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ORIGEM E HISTÓRIA DA PSICOMETRIA Embora o registro do surgimento dos testes psicológicos seja no início do século XX, muito antes disso, já se fazia o levantamento de características e das habilidades das pessoas. Por exemplo, Urbina (2000) afirmou que 200 a C., na China eram realizados concursos públicos, e as provas para seleção envolviam proficiência em música, uso do arco, habilidades de montaria, exames escritos pertinentes ao tema do concurso. O desenvolvimento científico dos testes psicológicos iniciou-se em meados do século XIX. No que se refere à clínica, na área de Psiquiatria temos registros que na França e Alemanha os profissionais realizavam provas para avaliar o nível de desenvolvimento cognitivo das pessoas que apresentavam alterações de comportamento e danos cerebrais (McReynolds, 1986). As investigações sobre a inteligência e suas dificuldades ganharam proporção com a evolução da psicologia experimental, que nasceu na Alemanha com a criação do laboratório de Leipzig e; Na mesma época, no laboratório de Psicologia da Sorbone (1885) - França, onde Ribot instituiu a disciplina psicologia experimental e, em 1894, Binet assume a direção do laboratório. A história da psicologia mostra que a partir daí inicia-se a expansão dos testes de inteligência. Os primeiros trabalhos de psicometria foram realizados: pelo inglês Francis Galton (1822 - 1911); o americano J. M. Catell (1860 - 1944) e; o francês Alfred Binet (1857 - 1911). Mindrisz (1994) subdivide esse movimento em três fases: Período Galton - Catteliano, período Binético e período Pós-Binético. Período Galton - Catteliano Galton realizou trabalhos de pesquisa sobre a relação entre ambiente e hereditariedade, buscando comprovar a determinação hereditária, baseado nos princípios evolucionistas de variação, seleção e adaptação para o estudo das capacidades humanas. Criou os testes de inteligência com o objetivo de medir aquilo que se faz (foi iniciador de aplicações da estatística à Psicologia), fundador do movimento eugênico, com grande interesse pelo estudo da hereditariedade, pois pretendia não apenas comprovar o caráter genético das capacidades psíquicas individuais. Embora já existissem críticas às idéias de Galton sobre o determinismo hereditário, não se pode negar a sua influência sobre o movimento dos testes mentais da última década do século XIX. A história da Psicometria conta que J. M. Cattel (1890 -1930), considerado um dos pioneiros na criação dos testes psicológicos, fora seu aluno, e ocupara papel importante no desenvolvimento desses instrumentos nos Estados Unidos. Cattel desenvolveu estudos sobre associações mentais e sobre percepção. Foi o primeiro a utilizar o termo teste mental, endossando a opinião de Galton de que o funcionamento mental poderia ser obtido através de testes de discriminação sensorial e tempo de reação. Estes autores acreditavam que a inteligência poderia ser mensurada, por ser imutável. Embasado no determinismo hereditário, Binet em 1905 elaborou a primeira escala métrica de inteligência visando avaliar: o saber escolar, conhecimentos do cotidiano e inteligência natural. Esse trabalho fora aceito pela academia, levando o seu autor a participar de uma comissão que trataria do problema do retardo mental (deficiência intelectual) entre os alunos das escolas públicas no exato momento em que ela abre suas portas a todos, indiscriminadamente. As salas de aulas se encontravam superlotadas e havia alunos com atraso de dois anos ou mais em sua escolaridade. Em 1908, o conceito de idade mental foi introduzido e fora revisado e sistematizado por Wilhelm Stern (1911) e Lewis na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, em 1916. Assim, o QI surge como razão entre idade mental e a cronológica. A ampliação dos usos dos testes psicológicos ocorreu no período da primeira grande guerra mundial, quando novos testes foram produzidos com mais rigor na aferição dos resultados. Esses instrumentos foram sendo divulgados em todo o mundo, inclusive no Brasil, nos meados do século XIX. E a partir daí, seu uso foi disseminado em vários campos dentre eles, escola, laboratórios de pesquisa, saúde e trabalho.
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