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Modernismo no museu de Caracas

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CAMILA ROCHA SEMIONI
AVALIAÇÃO: O MODERNISMO NO MUSEU DE CARACAS
Maringá
2018
CAMILA ROCHA SEMIONI
AVALIAÇÃO: O MODERNISMO NO MUSEU DE CARACAS
Desenvolvimento da avaliação apresentada ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Maringá, como requisito parcial para obtenção de nota na matéria de Teoria da Arquitetura e Urbanismo V.
Docente: Dr. Renato Leão Rego
Maringá
2018
QUESTÃO
Por que o Museu de Caracas, projetado por Oscar Niemeyer, é um edifício modernista? Responda em até 1500 palavras, mais referências bibliográficas. Relacione sua resposta com o conteúdo das aulas e considere o aspecto formal, estrutura, espacialidade, material e relação do edifício com o entorno.
DESENVOLVIMENTO
Desde a exposição Brazil Builds, que circulou pelo país de 1943 a 1945, a arquitetura moderna foi enormemente elogiada. Eduardo Kneese de Mello (1943), então presidente do Departamento de São Paulo do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), referiu-se à exibição pronunciando que a arquitetura moderna brasileira era uma das mais adiantadas do mundo. Em pouco tempo a arquitetura tornou-se um pilar da cultura nacional e conseguiu um grande papel no movimento modernista brasileiro, principalmente por conta da influência política que estes arquitetos conseguiram – um feito provocado principalmente por Gustavo Capanema, ministro da Educação e Saúde de Getúlio Vargas na época. O contato dele seria importante para a formação profissional de Niemeyer alguns anos depois, pois foi o ministro quem pôs o arquiteto em contato com Juscelino Kubitschek.
Entretanto, cerca de dez anos após a mostra, o enaltecimento da arquitetura feita por Oscar deu lugar às críticas internacionais, principalmente das frentes racionalistas. Tais comentários (juntamente com uma viagem à Europa em 1954, onde Niemeyer visitou o Velho Mundo) foram necessários para que, naquele período, a maneira de projetar fosse repensada por ele, assim como ilustrou no texto “Depoimento”, escrito e publicado em 1958 na revista Módulo.
As obras de Brasília marcam, juntamente com o projeto para o Museu de Caracas, uma nova etapa no meu trabalho profissional. Etapa que se caracteriza por uma procura constante de concisão e pureza, e de maior atenção para com os problemas fundamentais da arquitetura. Essa etapa, que representa uma mudança no meu modo de projetar e, principalmente, de desenvolver os projetos, não surgiu sem meditação. [...]
Neste sentido, passaram a me interessar as soluções compactas, simples e geométricas; os problemas de hierarquia e de caráter arquitetônico; as conveniências de unidade e harmonia entre os edifícios e, ainda, que estes não mais se exprimam por seus elementos secundários, mas pela própria estrutura, devidamente integrada na concepção plástica original. Dentro do mesmo objetivo, passei a de muitos evitar as soluções recortadas ou compostas elementos, difíceis de se conterem numa forma pura e definida. (NIEMEYER, 1958, p. 1-4) 
O projeto do Museu de Arte Moderna de Caracas, em 1955, foi a materialização de sua revisão crítica e serviu para mostrar a grande influência da arquitetura moderna brasileira na América Latina. A capital federal da República Bolivariana de Venezuela, oficialmente Santiago de León de Caracas, crescia rapidamente devido aos recursos petrolíferos, tendo apoio para atividades culturais e construtivas. O Movimento Moderno venezuelano teve como destaque o arquiteto Carlos Villanueva e o empresário Inocêncio Palacios, fundador do partido comunista na Venezuela e responsável pelo convite feito à Niemeyer para o projeto. 
A intenção era criar um símbolo do Movimento Moderno no país (NIEMEYER, 1956, p. 36). A obra possuía uma forma de pirâmide invertida, de cerca de 5.000 m², posicionada no topo de um penhasco, de maneira que dominasse a paisagem violentamente. A cidade de Caracas aparece como um plano de fundo para o edifício que se sustenta sobre um apoio único. As características modernistas aparecem no salão aberto para exposições, na homogeneidade dos revestimentos, nas paredes opacas e com poucas aberturas, na forma do único sólido marcando a geometria e nas lajes recortadas em curva. O interior era mais familiar da arquitetura de Niemeyer até aquele momento, apresentando rampas de acesso aos pavimentos e mezanino. O entorno da obra é marcado pelo espaço aberto, sem vegetação ou quaisquer distrações que desviem a atenção para além do museu, uma característica apreciada por Le Corbusier.
Fica caracterizado, neste edifício, um dos três partidos básicos das obras de Oscar Niemeyer: o monolítico, que determina que todos os elementos tendam à forma de um sólido regular. Esse partido também pode ser percebido em outras obras, como os palácios do Planalto e da Alvorada, o Teatro Nacional e o Museu de Niterói. (MAHFUZ, 2002, p. 283)
No programa estão um auditório ocupando o espaço térreo, um grande espaço nos andares superiores para exposição de arte e um pavimento dedicado para escritórios, foyer e banheiros. Através dos recortes das lajes a luz penetra e ilumina os andares inferiores, o que cria uma sensação de fluidez interna no edifício. A claridade natural se alia à iluminação artificial, de sistema eletrônico, mantendo as condições inalteradas durante o dia. O projeto do Museu de arte Moderna de Caracas alcançou repercussão mundial, porém não foi construído. 
REFERÊNCIAS
PiniWeb. (2018). PINIweb.com.br | BRAZIL BUILDS - 55 anos da Exposição | Construção Civil, Engenharia Civil, Arquitetura. Disponível em: <http://piniweb17.pini.com.br/construcao/noticias/brazil-builds---55-anos-da-exposicao-84648-1.aspx> Acesso em: junho, 2018.
NIEMEYER, Oscar. Depoimento = Testimony. Módulo, Rio de Janeiro, n.9, p.3-6, fev. 1958.
NIEMEYER, Oscar. A forma da arquitetura. Rio de Janeiro: Revan, 2005, 4ª edição. 1ª, 2ª e 3ª edições, Avenir Editora, 1978 – 1980.
BARRIOS, Carola. Transcrições arquitetônicas: Niemeyer e Villanueva em diálogo museal. Arquitextos, São Paulo, ano 13, n. 151.03, Vitruvius, dez. 2012. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/13.151/4465> Acesso em: junho, 2018.
GONÇALVES, Simone Neiva Loures. Museus projetados por Oscar Niemeyer de 1951 a 2006: no programa como coadjuvante – São Paulo, 2010.
GUERRA, Abilio. Textos fundamentais sobre história da arquitetura moderna brasileira – organização Abilio Guerra. Artigo 19 – Paul Meurs: Modernismo e tradição. Preservação no Brasil – São Paulo: Romano Guerra, 2010.
GUERRA, Abilio. Textos fundamentais sobre história da arquitetura moderna brasileira – organização Abilio Guerra. Artigo 27 – Edson Mahfuz: O clássico, o poético e o erótico: método, contexto e programa na obra de Oscar Niemeyer – São Paulo: Romano Guerra, 2010.

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