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Tema 1 - Homeostase e Regulação Alimentar (Fisiologia e Distúrbios Alimentares)

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Tema 1 - Bases biológicas do 
comportamento – Parte 3
Prof. Leonardo Francisco 
1.3 - HOMEOSTASE E REGULAÇÃO 
ALIMENTAR 
(Fisiologia e Distúrbios Alimentares)
Fisiologia da Digestão
• A fisiologia digestória depende de 05 processos diferentes que 
acontecem enquanto os alimentos percorrem o trato gastrointestinal:
• Motilidade;
• Secreção;
• Digestão;
• Absorção;
• Defecação.
Regulação do comportamento alimentar e definições 
fundamentais
• Regulação de Longo prazo - Sabemos que complexos mecanismos
regulatórios internos permitem o armazenamento de energia em
nosso corpo, desta forma haverá energia disponível sempre que
houver necessidade.
• A razão primária para a nossa motivação de comer é a manutenção
destas reservas em um nível suficiente para que não ocorra falta de
abastecimento energético e consequentemente prejuízo de nossas
funções vitais.
Estado Prandial
• Quando consumimos uma refeição e imediatamente após este consumo, ocorre a
reposição das reservas energéticas em nosso corpo, este processo é conhecido
como período prandial e a energia pode ser armazenada de duas formas em nosso
organismo:
• Glicogênio - As reservas de glicogênio possuem uma capacidade limitada e são
encontradas principalmente no fígado e no músculo esquelético. São utilizadas
cotidianamente, e fornecem a energia necessária para o funcionamento adequado
de nosso corpo, assim que essas reservas começam a baixar sentimos necessidade
de repô-las, o que chamamos de fome.
• Triglicerídeos - Reservas de triglicerídeos possuem uma capacidade virtualmente
ilimitada, sendo encontrados no tecido adiposo. Dizemos virtualmente ilimitada,
pois, em condições de equilíbrio em nosso organismo, elas não serão utilizadas em
sua totalidade, sempre existindo uma boa quantidade disponível para situações
emergenciais (como problemas de saúde e dietas específicas) armazenadas em
nosso tecido adiposo.
Anabolismo
• Também denominado metabolismo anabólico, é o período do estado
prandial onde ocorre síntese das macromoléculas (glicogênio e
triglicerídeos) a partir de precursores simples.
• Esse fenômeno é responsável pela transformação da energia
disponível nos alimentos que ingerimos em moléculas que podem ser
armazenadas em nosso corpo para uso cotidiano (glicogênio e
triglicerídeos) ou em situações especiais (triglicerídeos).
Estado pós absortivo
• Período de jejum entre as refeições, neste estado o glicogênio e os
triglicerídeos que foram armazenados são fragmentados, fornecendo
um suprimento contínuo das moléculas utilizadas como combustível
para o funcionamento das células de nosso corpo: glicose (para todas
as células) e ácidos graxos e corpos cetônicos (para todas as células,
exceto os neurônios).
Catabolismo
• Ocorre no estado pós-absortivo, representando o processo de quebra das
macromoléculas (glicogênio e triglicerídios). Como podemos observar ele
representa o oposto do anabolismo. Devemos atentar para o fato de que
se o equilíbrio do sistema for adequado, as reservas serão repostas nas
mesmas taxas médias em que são gastas. Caso a ingestão e o
armazenamento de energia exceder consistentemente a utilização haverá
um aumento da quantidade de gordura corporal, levando à obesidade. No
entanto, se a ingestão de energia falhar consistentemente em alcançar as
demandas corporais haverá perda de tecido adiposo, levando em situações
extremas à inanição.
• Leptina – atua principalmente no hipotálamo promovendo a diminuição do 
apetite e aumentando o gasto energético. A longo prazo, isso ocasiona 
diminuição do tecido adiposo e, consequentemente, da leptina.
Regulação em curto prazo 
• O equilíbrio do sistema depende de meios para a regulação do
comportamento alimentar com base no tamanho das reservas
energéticas e na sua velocidade de reposição.
• Mecanismos regulatórios: São múltiplos e agem durante um longo
período, para manter as reservas de gordura corporal, e outros,
durante um curto período, para regular o tamanho e a frequências
das refeições.
• Estão diretamente relacionados ao que foi comido na última refeição
e que quantidade ingerimos deste alimento.
Regulação em curto prazo – Fases da 
Alimentação
• Fase cefálica: A presença de alimentos no campo visual e o cheiro da
comida desencadeiam diversos processos fisiológicos que antecipam a
chegada da refeição: ativação do sistema nervoso autônomo
parassimpático e da divisão entérica do sistema nervoso vegetativo que
determina a secreção de saliva na boca e de suco gástrico no estômago. A
fome é gerada pela liberação da grelina.
• Fase gástrica: Com a mastigação e ingestão dos alimentos verificamos um
progressivo preenchimento do estômago, o que determina uma
intensificação das respostas.
• Fase de substrato: Com o preenchimento do estômago, os alimentos
parcialmente digeridos são encaminhados para o intestino e inicia-se a
absorção dos nutrientes o que os levará à corrente sanguínea.
Fome
• Grelina: conhecida como hormônio da fome por sua ação estimulando o
apetite (LANDEIRO & QUARANTINI, 2011). É produzida na mucosa gástrica
quando o estômago está vazio. A grelina age no hipotálamo estimulando
o centro da fome, e dessa forma, além de estimular a ingestão de
alimento, também estimula as secreções digestivas e a motilidade
gástrica.
Saciedade
• Distensão gástrica: O estiramento das paredes do estômago é um
sinal significativo da saciedade, sendo inervado por neurônios
mecanossensoriais vagais.
O preenchimento do estômago determina o envio da mensagem
(“estômago cheio”) para o núcleo do trato solitário e estes sinais
inibem no sistema nervoso central o comportamento alimentar. Cabe
ressaltar que há outras mensagens reforçando o comportamento,
como as aferências enviadas diretamente pelas papilas gustativas (na
língua) para o núcleo gustativo.
Saciedade
• Colecistocinina(CCK): Sendo liberada como resposta à estimulação do
intestino por certos tipos de alimento, notadamente pelos
gordurosos, sua presença reduz a frequência da ingestão e a
quantidade de alimento ingerida (os experimentos que levaram a esta
descoberta datam da década de 1970). Está presente em algumas das
células do intestino e em alguns neurônios do sistema nervoso
entérico e sua principal ação enquanto peptídeo da saciedade ocorre
em neurônios sensitivos vagais, atuando em associação com a
distensão gástrica na inibição do comportamento alimentar.
Saciedade
• PYY: um peptídeo chamado YY que também tem ação de inibir a 
fome, produzido nas porções finais do intestino delgado e no cólon 
em resposta à passagem do alimento. Sua produção é estimulada 
pela presença do alimento, principalmente gorduras.
• GLP-1: peptídeo semelhante ao glucagon, secretado também pelas 
porções finais do intestino delgado e cólon em resposta à passagem 
do alimento.
• Insulina: Sendo produzida pelas células β do pâncreas ela é utilizada
no transporte da glicose para quase todas as células do corpo, a
exceção são os neurônios que não precisam deste intermediador para
receber esse nutriente. É fundamental para o anabolismo e
importante para o catabolismo, com a liberação da glicose de seus
sítios de armazenamento, sua captação por outras células do
organismo e sua utilização como combustível. Desta forma,
verificamos que os níveis de glicose no sangue estão inversamente
relacionados aos níveis de insulina, ou seja, muita insulina circulante
retira a glicose da corrente sanguínea e a direciona para as células. Os
níveis de insulina estão diretamente relacionados com as fases da
alimentação.
Saciedade
Por que comemos?
• Esta é uma questão complexa e que se relaciona com a motivação
psicológica para comer. Um dos aspectos relevantes é o relativo ao
prazer de comer, que ocorre pelo sabor, aroma e da visão dos
alimentos, além do ato de comer propriamente dito.
• Outro aspecto é o da redução de impulso: a satisfação de um desejo,
ou seja, comemos porque estamos com fome e
desejamos/precisamos de alimentos.
DOPAMINA
• Alguns neurotransmissores possuem papel importantepara nosso
comportamento alimentar. A dopamina, por exemplo, está
relacionada com a estimulação do sistema dopaminérgico
mesolímbico.
• Por exemplo, um animal consome um determinado alimento que
considera muito saboroso, isto promove a liberação de dopamina no
encéfalo, o que causa a sensação de prazer. Essa experiência levará o
animal a buscar novamente este alimento de modo a repetir aquela
mesma sensação prazerosa.
SEROTONINA
• Já os níveis de serotonina, no hipotálamo, estão baixos durante o período
pós-absortivo, aumentam em antecipação à chegada de alimento e
alcançam um pico durante uma refeição, especialmente em resposta aos
carboidratos.
• Na depressão, por exemplo, esses níveis apresentam-se reduzidos no
sistema nervoso central, o que pode explicar a sensível melhora do
humor quando deprimidos consomem alimentos que levam ao aumento
dos níveis encefálicos de serotonina, como tortas, bolos e chocolates.
• Os carboidratos são os alimentos que mais elevam os níveis de serotonina
no encéfalo porque a serotonina é produzida a partir do aminoácido
triptofano, presente nos alimentos que ingerimos cotidianamente,
principalmente aqueles que são ricos neste tipo de nutriente.
Mecanismos fisiopatológicos da anorexia 
nervosa, da bulimia nervosa e da obesidade
Link do Video: https://youtu.be/mohJz_HyoMY
https://youtu.be/mohJz_HyoMY
Bulimia
Está relacionada com uma ingestão exagerada de alimentos seguida de
purgação (laxantes ou diuréticos).
Definida pelo CID 10: A bulimia é uma síndrome caracterizada por acessos
repetidos de hiperfagia e uma preocupação excessiva com relação ao
controle do peso corporal conduzindo a uma alternância de hiperfagia e
vômitos ou uso de purgativos. Este transtorno partilha diversas
características psicológicas com a anorexia nervosa, dentre as quais uma
preocupação exagerada com a forma e peso corporal.
Os vômitos repetidos podem provocar perturbações eletrolíticas e
complicações somáticas.
Nos antecedentes encontra-se frequentemente, mas nem sempre, um
episódio de anorexia nervosa ocorrido de alguns meses a vários anos antes.
Bulimia
Pode levar a várias disfunções como:
• Perda do esmalte dentário
• Cáries dentárias
• Arritmias cardíacas
• Rupturas de esôfago;
• Rupturas gástricas;
• Problemas renais.
Anorexia nervosa
• Perda do interesse pelos alimentos com consequente perda
significativa de massa corporal
• Definida de uma forma geral como falta fisiopatológica de apetite,
acompanhada de uma aversão à comida e inabilidade em comer, essa
perda ou ausência de apetite apresenta aspectos bem mais
complexos, como um comportamento dirigido à perda de peso,
padrões peculiares de manuseios dos alimentos, medo intenso da
obesidade e perturbação da imagem corporal. Pode evoluir até a
morte. É uma doença psiquiátrica que demanda cuidados médicos
específicos.
Anorexia nervosa
• Pelo CID 10 é definida: “Anorexia nervosa é um transtorno caracterizado por perda
de peso intencional, induzida e mantida pelo paciente. O transtorno ocorre
comumente numa mulher adolescente ou jovem, mas pode igualmente ocorrer
num homem adolescente ou jovem, como numa criança próxima à puberdade ou
numa mulher de mais idade.
• A doença está associada a uma psicopatologia específica, compreendendo um
medo de engordar e de ter uma silhueta arredondada, intrusão persistente de uma
ideia supervalorizada. Os pacientes impõem a si mesmos um baixo peso.
• Existe comumente desnutrição de grau variável que se acompanha de modificações
endócrinas e metabólicas secundárias e de perturbações das funções fisiológicas.
Os sintomas compreendem uma restrição das escolhas alimentares, a prática
excessiva de exercícios físicos, vômitos provocados e a utilização de laxantes,
anorexígenos e de diuréticos.”
Anorexia nervosa
Pode levar a várias disfunções como:
• Anemia leve;
• Função hepática prejudicada;
• Pele ressecada;
• Problemas Renais;
• Desidratação;
• Constipação.
• Morte.
Obesidade
• Acúmulo excessivo de reservas de gordura no organismo devido a
diversos fatores.
• É uma condição decorrente do acúmulo excessivo de gordura (peso
corporal aumentado em mais de 10 a 15% do esperado para um
determinado indivíduo). Podendo ter diversas origens, como, por
exemplo, a predisposição familiar (genética), comportamental,
psicológica ou outras.
Obesidade
Pode levar a várias disfunções como:
• Doenças cardiovasculares;
• Hepatite;
• Diabetes;
• Apneia Obstrutiva do Sono;
• Osteoartrite;
• Câncer.
Leitura Específica
• Leia o artigo intitulado "Homeostase", disponibilizado em: 
https://pt.khanacademy.org/science/biology/principles-of-
physiology/body-structure-andhomeostasis/a/homeostasis
• Livro de Psicofisiologia: Paginas: 31 até 45 
https://pt.khanacademy.org/science/biology/principles-of-physiology/body-structure-andhomeostasis/a/homeostasis
Aprenda +
• Acesse o artigo intitulado "Resposta ao estresse: I. Homeostase e teoria 
da alostase"; disponibilizado em:
https://www.scielo.br/pdf/epsic/v20n1/1413-294X-epsic-20-01- 0002.pdf
https://www.scielo.br/pdf/epsic/v20n1/1413-294X-epsic-20-01- 0002.pdf

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