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Trabalho professor Márcio

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Trabalho professor Márcio
Introdução
Cem anos são passados, desde o histórico 1879, quando, em Leipzig, Wilhelm Wundt fundava seu Laboratório de Psicologia Experimental, definindo, assim, o roteiro específico de uma nova ciência que, com métodos e objeto próprios, assumia fóros de independência entre as ciências de experiência.
Antes de se tomar uma profissão regulamentada, a Psicologia era exercida principalmente por médicos e profissionais ligados à educação, sendo que a formação em filosofia se dedicava mais profundamente à matéria.
A psicologia social só irá se desenvolver como estudo científico, após a primeira Guerra Mundial, juntamente com outras ciências sociais, procurando compreender as crises e as convulsões que abalavam o mundo como: tensões sociais, direitos humanos em condições precárias de pobreza. Nos EUA a partir da segunda Guerra Mundial que a Psicologia social através de pesquisas e experimentos que procuravam procedimentos e técnicas para intervenção nas relações sociais visando garantir condições melhores para as pessoas, entre 1950 e os primeiros anos de 1960 o modelo americano passa para o modelo de ação comunitária em prol da saúde mental. Esse período nos EUA também é marcado por grandes manifestações das comunidades carentes e marginalizadas pela situação sócio econômica do país, evidenciando que todo o contexto, afetava a saúde mental e outros problemas advindos da situação. Internacionalmente começaram a ocorrer inúmeras reivindicações contra a fome, miséria, desemprego, analfabetismo e doenças. Barricadas de Paris com a participação de Simone de Beauvoir, Jean Paul Sartre, Marcuse, Habermas, que denunciam a omissão das universidades na realidade social, sobre a crise. A denúncia do preconceito e racismo presentes no Apartheid na África e populações indígenas, a fome na África, e a Ditadura nos países latino-americanos Argentina, Chile, Peru, Paraguai e Brasil.
Em 1960 surgiram os primeiros cursos de Psicologia. A primeira turma formou-se em 1960, pela PUC do Rio de Janeiro. Mas a regulamentação da Psicologia como Ciência e Profissão só foi regulamentada no Brasil pela Lei 4.119, no dia 27 de agosto de 1962.
História da Psicologia entre 1960 a 1980
Como esclarece Rubinstein (1972), o termo “Psicologia” se origina do grego psyché (alma) e de logos (razão); assim, o referido termo significa o estudo da alma, parte imaterial do ser, que abarca pensamento, sentimentos, irracionalidade, desejo, sensação e percepção. 
Os anos 60 são tidos, historicamente, como anos de revoltas políticas, estudantis e de costumes, sobretudo entre a juventude. Esses foram anos de contestação da sociedade e do poder. Desde o início, as contestações não contavam com nenhuma espécie de dirigentes, nem estiveram ligadas a nenhum partido político; os jovens desse período contestavam inclusive os profissionais da contestação. Esses jovens estavam unidos por afinidades e não por cumplicidade. Tratava-se, naquele momento, de combater uma sociedade que se vinha constituindo como meramente tecnocrática, voltada exclusivamente para a busca de um ideal do máximo de modernização, racionalização e planejamento, privilegiando os aspectos técnico-racionais, em detrimento dos sociais e humanos, reforçando uma tendência crescente para a burocratização da vida social. 
A psicologia humanista
O projeto de psicologia humanista, de um modo geral, pode ser interpretado também como mais uma resposta, um eco às insatisfações manifestadas pelos jovens desse período contra os aspectos mecanicistas, materialistas e autoritários da cultura ocidental contemporânea. Esse projeto de psicologia nasce pretendendo, com suas propostas, contribuir para a constituição de um novo homem que possibilitasse um outro modelo social, menos controlador, mais atento às necessidades tidas como intrínsecas aos seres humanos; defendia os ideais de auto realização e criatividade, com relações pessoais mais abertas, autênticas, auto expressivas e prazerosas.
A Psicologia Humanista surgiu na década de 50 e ganhou força nos anos 60 e 70, como uma reação às ideias de análise apenas do comportamento, defendida pelo Behaviorismo e do enfoque no inconsciente e seu determinismo, defendido pela Psicanálise.
A grande divergência com o Behaviorismo é que o Humanismo não aceita a ideia do ser humano como máquina ou animal, sujeitos aos processos de condicionamento. Já em relação à Psicanálise, a reação foi à ênfase dada no inconsciente, nas questões biológicas e eventos passados, nas neuroses, psicoses e na divisão do seu humano em compartimentos. De forte influência existencial e fenomenológica, a Psicologia Humanista busca conhecer o ser humano, tentando humanizar seu aparelho psíquico, contrariando assim, a visão do homem como um ser condicionado pelo mundo externo. No existencialismo, o ser humano é visto como ponto de partida dos processos de reflexão e na fenomenologia, esse ser humano tem consciência do mundo que o cerca, dos fenômenos e da sua experiência consciente.
A maior contribuição dessa nova linha psicológica é a da experiência consciente, a crença na integralidade entre a natureza e a conduta do ser humano, no livre arbítrio, espontaneidade e poder criativo do indivíduo. A realidade, para a Psicologia Humanista, deve ser exposta à temporalidade, deve ser fluída e não estática, permitindo que ao indivíduo a perspectiva de sua totalidade, desmistificando a ideia de uma realidade pura, confrontando-a com outras realidades. A integração entre o indivíduo e o mundo, permite que ele sinta a realidade presente, libertando-se das exigências do passado e do futuro.
Um dos principais teóricos da Psicologia Humanista foi Abraham Maslow(1908-1970), americano, considerado o pai espiritual do movimento humanista, acreditava na tendência individual da pessoa para se tornar auto realizadora, sendo este o nível mais alto da existência humana. Maslow criou uma escala de necessidades a serem satisfeitas e, a cada conquista, nova necessidade se apresentava. Isso faria com que o indivíduo fosse buscando sua auto realização, pelas sucessivas necessidades satisfeitas, conforme gráfico abaixo:
Outro grande teórico da Psicologia Humanista foi Carl Rogers (1902-1987), americano, que baseou seu trabalho no indivíduo. Sua visão humanista surgiu através do tratamento de pessoas emocionalmente perturbadas. Ele trabalhou com um conceito semelhante ao de Maslow, a que deu o nome de tendência atualizante, que é a tendência inata de cada pessoa atualizar suas capacidades e potenciais.
Defendeu, também, a ideia de autoconceito como um padrão organizado e consciente das características de cada um desde a infância que, à medida que novas experiências surgem, esses conceitos podem ser substituídos ou reforçados. Para ele, a capacidade do indivíduo de modificar consciente e racionalmente seus pensamentos e comportamentos, fornece a base para a formação de sua personalidade.
Para Rogers, os indivíduos bem ajustados psicologicamente têm autoconceitos realistas e a angústia psicológica é advinda da desarmonia entre o autoconceito real (o que se é de fato) e o ideal para si (o que se deseja ser). Ele acreditava que o sujeito deveria dar a direção e o conteúdo do tratamento psicológico, por ter ele suficientes recursos de auto entendimento para mudar seus conceitos. A terapia centrada na pessoa e nas críticas a essa abordagem centrada na pessoa residem no fato de que indivíduos com distúrbios mais graves, não teriam suporte emocional suficiente para um autoconhecimento e modificação de conceitos. Porém, mesmo com essa deficiência, a abordagem centrada na pessoa, possui muitos adeptos, por valorizar as pessoas, adaptando as teorias a elas e não elas a teoria. 
Psicodrama
O que é?
O Psicodrama é um método de ação profunda e transformadora, que trabalha tanto as relações interpessoais como as ideologias particulares e coletivas que as sustentam. Sua aplicação é uma das mais eficientes e criativas nos campos da saúde, da educação, das organizaçõese dos projetos sociais.
É orientado pela emoção, pelo grupo e pela co-criação, pois busca promover estados espontâneos, discriminar e integrar, com certa harmonia, o individual com o coletivo, o mundo interno com a realidade compartilhada. Produz catarse emocional e insights cognitivos. Para isso, usa tanto a comunicação verbal como a não verbal.
Nasceu do Teatro de Improviso. Foi criado por Jacob Levy Moreno (1889-1974) um psiquiatra romeno que viveu na Áustria e nos Estados Unidos. Em 1925 ele fundou o Teatro da Espontaneidade, no qual, ousadamente, convidava o público a criar sua própria história, teatralizando-a de forma espontânea, no melhor estilo dos espetáculos da Commedia dell’Arte realizado, no séc. XVII, nas ruas da Itália multifacetada e rica em dialetos da época.
Como funciona?
Opera em um palco ou cenário (o lugar da ação dramática) com um protagonista, (indivíduo ou grupo), que catalisa o foco da ação. O coordenador dos trabalhos e diretor da ação dramática pode ser auxiliado por outros profissionais, chamados egos auxiliares, que têm por principais funções: encarnar pessoas ausentes importantes na estruturação dos conflitos, assumir o lugar do cliente, explicitar sentimentos ocultos, criar novas ressonâncias e contrapontos às experiências causadoras de sofrimento.
Tal método de ação encena histórias, encarna personagens internos ou míticos, desenvolve enredos, cria realidades suplementares. No aqui e agora são representadas cenas que podem retratar lembranças do passado, situações vividas de maneira incompleta, conflitos, sonhos, e até, formas de lidar adequadamente com acontecimentos futuros. Ficam evidentes modos singulares de ser, sentidos sociais e culturais do vivido, que podem ser transformados.
Os termos protagonista, solilóquio, cena, cenário, diretor, papel mostram não só a origem teatral do Psicodrama, como também a permanência intrínseca da possibilidade revolucionária e popular das Artes Cênicas no centro da intervenção psicodramática. Com a diferença que no Psicodrama o resultado estético pode ser bom, mas não deve orientar o processo, como acontece no teatro convencional. 
Como se tornar psicodramatista?
A pesquisa em Psicodrama ocorre em seu próprio fazer, pois o referencial teórico-metodológico-prático Moreniano apóia-se no aqui e agora dos indivíduos e do grupo.
Por liberar a espontaneidade-criatividade do Ser Humano, esse locus de co-criação pede dois movimentos complementares: o primeiro permite o fluir da intuição e da ação espontânea; o segundo persegue um pensar que permite a compreensão do que ocorre no jogo intersubjetivo.
Neste sentido, não só o Diretor de Psicodrama é um investigador participante como todos os envolvidos acabam tendo o estatuto de pesquisador. A pesquisa psicodramática é precursora da Pesquisa-Ação, pois é uma modalidade de pesquisa humana, para e com a população.
Para realizar seus objetivos, o método apóia-se em sólido campo teórico e em um poderoso arsenal de técnicas, que são percorridos no Curso de Formação em Psicodrama do Instituto Sedes Sapientiae, que forma profissionais para a atuação nos focos Psicoterápico e Sócio-Educacional.
 
Em São Paulo, na década de 1960, muitos profissionais da saúde, desejosos de aprofundar seus conhecimentos em psicodrama, veem no argentino, professor Rojas Bermudez, e sua equipe a possibilidade mais fácil de formação. Ele e seu grupo passam a vir a São Paulo para dar formação a 11 grupos de profissionais da saúde, médicos e psicólogos, que constituíram os chamados GEPSP (1968-1970) - Grupos de Estudos de Psicodrama de São Paulo (Motta, 2008). A psicologia havia conquistado o panteão das profissões e é regulamentada em 1962.
A psicanálise ganhava terreno rapidamente desde a década de 1950, como abordagem clínica de elite. Era considerado status social fazer parte do grupo psicanalítico tanto como aluno quanto como cliente dos "grandes mestres" da época.
Os médicos e psicólogos que se viam preteridos no ingresso aos cursos de formação psicanalítica buscavam outras possibilidades de especialização, como no psicodrama.
Outros viam no psicodrama uma possibilidade de atuação mais arejada, com cunho social, num país em ditadura militar.
Moreno, que naquele momento estava empenhado na expansão do psicodrama, vê no crescimento acelerado dos GEPSP uma oportunidade de penetração do movimento psicodramático na América Latina; encarrega os brasileiros e argentinos de organizarem conjuntamente o V Congresso Internacional de Psicodrama, em São Paulo.
Insatisfações entre professores e alunos no interior das onze turmas dos GEPSP fazem o cenário tenso, mas a proposta é importante o suficiente para ser levada adiante, mesmo assim. Essa é a primeira chance de reunir em um grande evento os psicodramatistas brasileiros e apresentar ao país, aprisionado pela ditadura, uma nova abordagem capaz de trazer esperanças e renovação. No contexto mundial, Moreno vive uma crise com Rojas Bermudez, paralelamente à crise interna dos GEPSP.
Nesse campo de divergências e acertos o chamado congresso do Masp - Museu de Arte de São Paulo é organizado.
Ano 1970: V Congresso Internacional de Psicodrama I Congresso Internacional da Comunidade Terapêutica Nas memórias de Antônio Cesarino (in: Motta: 2008, 38-40) coordenador da comissão científica do evento, estão assim registradas suas lembranças:
"Éramos um grupo de gente jovem e entusiasmada com novas ideias que o psicodrama nos trazia, de modificação profunda na tarefa psicoterápica, que escapava do pesado, autoritário, quase soturno trabalho dos praticantes da época para uma tarefa aberta, alegre, ativa e compartilhada com o cliente. Mas, além disso, a simultaneidade com o movimento então ainda recente de Comunidade Terapêutica significava que queríamos ir além da prática apenas dos consultórios, mas visávamos atingir a meta básica do psicodrama: a sociedade e suas instituições. Isto tudo em plena ditadura militar, em um de seus períodos mais escuros. Mais de 3000 pessoas se inscreveram. Ao contrário de outros congressos, permitíamos a participação de qualquer pessoa que desejasse, sem nenhuma exigência profissional. ( …)"
A coragem de reunir um grande número de pessoas, quase uma "multidão de brasileiros" sem que se pudesse argumentar ser um congresso de uma categoria profissional, dois anos depois de decretado o AI-5, que endureceu a ditadura, foi um ato de coragem que, por si só, vale como história de resistência. Eram anos escuros de liberdade, quando reunir pessoas estava proibido e qualquer evento grupal poderia ser usado como desacato às normas do regime.
Resistir aos militares e quebrar a hegemonia da psicanálise tradicional, trazendo o novo, a frescor da liberdade moreniana, foram enfrentamentos importantes que fazem do movimento psicodramático nesse congresso um emergente grupal brasileiro, um protagonista verdadeiro, representante da intersubjetividade nacional.
Ainda nas memórias de Cesarino:
"No nosso Congresso a menor surpresa era a quantidade de pessoas: nenhuma sala foi suficiente para a demanda crescente de quase tudo o que foi programado. (…) A falta de sisudez fez que parte da imprensa e alguns setores psis classificassem o que se passava de não sério, de happening. E happening era mesmo, no seu melhor sentido: surpreendente, inovador, criativo, vivaz, e alegre sem vergonha do público" (idem, 39) "Vieram quase todos os mais importantes psicodramatistas do mundo, além de líderes famosos do movimento de comunidades terapêuticas" (idem, 40-41).
Esse evento reproduz a ousadia moreniana em Viena, quando em pleno cenário em ebulição, com o reinado de Francisco José e suas esquisitices, a cadeira do rei foi oferecida ao público por Moreno, ficando esse ato registrado como o nascimento do psicodrama. Luta contra o velho, o estabelecido que não pode ser questionado porque consagrado como saber, como verdadeiro, e ungido com o poder ideológico hegemônico. Essa foi a luta moreniana em Viena e também aqui, nesse começo do campo do psicodrama brasileiro.Os psicodramatistas mineiros, liderados por Pierre Weil, vieram ao Congresso trazendo suas conquistas e a proposta do Psicodrama da Esfinge, registrado no primeiro número da Revista da Febrap (1978, 19-23): é apresentado ao grande público o que se tornou a tese de doutorado de Weil na Universidade de Paris, logo depois. "O "grupo de Minas", nas memórias de Helio Koscky (in Flecha: 2007, 35-49) é assim contado que (no Congresso)" representações das principais escolas de Psicodrama do mundo estiveram presentes (Nigéria, Suécia, Escócia, Argentina, Estados Unidos, Colômbia, Espanha, França, Holanda e Japão)".
Mas, faltou o comandante do navio que Cesarino (2007) relembra assim:
"A grande ausência foi de Moreno (que seria o presidente honorário do congresso) e sua esposa Zerka. Isso aconteceu em virtude de questões da política de poder no movimento internacional do psicodrama na época: como Rojas – Bermudez surgiria como grande incentivador desse congresso, e líder de grande desenvolvimento do movimento na América Latina, havia a possibilidade de ele sair daqui como "herdeiro" de Moreno coisa que seus adversários não suportariam. Por isso conseguiram que Moreno desistisse de vir. (…) Eu diria que o grande público do congresso não percebeu ou não se importou com essa situação. Afinal o psicodrama estava ainda no começo, era atraente e oferecia muito o que ver e vivenciar".
Uma crise no recém-nascido movimento brasileiro não aconteceu desvinculada da crise do movimento argentino, do movimento internacional do psicodrama, da ditadura brasileira, da hegemonia da psicanálise no campo clínico nacional, da nova profissão da psicologia que foi reconhecida a partir da luta dos grupos já organizados, da educação, do social. Essa profissão, depois de referendada por lei, tornou-se dominantemente uma profissão idealizada como clínica psicanalítica.
Algo parecido nas lutas pelo "poder de dono" do campo de saberes é mais amplo que as disputas internas dos grupos liderados pelos GEPSP (1968-1970).
Estamos sempre mergulhados em círculos maiores de micropolíticas, a mesmo tempo em que um movimento é constituinte do social e constituído por ele. Nenhum átomo social é isolado de outros átomos, formando as redes sociais. A cada momento sócio histórico um novo indivíduo social protagoniza as transformações que traduzem a morte do velho e a chegada do novo.
O Congresso de 1970 foi um personagem protagônico desde a sua constituição, ao reunir o movimento internacional do psicodrama ao das comunidades terapêuticas, mostrando as afinidades entre as duas propostas. O congresso com duplo tema tornou públicas novas possibilidades de trabalho na saúde e educação, acrescidas com novas propostas para psicoterapia e atendimentos psiquiátricos.
Nosso evento cumpriu a máxima moreniana de abrir as portas da psiquiatria para a alegria, com trabalhos em grupo, com uma nova posição do psicoterapeuta mais próximo do cliente, menos idealizado, portanto, mais humanizado.
"Não houve censura prévia ao congresso, mas muitos militares estiveram presentes ao evento, como "convidados especiais" observando fatos e pessoas. Isto era o "normal" de um estado de exceção em que vivíamos. Os congressistas militares exerceram poder de veto a algumas atividades, pressionando a comissão científica para deixar de fora atividades coordenadas por Lapassade, líder do movimento de análise institucional na França, como também vetaram a apresentação do Living Theatre, movimento de vanguarda no teatro" (Cesarino: 2007).
Depois do congresso, o movimento estava fortalecido e enfraquecido ao mesmo tempo. Explico melhor, os GEPSP estavam dissolvidos e dois grupos, formados a partir daí, buscavam suas formalizações como escolas, que são ABPS e SOPSP. Em Belo Horizonte, o grupo mineiro também se institucionalizou. Após um seminário, em agosto de 1971, dirigido por Ana Ancelin- Schutzenberger, foi oficializada a fundação da Sobrap - Sociedade Brasileira de Psicoterapia, Dinâmica de Grupo e Psicodrama. (Koscky, 2007).
As críticas na imprensa escrita e falada, depois do Congresso, faziam do psicodrama um tema da atualidade, sendo que alguns mais corajosos advogavam na defesa, outros apontavam exageros, bagunça, superficialidade. Entretanto, também ficou consagrado como o movimento capaz de organizar um congresso com 3000 participantes em pleno regime militar. 
Sobre as leis Brasileiras
Encontros das sociedades de psicologia (1971 - 1973)
Promulgada a Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de 1971, que cria os Conselhos Federal e Regionais de Psicologia, os Psicólogos brasileiros sentiram chegado o momento de se unirem em classe coesa e identificada, movidos pelo espírito da Lei, que lhes oferecia direitos profissionais privativos e imagem diferenciada e típica, diante da opinião pública.
Todas as Sociedades de Psicologia foram despertadas, de norte a sul do País, para a perquirição deste objetivo.
Não foi fácil, nem simples e, tampouco, imediata a realização da empreitada. Percalços da mais diversa natureza tinham que ser arrostados.
Três tipos diferentes de óbices cristalizados, durante décadas, desafiavam os Psicólogos do Brasil. De uma parte, a ciência Psicológica, extremamente nova, conservara, por muito tempo, um cordão umbilical, difícil de romper-se, com a mãe Filosofia, levando a muitos, de formação estritamente especulativa, a não aceitarem a Psicologia como ciência à parte e os Psicólogos como portadores de direitos privativos. De outra parte, os profissionais de Psicologia, na cátedra ou fora dela, mourejavam isolados, caminhando quase à sombra, como a temer que o contato e a troca de experiências e opiniões lhes ameaçassem a segurança e o status adquiridos, a duras penas. A existência de grupos de trabalho formados por nomes que angariariam, por vezes, grande celebridade, funge, apenas, de exceção em meio ao isolacionismo em que viviam os Psicólogos, no desempenho de uma profissão que só, a partir de 1971, assumiria, de direito, estatura jurídica definitiva. De outra parte, a fecundidade com que a sociedade humana gerava, em nível exponencial, problemas e desajustes, em todas as áreas do comportamento, solicitou a interferência de múltiplas profissões, nas seáras dos Psicólogos, acasteladas na certeza subjetiva de que os problemas psíquicos, ou não constituíam objeto da atividade terápica, específica do Psicólogo, dentro das atribuições que a Lei outorgara, ou integravam o direito exclusivo dessa ou daquela profissão ou, ainda, eram interpretados como pertinentes a quantos de Psicologia conheciam um pouco.
E não bastasse essa anômala situação, o Psicólogo brasileiro defrontava- se com uma série de tradições menosprezadoras da sua imagem e com inúmeros estereótipos culturais, ora a impedirem seu acesso ao público preconceituoso, ora a bloquearem suas tentativas de emergir, como figura profissional característica, em meio às demais profissões, que, “per fas aut per nefas” se acreditavam credoras da administração da Psicologia.
Este estado singular de uma classe emergente se faria mais problemático, diante da distância que se criara, por imposição do tempo e da tradição, entre os nossos profissionais, o que geraria, quando da tentativa de unidade, problemas extremamente salebrosos, quais os que, mais tarde, seriam detectados ao se desencadear a necessária e urgente fiscalização do exercício profissional.
Envidando esforços dignos dos mais altos encômios, os Psicólogos brasileiros começaram a marcha em busca da unidade.
O primeiro Encontro Nacional, proposto à Associação Brasileira de Psicólogos, em fins de fevereiro de 1971, pela Direção da Sociedade Mineira de Psicologia, realiza-se, em São Paulo, a 13 e 14 de março, nas dependências do Centro Regional de Pesquisas Educacionais Professor Queiroz Filho, na Cidade Universitária. Fizeram-se representar: A Associação Brasileira de Psicólogos, a Associação Profissional de Psicólogos de São Paulo, a Sociedade de Psicologia de São Paulo, a Sociedade Mineira de Psicologia, a Sociedade de Psicologia do DistritoFederal. Não estiveram presentes, não obstante convidadas, a Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul, a Sociedade de Psicologia do Rio de Janeiro e a Associação Brasileira de Psicologia Aplicada.
Presidido pelo Psicólogo Geraldo Magnani, o Encontro chegou a conclusões que definiriam os passos dos novos conclaves e das atividades a se desempenharem, com vistas à regulamentação da Lei nº 5.766, à eleição e posse do Conselho Federal de Psicologia e às condutas de natureza prática e política para tais fins.
Todas as Sociedades comprometeram-se a se manifestar, após informação da Sociedade de Psicologia do Distrito Federal, perante autoridades, parlamentares e órgãos federais.
Estudou-se a possibilidade de transformar a Associação Brasileira de Psicólogos em Associação Brasileira de Psicologia. Sob os auspícios da ABP, foi marcado o II Encontro Nacional para os dias 28 e 29 de janeiro de 1972, em Belo Horizonte e, depois, em Barbacena.
Discutem-se e assumem-se posições em relação às oportunidades de trabalho abertas pelo Conselho Nacional de Trânsito. Instituiu-se o DI A NACIONAL DO PSICÓLOGO a ser comemorado, a 27 de agosto, dia da promulgação da Lei nº 4.119, sendo designada a Sociedade de Psicologia do Distrito Federal para cuidar da transformação da referida data em Lei. As Sociedades de Psicologia do Brasil aceitam elaborar um anteprojeto de decreto de regulamentação da Lei nº 5.766, a ser discutido, no II Encontro.
Estava dado o primeiro e amplo passo para a integração das Sociedades de Psicologia e para a ação conjunta dos Psicólogos brasileiros em direção à posse dos seus Conselhos Federal e Regionais.
Muito caminho se haveria, entretanto, do palmilhar, a partir de então, para desobstruir de interesses e políticas contrárias àquele evento, a estrada dos profissionais de Psicologia. Mas, as Sociedades estavam motivadas e se dispunham a qualquer sacrifício.
Em Barbacena, a 28 de janeiro de 1972, no Hotel Grogotó, teve início o II Encontro Nacional das Sociedades de Psicologia, presidido pelo Psicólogo Geraldo Magnani.
Foram convidadas e enviaram representantes as seguintes Sociedades: Associação Brasileira de Psicólogos, Sociedade de Psicologia de São Paulo, Associação Profissional dos Psicólogos de São Paulo, Sociedade Mineira de Psicologia, Sociedade de Psicologia do Distrito Federal, Associação Baiana de Psicólogos, (representando “sponte sua” a Associação Pernambucana de Psicólogos), Sociedade de Psicologia do Rio de Janeiro e Associação Brasileira de Psicologia Aplicada.
Os participantes do II Encontro deliberaram: criar uma entidade nacional coordenadora das atividades das Sociedades de Psicologia, para cuja fundação foi indicado o III Encontro Nacional, a se realizar no Rio de Janeiro, durante a Semana da Pátria de 1972, sob a coordenação da Associação Brasileira de Psicologia Aplicada e a Associação Profissional dos Psicólogos da Guanabara. Quanto aos estudos para dar cunho legal ao Dia Nacional do Psicólogo, ficou decidido que não se tomaria qualquer atitude, até que se estruturasse, durante dois anos, um costume entre os Psicólogos.
Os participantes do conclave de Barbacena abordaram, ainda, o problema da aposentadoria do Psicólogo, decidindo que a Associação Profissional dos Psicólogos do Estado de São Paulo enviaria ao Senhor Ministro do Trabalho solicitação de modificação do critério de cálculo de aposentadoria do profissional liberal, incluindo o profissional de Psicologia. Em relação ao Psicotécnico para motoristas, assentiram os convencionais em dirigir carta ao CONTRAN, relatando os problemas existentes e sugerindo as melhorias cabíveis.
Uma Comissão, constituída pelos Psicólogos Geraldo Magnani, Arrigo Leonardo Angelini e Myrian Valtrude Patittuci Neto, recebeu a incumbência de se dirigir ao Senhor Ministro do Trabalho e outras autoridades federais para tratar dos assuntos discutidos no Encontro.
Em ata foi registrado um voto de louvor à Sociedade de Psicologia do Distrito Federal, ao Senador Franco Montoro e aos Deputados Sinval Guazelli e Clovis Stenzel pelos esforços e cometimentos em prol da aprovação da Lei nº 5.766.
A partir de então, amadurecem as posições, esclarecem-se os objetivos a se perseguirem, modelam-se as atitudes a serem tomadas, assumem-se propósitos claros em direção à prática das exigências da Lei nº 5.766; armam-se, com diligente e cuidadosa prudência, os modelos de ação, arquitetam-se os tipos eficientes de defesa contra ações insidiosas que, no subsolo das intenções acalentadas pelos Psicólogos, atentavam contra os diplomas legais 4.119 e 5.766.
Os Psicólogos do Brasil unem-se, finalmente, em torno de uma mesma e única bandeira: a própria afirmação como classe e como profissão, com características privativas.
A 17 de janeiro de 1973, uma Comissão, composta pelos Psicólogos Clínicos: Elisa Dias Velloso e Therezinha Lins de Albuquerque e pelo médico psiquiátra Samuel Menezes Faro, entrega ao Senhor Ministro da Saúde, Dr. Mário Machado Lemos, um Memorial, assinado pelo Presidente da Associação Brasileira de Psicologia Aplicada, Psicólogo Aroldo Soares Rodrigues, solicitando a anexação do documento aos autos dos processos n o 000918/72, 000944/72 e 000031/72, onde se contrariam e se contrastam posições explícitas daquele Ministério contrárias aos direitos do Psicólogo ao uso da Psicoterapia.
O Memorial expõe o ponto de vista da ABPA, no que tange à matéria do “Psicólogo como Psicoterapêuta”, vez que, o Ministério da Saúde, através do Parecer do Dr. A. Alcântara: “Considerações sobre o Psicólogo como Terapeuta”, propunha se alterasse a legislação que regulamenta a “formação e o exercício da profissão de Psicólogo.
Como se vê, as dificuldades para a caracterização da atividade privativa do Psicólogo derivavam não apenas de interesses profissionais outros, que se acreditavam lesados pela Lei nº 5.766, sobretudo em seu art. 13 § 1º, mas tinham origem em forças bem mais poderosas.
Nos dias 2 e 3 de junho, na Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, realiza-se o /// Encontro Nacional de Sociedades de Psicologia, de onde haveria de sair, após ingentes esforços, a eleição e posse do Conselho Federal de Psicologia.
Convidadas, compareceram as: Associação Brasileira de Psicologia Aplicada, Associação Profissional dos Psicólogos do Estado da Guanabara, Associação Brasileira de Psicólogos, Associação Profissional do Estado de São Paulo, Sociedade de Psicologia de São Paulo, Sociedade Brasileira de Psicologia e Clínica Psicopatológica, Sociedade Mineira de Psicologia, Associação Baiana de Psicólogos, Associação Pernambucana de Psicólogos, Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul, Associação Profissional dos Psicólogos do Rio Grande do Sul, Sociedade de Psicologia do Distrito Federal e Sociedade de Psicologia de Ribeirão Preto.
A intensa atividade que caracterizou o III Encontro Nacional de Sociedades de Psicologia, presidido pelo Psicólogo Aroldo Soares Rodrigues, voltou-se, não obstante apreciar os itens abordados e discutidos nas reuniões de São Paulo e Barbacena, sobretudo, para o núcleo das preocupações de toda a classe, no País: a defesa dos direitos do Psicólogo, descritos na Lei nº 5.766 e a urgência urgentíssima da eleição e posse do Conselho Federal.
Depois de analisados os aspectos legais da Lei nº 4.119; depois de estudada a formação do Psicólogo e abordados os temas centrais da Ética Profissional, tratou a Assembléia, longa e detidamente, da importância e inadiável necessidade do Conselho Federal de Psicologia, para a sobrevivência da Classe. Para tanto, foram lembradas as posições de responsabilidade das reuniões anteriores e aprovadas novas atitudes políticas e práticas a se desdobrarem, a partir do encerramento do conclave.
Resultou evidente, em meio à consciência de coesão dos Psicólogos presentes, que uma NO VA ÉRA acabava de surgir para a Psicologia. Os Psicólogos brasileiros concertavam uma luta que se haveria de concluir, meses depois, com sua grande vitória: A DEFINIÇÃO PROFISSIONAL DE UMA CLASSE.
Dentro dos princípiosditados pela prudência, no momento histórico que se vivia, os Psicólogos, presentes ao III Encontro, continuaram a trabalhar junto às autoridades federais, segundo os modelos definidos em Assembleia, enquanto se desenvolviam os trabalhos governamentais, tendentes à escolha dos membros do novo Conselho Federal, que seriam indicados entre os representantes das Sociedades de Psicologia, participantes da reunião, na Fundação Getúlio Vargas.
 
Eleição, posse e atividades do primeiro Conselho Federal (1973 - 1976)
Convocados pelo Senhor Ministro do Trabalho, Dr. Júlio Barata, a 19 de dezembro de 1973, compareceram a Brasília os delegados de todas as Sociedades de Psicologia, presentes ao III Encontro Nacional, e portadores dos requisitos exigidos pelo Governo.
Em contatos extra-oficiais, os delegados já haviam acertado suas deliberações e decidido seus entendimentos quanto ao que se haveria de fazer, na reunião plenária, a se realizar às 20 horas, no Edifício do SEN AC, em Brasília.
Os debates se alongaram e, a pouco e pouco, o ambiente se fez tranquilo, aquiescendo os representantes das Sociedades de Psicologia em aceitar o critério de representatividade de todas as regiões do Brasil, onde houvesse maior concentração de profissionais de Psicologia, elegendo-se um Conselheiro e respectivo Suplente, para cada Região. Ficou, também, assentado que as duas Regiões com maior população de Psicólogos, (São Paulo e Rio de Janeiro) se fariam representar por dois Conselheiros e dois Suplentes.
A eleição se realizou, através de voto declarado, sendo, assim, constituído o Primeiro Conselho Federal de Psicologia: CON SEL HEIRO S EFETI VOS: Arrigo Leonardo Angelini (São Paulo), Arthur de Mattos Saldanha (Rio Grande do Sul), Clovis Stenzel (Rio de Janeiro), Geraldo Magnani (Minas Gerais), Geraldo Servo (Distrito Federal), Halley Alves Bessa (Minas Gerais), Oswaldo de Barros Santos (São Paulo), Tânia Maria Guimarães e Souza Monteiro (Pernambuco), Virgínia Leone Bicudo (Distrito Federal). CON SEL HEIRO S SUPLENTE S: Antonio Rodrigues Soares (Bahia), Caio Flamínio Silva de Carvalho (Bahia), Myriam Waltrude Patittuci Neto (Minas Gerais), Odette Lourenção Van Kolck (São Paulo), Reinier Antonius Rozestraten (São Paulo), Rosaura Moreira Xavier (Distrito Federal).
Não se haviam, obviamente, constituído, ainda, as Regiões de Psicologia, ficando deliberado, apenas, a representatividade das Regiões Geográficas, designando-se as suplências, independentemente, de qualquer outra característica que não a da presença dos grupos maiores de Psicólogos junto ao Conselho.
Na manhã do auspicioso dia 20 de dezembro, na sede do Ministério do Trabalho, em sessão solene, o Senhor Ministro Júlio Barata dava posse ao Primeiro Conselho Federal de Psicologia.
Digna de nota é a afirmação do Senhor Ministro, em seu discurso de saudação aos novos Conselheiros, ao parabenizar e encomiar a sua eleição como uma das mais pacíficas e rápidas de que já tivera notícia. E concluía: “Não poderia ser de outra forma, em se tratando de Psicólogos”.
Nascia uma classe e começava a vigir um Conselho Federal. Sobre os ombros de alguns profissionais, milhares de Psicólogos brasileiros depositavam, agora, altas e pesadas tarefas e o ônus de longas esperanças.
A tarefa era, de fato, imperativa e fatigante. Tudo deveria ser iniciado “ab ovo”. O Conselho não dispunha de sede, não possuía base financeira, necessitava de Regimento Interno, carecia de legislação pertinente, precisava de estrutura administrativa, desconhecia tradição. Tudo dependia do esforço, da dedicação, da disponibilidade, sacrifício e espírito público dos eleitos.
Segundo dispositivo dos artigos 35 e 36 da Lei nº 5.766, em suas Disposições Gerais e Transitórias, o Conselho Federal teve por sede inicial dependências do Ministério do Trabalho.
Primeiro ato do novo Conselho foi a eleição da sua Diretoria que ficou assim composta: Presidente: Arrigo Leonardo Angelini; Vice-Presidente: Virgínia Leone Bicudo; Secretário: Geraldo Servo; Tesoureiro: Halley Alves Bessa.
Às próprias expensas, os novos Conselheiros iniciaram um longo período legislativo, através de reuniões mensais, na Capital Federal, em obediência a quanto dispõe o art. 4º da Lei nº 5.766.
Depois de criado o Regimento Interno, o Conselho Federal fixou, através da Resolução nº 01/74, de 30 de abril, as zonas de jurisdição e sedes dos Conselhos Regionais. Complementando aquele diploma com a Resolução nº 02/74, que fixa as atribuições dos Conselhos Regionais de Psicologia, designa o CFP os primeiros componentes desses 36 Conselhos e dá outras providências.
Ficaram, assim, distribuídos os Conselhos Regionais: 1ª Região, CR P-01, com sede em Brasília, abrangendo: Distrito Federal, Estados do Acre, Amazonas, Goiás, Pará e Territórios Federais do Amapá, Roraima e Rondônia; 2ª Região, CR P-02, com sede em Recife, abrangendo os Estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão e Território Federal de Fernando de Noronha; 3ª Região, CR P-03, com sede em Salvador, abrangendo os Estados de Bahia e Sergipe: 4ª Região, CR P-04, com sede em Belo Horizonte, abrangendo os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo; 5ª Região, CR P-05, com sede no Rio de Janeiro, abrangendo os Estados da Guanabara e Rio de Janeiro; 6ª Região, CR P-06, com sede na cidade de São Paulo, abrangendo os Estados de São Paulo e Mato Grosso; 7ª Região, CR P-07, com sede em Porto Alegre, abrangendo os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
No dia 27 de agosto de 1974, Dia Nacional do Psicólogo, são empossados, solenemente, em suas respectivas Regiões, os membros dos Conselhos Regionais de Psicologia, designados pelo Conselho Federal, de acordo com o art. 38 da Lei nº 5.766, em suas Disposições Gerais e Transitórias.
A Filosofia de ação deste Conselho Federal, desde os seus primeiros momentos, corporificou-se no empenho de elaboração das leis fundamentais sobre as quais se viessem a assentar, sólidas e definitivas, a tradição e a unidade da classe, recentemente reconhecida, ao lado de uma consciência de corpo, sob a égide de uma só Autarquia, tendo à frente o órgão maior, o CFP, e, no campo executivo, os sete Conselhos Regionais de Psicologia.
É com o espírito de assentadores de marcos miliários para os passos dos Psicólogos brasileiros, que, a 1º de julho de 1974, o Primeiro Conselho Federal adota, através de sua Resolução nº 04, a definição de PSICÓLOGO, aceita pela Organização Internacional do Trabalho (OIT ), como caracterização básica da profissão, num esforço de explicitar os campos de ação desse profissional e de iluminar o sentido e a dimensão do art. 13 § 1º da Lei nº 5.766.
Conclusão

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