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AULA 8

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AULA 8: PSICOLOGIA HOSPITALAR E A ONCOLOGIA
Introdução
O câncer é, cada vez mais, uma grande preocupação para a OMS e os profissionais da saúde. Isto porque seu índice tem aumentado em grande quantidade, assim como os óbitos, pela ausência de um diagnóstico precoce.
A população ainda é pouco consciente sobre os cuidados e exames devidos para que o câncer seja diagnosticado e tratado.
Quando descobrem sua proporção e os efeitos desastrosos que todo o processo de tratamento acomete aquele que o possui, os processos psicológicos são enfraquecidos, o que contribui para a depressão e baixa autoestima frente aos cuidados ideais.
Para realizar a prática no hospital frente ao paciente com câncer, é preciso conhecer as características da doença, de forma que o psicólogo esteja preparado para abordar o paciente e seus familiares.
O câncer
Segundo Rocha (2008, apud Angerami-Camon, et al. 2011, p. 81), “o câncer é definido como uma doença genômica e surge a partir de alterações cumulativas no material genético (DNA) de células normais, que sofrem transformações até se tornarem malignas”.
É uma doença invasiva, que compromete o físico e emocional do paciente. Assim, não adoece somente quem está com o câncer, mas também os familiares, que acompanham o sofrimento do outro e ainda se preocupam em tornar este momento menos doloroso.
Segundo Rocha (2008, apud Angerami-Camon, et al, 2001, p. 82):
 
As causas do câncer são: fatores ambientais (tabagismo, radiação, ionizante, álcool, administração de hormônios etc), fatores endógenos (envelhecimento, obesidade, alterações hormonais, entre outros) e herança genética em proporções variada.
Conscientização sobre o câncer
As pesquisas indicam que os países em desenvolvimento têm uma maior probabilidade para o aumento do índice do câncer em comparação aos já desenvolvidos. Isto se deve ao pouco investimento que ainda fazem na conscientização sobre os cuidados e prevenção.
É preciso investir em palestras, propagandas, debates, enfim, em programas que tornem as informações sobre esta doença acessíveis à população como um todo.
Órgãos mais afetados
Segundo o INCA (2010, apud Angerami-Camon, 2011), os órgãos mais afetados pelo câncer são:
Fases do câncer
Segundo Angerami-Camon, et al (2011), as fases do câncer são:
Pré-diagnóstico;
Diagnóstico;
Tratamento;
Pós-tratamento;
Progressão da doença;
Recidiva;
Cuidados paliativos.
Trabalho do psicólogo mediante o paciente com câncer
O psicólogo, em primeiro lugar, deve ajudar o paciente a receber esta notícia, assim como os familiares. Ele deve esclarecer sobre as etapas que deverão ser seguidas para um tratamento de sucesso.
Após a notícia e o tratamento iniciado, é hora de acompanhar todas as outras etapas, prestando sempre suporte emocional às angústias e conflitos que surgem durante esse período.
Os tratamentos invadem o corpo, a mente, a estética e a autoestima. Na mulher com câncer de mama, em que é preciso a retirada dos seios, muitas vezes, a sexualidade fica perdida.
São predominantes as crenças de que não serão mais desejadas, amadas e que serão abandonadas pelo companheiro, ou ainda que não conseguirão formar mais vínculos afetivos.
A importância do suporte psicológico no câncer
Portanto, é preciso o suporte para que estes pensamentos não venham a influenciar mais ainda no processo de rejeição à doença. Assim também acontece com os homens que descobrem o câncer de próstata.
A quimioterapia, independentemente da localização do câncer, também pode causar essas inseguranças. Há queda de cabelos, perda de peso, alteração na textura da pele, entre outras reações.
Se não houver acompanhamento psicológico adequado, é muito provável que o paciente sozinho se descontrole emocionalmente.
A Medicina e a Psicologia frente ao câncer
A Medicina, obviamente, fala apenas dos tratamentos medicamentosos e cirúrgicos. Já a Psicologia tem hipóteses sobre o poder da mente na melhora do estado de saúde. Porém, as pesquisas ainda não são precisas, de forma a comprovar esses dados.
Para os psicólogos, a crença do paciente na cura e na recuperação facilita o processo do tratamento e o faz alcançar os resultados positivos com maior qualidade. Aquele que não acredita e se deprime diminui o sistema imunológico, contribuindo para a piora do seu estado de saúde.
Segundo Angerami-Camon (2011, p. 87), para que um serviço de Psico-Oncologia seja implantado com êxito, é preciso atender algumas propostas, tais como:
Prover ao paciente oncológico, e aos seus familiares, todo o suporte emocional quanto lhes for necessário;
Oferecer orientação e informação aos pacientes oncológicos, a seus familiares e à equipe de saúde;
Desenvolver projetos científicos na área da Psicologia voltados para a Oncologia;
Formar profissionais na área da Psicologia em ênfase em Oncologia.
Formação com ênfase em Oncologia
Esta última proposta é muito importante para ser refletida, pois muitos psicólogos que trabalham com pacientes com câncer têm formação em Psicologia Hospitalar. Porém, não têm experiência com as situações do câncer, o que dificulta o suporte e, consequentemente, a abordagem devida àquele que está sofrendo. 
Angerami-Camon, et al (2011) narra sua experiência no Hospital de Clínicas da Unicamp, que tem a missão de ser um hospital de referência e excelência, prestando assistência complexa e hierarquizada.
Além disso, forma e qualifica recursos humanos, produzindo conhecimento, atuando no sistema de saúde e valorizando os princípios de humanização com racionalização de recursos e potencialização de resultados.
Ainda para Angerami-Camon (p. 89), este espaço de atendimento ao paciente com câncer deve ter como objetivo “oferecer suporte emocional, orientação e informação aos pacientes e seus familiares, visando fortalecimento egoico para o enfrentamento das fases do adoecimento por câncer e na questão do aconselhamento genético familiar”.
Para que o paciente e seus familiares sejam acolhidos de maneira correta, é preciso buscar informação, orientação, fazer encaminhamentos, fornecer esclarecimentos, ajudar o paciente a diferenciar o estigma da realidade da doença e ajudá-lo a descobrir seus mecanismos de defesa.
Os atendimentos podem ser individuais, em grupo e aos familiares. O importante é perceber em qual desses tipos o paciente se sente mais à vontade para falar e para lidar com seu sofrimento.
Um caso real
No Hospital das Clínicas da Unicamp, o grupo de acolhimento é constituído pelos pacientes e familiares que estão na sala de espera aguardando pela consulta médica. 
Os objetivos são orientar e informar os pacientes quanto ao funcionamento do ambulatório de Oncologia (sistema de senhas para as consultas, orientações quanto ao agendamento de exames, informações sobre as especialidades existentes no ambulatório além do médico).
É muito importante que o paciente e os familiares entendam a estrutura da instituição que frequentarão para o tratamento. Assim se minimizam as inseguranças quanto ao espaço e aumenta o suporte quando achar necessário.
Orientação ao familiar em sala de espera
O grupo de orientação ao familiar em sala de espera da quimioterapia tem a finalidade de orientar aquele que acompanha o paciente quanto aos cuidados devidos fora do espaço hospitalar.
Para que isto ocorra, é preciso conhecer as dúvidas e dificuldades da pessoa responsável em cuidar.
Os encaminhamentos são realizados quando se identifica, no paciente ou no cuidador, outras necessidades que não podem ser tratadas neste espaço de tratamento do câncer. Por exemplo: dependência química, problemas psiquiátricos, entre outros.
No atendimento pós-óbito, uma realidade frequente nestes hospitais, foca-se a questão do luto e seus desdobramentos emocionais.
Segundo Bowlby (1985, apud Angerami-Camon, 2011, p. 91), as quatro fases do luto são:
 
Fase de choque - Tem a duração de algumas horas ou semanas e pode vir acompanhada de manifestações de desespero e raiva;
Fase do desejo e busca da pessoaperdida - Com duração de meses ou anos;
Fase de desorganização e desespero;
Fase de algum tipo de organização emocional.
Aspectos emocionais do câncer
É muito comum que o paciente com câncer apresente depressão, transtorno de ansiedade e comportamento suicida. Nessas situações, é preciso estar atento a esta evolução e proporcionar suporte, para que as condições emocionais não venham a atrapalhar o andamento do tratamento.
Em cada uma das fases do tratamento do câncer, é possível vivenciar um conjunto de sentimentos como medo, esperança, alívio, desespero, sofrimento, dor, desesperança, estranhamento, incerteza. Esses sentimentos são comuns e fazem parte do processo de tratamento.

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