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Caso Concreto Aula 4 Direito Penal III Turma 3004 Alisson Jones Caso concreto No dia 13 de outubro de 2016, no decorrer de determinada reunião social, acontecida em Copacabana, TONICO, com o nítido propósito de ofender, afirmou a diversos amigos que ABRAVANEL, também presente à conversa, havia, dois meses antes, tentado covardemente o suicídio, em face de banal discussão familiar. Indignado, por não ser o fato verdadeiro, receoso das conseqüências que poderiam advir de tal afirmação no meio social e sentindo-se moralmente ofendido, ABRAVANEL contratou os serviços profissionais de advogado estabelecido nesta Comarca, que, tempestivamente, ofereceu QUEIXA CRIME contra TONICO, dando-o como incurso nos artigos 138 e 139, na forma do artigo 70, todos do Código Penal. PERGUNTA-SE: A capitulação dada pelo advogado do querelante está correta? Justifique a sua resposta. R.: Em parte, pois o agente criou um fato falso e ofensivo não definido como crime e que fere a honra objetiva do querelante, mas não admite existência de concurso formal, sendo julgado apenas por difamação, fato típico descrito no art. 139 CP. “Na calúnia, além de falso o fato, deve ser definido como crime; na difamação, há somente a imputação de um fato ofensivo à reputação da vítima, não podendo ser um fato definido como crime, podendo, contudo, consubstanciar-se em uma contravenção penal.” (GRECO, 2017, p. 389) Ementa QUEIXA-CRIME. DIFAMAÇÃO. ART. 139 DO CÓDIGO PENAL. ATIPICIDADE. SENTENÇA CONDENATÓRIA REFORMADA. A prova produzida nos autos não é suficiente a sustentar o édito condenatório. Ofensas proferidas em meio a acalorada discussão, em decorrência de lixo produzido pela recorrida, que acabava por se acumular em frente a residência da recorrente, somada a existência de animosidade pretérita entre as partes, que impedem a configuração do delito em questão, porquanto ausente o elemento subjetivo específico - animus diffamandi - necessário à configuração do delito em questão. Impositiva a absolvição, com fulcro no art. 386, VII, do CPP. RECURSO PROVIDO. (Recurso Crime Nº 71006948822, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luis Gustavo Zanella Piccinin, Julgado em 30/10/2017). BIBLIOGRAFIA GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte especial. 14ª ed. revista e ampliada, Ed. Impetus, Niterói-RJ, 2017, p. 389. (Recurso Crime Nº 71006948822, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luis Gustavo Zanella Piccinin, Julgado em 30/10/2017). OBJETIVAS 1) O delito de difamação (CP, art. 139): a) Não admite tentativa. (F) A tentativa é admissivel nos crimes contra a honra sempre que o meio de execução torne o crime plurissubsistente b) É crime formal. (V) Pois está descrito na Lei c) Protege a honra subjetiva. (F) Honra objetiva (o que os outros pensam) d) Não precisa que a imputação seja falsa. (V) Fato pode ser falso ou verdadeiro 2) PEDRO imputou a JOÃO, de maneira falsa, que este “escreve jogo do bicho” todos os dias na praça do bairro em que residem. PEDRO, com sua conduta, in thesis, cometeu o crime de: a) Calúnia (F) Art. 138 Imputar fato falso definido como crime, ofendendo a honra objetiva da vítima, quando o fato torna-se conhecido por terceiros. b) Difamação (V) Art. 139 Fato ofensivo à reputação, mas que não seja criminoso c) Injúria (F) Art. 140 Ofensa a honra subjetiva consumada quando a vítima tem ciência d) Denunciação Caluniosa (F) Art. 339 Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: �PAGE � �PAGE �2�
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