDWUL]�HQHUJpWLFD�JOREDO´� 
Gabarito: C 
 
13) (FCC/METRÔ SP/2015) Detentor do título de maior emissor de 
gases de efeito estufa do mundo, respondendo por cerca de 24,65% das 
emissões globais, o país poderá diminuir o consumo de carvão mineral 
porque tem potencial para dobrar o consumo de energias renováveis até 
2030, segundo um estudo realizado pela Agência Internacional de 
Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês). 
(http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outrasmidias/surpresa-abraca-
as-energias-renovaveis/) 
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15) (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS/2015 ± ASSISTENTE 
LEGISLATIVO) Agora é oficial: o desmatamento na Amazônia disparou 
em agosto e setembro [2014]. Foram devastados 1.626 km² de 
florestas, um crescimento de 122% sobre os mesmos dois meses de 
2013. 
As análises mensais do sistema de alertas de desmatamento Deter 
estavam prontas pelo menos desde 14 de outubro no Inpe (Instituto 
Nacional de Pesquisas Espaciais). Em agosto, foram desmatados 890,2 
km², um salto de 208% sobre os 288,6 km² do mesmo mês de 2013. Em 
setembro foram 736 km², 66% mais que no ano passado. 
(http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2014/11/1544688-desmatamento--na-amazonia-dispara-em-
agosto-e-setembro.shtml. Adaptado) 
Um dos fatores responsáveis pelo aumento do desmatamento foi 
a) a construção de hidrelétricas. 
b) a abertura de uma ferrovia. 
c) o reinício das obras da BR-163. 
d) a redução de terras indígenas. 
e) a expansão da agropecuária. 
 
COMENTÁRIOS: 
Pessoal, mesmo que vocês não tivessem lido nada sobre o assunto, é fácil 
responder à questão. A extração ilegal de madeira, a criação de gado e a lavoura 
de soja são as principais causas do desmatamento da Amazônia. Quando 
falamos da criação de gado e da lavoura de soja, estamos falando da expansão 
da agropecuária. 
Assim, a DOWHUQDWLYD�³H´�é o nosso gabarito. 
 
16) (FCC/DPE RR/2015 ± AUXILIAR ADMINISTRATIVO) Leia a notícia 
amplamente divulgada no final de abril de 2015. 
Desde 2008, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de 
consumo de ...... . Enquanto nos últimos dez anos o mercado mundial 
desse setor cresceu 93%, no Brasil, esse crescimento foi de 190%, de 
acordo com dados divulgados pela Anvisa. Segundo o Dossiê Abrasco, 
publicado nesta terça-feira (28/04) no Rio de Janeiro, 70% dos 
alimentos in natura consumidos no país estão contaminados. 
(Adaptado de: http://brasil.elpais.com/brasil) 
A notícia trata do consumo de 
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O cerrado tem sido muito desmatado para a criação de gado e o cultivo de 
grãos, principalmente a soja. 
Gabarito: A 
 
18) (FCC/TCE SP/2015 ± AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) Em 
02 de agosto, os 193 Estados-membros da ONU chegaram a um acordo 
sobre o rascunho do documento final que constituirá a nova agenda de 
desenvolvimento sustentável (ODS), que será formalmente adotada 
pelos líderes mundiais em Nova York durante a Cúpula de 
Desenvolvimento Sustentável em setembro. 
O documento final destaca, como um de seus principais objetivos: 
a) a erradicação da pobreza no mundo. 
b) o fim do terrorismo na África e no Oriente Médio. 
c) a luta contra a xenofobia no mundo. 
d) a expansão da justiça social em todo o mundo. 
e) o fim das perseguições religiosas no mundo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 Eis uma forma fácil de memorizarmos os ODS: 
 
 Pelo que estudamos, o gabarito é a alternativa ³$´� 
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Atualidades para a PM-BA e CBM-BA ʹ Soldado e Bombeiro Militar 
Prof. Leandro Signori 
 
 
 
Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 91 
 
(CESPE/ICMBIO/2014 ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO /AMBIENTAL) 
Acerca do desmatamento na Amazônia Legal, julgue o item que se 
segue. 
 
19) A construção de obras de infraestrutura na Amazônia é vista

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