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Imunidade humoral - Imunologia

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Jéssica Martins 18.2 
Imunologia Aplicada à Odontologia - P2 
 
 
 
Resposta Imune Humoral 
Relacionada com linfócitos B e anticorpos. 
Imunidade adquirida/Imunidade específica: É uma resposta imune baseada principalmente 
na atuação dos linfócitos. 
Os linfócitos são células que possuem em sua superfície receptores. Estes receptores são 
específicos contra moléculas estranhas (antígenos). Os linfócitos já existem dentro de nós 
antes mesmo do contato com esses antígenos. 
Tipos de linfócitos: B e T 
Os anticorpos estão na sua periferia externa e são os receptores de antígeno do linfócito B. 
O linfócito T possui os TCR. 
Os linfócitos são específicos! 
 
Etapas na ativação dos linfócitos: 
Linfócito B: 
1- Interage com o antígeno através do seu receptor. 
2- Então, ele entra no processo de mitose, aumentando o número destes linfócitos. 
3- Depois desta etapa, a maioria dos linfócitos se diferenciam em um outro tipo de célula, 
chamada de plasmócito. O plasmócito é uma “fábrica” ele fabrica muitos anticorpos e 
secreta. Os linfócitos tem anticorpos grudados na superfície e o plasmócito não. 
4- Algumas poucas células vão se diferenciar em uma célula de memória. 
As células de memória são muito importantes para a imunidade adquirida (não há na 
imunidade nata). Pois estes linfócitos de memória no futuro, se entrarmos em contato com 
esse patógeno novamente, a resposta imune vai acontecer de forma mais rápida e eficiente. 
Essa propriedade de memória possibilita as vacinas. 
 
Anticorpos 
São proteínas que pertencem à classe das globulinas, devido a sua estrutura globular. 
Podem estar em dois lugares: Grudados na superfície da célula na forma de receptores ou 
secretadas nos líquidos do corpo (sangue, saliva, lagrima). 
Estrutura da molécula de anticorpo: É uma molécula grande que tem formato de Y. É 
constituída por 4 cadeias proteicas de 4 polipeptídios. Sendo 2 cadeias leves (idênticas) e 2 
cadeias pesadas (idênticas). Essas cadeias estão ligadas por ligações covalentes. 
Existem 5 tipos de cadeias pesadas e 2 tipos de cadeias leves. 
 Jéssica Martins 18.2 
Imunologia Aplicada à Odontologia - P2 
 
 
 
5 classes de anticorpos em seres humanos: Determinadas pelas cadeias pesadas. Sendo 
elas: IgA, IgE, IgD, IgM e IgG (mais comum). 
Uma parte interage com o antígeno e outra com a célula. 
Especificidade X Atividade Biológica: Possui duas regiões, uma de especificidade e uma de 
atividade biológica. A região de especificidade diz respeito contra o que o anticorpo é, onde 
ele vai se “encaixar”, pois cada anticorpo se liga em um antígeno. E a outra região é a da 
atividade biológica que irá determinar o que vai acontecer. 
 
Funções dos anticorpos 
Após o anticorpo se ligar ao antígeno, estas são as consequências biológicas: 
• Neutralização 
• Aglutinação 
• Opsonização 
• Ativação do sistema complemento 
 
Neutralização de vírus 
A neutralização ocorre principalmente contra vírus e toxinas. 
Como funciona: Quando anticorpos se ligam ao vírus, pode impedir que ele entre nas 
células. Com isso, é possível dizer que o vírus foi neutralizado! Essa terminologia usa-se 
somente para vírus. 
Neutralização de Toxina 
Como funciona: Os anticorpos interagem com a toxina, impedindo que elas interajam com o 
receptor e assim impedindo também que elas entrem na célula. Com isso, a toxina foi 
neutralizada. 
Aglutinação 
Ocorre contra bactérias e leveduras. 
Como funciona: As IgM se liga nas bactérias e aglutina elas, deixando próximas e presas 
entre si. Isso impede que as bactérias se disseminem e permitem que elas sejam facilmente 
destruídas por um macrófago. 
Opsonização 
É uma facilitação do processo de fagocitose. 
Como funciona: Os anticorpos se ligam em uma bactéria. E através da porção FC do 
anticorpo, pode interagir com um receptor no macrófago e esse receptor é contra porção 
FC. Com isso, será facilmente fagocitado. 
 Jéssica Martins 18.2 
Imunologia Aplicada à Odontologia - P2 
 
 
 
Ativação do sistema complemento 
Como funciona: Os anticorpos se ligam a uma bactéria e depois essas moléculas do 
complemento podem se ligar e levar a destruição dessa bactéria. 
 
Propriedades de cada classe de anticorpos 
São 5 classes, sendo elas: IgA, IgE, IgD, IgM e IgG. 
IgG 
• Ac mais abundante no sangue 
• Estrutura em Y 
• Liga-se a 2 epítopos simultaneamente (cada braço do Y se liga) 
• Ativa o complemento 
• Atravessa a placenta (único) 
• Opsonina 
• Neutraliza toxinas 
• Neutraliza vírus 
IgG no recém-nascido: A mãe tem a capacidade de transferir anticorpos IgG para o filho, 
pois ele passa pela placenta. Isso é muito importante para a proteção. Quando nascemos 
possuímos muitos IgG que passaram pela placenta e eles vão desaparecendo ao longo do 
tempo, porém após o nascimento começamos a produzir IgG e a quantidade começa a subir 
novamente. 
IgM 
• Primeiro Ac a ser produzido da RI 
• Pentamérica e pentavalente 
• Cadeia J une o IgM 
• Ativa Complemento 
• Encontrada na superfície da célula B 
• Sintetizada a partir do 5 mês de vida fetal 
• Não neutraliza vírus e toxinas 
 
IgA 
• Presente nas secreções (saliva, muco, suco gástrico, lágrima, colostro e leite) 
• IgA sérica e IgA secretória 
• IgAs: Cadeia J 
• Neutraliza vírus 
 
Os linfócitos que sintetizam a IgA estão abaixo, na camada de mucosa. Onde há a célula B 
que faz a IgA. Ela irá se ligar a um receptor que está na superfície basal da célula, onde será 
transportado através da célula e será liberado na luz do órgão. O receptor ficará ligado a 
 Jéssica Martins 18.2 
Imunologia Aplicada à Odontologia - P2 
 
 
 
molécula de IgA, isto é chamado de componente secretório e é essa proteína que confere 
resistência a molécula de IgA, para ela não ser destruída. Pois, como as secreções podem 
apresentar pH ácido, a IgA precisa ter uma proteção para não ser destruída. 
 
IgE 
• Baixa quantidade no sangue 
• Liga-se com alta afinidade na superfície de basófilos e mastócitos 
• Proteção contra vermes 
• Alergias 
 
Se liga aos mastócitos e participa de processos alérgicos. 
 
IgD 
• Presente no sangue em quantidades muito pequenas 
• Presente na superfície de células B maduras 
 
Fases da Resposta Imune Humoral 
1- Quando o linfócito B ainda não encontrou o antígeno ele é chamando de Linfócito 
Virgem. 
2- O Linfócito B encontra o antígeno, quando isso ocorre começa o processo de mitose, 
chamado de expansão clonal. Que ocorre para aumentar o número de linfócitos. (demora 
dias para ocorrer) 
3- A maioria se transformará em Plasmócitos que secretam anticorpos. Inicialmente o 
linfócito B está programado para fazer IgM, mas ele pode mudar o tipo de anticorpo. A 
maioria dos plasmócitos morrem em um curto intervalo de tempo e sobram as células de 
memória, que podem durar muitos anos. 
Quem determina o tipo de Anticorpo que deve ser feito é o linfócito T. 
Cinética da resposta imune 
Resposta primária: Primeira vez que entramos em contato com o antígeno. 
Quando entra um antígeno, demora cerca de 10 dias para começar a aparecer o anticorpo 
primário (IgM), depois de alguns dias começa a aparecer o IgG que é feito em maior 
quantidade. Depois, quando a resposta imune se resolve as quantidades diminuem e 
sobram os linfócitos de memória. 
Resposta secundária: Segunda vez ou subsequentes que entramos em contato com o 
antígeno. É mais rápida e intensa que a primária. 
Quando esse antígeno entra novamente, os linfócitos de memória se multiplicam 
rapidamente. Após 3 dias da entrada, os IgM começam a aparecer, geralmente na mesma 
quantidade que da primeira vez. Porém o IgG é feito em quantidades muito maiores. 
 Jéssica Martins 18.2 
Imunologia Aplicada à Odontologia - P2 
 
 
 
 
Mudança de classe de Anticorpo 
O linfócito B encontra o antígeno e ele está programado para fazer IgM, se ele não receber a 
ajuda do linfócito T ele ficará fazendo somente IgM. 
Geralmente,há a ajuda do linfócito T. Ele fabrica a citocina e joga elas no linfócito B, assim 
ele consegue fazer IgE, IgA, IgG. 
 E o tipo de anticorpo é determinado pela citocina do linfócito T faz, ex: 
• Se fizer IL-4 será IgE 
• Se fizer IFN-y será IgG 
O que muda é o tipo de anticorpo que o linfócito B vai fazer, mas não a especificidade. Ou 
seja, se o linfócito B for contra lombriga ele vai produzir anticorpos contra ela, porém pode 
produzir IgG, IgA e etc. Mas sempre contra lombriga. 
O tipo de anticorpo pode ser diferente, mas a especificidade não muda. 
 
Maturação de linfócitos B 
Os linfócitos B são feitos dentro da medula óssea, lá eles passam por várias etapas. A partir 
das células tronco ele vai se diferenciando. 
1- Célula tronco 
2- Pró-B 
3- Pré-B 
4- Imaturo B 
5- Linfócito B Maduro: Possui na sua superfície moléculas de IgM e IgD. 
6- Linfócito B virgem: Após ficar pronto ele sai da medula óssea e vai para o sangue, 
linfonodo, baço e etc. Ele ficará como linfócito virgem até encontrar o antígeno. 
7- Plasmócito: Após encontrar um antígeno se transformará em um plasmócito que irá 
liberar os anticorpos. 
8- Células de memória: Alguns se transformarão após encontrar o antígeno. 
 
 
 
 
 Jéssica Martins 18.2 
Imunologia Aplicada à Odontologia - P2 
 
 
 
 
Complexo principal de histocompatibilidade 
Imunidade inata: Composta por várias barreiras físicas, químicas, algumas células que 
possuem a capacidade de fazer fagocitose, moléculas do sistema complemento. É a primeira 
resposta imune, é muito rápida e atua nas primeiras horas. 
Imunidade Adquirida/adaptativa: Ocorre após alguns dias da imunidade inata. 
É dividida em imunidade humoral: Linfócitos B que possui receptores na sua superfície e 
encontra algo estranho, que vai passar por um processo de ativação e divisão. E essas 
células vão fazer anticorpos. 
E imunidade celular: Mediada pelos linfócitos T, que encontra um antígeno e passa por um 
processo de mitose. Essas células se diferenciam em células efetoras e geram um efeito 
biológico. Porém, o linfócito T não é capaz de reconhecer o antígeno sozinho, é preciso que 
outra célula apresente para ele. 
 
Reconhecimento de antígeno 
- Linfócito B Linfócito T 
Receptor Imunoglobulina superfície TCR (Receptor da cel T) 
Natureza Diversos Proteínas 
Localização Solúvel/Superfície Superfície 
Reconhecimento Nativo (original) Processado 
Epítopo Conformacional Linear (sequência de aminoácidos) 
 
Moléculas responsáveis pela apresentação de antígenos 
A molécula responsável é chamada de Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC ou 
HLA). 
Principais classes de MHC 
MHC I: Moléculas estão inseridas na membrana plasmática da célula, voltado para o lado de 
fora da célula está o MHC I. Há apenas um polipeptídio. 
MHC II: Moléculas estão inseridas na membrana plasmática da célula, voltado para o lado 
de fora da célula está o MHC I. Há dois polipeptídios, duas proteínas uma do lado da outra. 
Slide explicativo 
Pendurado na membrana plasmática da célula há as moléculas de MHC classe I, que são de 
3 tipos: A, B e C. E a as moléculas de MHC classe 2 também são de 3 tipos: DR, DQ e DP. 
O MHC I tem uma proteína pendurada a B2-microglobulina. 
 Jéssica Martins 18.2 
Imunologia Aplicada à Odontologia - P2 
 
 
 
MHC I: Para se formar uma proteína, é preciso 1 gene. O gene A da origem a molécula A, o 
gene B a molécula B e o gene C a molécula C. 
MHC II: Para se formar 2 polipeptídios, é preciso de dois genes. Ex: Gene AB dão origem a 
molécula DR. 
Na mesma célula há expressão dessas diferentes moléculas. Cada indivíduo tem um 
conjunto de moléculas de MHC e é muito difícil encontrar um outro individuo com 
moléculas iguais ou parecidas. Pois tem uma grande variabilidade entre as moléculas. 
3 razões para ter grande variabilidade: 
1- Poligênia: Existe mais de um gene para codificar a mesma classe de proteínas (fenômeno 
poligene) 
2- Polimorfismo Genético: Os genes são muito polimórficos, formas alternativas do mesmo 
gene. 
3- Codominância: Os genes são codominantes 
Haplótipo: combinação particular de alelos HLA de um indivíduo. O haplótipo é muito 
importante em situações de transplante. As moléculas precisam ser mais semelhantes 
possíveis para que não seja montada uma resposta imune contra as moléculas de MHC e 
HLA. 
 
Tipos de transplantes 
Autotransplantes: O indivíduo recebe um transplante dele próprio, um exemplo é a ponte 
de safena. Não há problema de rejeição. 
Isotransplantes: Indivíduos geneticamente idênticos (gêmeos univitelinos), não há 
problema de rejeição. 
Alotransplantes: Entre indivíduos da mesma espécie, mas que são geneticamente distintos. 
É o mais comum dos transplantes. Por isso, o receptor precisa ser o mais parecido possível 
com o doador. 
Xenotransplantes: Entre espécies diferentes, ocorre uma rejeição muito grande. 
 
Doenças associadas aos tipos de HLA 
Doença Molécula HLA 
Artrite reumatoide DR4 
Esclerose múltipla DR2 
Miastenia grave DR3 
Doença celíaca DR3, DR7 
Diabete melito dependente de insulina DR3 e DR4 
Espondilite anquilosante B27 
 Jéssica Martins 18.2 
Imunologia Aplicada à Odontologia - P2 
 
 
 
Doença de Reiter B27 
Narcolepsia DR2 
 
Biologicamente a função das moléculas de MHC é apresentar antígeno, mostrar o antígeno 
para o linfócito T. Elas não existem para atrapalhar os transplantes. 
 
Processamento e apresentação de antígenos 
Um antígeno estranho será picado em pedaços e esses pedaços serão pendurados na 
molécula de MHC e serão exportados para a membrana plasmática. 
Dependendo da origem do antígeno, o processamento e a apresentação é distinta. 
Como isso acontece na MHC de classe II: Os antígenos serão apresentados pela MHC de 
classe II quando este patógeno for extracelular. Ou seja, quando a célula fazer fagocitose. 
O antígeno será fagocitado e quebrado em pedaços menores pelas enzimas do lisossomo. E 
a molécula MHC que é feita no reticulo e glicosilada no golgi, estará em uma vesícula que irá 
se fundir com a vesícula que tem os antígenos processados/fragmentados. Este antígeno se 
encaixa na molécula de MHC e vai para a membrana plasmática. 
Assim, a molécula de MHC está mostrando que tem um antígeno pendurado e o linfócito 
poderá fazer o reconhecimento. 
MHC II apresenta antígenos para linfócitos T CD4 
Como isso acontece na MHC de classe I: Ocorre quando o antígeno está dentro da célula. 
Ex: célula infectada por um vírus, bactéria intracelular, célula tumoral e etc. 
Os antígenos são feitos dentro da própria célula, eles são processados pela organela 
chamada proteossoma e são picados em pedaços menores. Depois serão 
pendurados/acoplados nas moléculas de MHC classe I. Este MHC irá para a superfície da 
célula e ela irá mostrar o antígeno para os linfócitos. 
MHC I apresenta antígenos para linfócitos T CD8 
 
Quais células possuem as moléculas de MHC 
MHC de classe I: Todas as células do nosso corpo possuem, exceto as hemácias. Todas as 
células que tem núcleo, tem MHC de classe I. Ex: Leucócitos, células epiteliais, células 
mesenquimais, células musculares, etc. 
As células que possuem MHC classe I podem interagir com o T CD8. E o T CD8 é uma célula 
matadora que pode matar essas células. Então se tiver um vírus dentro dessas células, o 
CD8 pode destrui-la. 
 Jéssica Martins 18.2 
Imunologia Aplicada à Odontologia - P2 
 
 
 
MHC de classe II: São restritas, estão presentes somente em algumas células e são células 
do sistema imune. Sendo elas: Linfócitos B, macrófagos, células dendríticas. Células que 
fazem apresentação de antígeno profissional. 
O CD4 é a célula auxiliar da resposta imune e só vai interagir com as células que possuem 
MHC classe II. 
 
 
 
Imunidade Celular 
Linfócito T: Quando ele enxergar um antígeno, através do seu receptor, inicialmente irá 
aumentar seu número fazendo mitose, depois se diferenciam em células efetorasque irão 
efetuar uma função. Essa função pode ser secreção de citocinas ou a destruição de uma 
outra célula. 
 
Reconhecimento de antígeno 
Reconhecem antígenos de formas diferentes 
Linfócito T: Reconhece através de um receptor, que é uma molécula de anticorpo grudado 
na superfície da célula e não precisa de um apresentador de antígeno. 
Linfócito B: Possui um receptor chamado TCR e este receptor irá interagir com a molécula 
de MHC que estão sendo expressas na célula apresentadora de antígeno. Então ele 
necessita dessa célula auxiliar para apresenta-lo ao antígeno. 
 
A imunidade celular é mediada por linfócitos T 
Há dois grupos de linfócitos T: 
CD4 (helper ou auxiliar): Este linfócito T atua principalmente através da produção de 
citocinas. Citocinas que serão liberadas e causarão vários efeitos biológicos como um 
processo inflamatório, ativação de macrófagos, agir sobre linfócitos T e B. 
Célula que controla e regula a resposta imune. 
CD8 (citotóxico ou cítolitico ): É uma célula que depois de encontrar o antígeno ela mata a 
célula que mostrou antígeno. É uma célula matadora. 
 
Receptores de células T (TCR) 
 Jéssica Martins 18.2 
Imunologia Aplicada à Odontologia - P2 
 
 
 
Todo linfócito T tem que ter um TCR (receptor da célula T). E este TCR reconhece o antígeno 
que está grudado na molécula de MHC (a molécula de MHC está sob outra célula). Há uma 
interação muito próxima entre o TCR e a molécula de MHC, no meio delas tem o antígeno. 
Os linfócitos são específicos, então o TCR irá reconhecer somente um tipo de molécula. Ex: 
Um TCR só vai reconhecer proteína de lombriga, outro somente proteína do vírus zika. 
 
Principais classes de MHC 
Próximo ao TCR que está na membrana plasmática da célula há outras moléculas 
associadas. 
CD3: Uma dessas moléculas é chamada de CD3 (meio extracelular). 
Todas as células T possuem a molécula acessória CD3, que participa da transdução de sinal. 
Ou seja, quando algo interagir com o TCR, ele irá movimentar um pouco e irá mexer com a 
molécula de CD3 que tem um prolongamento intracelular grande, ela irá fazer a transdução 
de sinal passando a informação para dentro da célula. 
CD4 e CD8: São correceptores fortalecem a ligação do TCR ao MHC e amplificam a resposta 
ao antígeno. Nunca o linfócito maduro terá as duas moléculas. 
O linfócito que tem a molécula CD4 é o auxiliar e o que possui a CD8 é o citotóxico. 
 
Células apresentadoras 
A célula que apresenta o MHC classe II é chamada de Célula Apresentadora de Antígeno. 
A célula que apresenta o MHC classe I é chamada de Célula alvo, pois vai ser destruida pelo 
CD8 em seguida. 
 
TCR e moléculas acessórias 
Há outras moléculas presentes em células T 
• Moléculas coestimulatórias: Ativação das células T 
• CD40L/CD40: Ativação de macrófagos ou produção de anticorpos por linfócitos B 
• Moléculas de adesão: Auxiliam na ligação entre célula T e APC ou na migração de 
linfócitos 
• Moléculas relacionadas ao endereçamento 
 
Maturação de linfócitos T 
O linfócito T amadurece no timo, por isso são chamados de T. 
 Jéssica Martins 18.2 
Imunologia Aplicada à Odontologia - P2 
 
 
 
As células são formadas na medula óssea, lá elas começam a se diferenciar para uma célula 
que vai virar linfócito T. Então estas células progenitoras saem da medula óssea, caem no 
sangue e vão para o timo. No timo elas irão sofrer todo o processo de amadurecimento. 
Quando chegam no timo, ainda não são linfócitos. A célula vai passando pelo córtex, pela 
medula e neste processo vai expressando CD4 ou CD8. Mas em um determinado momento, 
a célula apresenta as duas moléculas (CD4 e CD8), estas células são chamadas de duplo 
positivas e elas já possuem TCR. Mas, essas células terão que escolher uma das duas 
moléculas, com isso o linfócito que sai do timo ou é CD4 ou é CD8. 
Quando elas saírem do timo, elas são linfócitos T maduros, prontos para montar uma 
resposta imune. 
No timo, estas células começaram a apresentar os TCR e as moléculas de CD4 ou CD8. 
Também ocorrerá a seleção tímica, na qual a maioria das células que chegam ali morrem. 
Pois são células que contém receptores contra coisas próprias. 
A maturação de linfócitos envolve uma série de eventos: 
• Células progenitoras se diferenciam para uma linhagem T ou B 
• Proliferação de células progenitoras e células de linhagem imaturas 
• Rearranjo expressão de receptores 
• Seleção 
• Diferenciação subpopulações 
Depois que o linfócito T saiu do timo, como um linfócito maduro e prontos (naivel/virgem), 
eles ficam circulando no corpo. Passam pelo sangue, vão para mucosa, órgãos linfoides, 
baço e etc. Até que encontrem um antígeno. 
As células dendríticas (APCs) fagocitam o antígeno e vão para o linfonodo para que ocorra a 
apresentação de antígeno. Em algum momento, o linfócito T contra este antígeno vai passar 
por este local e quando interagir quando a célula dendríticas ele ativa gerando uma resposta 
imune. Ele sai do linfonodo e vai para o local onde este antígeno se encontra. 
No processo de amadurecimento eles vão receber sinais por estas células dendríticas e elas 
irão informar onde ele deve ir. Ex: Se a célula dendrítica veio do intestino é para lá que o 
linfócito vai e lá desempenham sua resposta. 
 
Subtipos de linfócitos T 
• T CD4+ : T Helper 
• T CD8+ : T citotóxica 
Também há os Linfócitos T Regulatórios, que são classificados dentro dos CD4. 
 
Linfócitos T CD8 – T citotóxicos 
 Jéssica Martins 18.2 
Imunologia Aplicada à Odontologia - P2 
 
 
 
• Eliminação de células infectadas por patógenos intracelulares 
• Produção de citocinas (IFNy) 
• Eliminação de células tumorais 
Necessitam de apresentação do antígeno pelo MHC classe I. 
Como os linfócitos T citotóxicos provocam a morte das células-alvo? 
A. Liberação de perforina e granzimas. 
• Perforinas facilitam a entrada das granzimas na célula alvo, fazendo buracos. 
• Granzimas entram nestes buracos. Elas são proteases e clivam caspases, iniciando a 
apoptose. 
B. Interação Faz-FasL leva a ativação de caspases e apoptose. 
 
Linfócitos T CD4 – T helper 
Maestro da resposta imune, pois controla ela. 
• Ativação de diversos tipos celulares 
• Coordenação da resposta contra diversos patógenos 
• Grande parte das funções de linfócitos TCD4+ é mediada por citocinas. 
Necessitam de apresentação do antígeno pelo MHC classe II. 
 
Citocinas 
• São proteínas 
• Moléculas mediadoras da resposta imune 
• Produzidas por todas as células, mas principalmente por linfócitos TCD4 
• Pode ter diversos efeitos, pois há centenas de citocinas 
Podem agir em três locais/situações: 
• Autocrina: A célula fabrica a citocina e ela age sobre a mesma célula 
• Paracrina: O linfócito secreta a citocina e ela age nas células vizinhas. 
• Endócrina: A célula fabrica a citocina, ela cai no sangue e age a distância. Não é 
comum de ocorrer (resposta inata) 
O CD4 atua principalmente com as ações autocrinas e paracrinas. 
 
Subtipos de linfócitos T CD4 
Através do tipo de citocina que o linfócito T faz, é possível agrupa-los em 4 subpopulações. 
Subpopulação de 
célula TCD4+ 
Citocinas 
características 
Ação sobre Principal função efetora 
 Jéssica Martins 18.2 
Imunologia Aplicada à Odontologia - P2 
 
 
 
 
TH1 
 
IFN-y, IL-2 
Macrófagos, células 
NK, células T CD8+, 
células B (IgG3) 
Imunidade mediada por 
célula, morte de células do 
hospedeiro infectadas por 
vírus ou bactéria 
TH2 IL-4, IL-5, IL-13 Eosinófilos, células B 
(IgE, IgG4) 
Respostas a vermes e 
alérgenos 
 
TH17 
 
IL-17, IL-22 
Neutrófilos, células 
epiteliais 
Pró-inflamatória, respostas 
a fungos e bactérias 
extracelulares 
 
Treg 
 
TGF-B, IL-10 
 
Outros linfócitos 
Inibe a função de outros 
conjuntos de células T e 
não T 
Morfologicamente estes linfócitos são iguais, se diferenciam somente no tipo de citocina 
fazem. 
 
Etapas da resposta imune específica 
1- Reconhecimentode antígeno: Quando um antígeno entra no corpo, ele será visto pelos 
linfócitos B e T. 
2- Ativação/Expansão clonal: Os linfócitos começam a aumentar em número. Pois nós 
temos linfócitos contra tudo no nosso corpo, mas em número pequeno. Então quando 
aparece o patógeno nós precisamos de mais. Então o grupo de linfócito contra este 
patógeno em específico começa a se multiplicar. 
3- Células efetoras: Após a ativação começam a se diferenciar em células efetoras. Os 
linfócitos B em plasmócitos e os linfócitos T em células T efetoras. E começam a destruir o 
patógeno. Se a resposta estiver sendo eficaz, o patógeno é eliminado. 
4- Declínio: Após o patógeno ser eliminado, não há a necessidade de ter várias células da 
resposta imune específica. Então elas morrem, fazem apoptose. 
5- Memória: Sempre após a morte da maioria das células, restam alguns linfócitos de 
memória, que são muito importantes para a resposta imune específica.

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