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SALVADOR 2018 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO: NUTRIÇÃO DANIELA RAMOS LUANA SENA TÉCNICAS INOVADORAS NA DETECÇÃO DE MICRORGANISMOS SALVADOR 2018 Introdução: A elaboração deste trabalho tem conforme objetivo apresentar a importância da detecção prematura de microrganismos patógenos para indústria assim como na nossa alimentação, por meio de técnicas que podem ser inovadoras tais como: métodos imunológicos, moleculares e bioquímicos. Os métodos imunológicos podem ser pelo meio de imunocapturas, imunomagnetismo, imunoimobilização, imunocromatográfia. Os procedimentos moleculares são por sondas genéticas, Reação de Polimerase em Cadeia (PCR) e identificação por ribotipagem e os procedimentos bioquímicos que poderão ser feitos de forma manual, semi-automatizado ou totalmente automatizados. Independente do método utilizado, todos servem para detecção de tipos de microrganismos na indústria, fazendo com que haja uma maior segurança para o consumidor (através de fiscalizações por órgãos competentes) com relação a um determinado tipo de alimento e/ou medicação. Esses tipos de técnicas evitam desperdícios, pois através das analises é possível verificar qual o melhor local de armazenamento, distribuição e validade dos produtos, por exemplo. Com relação às doenças, os tipos de detecção tem um papel fundamental na prevenção e tratamento das mesmas. DEFINIÇÃO Conforme observado anteriormente, as técnicas inovadoras podem ser divididas em três métodos, o imunológico, molecular e bioquímico, os quais se explicam por: MÉTODO IMUNOLÓGICO: Esses métodos apresentam grande sensibilidade e elevada especificidade e, em função disso, vêm sendo empregados cada vez mais em Microbiologia de alimentos. Para a detecção de antígenos do patógeno ou anticorpos específicos produzidos pelo hospedeiro levaram ao desenvolvimento do EL ISA ( Enzy me Linked Immuno Sorbent Assay). O princípio básico da técnica consiste na imobilização de um dos reagentes (anticorpo ou antígeno) em uma fase sólida. Após a adição da amostra, o outro reagente ligado a uma enzima reagirá com o complexo antígeno - anticorpo. O s imunocomplexos são revelados ao adicionar-se o substrato da enzima e um cromógeno formando um produto colorido. Os resultados do EL ISA são expressos objetivamente pelas absorbâncias obtidas de espectrofotômetros, não dependendo de leituras subjetivas. Atualmente várias doenças infecciosas e parasitárias são pesquisadas pelos métodos imunológicos, sobretudo o ELISA. G raças à sua simplicidade (possibilidade de automação) pode ser usado para analisar grande número de indivíduos com um volume pequeno de amostra. MÉTODO MOLECULAR: Sendo possível, sondas genéticas: Nessa técnica é necessário submeter os microrganismos a um tratamento em que seu material genético é liberado e separado em duas fitas simples. Em seguida, adicionam-se sondas, que são fragmentos de DNA ou RNA específicos para o patógeno alvo, marca das com enzimas, normalmente cromogênicas e, quando há hibridização com a sonda, há desenvolvimento de cor e, portanto, a presença do microrganismo investigado é de tectada. Ou Reação de Polímeras e em Cadeia (PCR): É uma técnica muito utilizada em microbiologia para SALVADOR 2018 amplificação do material genético de microrganismos. A PCR reproduz in vitro a habilidade natural de replicação do DNA, podendo ser repetida em larga escala. A metodologia requer, primeiramente, o conhecimento, pelo menos parcial, do DNA alvo de um de terminado organismo para o desenvolvimento de oligonucleotídeos iniciadores (primers) ou de sondas que irão hibridizar-se especificamente com a sequência alvo. MÉTODOS BIOQUÍMICOS: São baseados na avaliação da capacidade dos microrganismos de utilizarem determinados substratos ou de produzirem determinados metabólicos. Existem no mercado diversos “kits”, na maioria miniaturizados onde os testes são executados com pequenos volumes de meio de cultura, os quais se encontram na forma desidratada ou liofilizada, e são reidratados pela adição de pequeno volume de amostra a ser testada. Após a incubação faz-se a leitura dos resultados, normalmente através de uma combinação de números obtidas de acordo com o resultado de cada um dos testes que faz parte do sistema. Cada combinação de números corresponde a um microrganismo diferente. APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS Os prosseguimentos exposto dentre mais de 1.000 vírus e 135 bactérias tem disponibilizado o desenvolvimento de testes diagnósticos promissores. Este amplo avanço da biologia molecular e celular vem atuando em várias da microbiologia. Os microarranjos de DNA (DNA microarray) vêm sendo utilizado à expressão dos genes dos agentes infecciosos e do hospedeiro em resposta à infecção e poderá resultar em descobertas de novos biomarcadores da doença ou de novos alvos para o diagnóstico. Os microarranjos de D NA são definidos como pequenos suportes sólidos nos quais milhares de sondas estão imobilizadas ou ligadas de forma organizada em posições conhecidas. Usualmente o suporte sólido é uma lâmina de vidro especial de microscopia, mas também pode ser um chip de silicone. O DNA é impresso, depositado ou sintetizado diretamente no suporte. Essas sondas podem ser produtos de PCR ou oligonucletídeos e os alvos podem ser produtos de PCR, DNA genômico, RNA total, RNA amplificado, DNA complementar, DNA plasmidial ou, simplesmente, amostras clínicas. Estudos recentes têm mostrado a aplicação dos microarranjos de DNA na identificação de diversos microrganismos: vírus influenza e adenovírus, Entamoeba histolytica, E. Dispar, Giárdia lamblia e Cryptosporidium parvum. A tecnologia de microarranjos de DNA apresenta-se como um método promissor para detecção de genes de resistência antimicrobiana e resistência mutacional. A detecção e identificação de genes de resistência à tetraciclina foram recentemente demonstradas por este método, por exemplo. Quando a PCR é usada para detecção de DNA em amostras clínicas, os microarranjos podem ser usados para identificar os produtos amplificados por hibridização com sondas patógeno-específicas. Um exemplo desta aplicação é a realização da PCR com iniciadores universais, capazes de detectar múltiplos patógenos simultaneamente e a utilização dos microarranjos para verificar a amplificação de uma bactéria ou vírus específico. Adicionalmente, esse modelo vem sendo trabalhado para o SALVADOR 2018 desenvolvimento de um método para detecção de anticorpos específicos (antigen microarrays for serology). Nesse modelo, um arranjo de proteínas de vários agentes infecciosos estaria disponível para a ligação com anticorpos presentes em soro. Isso possibilitaria uma triagem sorológica completa do paciente. Já foi desenvolvido um microarranjo com antígenos específicos de Toxoplasma gondii, citomegalovírus, herpesvírus 1 e 2 e vírus da rubéola, cujos resultados foram favoráveis para a detecção de imunoglobulinas. A citometria de fluxo, desenvolvida nos anos 50, é um método automatizado para avaliar as propriedades ópticas (dispersão da luz e fluorescência) de partículas e/ou células que fluem numa suspensão líquida. O sistema operacional do citômetro de fluxo é constituído de fontes luminosas do tipo laser e de um conjunto de lentes que proporciona a avaliação de múltiplos parâmetros. Células variadas podem ser identificadas utilizando-se anticorpos monoclonais conjugados à fluorocromos, que se liga a antígenos da superfície celular ou intracitoplasmáticos. Quando a célula intersecta o laser, ocorre um processo de dispersão fotônica e/ou emissão de fluorescência. O tamanho e a complexidade celular (aspectos morfológicos) são avaliados mediante a dispersão luminosa frontal e lateral, respectivamente. Os sinais fluorescentes são decorrentes da positividade dos antígenos de membrana nas células examinadas que são captados, analisados e quantificados por um programa de computador. A citometria de fluxo te m sido usada para quantificar antígenos virais dentro ou sobre superfícies de células infectadas. Além disso, ácidos nucléicos virais podem ser detectados e quantificados por hibridização instituem suspensões celulares e, simultaneamente, a citometria pode, também, identificar fenotipicamente quais células estão infectadas. Isso tem sido utilizado para a pesquisa de muitos vírus, principalmente HIV e citomegalovírus. Outra aplicação da citometria de fluxo é a detecção de imunoglobulinas específicas, presentes na amostra graças à utilização de microesferas ligadas aos antígenos dos microrganismos. Os anticorpos da amostra são detectados após a adição de um segundo anticorpo conjugado a um corante fluorescente. O sistema Luminex, baseado neste método da citometria de fluxo, foi projetado para atender às necessidades da medicina do laboratório, porém vem sendo também utilizado no ambiente da pesquisa. Dessa forma, vários microrganismos podem ser detectados diretamente pelos citômetros de fluxo. Essa tecnologia já tem sido aplicada com sucesso para a identificação de um vasto número de bactérias presentes em sangue, urina, exsudatos, bile, lavado brônquico e até em fezes. Recentemente, a pesquisa dos anticorpos específicos a HI, vírus sincicial respiratório a Trypanosoma cruzi, a Leishmania chagasi, ao Mycobacterium tuberculosis, Cryptosporidium hominis e C. parvum, entre outros, tem sido realizada por esta metodologia. A versatilidade da citometria de fluxo propicia um grande número de aplicações na microbiologia clínica e isso pode rá ser visto em um futuro próximo. Os aparelhos são agora mais fáceis de utilizar e também mais econômicos. Além disso, segundo Raoult, o desenvolvimento de citômetros portáteis poderá facilitar suas aplicações, por exemplo, em aeroportos e portos para a identificação rápida de doenças e a detecção de microrganismos usados como agentes de bioterrorismo. A análise do proteoma (conjunto de todas as proteínas codificadas do genoma de um organismo) tem criado oportunidades para identificar as proteínas-alvo, que são expressas diferencialmente na saúde e na doença. Esses novos conhecimentos SALVADOR 2018 estão relacionados às vias de sinalização celular, conjuntos de proteínas reguladoras, modificações pós-transducionais, bem como outras informações cruciais sobre os estados fisiológicos e fisiopatológicos de células e organismos. Atualmente, as principais técnicas utilizadas na proteômica são a eletroforese bidimensional e a espectrometria de massa. O aprimoramento dessas técnicas tem possibilitado a detecção de proteínas com alta Sensibilidade e especificidade em pequenos volumes de amostra, como no sangue e na urina. A proteômica tem trazido informações importantes sobre os microrganismos, auxiliando no desenvolvimento de novos métodos para diagnosticar, eficientemente, algumas doenças em estágios latentes e, assim, facilitar o tratamento e a cura dos pacientes. Proteínas secretadas foram identificadas em isolados clínicos comuns e analisadas como potenciais antígenos para o imunodiagnóstico da tuberculose, mostrando elevada sensibilidade e especificidade. Uma triagem sorológica que pudesse detectar a infecção pré- clínica da tuberculose permitiria o tratamento precoce, reduzindo a transmissão da doença. Da mesma forma, por meio da análise do soro de pacientes com a síndrome respiratória aguda severa, foram identificadas proteínas que poderão ser usadas para o diagnóstico e o desenvolvimento de vacinas. Apesar de a maioria dos estudos a respeito da identificação e caracterização de marcadores biológicos específicos estarem voltada para o diagnóstico de cânceres, Alzheimer e doenças autoimunes, a análise proteômica pode rá ser útil para o diagnóstico precoce de doenças infecciosas e parasitárias e para o acompanhamento da evolução do tratamento. A utilização da espectrometria de massa para o diagnóstico de calicivírus tem sido proposta, porém ainda é uma promessa. Vantagens e Desvantagens Inúmeros métodos de análise pode m ser utilizados, sendo comum que estes métodos sejam classificados em tradicionais e rápidos. Os métodos tradicionais foram desenvolvidos há mais de um século e, desde então, vêm sendo utilizados como métodos de rotina nos Laboratórios de Microbiologia de Alimentos. Já os métodos rápidos surgiram na década de 70, como consequência da necessidade de se simplificar e/ou automatizar os métodos tradicionais, melhorando a produtividade e abreviando o tempo para obtenção de resultados. A essas vantagens aliam-se outras, como sensibilidade e especificidade. Métodos tradicionais são trabalhosos, demorados, exigem mão de obra intensiva e treinada e requerem preparo de material, gerando resíduo. Além disso, estão sujeitos a falhas humanas, devido às etapas de preparo do material, execução da análise, leitura e interpretação dos resultados. Há várias razões para isto, dentre elas, que o microrganismo pode está presente em baixas concentrações em relação à flora competidora existente e o alimento ser uma matriz complexa causando interferência. Sendo assim, os métodos tradicionais utilizam as técnicas de pré-enriquecimento, para elevar a população viável, enriquecimento seletivo, para selecionar o microrganismo alvo e a semeadura, para obter colônias isoladas e detectar o alvo. Por esses motivos e por outros, como, crescente demanda dos países importadores, procura por produtos frescos e produtos com validade curta, houve uma necessidade de desenvolver métodos mais fáceis e rápidos para a detecção de patógenos em alimentos. Métodos rápidos oferecem ganhos em tempo e mão de obra, através da simplificação do trabalho, aumento da capacidade analítica, facilidade de uso, estocagem e descarte, SALVADOR 2018 levando a uma maior produtividade. São padronizados, dando uma melhor reprodutibilidade e repetibilidade e possui Certificado de Análise, necessário para a acreditação do laboratório pela ISO 17025, através do INMETRO. Outros pontos importantes são a redução de tempo para obtenção dos resultados e aumento na confiabilidade, mesmo que necessitem de enriquecimento. Todos estes fatores levam a uma redução de custos internos. As principais vantagens dos métodos tradicionais são consideradas desvantagens para os métodos rápidos, como exemplo, sofrem menos interferência da matriz, não necessitam de aprovações por agências de validação internacionalmente aceitas e não precisam ser verificados na fase de implantação. São considerados “métodos de referência”. Apesar de todas as vantagens mencionadas acima, os métodos rápidos para detecção de patógenos são considerados TRIAGEM e todo resultado positivo é apenas PRESUNTIVO, necessitando de confirmação pelos métodos tradicionais de cultura. Além da vantagem de simplificar o trabalho do microbiologista, os kits comercializados por empresas idôneas são submetidos a rigorosos testes de qualidade, o que garante sua confiabilidade e reprodutibilidade. O universo dos métodos rápidos está se expandido e mudado, contudo inovações precisaram ser feitas para atender as novas demandas do mercado, como análises quantitativas e detecção de microrganismos específicos. Métodos rápidos do uso de material inovador: VANTAGENS 1- Agilizam o trabalho no laboratório Prontos para uso; Requerem muito suprimentos (vidraria, equipamentos); Demanda menos mão de obra; Possíveis de automação; 2- Pode m reduzir significativamente o tempo para obtenção de resultados Alguns “pulam” etapas do método convencional; Alguns dão respostas instantâneas 3- São padronizados Melhor reprodutibilidade; Melhor repetibilidade; 4- Têm certificado de fabricação Necessários para validação de sistemas de qualidade em laboratórios; Necessários para aceitação e acreditação de laboratórios (ISO17025); DESVANTAGENS 1- Podem sofrer interferência da matriz alimentar; 2- Custo elevado de material; 3- Necessitam de aprovação por agências de validação internacionalmente aceitas. SALVADOR 2018 Referências FRANZ R. Novak, ALMEID A, João Aprígio Guerra. Teste alternativo para detecção de coliformes em leite humano ordenhado. GONÇALVES, A.; FE KL, G. S.; B ITT ENCOURT, J.V. M. Utilização de culturas padrões de Salmonela para diagnóstico molecular. Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v.17, n. 1, p. 15-18, j a n./a br. 2013. https://foodsafetybrazil.org/deteccao-de-patogenos-metodos-tradicionais-x-metodos- rapidos/ https://quimicadealimentos.files.wordpress.com/2009/08/metodos-rapidos-de - analise-microbiologica.doc
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