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RESUMO - AÇÃO PENAL

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1 
 
 
 
 
ENSINO À DISTÂNCIA: EAD 
PROFESSOR: KLEIDSON KARLOS O. ALVES 
DISCIPLINA: PROCESSO PENAL 
TURMA: 4 PERÍODO 
 
AÇÃO PENAL 
 
AÇÃO PENAL 
Com efeito, na esteira da doutrina mais abalizada, a ação penal é o direito 
público subjetivo de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um 
caso concreto. 
Apesar do direito de ação ser abstrato e autônomo, exige-se o preenchimento de 
certas condições para o seu exercício regular. 
Essas condições devem ser analisadas pelo juiz por ocasião do oferecimento da 
peça acusatória, já que ausente qualquer condição da ação, o caminho será a rejeição da 
peça acusatória, nos termos do art. 395, CPP. 
No presente estudo, será apresentado o conceito de ação penal, as espécies 
existentes, bem como suas características, espécies e os princípios norteadores deste 
relevante instituto do direito processual penal. 
Do conceito: 
Dentre os princípios que regem o direito processual, seja ele de qual 
área for, pode ser citado o princípio da inércia da jurisdição. Deixando de lado a 
discussão acerca do duplo grau de jurisdição obrigatório e de alguns feitos de natureza 
contenciosa que podem ser iniciados pelo juiz, este princípio preconiza que, a atividade 
2 
 
jurisdicional deve ser sempre provocada, de modo que, o magistrado, sozinho, não pode 
dar início a um processo. Isso não quer dizer que ele não possa dar impulso ao processo. 
Pode. O que é vedado é a sua iniciativa. Com o processo penal, não poderia ser 
diferente. A própria Carta Magna estabelece que, a ação penal é de titularidade 
exclusiva do Ministério Público. Contudo, essa titularidade do Ministério Público não 
retira a possibilidade de o particular o fazer quando assim lhe for permitido por lei. 
Portanto, o direito de ação pode ser exercido desde que o Ministério 
Público ou o particular, nos crimes cuja iniciativa é privada, reúna elementos suficientes 
de prova relativos à prática de uma conduta criminosa. Porém, é necessário, com base 
no princípio acima mencionado, que o acusador provoque a manifestação do Estado, 
mais precisamente, acione os órgãos aos quais sejam atribuídos o exercício da 
jurisdição. O direito de ação é um direito de provocar o Estado-Juiz, para que seja 
decidido sobre o fato penalmente relevante, possibilitando, assim, a aplicação do direito 
penal a um caso concreto. 
Sobre a matéria, discorre Mirabete: 
A ação é um direito subjetivo processual que surge em razão da 
existência de um litígio, seja ele civil ou penal. Ante a pretensão 
satisfeita de que o litígio provém, aquele cuja exigência ficou 
desatendida propõe a ação, a fim de que o Estado, no exercício 
da jurisdição, faça justiça, compondo, segundo o direito 
objetivo, o conflito intersubjetivo de interesses em que a lide se 
consubstancia. O jus puniendi, ou poder de punir, que é de 
natureza administrativa, mas de coação indireta diante da 
limitação da autodefesa estatal, obriga o Estado-Administração, 
a comparecer perante o Estado-Juiz propondo a ação penal para 
que seja ele realizado. A ação é, pois, um direito de natureza 
pública, que pertence ao indivíduo, como pessoa, e ao próprio 
Estado, enquanto administração, perante os órgãos destinados a 
tal fim. 
Das características: 
Em relação às características do direito de ação, há uma comunhão 
entre as características do direito de ação no direito processual civil e no direito 
processual penal. São características da ação no Direito Processual Penal: 
3 
 
Direito subjetivo: a prestação de fazer justiça é de competência do Estado e o titular do 
direito subjetivo pode exigir dele a prestação jurisdicional. 
Direito abstrato: o titular do direito tem a faculdade de provocar o poder Público, 
através dos órgãos judiciários, isso é decorrente da autonomia do direito de ação em 
relação ao direito material. Não importa se aquilo que está sendo alegado é verdadeiro 
ou não, pois independente disso o Estado deverá manifestar-se contra ou a favor do 
titular da pretensão punitiva. 
Direito autônomo: para que o direito de ação seja exercido não é imprescindível que 
tenha sido transgredido um direito material. Isso se explica quando houve o exercício da 
ação penal, mas inexistiu o direito que a ação tinha por fim tornar efetivo. Logo, ele 
independe da existência do direito subjetivo material que é o direito de punir. 
Direito Público: o direito de ação é um Direito Público visto que serve para provocar o 
Estado através dos órgãos jurisdicionais, pois esta é uma função eminentemente pública 
e de relevante interesse social. 
Das espécies: 
A divisão é subjetiva, em função da qualidade do sujeito que detém a 
sua titularidade. 
De acordo com esse critério, as ações são classificadas em ação penal 
de iniciativa pública e ação penal de iniciativa privada. A primeira subdivide-se em ação 
penal pública condicionada que pode ser por representação do ofendido ou requisição 
do Ministro da Justiça e a ação penal pública incondicionada. Já a ação penal privada 
pode ser principal (ou exclusiva), personalíssima e subsidiária da pública. 
As terminologias utilizadas, quais sejam, ação penal pública e ação 
penal privada não estão de acordo com os conceitos que representam, pois, de acordo 
com as características apresentadas, o direito de ação é tido como um direito público tão 
somente e tem, sempre, natureza pública. Porém, essa classificação é baseada segundo o 
titular do interesse de agir que, nos casos de ações penais públicas, são promovidas pelo 
Ministério Público e nos casos de ação penal privada, esta será promovida pela vítima 
ou seu representante legal. 
4 
 
O critério identificador da ação penal pública ou privada é 
estabelecido pelo Art. 100 do Código Penal ou pela legislação especial e através dele 
identificamos se a ação é pública incondicionada, condicionada ou privada. Na pública 
incondicionada, há silêncio da lei. Na pública condicionada, há expressa menção no 
texto legal, assim como, nas ações privadas. 
 1 – Da Ação penal pública: 
A iniciativa dessa ação é de um órgão estatal representando o próprio 
interesse social. A Constituição Federal, no art. 129, inciso I, estabelece, em outras 
palavras que, se a infração penal é sujeita à ação penal pública, somente o Ministério 
Público poderá propô-la, seja ela condicionada ou incondicionada. 
A ação pública incondicionada se diferencia da ação pública 
condicionada pelo fato da última depender da interferência do ofendido, de seu 
representante legal ou da requisição do Ministro da Justiça que deverão manifestar sua 
vontade para que a ação seja proposta, ou seja, é preciso que haja, no primeiro caso, 
uma representação, que nada mais é do que, a manifestação de consentimento 
permitindo ao Ministério Público agir. 
1.1 Ação Penal Pública Incondicionada: 
A ação penal pública incondicionada está prevista no artigo 100, 
caput, 1ª parte do Código Penal e no artigo 24, caput, 1ª parte do Código de Processo 
Penal. Ela é regra no sistema penal brasileiro e, por isso, não tem previsão legal 
expressa. Isso por uma razão de racionalidade ou economicidade, ou seja, o Código 
Penal após definir um delito, sempre se refere à ação penal, mas, nos casos de ação 
pública incondicionada, pelos motivos já expostos acima, não há essa definição 
expressa, apenas nos casos de ações públicas condicionadas e ações de iniciativa 
privativa do ofendido. 
Os princípios que regem as ações públicas incondicionadas são os 
seguintes: 
5 
 
Princípio da oficialidade: que diz respeito ao fato de que a ação pública é promovida 
pelo Ministério Público, ou seja, a legitimidade ativa cabe somente a um órgãodo 
Estado. 
Nesse sentido, observa Júlio Fabrinni Mirabete: 
Depois de secular evolução e experiência, que levou o Estado à 
criação de um órgão para exercitar, em seu nome, a pretensão 
punitiva, estabeleceu-se a regra da oficialidade que orienta a 
maioria das legislações dos países cultos. Entre nós, como na 
maioria deles, esse órgão é o Ministério Público, a quem cabe 
promover, privativamente, a ação penal pública. 
Princípio da Obrigatoriedade ou da Legalidade: este princípio se mostra muito 
importante, pois se refere à obrigatoriedade que tem o órgão do Ministério Público de 
exercer o poder-dever de ação, isto é, o dever de oferecer a denúncia quando tiver 
elementos probatórios suficientes da existência de um fato criminoso e de sua autoria. É 
o que prescreve o art. 24 do CPP, ao dispor que a ação penal será promovida por 
denúncia do Ministério Público. 
Portanto, quando identificada a hipótese de atuação, não pode aquele 
órgão recusar-se a dar início a ação penal, não cabe àquele adotar critérios de 
conveniência e oportunidade. 
Princípio da Indisponibilidade: Esse princípio está consagrado no art. 42 do CPP que 
traz a seguinte redação: "O Ministério Público não poderá desistir da ação penal". Esse 
princípio também é consagrado quando se trata da interposição de recursos, eis que, 
uma vez interposto não pode o Ministério Público desistir. Há, sem dúvida, várias 
situações que mitigam a aplicação do princípio da indisponibilidade, a mais importante 
delas, sem dúvida, é a ação de iniciativa privada, vigorando o princípio da 
disponibilidade. A vítima ou quem a representa, ou quem a substitui, nos casos de morte 
ou ausência, podem dispor da ação, renunciando tácita ou expressamente. A 
indisponibilidade decorre da obrigatoriedade, não se pode dispor do que já existe, por 
isso que, a gente diz assim, a obrigatoriedade é para investigar, não há investigação 
ainda. 
6 
 
Outra pretensão exceção é a suspensão condicional do processo para 
os casos de infrações de menor potencial ofensivo regidas pela lei 9.099/95. É dada ao 
Ministério Público a possibilidade de propor ao acusado, após o oferecimento da 
denúncia, a suspensão condicional do processo que é um ato de disposição da ação 
penal pois, após o cumprimento da suspensão, o acusado terá a sua punibilidade extinta. 
Princípio da Intranscendência: que diz respeito ao fato de que a ação penal 
condenatória é proposta contra a pessoa ou as pessoas a quem se imputa a prática do 
delito, não podendo passar da pessoa do infrator. 
Princípio da Divisibilidade: existem alguns doutrinadores que aplicam à ação pública 
o princípio da indivisibilidade, defendendo-o com a tese de que, a ação penal pública, 
deverá abranger todos aqueles que cometerem o ato delituoso, não podendo o Ministério 
Público optar por processar apenas um dos investigados. Porém, já é pacífica na 
jurisprudência a permissão dada ao Ministério Público de deixar de oferecer a denúncia 
contra aqueles acusados dos quais não houver reunido os indícios suficientes de autoria, 
isto é, o Ministério Público poderá optar por não processar todos os agentes, optando 
por reunir maiores indícios suficientes de autoria para, posteriormente, com os devidos 
esclarecimentos, processar os demais. 
1.2 – Ação Penal Pública Condicionada: 
As ações penais públicas condicionadas estão dispostas no artigo 100, 
§1º do Código Penal e no artigo 24, caput, 2ª parte do Código de Processo Penal e estão 
reguladas, basicamente, pelos mesmos princípios das ações públicas incondicionadas, já 
explicitados anteriormente, podendo-se acrescentar, apenas, o princípio da 
oportunidade, uma vez que, esse tipo de ação depende do ofendido, nos casos de 
representação e do Ministro da Justiça, nos casos de requisição. Nesse tipo de ação, o 
exercício do seu direito se subordina a uma condição, qual seja, a manifestação de 
vontade do ofendido ou de seu representante legal ou de requisição do Ministro da 
Justiça. 
São dois os tipos de ação pública condicionada: 
À representação: cuja titularidade da ação continua sendo do 
Ministério Público. Contudo, este só irá atuar quando a vítima ou seu representante 
7 
 
legal autorizarem e uma vez dada a autorização para o Ministério Público, este a assume 
incondicionalmente. A representação é a manifestação de consentimento do ofendido, é 
uma condição de procedibilidade estabelecida pela lei e o Ministério Público só poderá 
promovê-la quando satisfeita essa condição sine qua non para a propositura da ação 
penal. 
Fernando Capez, com habitual propriedade, esclarece: 
Nesse caso, o crime afeta tão profundamente a esfera íntima do 
ofendido, que a lei, a despeito da sua gravidade, respeita a 
vontade daquele, evitando, assim, que o strepitus judicii 
(escândalo do processo) se torne um mal maior para o ofendido 
do que a impunidade dos responsáveis. 
 À requisição do Ministro da Justiça: ocorre nas hipóteses de crime 
cometido por estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil; crimes contra a honra 
cometidos contra Chefe do governo estrangeiro; crimes contra a honra praticados contra 
o Presidente da República; crimes contra a honra cometidos por meio de imprensa 
contra ministro do Supremo Tribunal Federal. 
2 - Da Ação Penal Privada: 
A ação de iniciativa privada se diferencia da ação pública no que 
tange ao direito de agir, uma vez que, esse direito, na ação privada, é dado ao particular. 
Porém, a ação continua sendo pública, mas com iniciativa privada. Nesse tipo de ação, o 
Estado transfere ao ofendido ou ao seu representante legal a legitimidade para propor a 
ação penal. O ofendido se dirige ao órgão jurisdicional para ver sua pretensão ser 
satisfeita, não só com o objetivo de punição do autor do fato mas, como uma forma de 
voltar-se ao interesse social com a preocupação de punição para aqueles que infringem 
o dispositivo penal. Trata-se de legitimação extraordinária e foi conferida essa 
legitimidade ao ofendido por razões de política criminal. 
A ação privada se divide em três modalidades: 
Ação penal privada propriamente dita: é aquela que só pode ser 
exercida pelo ofendido ou por seu representante legal, e, no caso de morte do ofendido 
ou declarada a sua ausência, por qualquer uma das pessoas elencadas no artigo 31 do 
8 
 
Código de Processo Penal, quais sejam: cônjuge, ascendente, descendente e irmão, os 
quais poderão prosseguir na ação penal já instaurada. 
Ação penal privada subsidiária da pública: iniciada através de queixa 
quando embora se trate de crime de ação pública, o Promotor não haja oferecido a 
denúncia no prazo legal. Nesse caso, a ação penal é originariamente de iniciativa 
pública mas, o Ministério Público não promove a ação penal no prazo estabelecido pela 
lei, e, por isso, o ofendido ou o seu representante legal poderão de forma subsidiária 
ajuizá-la. Previsão feita no artigo 5º, inciso LIX da Constituição Federal de 1988. 
 Ação privada personalíssima: O Ilustre Promotor de Justiça, Fernando 
Capez, afirma que a “Sua titularidade é atribuída única e exclusivamente ao ofendido, 
sendo o seu exercício vedado até mesmo ao seu representante legal, inexistindo, ainda, 
sucessão por morte ou ausência”. Só há um caso de ação penal privada personalíssima: 
crime de induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento (art. 236 do Código 
Penal). Poderíamos mencionar o crime de adultério, mas este já foi revogado pela Lei 
11.106/2005. 
Os princípios norteadores das ações privadas são os seguintes: 
Da oportunidade ou conveniência: significa que a vítima não está 
obrigada a promover a ação penal, mesmo estando presentes as condições necessárias 
paraa propositura da ação. 
Logo, o ofendido tem a faculdade de propor a ação penal, se for de seu 
interesse, de acordo com a sua conveniência e oportunidade. E assim, o ofendido opta 
pela impunidade ou por dar publicidade ao fato que gerou a infração penal e que 
infringiu a vida íntima dele. 
Da Disponibilidade: pelo princípio da disponibilidade se entende que 
se o ofendido decidir ingressar com uma ação penal contra o autor do fato, aquele 
poderá a qualquer tempo desistir do prosseguimento do processo, ou seja, o ofendido é 
quem decide se quer prosseguir até o final e essa disponibilidade pode se dar de duas 
formas, quais sejam, pela perempção ou pelo perdão do ofendido, estes dois institutos 
são causas de extinção da punibilidade e são aplicáveis a todos os tipos de ações 
privadas, com exceção da ação privada subsidiária da pública, uma vez que, nesta, o 
9 
 
dever de agir cabe ao órgão do Ministério Público. O ofendido poderá dispor do 
processo até o trânsito em julgado da sentença. 
 Da Indivisibilidade: o princípio da indivisibilidade tem previsão 
expressa no artigo 48 do Código de Processo Penal: "A queixa contra qualquer dos 
autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua 
indivisibilidade.” 
O Estado dá ao ofendido a possibilidade de propositura da ação penal, mas, com base 
nesse princípio, o ofendido não tem a faculdade de propor a ação penal em face de 
apenas um autor do fato, quando, na verdade, existiu mais de um agente na infração 
penal. Cabe ao ofendido dizer se propõe ou não a ação penal. Contudo, não lhe cabe 
escolher quem irá processar ou não. 
 Da Intranscendência: esse princípio decorre do Artigo 5º, inciso 
XLV, da Constituição Federal e diz respeito ao fato de que a ação penal só deve ser 
proposta contra aquela pessoa que praticou a infração penal. 
Vale salientar que, os princípios norteadores são aplicáveis a todos os 
tipos de ação privada, com exceção do princípio da disponibilidade que não é aplicado 
às ações privadas subsidiárias da pública. 
 
BIBLIOGRAFIA 
AVENA, Norberto. Processo Penal Esquematizado. 6 ed. Rev., atual e ampl. Ed. 
Método, 2014. 
BANDEIRA MORAES. Henrique Viana (Artigo) 
BONFIM, Edílson Mougenot. Curso de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 2006. 
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CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 12.ed.. São Paulo: Saraiva, 2017. v.1. 
CAPEZ, Fernando; COLNAGO, Rodrigo. Código de processo penal comentado. 1 ed. 
Ed. Saraiva, 2015. 
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CASTRO. Leonardo (Artigo) 
FERNANDES. Márcio (Artigo) 
FERNANDO PEREIRA. Luiz (Artigo) 
IMMICH, Michele (Artigo) 
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal. 3 ed. Rev., atual e ampl. 
Salvador: Ed. JusPODIVM, 2015. 
MEDEIROS. Flávio Meirelles (Artigo) Código de Processo Penal Comentado. 
MIRABETE, Julio Fabrinni. Processo Penal. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2005. 
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 15 ed. São Paulo: Atlas, 2004. 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo e execução penal. 11. Ed. Rev., 
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de Janeiro: Ed. Forense.

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