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Termoterapia em Fisioterapia

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TERMOTERAPIA POR CONDUÇÃO
CALOR SUPERFICIAL
 Banho de parafina
A parafina é uma substância branca, sólida, em forma de cera, para que possa ser considerada como um recurso terapêutico, ela deverá ser:
aquecida até alcançar seu ponto de fusão, entre 50 e 52°C. 
Os aparelhos de uso profissional para o aquecimento da parafina são recipientes providos de termostato para controlar a temperatura, ajustando assim seu ponto de fusão. 
No interior do recipiente se coloca a parafina no estado sólido, na quantidade adequada ao tamanho e à capacidade do recipiente. Será agregada a parafina, uma parte de óleo mineral (vaselina e glicerina) para cada dez partes da parafina, com função de diminuir o ponto de fusão da parafina para 45°C, diminuindo, assim, o risco de uma queimadura no paciente. Esta união de óleo mineral permite também maior maleabilidade da parafina e acelera seu derretimento.
Essa é uma técnica fisioterapêutica usada para o aquecimento de estruturas superficiais, na qual o calor é transferido para os tecidos por condução. Como a condutividade e o calor especifico da parafina são baixos, ela pode ser aplicada diretamente sobre a pele a temperaturas que normalmente não são toleráveis com a água. 
EFEITOS TERAPEUTICOS: para reduzir a dor, relaxamento muscular e melhorar a circulação local. 
 CONTRA-INDICAÇÕES : infecções, insuficiência vascular, áreas com alterações de sensibilidade e áreas potencialmente hemorrágicas, feridas ou erupções na pele , processos neoplásicos.
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BOLSA DE AGUA QUENTE
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EFEITOS TERAPEUTICOS: para reduzir a dor, relaxamento muscular e melhorar a circulação local. 
 CONTRA-INDICAÇÕES : infecções, insuficiência vascular, áreas com alterações de sensibilidade e áreas potencialmente hemorrágicas, feridas ou erupções na pele , processos neoplásicos.
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T
TERMOTERAPIA POR CONVECÇÃO
CALOR SUPERFICIAL
 Hidroterapia
 Turbilhão,
 Forno de Bier
HIDROTERAPIA
a) Flutuação – (atua no suporte as articulações enfraquecidas e é capaz de proporcionar assistência e, progressivamente, resistência ao movimento na água);
b) Pressão hidrostática – (ajuda na estabilização das articulações enfraquecidas; ajuda a diminuir o edema e melhorar a circulação; o aumento da circulação periférica, que melhora a condição da pele que foi afetada por uma imobilização e acelera a cura ao implementar a nutrição na área lesada);
c) Circulação – (aumenta com a adição de calor, como em temperaturas mais elevadas da água 32º a 35°C, ajudam a diminuir o espasmo muscular, estimulando o relaxamento dos tecidos moles e, em alguns casos, reduzindo a dor);
d) Redução do espasmo muscular e da dor, auxilia no movimento que pode ser iniciado mais cedo após a lesão.
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INDICAÇÕES
Elevado nível de dor
Edemas de extremidades
Desvios da marcha
Diminuição da mobilidade
Fraqueza muscular generalizada
Baixa resistência muscular
Impossibilidade de sobrecarga nos membros inferiores
Resistência cardiovasculardiminuída
Contraturas articulares
Diminuição da flexibilidade
Disfunções posturais
Habilidades diminuídas
Interação social do paciente
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TURBILHAO
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FORNO DE BIER
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DIATERMIA
 		Método terapêutico que consiste na elevação da temperatura no interior dos tecidos através da aplicação externa de um campo de alta frequência (radiação eletromagnética, corrente elétrica ou ondas ultrassônicas).
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 TERMOTERAPIA POR CONVERSÃO
CALOR PROFUNDO E CALOR SUPERFICIAL 
ONDAS CURTAS (OC) – 
terapia através de correntes elétricas de alta freqüência, o uso terapêutico das oscilações eletromagnéticas com freqüência maior que 100.000hz. não causa despolarização da fibra nervosa, mas esta energia pode transformar-se em energia térmica no tecido corporal . O principal efeito na aplicação das ondas curtas é o aquecimento dos tecidos.
Efeitos fisiológicos sobre os vasos sangüíneos e linfáticos: Favorece a circulação, em particular a arterial (arteríolas e capilares), que sofre uma dilatação de outras formas.
 Efeitos sobre o sangue Os experimentos em animais têm demostrado que o tratamento para ondas curtas acarreta primeiramente uma leucopenia (diminuição de leucócitos), em seguida leucocitose, persistindo até 24h depois do processo. Dos efeitos importantes, observaram-se as seguintes alterações no sangue: 
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 >> A possibilidade de descarga de leucócitos desde vasos sangüíneos até o tecido adjacente >> Fagocitose aumentada >> VHS aumentada >> Tempo de coagulação reduzido >> Mudanças ao nível de glicerina >> Leucocitose aumentada: possibilidade de que leucócitos passem até os tecidos. O aumento da capacidade fagocítica desses leucócitos em conjugação com a hiperemia local e anticorpos junto com o metabolismo aumentado tem importância terapêutica com respeito aos mecanismos defensivos frente às inflamações.
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* Efeitos sobre o metabolismo 	Existe um aumento como um todo do metabolismo e uma aceleração dos processos químicos. No caso da aplicação do aquecimento provocado pelas ondas curtas, ocorrerá, entre outras coisas, uma vasodilatação, aumentando o consumo de nutrição e oxigênio e acelerando a eliminação de produtos metabólicos.
 Efeitos sobre o sistema nervoso Já no sistema nervoso periférico, nota-se que as fibras nervosas periféricas têm a sua velocidade e condução aumentadas em conseqüência do calor. Alguns pesquisadores concordam que a dor alivia diante do aumento da circulação, o que se subentende que os produtos metabólicos que causam dor podem ser eliminados com maior rapidez onde se diminui a pressão tecidual, causada pelo acúmulo de fluidos, aumentando a capacidade de absorção do tecido.
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* Efeitos no tecido muscular Relaxa a musculatura, facilita a transmissão nervosa e, através da vasodilatação, promove a captação da toxina no trabalho muscular. * Efeitos sobre o sistema nervoso simpático e parassimpático >> Sistema nervoso simpático: caracteriza-se por ser adrenérgico, liberando noradrenalina. >> Sistema nervoso parassimpático: caracteriza-se por ser colinérgico (libera acetilcolina)
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ELETRODO * Eletrodo flexível de borracha:      - Pequeno      - Médio      - Grande * Eletrodo de Schliephake: esse tipo de eletrodo não precisa de toalha ou feltro. A distância é de 30 cm da pele. DOSE A dosagem vai depender da escala de Schliephake e também da sensação de calor referida pelo paciente; da fase que se encontra a enfermidade (aguda ou crônica). ESCALA DE SCLIEPHAKE: * Calor muito débil: imediatamente abaixo da sensação de calor perceptível * Calor débil: sensação imediata perceptível * Calor médio: sensação de calor clara e agradável * Calor forte: no limite da tolerância Na fase aguda e subaguda, usa calor muito débil e débil, respectivamente e na fase crônica calor médio e forte
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TEMPO Fases agudas: 5 a 10 minutos. Fase crônica: 15 a 20 minutos.
POSIÇÃO DOS ELETRODOS CONTRAPLANAR: COPLANAR
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CUIDADOS E PRECAUÇÕES
	* Com a sensibilidade; * Com a sintonia; * Com os obesos; * Com crianças e idosos; * Com os testículos; * Com os cabos e eletrodos; * Com materiais metálicos; * Com o tempo e dose; * Com as pele úmidas (queimaduras); * Com a distância, inclinação e uniformidade dos eletrodos; * Com mesas, cadeiras metálicas (isolar); * Não cruzar os cabos; * Não aproximar demasiadamente os cabos (mínimo de 10 cm); * Não colocar os cabos diretamente sobre a pele do paciente; * Interromper o tratamento ao primeiro sinal de vertigem, cefaléia, hipotensão, salivação ou mal-estar; * Úlceras sujeitas a hemorragias
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CONTRA-INDICAÇÃO DO OC
 >> Marcapassos implantados (o campo eletromagnético poderá interferir caso a blindagem elétrica seja suficiente) >> Metal nos tecidos ou fixadores externos (o metal concentra o campo magnético) >> Sensação térmica comprometida (podem ocorrer queimadurase escaldaduras) >> Pacientes que não cooperam (p. ex.: não cooperação de fundo físico, em decorrência de distúrbios do movimento ou de fundo mental em proveniência de alguma incapacitação ou da idade) >> Gestação >> Áreas hemorrágicas (mulher em períodos menstruais deve ser avisada da possibilidade de aumento do fluxo, se a pelve for irradiada). >> Tecido isquêmico >> Tumores Malignos (as células cancerosas se proliferam com o aquecimento, e que a temperatura nos tumores tende a elevar-se). >>
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 Mal de Pott (tuberculose óssea) >> Trombose venosa recente >> Pirexia do paciente >> Estados infecciosos >> Áreas da pele afetadas por aplicações de radiograma >> Circulação comprometida >> Hemorragias >> Feridas abertas (a umidade é um meio propício à proliferação bacteriana, bem como a sua proliferação). >> Lesão cardiovascular >> Lentes de contato
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TÉCNICA DE APLICAÇÃO DO OC
	* Despir a área a ser tratada; * Paciente em posição cômoda e relaxada; * Mesa, cadeira ou maca deverão ser de madeira ou possuir material isolante; * Secar a região; Examinar area, sensibilidade * Retirar materiais metálicos do paciente, como relógio, anel, pulseira, correntes e audiofones; * Examinar se o paciente possui pinos, placas, parafusos ou outros implantes metálicos, * Observar se o paciente possui marca-passo; * Explicar ao paciente as sensações de calor desejadas; * Ligar o aparelho à rede urbana; * Colocar adequadamente os eletrodos a 3 cm da pele; * Fixar os eletrodos; * Colocar a dose (potência); * Ligar o aparelho no circuito de alta freqüência; * Sintonizar o aparelho; * Marcar o tempo; * Questionar o paciente durante o tratamento (calor); * Usar a escala de Schliephake; * Sintonizar o aparelho durante o tratamento; * Findando o tempo, desligar o aparelho; * Retirar os eletrodos; * Examinar a área e desligar o aparelho da rede urbana.
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Microondas
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Ondas Eletromagnéticas. O que são ?
Ondas eletromagnéticas são aquelas que resultam da libertação das fontes de energia elétrica e magnética em conjunto.
Quando se movimenta velozmente, com a velocidade da luz, a energia liberada apresenta o aspecto de onda. Por esse motivo, recebe o nome de onda eletromagnética.
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Espectro eletromagnético
O espectro eletromagnético representa as faixas de frequências ou comprimentos de ondas que caracterizam os diversos tipos de ondas eletromagnéticas, como a luz visível, as micro-ondas, as ondas de rádio, radiação infravermelha, radiação ultravioleta, raios x e raios gama . Se propagam no vácuo
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ULTRA-SOM (CALOR PROFUNDO)
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ERA OU ARE = região da superficie do transdutor que produz a onda sonora, ou seja, superfície de contato do transdutor.
O tamanho da área a ser tratada e de 2 a 3 vezes o tamanho da ERA.
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MODO:
Contínuo: Efeito térmico. ONDA CONTÍNUA
Distúrbios musculoesqueléticos gerais:
Espasmo muscular; Rigidez articular; Dor; Estimulação do fluxo sanguíneo
Pulsado: Efeito não térmico. ONDA PULSADA
Reparo de tecidos:
Reparo de tecidos moles, fraturas ósseas e tendões
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Fonoforese
É um processo em que fisicamente o ultrassom leva o medicamento/cosmético através da pele e penetre mais profundamente nos tecidos . A energia ultrassônica pode ser utilizada para liberar medicamentos/ativos cosméticos nos tecidos pelo processo de fonoforese. A teoria da fonoforese é semelhante à da iontoforese, mas essa técnica não necessita que o produto tenha polaridade, porém, o produto deve conter moléculas de tamanho pequeno e baixo peso molecular para que haja a permeação.
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Infra-vermelho (calor superficial)
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Características físicas
	 Produção de radiação infravermelha pelos corpos
 	A radiação infravermelha é produzida como resultado do movimento molecular dentro dos materiais. 
		Um aumento na temperatura acima do zero absoluto resulta na vibração ou rotação de moléculas dentro da matéria, o que leva à emissão de radiação infravermelha. A temperatura do corpo afeta o comprimento de onda da radiação emitida, com a frequência média da radiação emitida aumentando com o aumento da temperatura. Assim, quanto mais alta a temperatura do corpo, mais alta a frequência média de saída e, consequentemente, mais curto o comprimento de onda. A maioria dos corpos, contudo, não emite IV com uma única banda de ondas. Vários comprimentos de onda diferentes podem ser emitidos devido ao intercâmbio entre emissão e absorção das radiações afetando o comportamento das moléculas.
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Aquecimento do tecido corporal
		As radiações infravermelhas produzem alterações térmicas devido à absorção da radiação, que leva a vibração molecular e esse movimento, por sua vez, leva a alterações térmicas. Algum aquecimento pode ocorrer mais profundamente devido à transferência de calor dos tecidos superficiais, tanto por condução direta como por convecção, em grande parte através do aumento da circulação local. O infravermelho deve, portanto, ser considerado uma modalidade de aquecimento superficial.
		
		PARA QUE OS EFEITOS TERAPÊUTICOS ocorram tem-se sugerido que é necessário manter uma temperatura entre 40 e 45 °C por pelo menos 5 minutos (Lehmann e de Lateur, 1990). Crock-ford e Hellon (1959) demonstraram um aumento gradual na temperatura durante os primeiros 10 minutos de irradiação, com o retorno ao normal levando em média 35 minutos. A intensidade é alterada mudando a distância entre a lâmpada e a parte do corpo ou alterando o rendimento do gerador. No final de um tratamento, uma dose leve deve gerar na pele temperaturas na região de 36-38°C e uma dose moderada deve produzir temperaturas entre 38-40°C. O tratamento infravermelho é, normalmente, continuado por um período entre 10 e 20 minutos, dependendo do tamanho e vascularidade da parte do corpo, da cronicidade da lesão e da natureza da lesão. Partes avasculares pequenas, condições agudas e lesões de pele tendem a ser tratadas por períodos de tempo mais curtos.
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APLICAÇÃO CLÍNICA
 O procedimento a seguir deve ser usado quando se aplica terapia infravermelha a um paciente. • Seleção do equipamento. Lâmpada luminosa (radiante) ou não luminosa. • Aquecimento. Isso maximiza o rendimento. Lâmpada não luminosa: aproximadamente 15 minutos; lâmpada luminosa: apenas alguns minutos. • A pessoa. É usada uma posição confortável, com apoio, para permitir que a pessoa permaneça parada durante o tratamento. A pele deve estar descoberta, limpa e seca, sendo removidas todas as pomadas e cremes. • Precauções de segurança. A natureza, os efeitos e riscos do tratamento devem ser explicados, as contra-indicações verificadas e a sensibilidade térmica da pele examinada. Os olhos devem ser cobertos se houver possibilidade de serem irradiados para prevenir ressecamento da superfície. O paciente deve ser alertado sobre os riscos, incluindo o de queimaduras. • Posicionamento da lâmpada. A lâmpada é posicionada para permitir que a radiação incida na pele em ângulo reto de modo a facilitar a absorção máxima de energia. A distância entre a lâmpada e a parte do corpo variará de acordo com a potência da lâmpada, mas é geralmente entre 50 e 75 cm. • Dosagem . Essa é determinada pela resposta da pessoa. É essencial, portanto, que o paciente seja orientado sobre o nível apropriado de aquecimento e compreenda a importância de relatar qualquer mudança no mesmo. 
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Contra-indicações
 Apesar de nem todos os fatores relacionados terem sido completamente confirmados por pesquisas, os fatores abaixo têm resultado em relatos mínimos de dano em pacientes: • áreas com sensibilidade térmica cutânea ruim ou deficiente • pessoas com doença cardiovascular avançada • áreas com a circulação periférica local comprometida • tecido cicatricial ou tecido desvitalizado por radioterapia profundaou outras radiações ionizantes (que pode estar mais sujeito a queimaduras) • tecido maligno na pele (embora tal tecido possa ocasionalmente ser tratado com o uso de irradiação infravermelha) • pessoas com redução no nível de consciência ou da capacidade de compreensão dos riscos do tratamento pessoas com enfermidade febril aguda algumas doenças agudas de pele como dermatite ou eczema • os testículos.

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