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ATPS - Antropologia

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA
UNIDADE SÃO CAETANO DO SUL
GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
TERCEIRA SÉRIE
 
 ANTROPOLOGIA APLICADA AO SERVIÇO SOCIAL
ATPS: VISÃO SOCIAL
INTEGRANTES:
 
GILCÉA GOUVÊA DE OLIVEIRA – RA: 6948475394
HELIDA REGINA BARBOSA PERUSINI – RA: 6750359976
JULIANA PEREIRA LOPES – RA: 6944450744
MARIA JOSÉ JUREMA DE SOUZA – RA: 6750352444
SIMONE REGINA MARTINS DE OLIVEIRA – RA: 1299488190
TUTOR: PAULETE PEREIRA MENDES
  
UNIDADE SÃO CAETANO DO SUL 
JUNHO DE 2014
Visão Social
Introdução
 O presente trabalho constitui-se de uma pesquisa realizada pelo grupo sobre os problemas sociais que o Brasil apresenta; entre os problemas que se destacam, estão a pobreza e a violência. 
 A pobreza é consequência direta das desigualdades presentes na sociedade, que convive com concentração de renda e miséria, e a produzem e reproduzem nos planos, socioeconômico, político e cultural.
 Uma das respostas privilegiadas à questão social, são as políticas sociais públicas, ao lado de outras formas que possuem programas de atenção à pobreza, como corporações empresariais, organizações não governamentais, além de outras, de organização das classes subalternas, para fazer frente aos níveis crescentes de exclusão social a que se encontram submetidas (Iamamoto, 2004, p. 58).
 No Brasil, a violência tem feito milhares de vítimas, em alguns casos esse ato é praticado pela própria família, além de inúmeros outros ocorridos nas ruas. 
 “A pobreza não é causa da violência. Mas, quando aliada à dificuldade dos governos em oferecer melhor distribuição dos serviços públicos, torna os bairros mais pobres, mais atraentes para a criminalidade e a ilegalidade.” (Luís Antônio Francisco de Souza – sociólogo)
 
 Porém, não são todos os tipos de criminalidade que se originam das condições econômicas. Talvez, a principal causa da violência seja o fato de existir um Estado ineficiente e sem programas de políticas públicas de segurança, contribuindo para aumentar a sensação de injustiça e impunidade no país.
 A violência se apresenta nas mais diversas configurações e pode ser caracterizada como violência contra a mulher, a criança, o idoso, violência psicológica, física, verbal, violência sexual, política, dentre outras.
 A violência doméstica e familiar praticada contra a mulher tem se destacado nos últimos anos, sendo um exemplo concreto de violação da dignidade humana e dos direitos básicos. De tal maneira, que a Lei Maria da Penha (11.340 de 07/08/2006), precisou se ajustar, em seu artigo 6º, às declarações internacionais de proteção aos direitos das mulheres, onde afirma com exatidão que “a violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos”.
 O caso de violência doméstica brasileiro está relacionado à pobreza, baixa escolaridade, e dependência econômica das mulheres. Não, que homens cultos e com boa condição financeira, não cometam atos de violência contra a mulher, mas, no Brasil, esses atos são mais frequentes entre a população menos favorecida.
Problemas sociais da atualidade
 Carolina Maria de Jesus, autora do livro Quarto de despejo: diário de uma favelada, descreve em seu livro, como era a vida na década de 1950, onde a sociedade, principalmente os moradores de favelas, enfrentava vários problemas, dentre os principais, estavam: a violência, o desemprego, a fome, a falta de apoio social, o alcoolismo, a prostituição, preconceitos, discriminação, racismo, falta de preparo da polícia, falta de saneamento básico e juizado de menores ineficiente (as crianças eram maltratadas; faltava alimentos, educação, orientação; faltava estrutura para os atendimentos). O abrigo para menores acolhia crianças, mas, não dava suporte à sua educação, elas não sabiam ler e aprendiam somente o inadequado.
 Segundo a autora, as Organizações eram mau administradas e não se obtinha apoio do Estado; a população carente era quem sofria as consequências, sendo condenada pela fome; viviam em condições sub-humanas, comiam alimentos do lixo, estragados, contaminados por ratos, baratas, o que geralmente causava doenças, porém, a fome era maior que o medo de se contaminar. 
 Muitos moradores da favela, assim como a autora, pensavam em se suicidar com o intuito de acabar definitivamente com o sofrimento proveniente da fome.
 Na época, os moradores (de favelas) não conseguiam adquirir muito dinheiro recolhendo papel nas ruas, o preço dos alimentos subia excessivamente, as mercadorias ficavam armazenadas em depósitos aguardando os aumentos, e como consequência, as mesmas estragavam, então, jogava-se fora.
 
 O dinheiro que adquiriam não acompanhava esses aumentos, e também não era suficiente para suprir todas as necessidades, agravando ainda mais a situação. 
 A população carente recebia doações de instituições de caridade, como, alimentos e roupas, porém, não era suficiente, era apenas uma pequena contribuição. Além desses problemas, existiam as patologias, como a esquistossomose e a anemia, que acometia grande parte da população. O Departamento Estadual de Saúde não dava a assistência necessária, apesar, de passar filmes explicativos sobre algumas patologias e solicitar à população a realização dos exames para detectá-las, não forneciam os medicamentos. A população carente não tinha condições financeiras para comprar os medicamentos, e por esse motivo, muitos não faziam os exames.
 As crianças da favela, presenciavam tudo o que acontecia, violência, sexo, alcoolismo, intrigas; os adultos não as poupavam em nada, até mesmo bebida alcoólica elas compravam para seus pais; era comum crianças de apenas 9 anos, chegarem bêbadas à escola. 
 Os políticos da época faziam somente falsas promessas, os gastos deles em campanhas eleitorais era excessivamente alto. Enquanto os menos favorecidos, assim como a autora, permaneciam na esperança de melhores condições de vida. 
 Embora o Brasil tenha evoluído na área social nos últimos anos, diversos problemas ainda existem no país, um dos que se destacam é a pobreza. A pobreza é consequência direta das desigualdades presentes na sociedade brasileira, onde há concentração de renda e miséria, e se produzem e reproduzem nos planos, socioeconômico, político e cultural.
 
 
 Ainda que, a renda seja a principal responsável pela identificação da pobreza, existem outros fatores que precisam ser considerados para essa definição, como: o acesso a bens, recursos e serviços sociais, e outros meios adicionais de sobrevivência.
 A pobreza é uma esfera multidimensional, e não se expressa apenas pela carência de bens materiais, mas, também, pela carência de direitos, de oportunidades, de informações, de possibilidades e de esperanças, como destaca José de Souza Martins.
 Os pobres, extremamente vulneráveis, inseridos numa sociedade que os desqualifica, representam a herança histórica da estruturação econômica, política e social da sociedade brasileira.
 Introduz-se nessa história, a tradição oligárquica e dominadora de uma sociedade de intensas desigualdades e dissimetrias, caracterizada por capital sempre insuficiente e serviços direcionados ao atendimento das necessidades da classe subalterna.
 Aproximar-se daqueles que são designados pobres socialmente, é introduzir-se em um universo marcado pela inferioridade, pela revolta silente, pela humilhação, alienação e principalmente, pela superação associada à métodos para uma melhor sobrevivência.
 As políticas sociais públicas são uma das respostas privilegiadas à questão social, ao lado de outras formas que possuem programas de atenção à pobreza, como corporações empresariais, organizações não governamentais, além de outras, de organização das classes subalternas, para fazer frente aos níveis crescentes de exclusão social a que se encontram submetidas (Iamamoto,
2004, p. 58).
 Além da pobreza, outros diversos problemas sociais afetam o Brasil, todos, relacionados a desigualdade social; os principais são:
Desemprego – O crescimento da economia nos últimos anos gerou um aumento na taxa de empregos, porém, ainda não é suficiente, pois, existem milhões de brasileiros desempregados. 
Educação - A Educação pública passa por vários problemas e dificuldades: prédios mal conservados, falta de professores, poucos recursos didáticos, baixos salários, greves, violência dentro das escolas, entre outros. Os dados sobre o desempenho dos alunos, são alarmantes.
Habitação – No Brasil, existem milhões de famílias em condições habitacionais inadequadas. Nos grandes centros urbanos é comum a existência de favelas e cortiços. Há também muitos moradores de rua.
Saúde - A Saúde pública no Brasil é precária e afeta diretamente a população menos favorecida. Diversos problemas são encontrados em hospitais e postos de saúde da rede pública, como: falta de leitos, falta de médicos e de medicamentos, greve de funcionários, falta de manutenção dos aparelhos, filas inacabáveis para atendimento e prédios mal conservados.
Poluição: A poluição tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos, como a saúde da população, que sofre com doenças respiratórias; tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural em geral (chuva ácida). A poluição do ar também tem afetado o clima, aumentando a temperatura do planeta (efeito estufa).
Violência e criminalidade - A violência e a criminalidade, cada vez mais presente no cotidiano dos brasileiros, principalmente nos grandes centros urbanos, cresce assustadoramente. Isso se faz devido a falta de rigor no cumprimento das leis e as injustiças sociais, que intensificam o problema no país.
 A violência em seus mais variados ângulos, é um fato histórico na formação da sociedade brasileira. A escravidão, a colonização mercantilista, o coronelismo, as oligarquias, somados a um Estado autoritário e burocrático, contribuíram fortemente para o crescimento da violência que transpassa a história do Brasil. As causas da violência são associadas a problemas sociais como miséria, fome e desemprego.
 Talvez, a principal causa da violência seja o fato de existir um Estado ineficiente e sem programas de políticas públicas de segurança, contribuindo para aumentar a sensação de injustiça e impunidade no país.
 Para Alvarez et al. (2000), a sociedade civil constituiu-se amiúde em uma esfera disponível ou a mais importante para organizar a contestação política e cultural. Entretanto, a sociedade civil não é uma família ou uma aldeia global homogênea, mas um território de luta, minado muitas vezes por relações de poder não democráticas e pelos problemas constantes de racismo, heterossexismo, destruição ambiental e outras formas de exclusão. Atualmente estamos vivendo uma crescente predominância das ONGs nos movimentos latino-americanos. 
 As ONGs por vezes agem como organizações "neo" ou "para", em vez de não governamentais, caminhando no sentido de ajudar a sustentar um setor público esvaziado pelo Estado e, ao mesmo tempo, tornar possível que este se exima do que era considerada sua responsabilidade. 
 O Estado, por intermédio das ONGs, pôde construir uma nova concepção de cidadania social, fora da órbita da política pública estatal. Conforme Becker (2003, p. 117),
 O Estado começa a reconhecer que as ONGs acumularam um capital de recursos, experiências e conhecimentos sobre as formas inovadoras de enfrentamento das questões sociais, que as qualificam como interlocutores e parceiros governamentais. Com isso, novas formas de articulação entre o Estado e a sociedade vêm sendo criadas, permitindo uma maior participação das ONGs na definição das políticas públicas.
 Portanto, podemos afirmar que foi extremamente importante o financiamento das ONGs pelo Estado, pois, houve reconhecimento histórico da capacidade técnica e assistencial das ONGs ligadas à questão social e à cidadania, e proporcionou ao Estado a redução do custo das políticas sociais sem perder a legitimidade, já que ressaltou vetores consensuais dos direitos civis e políticos na manutenção da cidadania.
 Para Yazbek (2001), atualmente vivemos um movimento de refilantropização, que visa à substituição da lógica da cidadania, tendo como base o não reconhecimento dos direitos sociais historicamente conquistados, pois está alicerçada num discurso humanitário da solidariedade e da filantropia, alavancado por uma moralidade de ajuda aos necessitados. É preciso frisar ainda que esta perspectiva fortalece a lógica do favor em detrimento do direito. 
 No Brasil, o favor perpassou o conjunto da existência nacional nas relações entre homens livres, sendo que o favor foi nossa principal mediação nas relações sociais (Schwarz, 1991, apud  Iamamoto, 2008). 
 Vivemos uma tensão entre a defesa de direitos sociais e a mercantilização dos atendimentos sociais (Iamamoto, 2001). Em relação à tendência da refilantropização mercantilizada, não podemos perder de vista a legislação social. Segundo Silva (2009), a Lei Orgânica da Assistência Social de 1993 e toda a legislação criada posterior a ela, que regula a relação das ONGs, implantam a concepção de assistência social como direito. Assim, usuários são vistos enquanto cidadãos, que requerem do estabelecimento outro tipo de relação além do favor, da caridade e do assistencialismo. As ONGs precisam adequar-se ao novo marco regulatório. "A legislação social é em boa parte responsável por essa mudança cultural da assistência social" (Silva, 2009, p. 54).
 Conclui-se, que as ONGs, são expressões sólidas de relações sociais, econômicas, políticas e culturais restritas historicamente, e que atualmente, aparecem predominantes enquanto canais (sedimentados da lógica neoliberal) por onde a sociedade civil, principalmente a massa extremamente pobre, está sendo atendida. Em síntese, as ONGs, como parte da sociedade civil que nos induz a considerar que também são campos de lutas e disputas de projetos societários.
Mulheres vítimas de violência doméstica
Imagem 1.1 Fonte: www.faroldenoticias.com.br
 A violência praticada contra a mulher, mais especificamente, a violência doméstica e familiar, é um problema social que também afeta a sociedade, e vem se destacando entre os demais devido ao aumento significativo de casos nos últimos anos.
 A violência doméstica é um problema que atinge milhares de mulheres. É um problema universal, em grande número de vezes, praticado de forma silenciosa e dissimulada.
 Em épocas passadas, as mulheres não tinham liberdade, autonomia e disposição sobre seu próprio corpo; os homens as tratavam como sua propriedade.
 Há registros na história de mulheres que eram vendidas como mercadorias, escravizadas e induzidas à prostituição pelos seus proprietários e maridos.
 O reconhecimento de um amplo leque de direitos humanos que ocorreu à partir século XX, foi responsável por grandes mudanças na conduta de vários segmentos sociais em diferentes partes do mundo.
 O sistema patriarcal ocidental, desde a Declaração Universal de 1948, passou a reconhecer, gradativamente, nas legislações posteriores, a diversidade biológica, social e cultural dos seres humanos, criando declarações e pactos específicos para as mulheres.
 Porém, apesar dos avanços nos direitos da mulher no mundo, em pleno século XXI, não se pode dizer que as mulheres conquistaram uma posição de igualdade perante os homens.
 No decorrer do século XXI, infelizmente, assistimos à um grande número de atos de violência contra milhares de mulheres em seus vários estágios de desenvolvimento, acarretando prejuízos, por vezes, irreversíveis à saúde física e mental.
 Foi
feito uma ampliação na lei sobre as formas de manifestação da violência doméstica e familiar contra a mulher, além, das mais conhecidas e praticadas: a violência física, psíquica, moral, sexual e patrimonial, inclui, o estupro, abuso sexual, tortura, tráfico de mulheres, prostituição forçada, dentre outras.
 Após a descrição das várias classificações contidas em tratados internacionais e pela doutrina brasileira e estrangeira no que diz respeito aos tipos de violência contra as mulheres, conclui-se que:
 A violência doméstica e familiar se caracteriza pela ação ou omissão que ocorre no espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas. 
 O agressor é na maioria dos casos, o homem, que tem como característica predominante, o fato de manter ou ter mantido relação afetiva íntima com a vítima. O agressor pode ser desde o homem mais culto ao menos favorecido, não há distinção.
 Esses homens, do ponto de vista psicológico, possuem uma grande insegurança em relação à própria masculinidade. São demasiadamente ciumentos e possessivos, veem as mulheres como sua propriedade, e não suportam perder o controle sobre as mesmas.
 
 Não há estudos concretos sobre incidência de patologias psiquiátricas nos agressores, entretanto, considera-se válido que os agressores se dividem entre portadores de Transtorno Antissocial da Personalidade, Transtorno Explosivo da Personalidade (Emocionalmente Instável), Dependentes químicos e alcoolistas, Embriaguês Patológica, e Transtorno Histérico (histriônico). 
 Diversos casos de violência doméstica praticada contra a mulher estão relacionados ao consumo de drogas e álcool. A violência gera graves consequências às vítimas, que vão além de traumas óbvios das agressões físicas. A violência conjugal tem sido associada ao aumento de diversos problemas de saúde, como, baixo peso dos filhos ao nascer, queixas ginecológicas, depressão, suicídio, entre outras . 
 A casa, espaço da família, antes considerada lugar de proteção e próprio do mundo feminino, passa a ser um local de grande desproteção, desamor e risco para as mulheres.
 No Brasil, a violência nas relações conjugais tem sido objeto de inúmeras denúncias junto à polícia, ao judiciário e aos órgãos públicos de assistência social e saúde. 
 No entanto, muitas mulheres sentem-se envergonhadas de admitir, mesmo para amigos, que sofrem violência de um membro de sua família (na maioria dos casos, o companheiro), e diante disso, não o denunciam.
 Na maioria dos casos de arquivamento dos processos, eles partem de uma intervenção da própria agredida, que chega a mudar seu depoimento quando o processo já está correndo na Justiça.
 A dependência emocional, mais que a econômica, é que faz a mulher suportar agressões. Isso acontece mesmo quando uma boa parte desses casos tem origem em algo muito mais sério do que pequenas rusgas familiares. 
 A maior parte dos casos verificados no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, é de ameaça, injúria, calúnia, difamação, constrangimento ilegal, lesão corporal leve ou grave, dano e/ou furto. Em casos mais graves, há estupro e lesão corporal de natureza grave ou gravíssima. É importante destacar que os casos de tentativa de homicídio seguem para o Júri, e não para o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
 O caso de violência doméstica brasileiro está correlacionado à pobreza, baixa escolaridade e dependência econômica e afetiva das mulheres. 
 A violência doméstica praticada contra a mulher é um exemplo concreto de violação da dignidade humana e dos direitos básicos. Tanto, que a Lei Maria da Penha (11.340 de 07/08/2006), teve de se adequar às declarações internacionais de proteção aos direitos das mulheres, em seu artigo 6º, onde afirma taxativamente que “a violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos”.
 A centralização dos temas que envolvem a violência doméstica contra a mulher em um juizado especializado, busca dar solução aos problemas enfrentados, que em regra, tem sede em outras esferas, não só penais. Em conjunto com os demais organismos da sociedade, poderão fazer um trabalho eficaz de prevenção na prática de violência doméstica e familiar contra a mulher.
 As possibilidades de atuação do Assistente Social contra a violência doméstica, se baseiam em três dimensões: a dimensão ético política, a dimensão teórico metodológica e a dimensão técnico operativa. 
Dimensão ético-política:
Orientar as mulheres sobre seus direitos, se colocando a favor da luta por políticas que possam suprir as reais necessidades das vítimas desse mal.
Dimensão teórico-metodológica:
Tem como objetivo iluminar a prática profissional, à medida que subsidia o profissional para a criação de estratégias para o enfrentamento das demandas postas nesta área.
Dimensão técnico-operativa:
 Instrumentaliza o Assistente Social para a atuação e intervenção junto às demandas apresentadas. O conjunto de instrumentais utilizados pelo Assistente Social é variado, mas para escolher corretamente qual instrumental irá auxiliá-lo para a intervenção, o mesmo deve articular sua escolha às dimensões citadas anteriormente. Isso se faz necessário, devido ao cotidiano profissional ser um espaço que impõe limites, oportunidades e desafios ao Assistente Social, fazendo com que a reflexão, a investigação e a criticidade sejam alguns dos principais elementos utilizados para articular essas dimensões. 
Anexo A: Tipos de violência sofrida pela mulher
61%
Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística). Disponível em: www.cbn.globoradio.globo.com
A Lei nº 11.340 aponta como formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, dentre outras:
 
A física, que consiste em qualquer agressão que afronte a integridade ou saúde corporal da mulher, por exemplo, empurrar, puxar o cabelo, dar tapas, desferir socos, pontapés, chutes, pauladas, provocar queimaduras, cortes, apunhalar, atirar;
A psicológica, concebida, tal como consta no inciso II do Art. 7º da Lei Maria da Penha, como: “qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise desagradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;” (BRASIL, 2006);
A moral, compreendida como todo ato de calúnia, difamação ou injúria.
 
A sexual, que segundo o inciso III do referido Art. 7º, consiste em: “qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anulo o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;” (BRASIL, 2006);
A patrimonial, entendida conforme o inciso IV do citado Art. 7º, como: “qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;” (BRASIL, 2006);
 
Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br
Anexo B: Agressor
Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística).
Disponível em: http://www.cbn.globoradio.globo.com
 Características comuns no agressor:
Alcoolismo (álcool não só como circunstância, mas como hábito); 
Desemprego (nível ocupacional reduzido); 
Autoestima baixa; 
Experiência com maus-tratos (as estatísticas colocam este fator entre os 40% e os 50% em termos de relação com essa prática); 
Depressão; 
Progressão da violência (a agressividade vai aumentando gradualmente, ao ponto de a violência, ao atingir o limiar físico, se juntar à violência psicológica); 
 Precocidade (surgem algumas reações durante a juventude, como que predizendo o que vai suceder no futuro). (Costa, 2003, pág. 78)
“Vistos de fora, os agressores podem parecer responsáveis, dedicados, carinhosos e cidadãos exemplares”. (Machado e Gonçalves, 2003, pág. 112)
Muitas vezes o homem sente-se culpado, prometendo à companheira melhorias em relação ao futuro. No entanto, “não consegue modificar-se e, em consequência, renova o sentimento de culpabilidade, bebe e passa a agredi-la”. (Costa, 2003, pág. 98)
Fonte: http://www.portaleducacao.com.br
Anexo C: Taxa de feminicídios no Brasil entre 2009 e 2011 *
Estudo indica que 16.993 mulheres foram mortas após agressões
Fonte: IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) 
 * A cada 100 mil mulheres
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), divulga taxa de feminicídio no Brasil
 O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou estudo que revela dados inéditos sobre a violência contra a mulher.  De acordo com o levantamento, o Brasil registrou, entre 2009 e 2011, 16,9 mil feminicídios, ou seja, mortes de mulheres decorrentes de conflito de gênero, crimes geralmente cometidos por parceiros íntimos ou ex parceiros das vítimas. O número indica uma taxa de 5,82 casos para cada 100 mil mulheres.
 A pesquisa, Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil, coordenada pela técnica de planejamento e pesquisa do IPEA, Leila Posenato Garcia, avaliou o impacto da Lei Maria da Penha sobre a mortalidade de mulheres por agressões. Infelizmente, o estudo mostra que não houve redução das taxas anuais de mortalidade, comparando o período antes e depois da Lei, que entrou em vigor em setembro de 2006. Entre 2001 e 2006, a taxa de mortalidade por 100 mil mulheres foi de 5,28. Já de 2007 a 2011, o número foi de 5,22. Conforme destaca o estudo, em 2007 houve uma ligeira queda, imediatamente após a vigência da Lei.
 O Espírito Santo é o estado com maior taxa de feminicídios, com 11,24 para cada 100 mil mulheres, seguido pela Bahia (9,08) e Alagoas (8,84). O nordeste é a região com taxas mais altas, com média de 6,9.
Fonte: http://www.revistaforum.com.br
Anexo D:
Fonte: http://www.metropolitanadf.com.br
Anexo E:
Fonte: http://www.arlensantiago.com.br
Anexo F:
Fonte: http://www.newsrondonia.com.br
Fonte: http://www.1.bp.blogspot.com
Anexo G:
Lei Maria da Penha
 A Lei Maria da Penha, denominação popular da Lei número 11.340, é um dispositivo legal brasileiro que visa aumentar o rigor das punições das agressões contra as mulheres quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar.
 Decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de 2006, a lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, e já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de Janeiro, após tentar estrangular a ex-companheira.
 A introdução da lei diz:
 “Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências”. ( Lei 11.340)
Fonte: http://www.pt.wikipedia.org
Conclusão
 O trabalho aqui apresentado, ampliou nosso conhecimento sobre os problemas sociais presentes na sociedade brasileira e nos permitiu conhecer a maneira adequada com que o Assistente Social deve proceder em atendimentos à vítimas de violência doméstica e familiar.
 Observamos, que mesmo após a declaração universal dos direitos humanos e da criação de declarações específicas para as mulheres, os crimes cometidos contra as mesmas no âmbito familiar, cresceram significativamente nos últimos anos. Deixando claro, que a desigualdade de gênero continua resistente na sociedade brasileira.
 Atualmente, existem diversas políticas públicas direcionadas a esse tipo de crime contra a mulher, além da Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 e tem surtido efeito, porém, não tem sido suficiente para impedir os atos de violência contra a mulher e consequentemente diminuir as taxas de feminicídio no país.
 Entendemos, que os problemas sociais com os quais nos deparamos diariamente, são consequência das diversas desigualdades existentes no país.
Referências Bibliográficas
JESUS, C. M. de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 9. ed. (Coleção Sinal Aberto). São Paulo: Editora Ática, 2007. 
MARCONI, Marina de Andrade; PRESOTTO, Zélia Maria Neves. Antropologia: Uma introdução. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002. 
Sites:
Agressor – Gráfico. Disponível em: <http://www.cbn.globoradio.globo.com>. Acesso em: 25. Abr. 2014.
A lei Maria da Penha e sua aplicabilidade. Disponível em: <http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/K220747.pdf>. Acesso em: 20.Abr.2014.
Análise da violência doméstica e familiar contra a mulher no contexto da aplicação da Lei Maria da Penha. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&&artigo_id=12364&&revista_caderno=14>. Acesso em: 23.Abr.2014.
Análise da violência doméstica e familiar contra a mulher no contexto da aplicação da Lei Maria da Penha. Disponível em: <http://www.contee.org.br/blogosfemea/index.php/2013/09/analise-da-violencia-domestica-e-familiar-contra-a-mulher-no-contexto-da-aplicacao-da-lei-maria-da-penha>. Acesso em: 28. Abr. 2014.
Análise da violência doméstica e familiar contra a mulher no contexto da aplicação da Lei Maria da Penha. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/27009/analise-da-violencia-domestica-e-familiar-contra-a-mulher-no-contexto-da-aplicacao-da-lei-maria-da-penha>. Acesso em: 28.Abr.2014.
A violência doméstica: Perfil da vítima e do agressor. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/40171/a-violencia-domestica-perfil-da-vitima-e-do-agressor#ixzz30VPrYqTD>. Acesso em: 23Abr.2014. 
Biblioteca do Assistente Social. 2009. Disponível em: <http://www.assistentesocial.com.br/biblioteca.php>. Acesso em: 15 Abr. 2014. 
Câmara aprova serviços no SUS para mulheres vítimas de violência. Disponível em: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/04/camara-aprova-servicos-no-sus-para-mulheres-vitimas-de-violencia.html . Acesso em: 10. Abr. 2014.
Características comuns no agressor. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br >. Acesso em: 28. Abr. 2014.
Cinemateca digital Cine france: documentários. Disponível em: <http://www.cinefrance.com.br/cinemateca/documentarios>. Acesso em: 17 Abr. 2014. 
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