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Fome, ingestão de alimentos e saúde Por que tantas pessoas comem demais? Fome, ingestão de alimentos e saúde A maioria dos problemas de saúde relacionados com ingestão de alimentos está associada a comer demais. Nos EUA a metade da população adulta preenche os critérios de obesidade clínica, qualificando o problema como epidêmico. A maioria das pessoas acreditam que o sistema de fome e ingestão de alimentos evoluiu para suprir o corpo com a quantidade exata de energia (set point). Digestão e fluxo de energia Transporte de energia no corpo: a. Lipídeos; b. Aminoácidos; c. Glicose. Armazenamento de energia: a. Gorduras; b. Proteína; c. Glicogênio. Digestão e fluxo de energia GLICOGÊNESE X GLICOGENÓLISE Digestão e fluxo de energia Fases do metabolismo energético: a. Fase cefálica b. Fase de absorção c. Fase de jejum Estas fases são controladas por dois hormônios: a. Insulina b. Glucagon Digestão e fluxo de energia Digestão e fluxo de energia Teorias da Fome e Ingestão de Alimentos Todo modelo set point é um sistema de feedback negativo. Tipos de set point: a. Glicostática; b. Lipostática. Teorias da Fome e Ingestão de Alimentos Problemas da teoria de set point: a. Inconsistência e imprevisibilidade do suprimento de comida dos ancestrais. b. Redução na quantidade de glicose. c. Não reconhecem a influência de fatores como paladar, aprendizagem e fatores sociais. Incentivo positivo - ingestão de alimentos não por déficits de energia, mas por prazer Influências do I.P. de ingerir alimentos: a) o sabor da comida; b)o que aprendeu sobre os efeitos ao comê-la; c)o tempo desde a ultima refeição; d)o tipo e a quantidade de alimento presente no seu estômago; e)o fato de outros estarem comendo ou não; f)o nível de glicose. Teorias da Fome e Ingestão de Alimentos Fatores que determinam o que, quando e quanto comemos a) O que comemos. a.1) Preferencias ou aversões aprendidas a sabores. a.2) Aprendendo a comer vitaminas e sais minerais. b) Quando comemos. b.1) A fome antes das refeições (seu corpo parece estar pedindo). b.2 Condicionamento Pavloviano da fome (a expectativa da comida e não por um déficit energético). c) Quanto comemos. c.1) Sinais de saciedade (densidade nutricional, ou seja, calorias por unidade de volume). c.2) Alimentação simulada (não são necessárias sinais de saciedade no intestino ou sangue para terminar a refeição). Fatores que determinam o que, quando e quanto comemos Teste de Alimentação simulada Fatores que determinam o que, quando e quanto comemos c) Quanto comemos. c.3) Efeito do aperitivo e saciedade (Resposta da fase Encefálica – aumentam a fome). c.4) Influências sociais (estética e timidez) e saciedade. c.5) Saciedade sensório-específica (a palatatividade do alimento com o mesmo sabor, ou semelhante, diminui logo após a refeição). Fatores que determinam o que, quando e quanto comemos Pesquisas fisiológicas sobre fome e a saciedade O papel dos níveis sanguíneos de glicose Pesquisas fisiológicas sobre fome e a saciedade O centro de saciedade do hipotálamo ventromedial. Lesões eletrolíticas no hipotálamo ventromedial (HIPERFAGIA) a) Fase dinâmica b) Fase estática Pesquisas fisiológicas sobre fome e a saciedade Lesões eletrolíticas no hipotálamo ventromedial (HIPERFAGIA) Pesquisas fisiológicas sobre fome e a saciedade Lesões eletrolíticas no hipotálamo ventromedial (HIPERFAGIA) Pesquisas fisiológicas sobre fome e a saciedade O centro de saciedade do hipotálamo lateral (afagia – cessação completa da ingestão de alimentos). O trato gastrintestinal na saciedade (experimento do balão no estômago) Pesquisas fisiológicas sobre fome e a saciedade Agonistas de Serotonina (Saciedade): a. Superação de dietas de cafeteria; b. Reduzem a quantidade de comida ingerida em cada refeição, mas não o número de refeições; c. Mudança da dieta evitando alimentos gordurosos. Regulação do Peso Corporal: Set Point versus Settling Point Teorias de set points: comer sempre que tiver vontade para manter o peso corporal constante? Os efeitos insalubres do consumo de alimentos ad libitum (diferenças no consumo de calorias entre pessoas). Efeitos da restrição de calorias não se resumem a perda de gordura corporal. Mudanças na eficiência da utilização de energia. Termogênese induzida pela dieta (mais gordura, maior temperatura, mais energia gasta). Teoria do Settling Point Settling Point – nível em que os vários fatores que influenciam o peso corporal atingem o equilíbrio. Segundo este modelo, o peso corporal se mantém constante enquanto não houver mudanças a longo prazo em todos os fatores que o influenciam, o impacto da mudança é limitado pelo feedback negativo. Melhor compreensão e previsão das mudanças no peso corporal (psicobiológos) É possível mudar o peso de forma irreversível, mudando permanentemente. Teoria do Settling Point Obesidade Humana Evolução: suprimentos inconsistentes de alimentos constituíam uma das principais ameaças à sobrevivência. Diferenças no influxo de energia e diferenças no gasto de energia. “A chave para a perda definitiva de peso é uma mudança permanente no estilo de vida.” Tendências adaptativas em um ambiente natural ; o ambiente atual é “patológico”. “Os exercícios físicos contribuem pouco para a perda de peso”. A leptina e a insulina são os hormônios que sinalizam feedback negativo para a gordura. Drogas serotoninérgicas – os agonistas de serotonina reduzem o consumo de alimentos. O uso foi associado a doenças cardíacas. Obesidade Humana Anorexia Nervosa “A anorexia nervosa é um transtorno que envolve o consumo reduzido de alimento”. “Praticamente, todos os pacientes com transtornos alimentares apresentam histórico de dietas restritas antes do começo do transtorno”. Diminuição correspondente no valor de incentivo positivo da comida. Enigma da anorexia FIM