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MATURAÇÃO E ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS B

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MATURAÇÃO E ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS B NATHÁLIA KOZIKAS 
 
MATURAÇÃO E ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS B 
Relembrando: célula tronco hematopoiética  
(linhagem linfoide)  Linfócitos T, B, e células NK. 
fatores de transcrição: EBF, E2A, Pax5  vão ativando 
a expressão de várias enzimas que vão promovendo o 
desenvolvimento do linfócito B. 
Uma vez que uma célula se compromete com a 
linhagem B, ela pode dar origem a 3 células distintas: 
 Células B foliculares (FOB)  são os linfócitos 
B convencionais; estão localizados no centro 
germinativo e são auxiliados pelo linfócito T a 
responder a um antígeno proteico 
 Células B da zona marginal (MZB)  resposta a 
antígenos não proteicos; não tem a participação 
do linfócito T 
 Célula B1  mais primitivo, se diferencia desde progenitores do fígado fetal (onde ocorre a 
hematopoiese fetal); são o 1º tipo de linfócito B que aparece no nosso corpo. 
*Citocina importante para os linfócitos de maneira geral se desenvolverem: IL-7 
RECEPTOR DO LINFÓCITO B (BCR): é uma Imunoglobulina do tipo M (IgM) de membrana, que 
reconhece o antígeno e promove a ativação do linfócito B. 
Obs: o antígeno não precisa ser processado e apresentado ao linfócito B por uma APC, 
simplesmente o antígeno se liga diretamente ao receptor. 
Tanto as moléculas de anticorpo secretadas quanto as moléculas 
dos receptores da célula B possuem: 
 Duas cadeias pesadas e 
 Duas cadeias leves 
- Além disso, podemos separar o anticorpo em duas regiões: 
 A região variável (é a “cabeça do Y”)  possui uma 
sequência de aminoácidos que se liga especificamente a 
um determinado antígeno, e varia de clone para clone. 
MATURAÇÃO E ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS B NATHÁLIA KOZIKAS 
 
 A região constante, chamada também de região Fc (“cauda do Y”)  é a mesma região 
para todas as imunoglobulinas daquele mesmo isotipo. 
- Há também duas outras cadeias acopladas à imunoglobulina de membrana: 
 Igα e Igβ: possuem um motivo ITAM, passível de fosforilação  quando o antígeno se 
liga, ele se dimeriza com as cadeias e esse motivo é fosforilado, transmitindo o sinal para a 
célula expressar fatores de transcrição que ativam o linfócito B. 
SINALIZAÇÃO PELO BCR 
- Como ocorre a interação do antígeno com o linfócito B? 
 O antígeno pode estar na superfície de um microorganismo e interagir diretamente com o 
BCR; ou 
 O antígeno pode ser uma molécula solúvel, que é reconhecida pelo BCR. 
- O que é preciso para ocorrer a sinalização? 
 Deve ocorrer um Cross-link de IgM de membrana, ou seja, deve haver mais de uma molécula 
do antígeno se ligando à coleção de IgM presente na membrana do linfócito B. 
- O BCR é responsável pela ativação do linfócito B através da ligação com o antígeno, mas além 
disso também é responsável pela internalização do antígeno, importante pois o linfócito B 
também funciona como célula apresentadora de antígenos, então precisa processar o antígeno e se 
comunicar com o linfócito T, direcionando a resposta imunológica. 
CARACTERISTICA GERAL DA RESPOSTA MEDIADA POR LINFÓCITOS: ESPECIFICIDADE! 
Portanto, quando um linfócito B é ativado, o 1º evento que ocorre é a EXPANSÃO CLONAL 
(mediada por fatores de transcrição), ou seja, a proliferação celular, pois os clones de linfócitos B 
precisam dar conta de combater o antígeno. 
Após a expansão clonal, começa a secreção de anticorpos 
QUAL É O MECANISMO QUE PROMOVE A DIVERSIDADE DE REPERTÓRIO DE 
LINFÓCITOS B? 
 RECOMBINAÇÃO GÊNICA!!  Gene da Imunoglobulina de membrana; se esse gene 
expressasse somente um tipo de proteína, não haveria tanta diversidade de clones de linfócitos B. 
- Ocorre na medula óssea durante o desenvolvimento do linfócito B – não é necessária a interação 
com o antígeno; além disso, ocorre de maneira aleatória. 
MATURAÇÃO E ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS B NATHÁLIA KOZIKAS 
 
Gene da cadeia pesada da IgM: composto de várias regiões (V, D e J), as quais são rearranjadas 
 cada rearranjo dá origem a um éxon diferente, dando a variabilidade de receptores. 
Quando o linfócito B é ativado, ocorre uma nova recombinação, para que seja possível trocar 
o isotipo de imunoglobulina secretada (será discutido com mais detalhes adiante) 
ENZIMAS QUE INDUZEM A RECOMBINAÇÃO  RAG 1 e RAG 2 
DESENVOLVIMENTO DO LINFÓCITO B 
**IMPORTANTE**  O que governa o desenvolvimento do linfócito B?  a expressão do seu 
receptor!!! 
 
 1ª Recombinação: ocorre na cadeia pesada da imunoglobulina, a qual se associa com a 
cadeia invariante; 
- A célula passa de Pró-B para 
Pré-B. 
- O receptor incompleto então vai para 
a membrana e deve passar pelo 1º 
ponto de checagem  deve se ligar 
a um antígeno próprio na medula e 
dar um sinal de sobrevivência, sem 
ativar resposta de proliferação 
 Depois disso, a célula passa pela 
2ª Recombinação, que ocorre dessa 
vez na cadeia leve; 
- A célula passa para o estado imaturo, e agora expressa o receptor completo, passando 
pelo: 
- 2º ponto de checagem  verifica se o receptor é funcional, sem reconhecer antígeno próprio 
 os antígenos próprios são apresentados, e se a resposta do linfócito for muito intensa, ele é 
descartado. Se, por outro lado, a resposta for baixa, ele passa por um processo de maturação e 
passa a ser um linfócito B maduro. 
MATURAÇÃO E ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS B NATHÁLIA KOZIKAS 
 
Moléculas B7  co-estimuladoras do 
linfócito T; se liga à molécula de CD28, 
o que dá o 2º sinal da resposta 
Importante pois o linfócito T secreta 
citocinas ao entrar em contato com o 
linf B. Ex: Th1  IFN-γ; Th2  Il-4; 
Th17  IL-17; 
As citocinas se ligam a seus receptores 
e polarizam o padrão de 
imunoglobulina secretada. 
O linfócito B precisa migrar para a zona de linfócitos T para ativar o linfócito T e promover a 
amplificação da resposta imunológica 
- essencial para a formação de anticorpos de antígenos T-dependentes (proteicos) 
- antígenos não proteicos  não requerem a ativação do linfócito T 
Obs: antes de passar pelo 1º ponto de checagem, o linfócito B tem duas chances de fazer 
uma recombinação gênica produtiva: 
- Primeiro, ocorre a recombinação de um dos alelos (pai ou mãe)  se não for funcional, a 
célula recebe um sinal para fazer a recombinação do outro alelo. Se funcionar, por outro lado, 
o outro alelo não se recombina, e as recombinases são desativadas (e reativadas no estado Pró-
B para promover a recombinação da cadeia leve) 
- Se a recombinação do segundo alelo também não for produtiva, a célula recebe um sinal para 
apoptose. 
RESPOSTAS À LIGAÇÃO AO BCR: 
Células que passam pelo processo de seleção  vão para a periferia  se encontrarem um antígeno 
são ativadas. 
Modificações que ocorrem no linfócito B após a ligação deste com o antígeno: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
fff 
MATURAÇÃO E ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS B NATHÁLIA KOZIKAS 
 
RESPOSTA A ANTÍGENOS PROTEICOS  Participação dos linfócitos T 
- Promove algumas modificações no linfócito B: 
Linfócito B em repouso  reconhece o antígeno  ativado  expansão clonal  secreção de 
anticorpos 
 1º resposta de um linfócito B leva a um pico de IgM 
- Se o antígeno não for proteico, a resposta acaba aqui. 
- Se o antígeno for proteico, ocorre uma interação do linf B com o linf T  interação dos pares de 
moléculas CD28/B7 e CD40/CD40-L  induz modificações: 
 Troca do isotipo de imunoglobulina seretado  polarização da resposta 
Ex: se a resposta for de Th1, significa que tem bastante IFN-γ e precisa da ativação de 
macrógafos  é interessante que o linfocito B secrete bastante IgG, pois o macrófago 
possui receptores para IgG  assim há o aumento do reconhecimento de patógenos. 
 Maturaçãoda afinidade  a interação Linf B – Linf T induz a producao pelo linf B de 
anticorpos com afinidade cada vez maior ao antigeno (a especificidade continua a 
mesma, apenas a força de ligação que se altera) 
 Desenvolvimento de célula B de memória  importante para que a resposta seja cada 
vez mais rápida e haja maior produção de anticorpos numa 2ª situação de infecção por 
aquele patógeno. 
 
MATURAÇÃO E ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS B NATHÁLIA KOZIKAS 
 
ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS B MEDIADA POR LINFÓCITOS T: 
1º sinal: Antígeno (acoplado à molécula MHC II do linfócito B) se liga ao TCR 
2º sinal: interação das moléculas CD40 (no linfócito B) e CD40-L (no linfócito T)  medeia a 
troca do isotipo de imunoglobulina pela ativação da Deaminase (AID) 
- O isotipo secretado depende das citocinas secretadas, as quais ativam fatores de transcrição que 
atuam no gene e promovem a troca. 
* Deficiência em AID ou em CD40/CD40-L: Síndrome da hiper IgM ligada ao X  não ocorre o 
sinal da interação CD40/CD40-L, portanto não ocorre a troca do isotipo  apenas IgM é produzida 
 é uma imunodeficiência, pois não há resposta efetora direcionada, já que a IgM não 
estimula os mecanismos efetores. 
Obs: a IgG é bastante característica da imunidade neonatal  é transferida da mãe para o filho 
através da placenta. Se forem encontradas IgG’s no soro do bebê, essas são da mãe, porque a 
criança só produz anticorpos depois do nascimento, quando ficam expostas aos patógenos. 
No entanto, se o bebê apresentar IgM, significa que ele está infectado, pois a IgM não passa 
através da placenta  diagnóstico clássico de infecção congênita (ex: rubéola, zika, etc). 
PAPEL DO CO-RECEPTOR DE LINFÓCITOS B: 
- O BCR está associado com outras moléculas que ajudam na sinalização, e que também participam 
da resposta imune inata. 
Ex: CD21  Reconhece um componente do sistema complemento (C3), o que aumenta a 
sinalização e ativação do linfócito B durante uma resposta inflamatória: 
 
 
 
 
 
 
 
MATURAÇÃO E ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS B NATHÁLIA KOZIKAS 
 
MECANISMO DE FEEDBACK: 
Enquanto ainda houver antígeno circulante, o linfócito B não para de produzir anticorpos  Chega 
uma hora em que esses anticorpos conseguem neutralizar os antígenos  a maioria dos 
antígenos circulantes vai chegar aos linfonodos/baço acoplados ao anticorpo 
- O linfócito B expressa em sua superfície um receptor 
que tem sinalização negativa e reconhece a 
porcao Fc de IgG 
- Quando o antígeno chega revestido pelo anticorpo, 
ele é reconhecido pelo BCR e, ao mesmo tempo, pelo 
receptor de IgG, o qual inibe a ativação do BCR 
OU SEJA: uma alta produção de anticorpos 
sinaliza para o linfócito que a resposta deve 
cessar  o próprio anticorpo sinaliza para 
diminuir sua produção. 
(O anticorpo é o amigo sincero que chega no linfócito B e fala que 
ele tá trabalhando demais e que precisa dar uma relaxada: “Migo, 
às vezes o indivíduo tá loko na produção de anticorpos. Relaxa aí, 
fica de boa pq vc já fez o suficiente”) 
ANTICORPOS MONOCLONAIS: 
- Indivíduos sem nenhuma infecção  soro não possui IgM, mas sim IgGs produzidas em 
resposta a alguma proteína proveniente de vacinação ou algum antígeno com o qual o individuo já 
entrou em contato alguma vez na vida (patamar de IgG) 
Essas IgGs terão especificidade p/vários antígenos diferentes  são derivadas de vários clones de 
linfócito B  nosso soro é policlonal 
- Indivíduos com infecção  apresentam um pico de IgM e depois produção de IgG  ambas 
especificas para o antígeno em questão  anticorpos monoclonais (derivados de um único clone 
de linfócito B) 
A produção de anticorpos monoclonais em laboratório é uma ferramenta muito utilizada na ciência 
para detectar antígenos, além de serem usados em terapias (ex: câncer de mama) 
TÉCNICA DESENVOLVIDA POR KÖHLER E MILSTEN (1984): 
- Imunização deum camundongo com o antígeno 
- Isolamento dos linfócitos B do baço do camundongo 
MATURAÇÃO E ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS B NATHÁLIA KOZIKAS 
 
- Fusão com as células de mieloma (tumor de linfócito B) 
- Placa de cultura com meio de seleção (HAT)  as células do mieloma morrem e há a seleção 
apenas dos linfócitos B que se fusionaram ao mieloma  essas células são mantidas no meio e vao 
proliferando de maneira indefinida.

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